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PROJUDI - Processo: 0003369-10.2022.8.16.0034 - Ref. mov. 11.

1 - Assinado digitalmente por Fabiane Kruetzmann Schapinsky:02349282988


04/06/2022: DEFERIDO O PEDIDO. Arq: Decisão

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - FORO REGIONAL DE PINHAIS
UNIDADE REGIONALIZADA DE PLANTÃO JUDICIÁRIO DE PINHAIS - PROJUDI

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ6DW R2PBP VGXYY 87LXA


Rua 22 de Abril, 199 - Centro - Pinhais/PR - CEP: 83.323-030 - Fone: (41) 3401-1750

Autos nº 0003369-10.2022.8.16.0034

DECISÃO

1. Trata-se de medida protetiva de urgência da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06)


solicitada por JANETE VEIGA FRAGOSO em desfavor de seu marido MARIO SOARES
FRAGOSO. Em resumo, a solicitante narrou à autoridade policial que na data de 03.06.2022,
foi agredida fisicamente por seu esposo. É a síntese do necessário.

2.Tendo em conta a necessidade de tutela eficaz da incolumidade física e psíquica da vítima, de


acordo ainda com o parecer ministerial, verifica-se a necessidade de aplicação das medidas
protetivas pugnadas. Dispõe a Lei Maria da Penha:

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos
termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas , fixando o limite


mínimo de distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da


ofendida;

IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento


multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios;

VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e


PROJUDI - Processo: 0003369-10.2022.8.16.0034 - Ref. mov. 11.1 - Assinado digitalmente por Fabiane Kruetzmann Schapinsky:02349282988
04/06/2022: DEFERIDO O PEDIDO. Arq: Decisão

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em grupo
de apoio.

Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

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I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de
atendimento;

II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após


afastamento do agressor;

III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda
dos filhos e alimentos;

IV - determinar a separação de corpos.

3. Diante do justo receio de sofrer algum mal injusto e/ou de que a conduta seja reiterada,
cabíveis e pertinentes asmedidas do art. 22, incisos II, III, ‘a’, de modo cumulado,
inclusive, como autorizam os caputs dos dispositivos, a fim de tutelar a ofendida.

4. Ante o exposto, DEFIRO OS PEDIDOS e APLICO, inicialmente pelo prazo de 06


(seis) meses, a ser estendido pelo Juízo competente, se necessário:

(i) o afastamento do agressor local de convivência com a ofendida JANETE VEIGA


FRAGOSO (art. 22, II);

(ii) a proibições de aproximação da ofendida JANETE VEIGA FRAGOSO (art. 22, III,
‘a’); fixando-se uma distância mínima de 100 (cem) metros;

5. Intime-se o requerido MARIO SOARES FRAGOSO, dê-se ciência à vítima e ao


Ministério Público quanto às medidas protetivas concedidas. Cientifique-se o agressor
que o descumprimento das medidas ora aplicadas pode implicar em decretação de sua prisão
preventiva e configurará o crime previsto no art. 24-A da Lei 11.340/2006.

6. Cientifique-se a vítima que poderá buscar auxílio na Casa da Mulher Brasileira,


localizada na Av. Paraná nº 870, Bairro Cabral, em Curitiba, para ser acolhida, caso necessite;
bem como poderá, a qualquer momento, requerer nestes autos outras medidas que considerem
necessárias, conforme disposto na Lei Maria da Penha, ou fazê-lo perante a Vara de Família.
Dê-se vistas também ao Ministério Público com atuação na proteção do idoso, para
acompanhamento da requerida.

7. Redistribua-se de à Vara competente. Intimações e diligências necessárias.

Pinhais, data da assinatura digital.


PROJUDI - Processo: 0003369-10.2022.8.16.0034 - Ref. mov. 11.1 - Assinado digitalmente por Fabiane Kruetzmann Schapinsky:02349282988
04/06/2022: DEFERIDO O PEDIDO. Arq: Decisão

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Fabiane Kruetzmann Schapinsky

Juíza de Direito

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