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Processo: 5274032-66.2023.8.09.

0100

Usuário: MICAELA BARBOSA DA SILVA - Data: 20/03/2024 10:09:34


LUZIÂNIA - 2ª VARA CRIMINAL
PROCESSO CRIMINAL -> Procedimento Comum -> Ação Penal - Procedimento Ordinário
Valor: R$
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Comarca de Luziânia - 2ª Vara Criminal

Autos n.: 5274032-66.2023.8.09.0100

SENTENÇA

O Ministério Público do Estado de Goiás ofereceu denúncia (fls. 241/242), em


07/07/2023, contra RAIMUNDO REGINALDO DA SILVA, pela suposta prática do crime previsto
no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06.

Segundo a peça acusatória, no dia 04 de maio de 2023, por volta de 6h30, na Rua 45,
Quadra 119, Lote F, Casa 02, n° 102, Parque Industrial Mingone II, nesta cidade, o denunciado
tinha em depósito, para fins de difusão ilícita, 02 (duas) porções de maconha, com a massa
aproximada de 530g (quinhentos e trinta gramas).

A prisão em flagrante deu-se na data do fato e veio a ser convertida em preventiva


no mesmo dia, na audiência de custódia (fls. 148/150).

Devidamente notificado (fl. 267), o réu apresentou defesa prévia às fls. 274/276, por
meio de Defensora constituída.

A denúncia foi recebida em 03/10/2023 (fls. 316/317).

Durante a instrução, procedeu-se à oitiva de três testemunhas, bem como ao


interrogatório. Na fase de diligências, requereu a Defesa que fosse oficiado a Juízo do Distrito
Federal a fim de esclarecer se houve, em algum momento, a citação do nome do acusado nas
investigações, tendo sido o pleito deferido pela Magistrada (fl. 336).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por LUCIANA OLIVEIRA DE ALMEIDA MAIA DA SILVEIRA
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Valor: R$
Em sede de alegações finais, pugna o Parquet pela condenação, nos exatos termos
da denúncia (fls. 370/375).

A Defesa, por sua vez, nos memoriais de fls. 227/244, alega, preliminarmente, a
nulidade das provas obtidas, dizendo que houve desvio de finalidade no cumprimento do
mandado. Ainda, aponta a ilicitude no colhimento da confissão. Aduz que "a apreensão da droga
que estaria, em tese, em poder de REGINALDO se deu com violação à cláusula constitucional de
inviolabilidade do domicílio, consubstanciando prova de origem ilícita" e que "não foi realizada
qualquer diligência anterior no sentido de se confirmar ou verificar a alegada prática de tráfico de
drogas, seja a observação do local, a existência de uma movimentação suspeita, a venda de
entorpecentes ou qualquer ligação entre o acusado ou seu imóvel a pessoa de CÍCERO DA
SILVA OLIVEIRA, pois o nome do acusado sequer foi objeto de investigação e o imóvel em que
reside não é e nunca foi de CÍCERO". Subsidiariamente, clama pela absolvição, sob o argumento
da insuficiência probatória.

Eis o relatório. Passo a fundamentar e decidir.

Trata-se de ação penal pública incondicionada, instaurada para apurar a


responsabilidade de RAIMUNDO REGINALDO DA SILVA pela prática do crime de TRÁFICO DE
DROGAS descrito na denúncia.

Presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, procedo ao exame de


mérito.

Da materialidade

O Auto de Prisão em Flagrante (fl. 06), o Termo de Depoimento do Condutor e da


testemunha (fls. 10/14), o Termo de Interrogatório (fls. 16/18), o Termo de Exibição e Apreensão
(fls. 26/28), o Auto Circunstanciado de Busca e Apreensão (fls. 30/34), o Registro de Ocorrência
(fls. 44/46), o Laudo de Perícia Criminal de Constatação de Drogas (fls. 48/50), o Relatório Final
de Inquérito Policial (fls. 233/236) e o Laudo de Perícia Criminal - Identificação de Drogas e
Substâncias Correlatas - Definitivo (fls. 350/352), aliados à prova oral produzida em Juízo,
evidenciam a materialidade.

