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Etapa Ensino Médio

Filosofia

Limites dos
organismos
internacionais
2a SÉRIE
Aula 1 – 4o Bimestre
Conteúdo Objetivos
• Os limites de atuação • Compreender o que são e qual
dos organismos é o papel dos organismos
internacionais. internacionais;
• Discutir os limites de atuação
dos organismos internacionais;
• Reconhecer o papel da Filosofia
na solução do dilema quanto à
atuação dos organismos
internacionais e à soberania
dos Estados-nação.
Para começar
Discurso positivo
Observe a imagem ao lado e
pense sobre a existência de
limites que podem impedir alguém
ou uma organização de lutar pelo
bem-estar dos outros e do mundo
em seu todo. Como você
discursaria em defesa de atitudes
desse tipo?
Na prática 5 minutos

Virem e conversem, sem desculpa!

Entende-se por organizações ou organismos internacionais as


instituições internacionais que agregam em si ações de vários países
sob um objetivo ou bem comum. Elas atuam, desse modo, a partir de
diversas causas ou missões, sendo estas abrangentes ou específicas, a
exemplo da ONU (Organização das Nações Unidas), do FMI (Fundo
Monetário Internacional) e de várias outras (PENNA, S/D).

A partir da definição acima, elabore uma explicação para a expressão


“organismos internacionais”, que são organizações como a ONU, por
exemplo. A seguir, vire e converse com seu colega sobre as suas
frases, para criarem uma terceira, que encerre a ideia de ambos.
Na prática Correção
Esta é uma resposta aberta. Como uma resposta, entre
muitas possíveis, apresentamos esta:
A expressão "organismos internacionais" refere-se a
organizações que são estabelecidas por acordos e tratados
internacionais, e que têm como objetivo promover a
cooperação e a coordenação entre diferentes países em
áreas específicas. Essas organizações são compostas por
membros de diferentes nações que se unem para lidar com
desafios globais e alcançar objetivos comuns.
Foco no conteúdo
Organismos internacionais: limites impostos
As organizações internacionais dispõem de limites de atuação definidos
por vários fatores, que podem afetar seu alcance e sua eficácia, como:
a soberania dos Estados; a dependência de contribuições e recursos; o
escopo de atuação; a complexidade e as divergências de interesses; a
impossibilidade de colocar em prática as discussões e as definições
decorrentes de debates, assembleias etc.
Entende-se que esses limites não foram
estabelecidos na criação dos organismos
internacionais para caracterizá-los e definir seu
tipo de trabalho, mas advém de condições
particulares, por exemplo, a geopolítica.
Foco no conteúdo
• Soberania dos Estados: Estados-membros têm o direito de
decidir se participarão ou acatarão as decisões e as políticas
propostas pelas organizações internacionais;
• Dependência de contribuições e recursos: a disponibilidade
desses recursos pode ser variável, afetando a capacidade das
organizações de implementar suas políticas e seus programas;
• Escopo de atuação: tratados constitutivos ou estatutos podem
limitar o escopo de atuação das organizações em áreas
específicas, impedindo-as de abordar certos problemas ou
questões que não estejam dentro de seu campo de competência;
Foco no conteúdo
• Complexidade e divergências
de interesses: a complexidade
das questões globais e as
divergências de opinião entre os
Estados podem limitar a
capacidade das organizações de
alcançar resultados significativos;
• Impossibilidade de concretizar
decisões: alguns Estados podem
não cumprir suas obrigações ou
não implementar as decisões e as
recomendações das organizações.
Foco no conteúdo
Jürgen Habermas (1929 -) e o direito
“internacional cosmopolita”
Os limites de atuação podem influenciar a forma como os organismos
internacionais agem para alcançar seus objetivos, exigindo esforços
contínuos para superá-los e fortalecer sua eficácia. Portanto, é
esperado haver um caminho para que os objetivos para os quais eles
foram criados sejam atingidos.
Jürgen Habermas enxerga no direito internacional uma forma para a
diluição das limitações de ações em que os organismos internacionais
se emaranham, mas não o direito internacional clássico, que reconhece
os Estados-nação e os critérios para serem considerados como tais,
além de atuar na “inter-relação” entre eles e estar pautado em
conceitos como a “soberania nacional”.
Foco no conteúdo
Habermas propõe um direito internacional que seja efetivamente
embasado para além de cidadanias locais, um direito que se envolva
na condição cosmopolita na qual os organismos internacionais se
encontram. Um direito que comungue efetivamente a universalidade;
em suma, um “direito internacional cosmopolita”.
As leis de uma comunidade internacional só vão considerar os
interesses de todos os Estados na mesma medida –
independentemente de seu tamanho e do número de sua população,
de sua prosperidade, de seu poder e força econômica –, quando elas
forem expressão de uma “vontade unificada” originada por meio de
um procedimento inclusivo (HABERMAS, 2011, p. 171).
Foco no conteúdo
O núcleo inovador dessa ideia está na consequência da remodelação
do direito internacional como um direito de Estados em um direito
cosmopolita como direito dos indivíduos: agora eles não são mais
sujeitos de direito apenas na condição de cidadãos de seus respectivos
Estados, mas também como membros de uma “essência cosmopolita
comum sob um líder” (HABERMAS, 2011, p. 174).
O Estado cosmopolita é o Estado de paz de longo prazo. A ideia de
uma Constituição cosmopolita que garanta uma “unificação de todos
os povos sob leis públicas” tem como significado um Estado de paz
“verdadeiro”, peremptório e não meramente provisório (HABERMAS,
2011, p. 171).
Foco no conteúdo
Dessa maneira, os organismos
internacionais poderiam adquirir a
autonomia necessária para
resolver situações como o
desrespeito de acordos assinados
na esfera internacional, mas que
são desconsiderados internamente
sob alegações pautadas em
interesses particulares, lançando
mão do “direito à soberania”.
Na prática 5 minutos

