RESUMÃO 5

PODEROSO
Só para meus VIPS
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IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA
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1. Base constitucional (art. 37, §4o, da CF)

Subsistema constitucional de tutela da moralidade administrativa: a)

ação popular (Lei 4717/65), prazo de 5 anos, cidadão/eleitor, penas de
ressarcimento do dano, suspensão do ato/contrato lesivo (liminar) e
anulação do ato/contrato; b) ação de improbidade (Lei 8429/92: LIA),
prazo de 5 anos, MP/PJ interessada (vítima), pacote punitivo amplo
(ressarcimento do dano, devolução de bens, multa civil, perda do cargo,
suspensão de direitos políticos, proibição de contratar com PP e proibição
de receber benefícios públicos)... e tem várias cautelares
(indisponibilidade de bens + bloqueio de bens ou valores no exterior +
sequestro de bens + afastamento temporário
O art. 37, § 4o, da CF não estabelece pacote punitivo mínimo (o juiz,
nos termos do art. 12 da LIA, pode aplicar até uma pena isolada)

2. Autonomia da ação de improbidade (arts. 1o, 12 e 21 da LIA)

3. LIA como lei de natureza cível (STF):

Significa que a LIA não tipifica “crime de improbidade”, ou seja, as penas

descritas no art. 12 são patrimoniais, administrativas ou políticas (mas
não há sanções restritivas da liberdade)... os tipos são “abertos”, ou seja,
nada impede que o juiz condene por improbidade ainda que a conduta
não esteja expressamente prevista na LIA (rol é exemplificativo).

ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

4. Sujeito ativo do ato (art. 2o)

- doloso (em regra art. 9o + art. 10A; + no art. 11, dolo consiste em
intenção ou má-fé do agente) ou culposo (só no caso do art. 10, causa
lesão ao erário);
- conduta comissiva ou omissiva (não exigindo enquadramento exato em
algum inciso: rol exemplificativo);

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- sujeito ativo (quem pratica)

- art. 2o da LIA: qualquer agente público (improbidade própria)

(improbidade própria)

- improbidade imprópria (particulares): 4 casos:

a) induzir;
b) concorre;
c) beneficiário;
d) sucessor (limites da herança, exclusivamente para penas patrimoniais)

- caso Guilherme Fontes: STJ não existe improbidade imprópria por

particular isolado no polo passivo (sempre deve ser processado junto com
algum agente público)

- caso dos agentes políticos (Lei 1079/50): o STF, para evitar “bis in idem”
(dupla punição), entendeu que agentes políticos punidos pela Lei de
Responsabilidade não se sujeitam à LIA para as condutas previstas nas
duas leis (a 1079 é lei especial frente à 8429/92):
- Presidente
- Ministros de Estado
- Ministros do STF
- PGR
- Governadores
- Secretários estaduais

5. Sujeito passivo do ato (art. 1o) (vítimas)

Em regra, improbidade atinge somente órgãos públicos e entidades

estatais (além das empresas controladas pelo PP). Admite-se também
que entidade privada que receba recursos públicos seja vítima de
improbidade (OSs, Oscips, terceiro setor...), LIMITANDO-SE AS
SANÇÕES PATRIMONIAIS À REPERCUSSÃO DO ILÍCITO NO
RECURSO PÚBLICO REPASSADO.

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6. Responsabilidade de parecerista (STJ)

Como regra, o parecerista não responde por danos causados pelo

gestor público baseando-se no parecer, exceto ser houver dolo ou erro
grosseiro.

7. Espécies de ato de improbidade (4 tipos)

- questão do dolo: exige dolo (intenção ou má-fé) nos atos de

improbidade do art. 9o, 10-A e 11, mas a improbidade do art. 10 (lesão ao
erário) admite conduta culposa

- princípio da insignificância (STJ)

a) Improbidade que importa enriquecimento ilícito do agente (art. 9o);

b) Improbidade que causa lesão ao erário (art. 10): único que admite
improbidade culposa;
c) Improbidade por ação ou omissão na cobrança de ISS (fora das
hipóteses da LC 116) (art. 10-A);
d) Improbidade que atenta contra princípios (art. 11)

8. Improbidade no Estatuto da Cidade (art. 52 da Lei 10257/01)

Constitui ato de improbidade DO PREFEITO utilizar instrumentos de

política urbana, destinando bens ou recursos em descumprimento das
finalidades descritas no Estatuto da Cidade.

9. Sanções (art. 12) e proporcionalidade

Inciso I (enriquecimento)
Inciso II (lesão ao erário)
Inciso III (contra princípios)
Inciso IV (benefício ilegal de ISS)

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10. Fase administrativa (art. 14)

- é facultativa;
- representação assinada, junto ao MP ou autoridade administrativa
superior ao acusado;
- rejeição justificada, sem prejuízo de representar o MP;
- comissão (pode encaminhar ao MP ou procuradoria para que façam
pedido de cautelar, preparatória ou incidental, de sequestro de bens ou
bloqueio de contas, bens ou aplicações no exterior).

11. Cautelares em improbidade

a) Sequestro de bens (art. 16);

b) Indisponibilidade de bens (art. 7o);
c) Bloqueio de contas, bens e aplicações no exterior (art. 16, § 2o);
d) Afastamento cautelar do agente (art. 20, § único)*** o afastamento
cautelar é a ÚNICA CAUTELAR NA LIA que pode ser decretada pela
autoridade administrativa durante o inquérito civil.

12. Processo judicial (art. 17)

- propositura pelo MP ou PJ interessada (vítima) perante o juiz de 1o grau

(AIA não tem “foro privilegiado”);
- podem haver um ou mais pedidos cautelares;
- se o MP não for autor, deve intervir como fiscal da lei (“custus legis”);
- notificar o acusado para defesa prévia (antes da citação) (falta de
notificação para defesa prévia gera nulidade da citação/processo);
- o juiz pode extinguir o feito antes da citação;
- citação para contestar;
- instrução do processo;
- sentença (pela Lei da Ficha Limpa, se o réu for condenado em 2a
instância, mesmo sem trânsito em julgado, já está inelegível).

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13. Prescrição da AIA e imprescritibilidade (art. 37, § 5o da CF)

5 anos contados do encerramento do mandato ou do cargo

comissionado para POLÍTICOS OU COMISSIONADOS.

Atenção! Até o presente momento, a jurisprudência ainda considera

imprescritível a pena de ressarcimento do erário (art. 37, § 5o, da CF).
Assim, exclusivamente para fins de reparação do erário, a AIA pode ser
proposta fora do prazo (mas o STF está examinando o tema, ainda sem
resultado, e a maioria dos ministros já votou pela aplicação dos 5 anos
para a pena de ressarcimento. Vide RE 852.475). O STJ e demais
tribunais ainda consideram o ressarcimento ao erário imprescritível.

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