Realmente, ficou demonstrado que, no dia 04/05/2023, durante busca domiciliar, a


Polícia lograra apreender substância que, submetida a exame pericial, apresentou teste positivo
para alcaloide considerado de uso proscrito pela legislação vigente, por ser causador de
dependência física e/ou psíquica (fls. 350/352).

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Da autoria

A autoria ficou evidenciada pelos elementos de informação reunidos na fase


inquisitorial, bem como pela prova testemunhal colhida em Juízo.

Os Policiais Civis responsáveis pelo flagrante, Frederico Guilherme Couto Vieira e


Antônio Cledson Rodrigues Sena, ratificaram na esfera judicial os depoimentos da fase inquisitiva
(fls. 10/14).

Frederico contou que cumpriam mandados de busca e apreensão de uma operação da


Polícia Civil do Distrito Federal quando lograram encontrar, na residência do acusado, droga e
balança de precisão. Falou que o entorpecente estava dentro de uma lata escondida, em um vão
dentro do lote, entre um muro e a parede da casa.

Antônio Cledson relatou que, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão


relativo a operação da Polícia Civil do DF, encontraram no imóvel do réu uma lata contendo cerca
de meio quilo de maconha e uma balança de precisão. Aduziu que RAIMUNDO dissera que não
vendia entorpecentes em Goiás, somente no Distrito Federal. Mencionou que chegaram a fazer
campanas em frente àquele local antes de realizarem as diligências.

Maria José de Oliveira Neta, esposa do réu, narrou que acordara com o chamado da
Polícia à procura de um homem chamado Cícero. Declarou que a guarnição vasculhara sua
residência e um dos Agentes encontrara uma lata com drogas, no muro aos fundos, e uma
balança de precisão, na cozinha, mas que esta seria para pesar as porções de lanches que fazia
para vender.

Quanto ao réu, negou a prática do tráfico no interrogatório judicial, alegando que a


maconha apreendida não lhe pertencia e que possivelmente seria de vizinhos que, dias antes,
foram vistos andando por cima do muro de sua casa. Relatou que a balança de precisão era de
sua esposa, que a utilizava para fazer a pesagem de alimentos que produzia para vender. Aduziu
que o veículo pertencia a um rapaz com quem faria negócio e a motocicleta, a um amigo que
viajara e não tinha onde deixá-la.

No entanto, a negativa não se compatibiliza com o restante do conjunto probatório, que


é sólido o suficiente para autorização a condenação do acusado pelo crime de tráfico de drogas
descrito na denúncia, especialmente se considerado o contexto da prévia investigação, detalhada
na r. decisão que autorizou a busca e apreensão no imóvel de RAIMUNDO, abaixo reproduzida,
em parte:

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"(...) Outrossim, constatou-se que CÍCERO ainda possui vários
imóveis, sendo alguns apartamentos localizados no Gama/DF,
uma mansão de luxo localizada em Juazeiro do Norte/CE, local
que o investigado foi visto diversas vezes recentemente, e
alguns outros identificados em diligências de campo.

(...)

Consoante descrito acima, existem elementos de informação


que indicam a participação dos investigados em alguma parte
da complexa cadeia de atos criminosos praticados pelo grupo
criminoso, que movimenta cifras milionárias, aparentemente
produto do crime de tráfico de drogas.

Trata-se de grupo criminoso que atua sem chamar muita


atenção, sendo que vários dos bens auferidos estão em nome
de terceiras pessoas e muitos deles em outro Estado da
federação (Juazeiro do Norte/CE). No ponto, cumpre consignar
que CICERO possui um imóvel avaliado em mais de dois
milhões de reais localizado no Estado do Ceará, sendo possivel
verificar, em diligências de campo, que ele mantém vários
veículos de elevado valor dentro do condomínio com controle
de acesso. Essas informações foram corroboradas pelos dados
e mídias extraídas por meio da quebra do sigilo de dados junto
à empresa Apple.

(...)

Desse modo, a busca e apreensão postulada mostra-se


perfeitamente recomendável como medida para apreender
objetos ligados não só aos crimes aqui mencionados, mas
também de outros que tenham relação com diversos crimes da
mesma natureza praticados pelos investigados abaixo
relacionados, conforme noticiam os autos.(...)" (fls. 73/76)

Portanto, suficientemente comprovadas a materialidade e a autoria, a condenação é


medida que se impõe.