Descubra as palavras que faltam nas lacunas das frases a seguir, para
resolver o jogo de palavras cruzadas:
Horizontal:
1. Alguns Estados podem não __________ suas obrigações ou não
implementar as decisões e as recomendações das organizações.
2. A disponibilidade de recursos pode ser __________, afetando a
capacidade das organizações de implementar suas políticas e
programas.
3. Os limites de atuação dos organismos internacionais advêm de
condições particulares, por exemplo, a __________.
Na prática 5 minutos

4. A __________ das questões globais e as divergências de opinião


entre os Estados podem limitar a capacidade das organizações
de alcançar resultados significativos.
Vertical:
1. Um Estado-membro tem o __________ de decidir se participará
ou acatará as decisões das organizações internacionais.
2. Jürgen Habermas propõe um direito internacional que seja
__________, embasado para além de cidadanias locais.
3. Tratados constitutivos ou estatutos podem limitar o escopo de
__________ das organizações em áreas específicas.
Na prática 2

3
Aplicando
O que fazer
Observe o gif animado ao lado.
Sintetize em um parágrafo como ele
representa a situação atual dos
organismos internacionais, que são
criados com a aprovação de um
número significativo de nações, mas
muitas vezes têm suas ações
limitadas pelas mesmas nações que
contribuíram com sua formação.
O que aprendemos hoje?
● Os organismos internacionais são criados para atuar
em questões que ultrapassam as particularidades
internas dos Estados-nação;
● O direito internacional clássico se alicerça no jogo
diplomático e geopolítico, o que dificulta seu apoio
aos organismos internacionais;
● A Filosofia aponta alternativas por meio das
reflexões de filósofos que discutem,
embasados pelo arcabouço teórico-acadêmico
desse conhecimento, os limites com que se
deparam os organismos internacionais.
Tarefa SP
Localizador: 101041
1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com
seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.

Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala
de aula. Tradução: Daniel Vieira, Sandra. M. M. da Rosa. Revisão técnica:
Fausto Camargo, Thuinie Daros. 3a ed. Porto Alegre: Penso, 2023.
SÃO PAULO. Currículo Paulista: etapa Ensino Médio. Organização:
Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica: União dos Dirigentes
Municipais de Educação do Estado de São Paulo – UNDIME. São Paulo:
SEDUC, 2020.
SÃO PAULO. Currículo em Ação. Caderno do Professor. Segunda Série,
4o bimestre (Filosofia).
Slide 3 – PENA, Rodolfo F. A. Organismos internacionais. Disponível
em: https://cutt.ly/Hwpfc2wb. Acesso em: 19 jul. 2023.
Slides 10 e 11 – HABERMAS, J. O Ocidente dividido: pequenos
escritos políticos X. Trad. Bianca Tavolari. São Paulo: Unesp, 2011.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slides 2 e 18 – Marcelo Ortega/@ortega_alemao
Slide 3 – Peggy Marco/Pixabay – https://cutt.ly/hwdCyqJB
Slides 4, 13 e 14 – Irdor/Giphy – https://cutt.ly/OwdCurx9
Slide 6 – LabXchange/Giphy LZsdsgzWRqPgEO3da9
Slide 8 – OpenClipart-Vectors/Pixabay –
https://pixabay.com/pt/vectors/barreira-guard-rail-limite-barra-146122/
Slide 17 – R-Gifs/Reddit –
https://www.reddit.com/r/gifs/comments/6f4kta/buster_keaton_trying_to
_be_polite/
Slide 15 – Pudgy Penguins/Giphy –
https://media.giphy.com/media/QRmUHn4hbfJvi5yR1G/giphy.gif
Material
Digital

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