Quanto à alegada nulidade das provas, sem razão a Defesa, com a devida vênia.

Não paira dúvida acerca da legalidade da ação policial de busca domiciliar, pois ocorreu
por força de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça do Distrito Federal e resultou,
efetivamente, na apreensão de substância ilícita.

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Com efeito, a despeito de o nome de RAIMUNDO não integrar o rol daqueles
inicialmente investigados no procedimento que originou a expedição do mandado de busca e
apreensão, o seu endereço constava como um dos locais ligados a grupo criminoso que com
suposta atuação em diversos cantos do país.

Portanto, comprovadas a materialidade e a autoria, impõe-se a condenação.

O réu era, na data do fato, imputável, tinha plena consciência da ilicitude de sua
conduta, não havendo quaisquer excludentes de ilicitude ou de culpabilidade que possam
beneficiá-lo.

As provas são certas, seguras e suficientes para formar o convencimento deste Juízo,
não restando dúvidas de que RAIMUNDO REGINALDO praticou o crime de tráfico de drogas,
devendo ser penalmente responsabilizado por sua conduta.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia para condenar


RAIMUNDO REGINALDO DA SILVA como incurso na sanção prevista no art. 33, caput, da
Lei nº 11.343/06.

Passo à dosimetria das penas, observando o mandamento constitucional da


individualização (art. 5º, XLVI), bem como o sistema trifásico previsto no art. 68, caput, do CP.

Na primeira fase, analisando as diretrizes do art. 42 da Lei de Drogas e do art. 59 do


CP, tenho, inicialmente, que a natureza e a quantidade da droga apreendida não são
extraordinárias a ponto de autorizar um incremento da pena.

Tenho que o condenado agiu com culpabilidade normal para a espécie delitiva.

Quanto aos antecedentes, constam ao menos duas condenações definitivas por fatos
praticados anteriormente ao ora julgado (fls. 353/365). No ponto, uso, para reconhecimento dos
maus antecedentes, a condenação que transitou em julgado na data de 13/07/2004. E destaco
que, de acordo com o colendo STJ, “em se tratando de agente que ostenta mais de uma
condenação definitiva anterior, não configura bis in idem nem ofensa à Súmula 241 do STJ a
utilização de anotações criminais distintas na primeira e segunda etapa da dosimetria para
reconhecer, respectivamente, os maus antecedentes e a agravante de reincidência.” Ademais, a

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colenda Corte entende que “condenações atingidas pelo período depurador previsto no art. 64, I,
do Código Penal, embora não caracterizem mais reincidência, podem ser sopesadas a título de
maus antecedentes."

Quanto à sua personalidade, não existem informações suficientes para valorá-la.

Os motivos, as circunstâncias e as consequências do crime não destoam do


esperado em atos dessa natureza.

Nesse quadro, diante de uma única circunstância judicial desfavorável, fixo a pena-
base em 05 anos e 10 meses de reclusão e 583 dias-multa.

Na segunda etapa da dosimetria, ausentes atenuantes. Incide, porém, a agravante da


reincidência (art. 61, I, CP), razão pela qual elevo a reprimenda para 06 anos, 09 meses e 21
dias de reclusão e 680 dias-multa.

No terceiro estágio, não identifico causas de aumento. Quanto à minorante do tráfico


privilegiado, não se aplica, por se tratar de réu com reincidência múltipla. Portanto, torno a PENA
DEFINITIVA em 06 (seis) anos, 09 (nove) meses e 21 (vinte e um) dias de reclusão e 680
(seiscentos e oitenta) dias-multa.

Considerando a capacidade econômica do réu, fixo o valor do dia-multa em 1/30 (um


trigésimo) do salário-mínimo vigente

Registro que o sentenciado está preso provisoriamente há 308 (trezentos e sete) dias,
restando cumprir, nesta data, 06/3/2024, por força da DETRAÇÃO, 05 (cinco) anos, 11 (onze
) meses e 13 (treze) dias de reclusão, além de 680 (seiscentos e oitenta) dias-multa.

Em razão da reincidência e dos antecedentes, fixo o REGIME INICIAL FECHADO, em


conformidade com o art. 33, §§ 2º e 3º, do CP e com o art. 387, § 2º, do CPP.

Ante a quantidade da pena e a reincidência, incabíveis a substituição da pena


privativa de liberdade por restritiva de direitos e o sursis, conforme os arts. 44, I, e 77 do CP.

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Valor: R$
Com relação à segregação cautelar (art. 387, §1°, CPP), entendo que persiste o
perigo gerado pelo estado de liberdade. RAIMUNDO é reincidente específico, já que condenado
definitivamente por tráfico de drogas há pouco mais de dois anos, constando, inclusive, processo
de execução em aberto, com mais de 4 anos de pena pendentes de cumprimento. Outrossim, é
relevante a circunstância de que, no momento do fato ora julgado, ele estava no regime
semiaberto, com o uso de monitoração eletrônica. Tais circunstâncias levam a crer que ele está
profundamente imerso no universo da criminalidade e que as punições recebidas não foram o
suficiente para contê-lo. Portanto, MANTENHO A PRISÃO PREVENTIVA. Expeça-se a guia de
execução provisória.

Quanto aos objetos apreendidos e depositados (fls. 16/17), determino, após o trânsito
em julgado:

a) a incineração da droga apreendida, caso ainda não tenha sido realizada, conforme o
art. 50 da Lei nº 11.343/2006;

b) a DOAÇÃO ou DESTRUIÇÃO, caso inservível, da balança de precisão, em


consonância com os arts. 221, II, e 223 do Código de Normas e Procedimentos do Foro Judicial.

c) por se cuidar de produto do tráfico, DECRETO O PERDIMENTO, em favor da União,


da quantia em dinheiro apreendida, tão somente R$ 62,00 (sessenta e dois reais), devendo ser
efetuado depósito na conta do FUNAD – Fundo Nacional Antidrogas, com amparo no art. 243,
parágrafo único, da Constituição Federal, no art. 63 da Lei nº 11.343/06 e no art. 92, II, “b”, do
CP;

d) a RESTITUIÇÃO do aparelho celular Redmi, mediante a devida comprovação da


propriedade. Intime-se o réu, para que busque a restituição, no prazo de 90 (noventa) dias.
Transcorrido in albis o prazo, determino a DOAÇÃO ou a DESTRUIÇÃO do item, ouvido o
Ministério Público e mediante a lavratura de termo circunstanciado, em consonância com o art.
212, 221, II, e 223 do Código de Normas e Procedimentos do Foro Judicial.

No tocante aos veículos apreendidos - VW/GOLF de placa JID-2522 e motocicleta


HONDA, Titan de placa RCD2F04), determino a intimação dos proprietários de direito, para que
comprovem a regularidade de sua aquisição a fim de viabilizar a restituição, no prazo de 90
(noventa) dias, sob pena de perdimento. Decorrido o prazo, com ou sem resposta, vista ao
Parquet.

Condeno o réu ao pagamento das custas processuais.

Após o trânsito em julgado:

a) expeça-se a guia de execução definitiva;

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Valor: R$
b) proceda-se ao recolhimento do valor atribuído a título de pena pecuniária, se houver,
em conformidade com o disposto no artigo 50 do CP e no artigo 686 do CPP;

c) comunique-se ao egrégio Tribunal Regional Eleitoral deste Estado acerca da


condenação, para cumprimento da suspensão de seus direitos políticos, nos termos do art. 15, III,
da Constituição Federal;

d) cumpra-se o disposto no art. 809, § 3º, do CPP, para o devido registro no SINIC,
Sistema Nacional de Identificação Criminal;

Publicada e registrada eletronicamente. Intimem-se.

Transitada em julgado e não restando providências pendentes de cumprimento,


arquive-se e dê-se baixa na distribuição.

Luziânia, data e hora da assinatura eletrônica.

Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira

Juíza de Direito

Avenida Dr. Neilor Rolim Lotes 7A/7B, Luziânia – GO, 72.836.330 – Telefone (61) 3622-9405 www.tjgo.jus.br

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