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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Direito – 4º ano

3.º grupo.

Discentes:

Canathe Rodriguês Alfredo

Dalfácia Valentim

Mária Ricardina B. Cavalo

Sousa Abílio Opincar

Stela João Gonçalves Algumassa

Trabalho de Direito processual laboral.

Tema:

 Marcha do Processo Declarativo Comum Laboral.

Docente:

Dr. Fidel Henriques

Quelimane

2022
Índice

1. Introdução..................................................................................................................3

2. Capitulo II: Revisão da Literatura..............................................................................4

2.1. Marcha do Processo Declarativo Comum Ordinário Laboral................................4

2.1.1. Noções gerais..................................................................................................4

2.1.2. Finalidades......................................................................................................4

2.2. Fases do processo declarativo ordinário e função específica de cada uma delas...5

2.2.1. Articulados......................................................................................................6

2.2.1.2. Falta ou ininteligibilidade da indicação do pedido ou da causa de pedir.........7

2.3. Entrega da petição na secretaria.............................................................................8

2.3.1. Momento da propositura da acção..................................................................8

2.3.2. Recusa da petição pela secretaria....................................................................8

2.3.3. Distribuição.....................................................................................................9

2.3.4. Conclusão do processo (ao juiz).........................................................................9

2.3.4.1. Atitudes possíveis do juiz da causa.............................................................9

2.4. Indeferimento liminar da petição. Motivos, atitudes possíveis do autor............9

2.5. A fase de instrução...............................................................................................10

2.5.1. O direito probatório material.........................................................................10

2.6. A fase de discussão e julgamento.........................................................................11

2.6.1. A sentença.....................................................................................................11

3. Conclusão.................................................................................................................13

4. Referências bibliográficas........................................................................................15

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1. Introdução
A história do Direito Processual do Trabalho não se confunde com a do Direito
Processual Civil.

No caso do ordenamento processual trabalhista, a sua respectiva história se entrelaça


com a da própria história da organização judiciária trabalhista.

Assim, podemos dividir a história do Direito Processual do Trabalho em quatro fases:

 Fase de institucionalização;
 Fase de constitucionalização;
 Fase de incorporação;
 Fase atual.

A presente pesquisa tem como objectivo geral, compreender a marcha do processo


declarativo comum ordinário laboral.

E tem como objectivos específicos: identificar o regime jurídico que regula esta matéria;
descrever as fases do processo declarativo comum ordinário.

E a metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica, que se trata de levantamento de toda


a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa
escrita.

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2. Capitulo II: Revisão da Literatura

2.1. Marcha do Processo Declarativo Comum Ordinário Laboral

2.1.1. Noções gerais


Direito Processual do Trabalho é o ramo da ciência jurídica que se constitui de um
conjunto de princípios, regras, instituições e institutos próprios que regulam a aplicação
do Direito do Trabalho às lides trabalhistas (relação de emprego e relação de trabalho),
disciplinando as atividades da Justiça do Trabalho, dos operadores do Direito e das
partes, nos processos individuais, coletivos e transindividuais do trabalho.

Mauro Schiavi assim define o Direito Processual do Trabalho: “o conjunto de


princípios, normas e instituições que regem a atividade da Justiça do Trabalho, com o
objetivo de dar efetividade à legislação trabalhista e social, assegurar o acesso do
trabalhador à Justiça e dirimir, com justiça, o conflito trabalhista”.

Na visão de Carlos Henrique Bezerra Leite, “o ramo da ciência jurídica”, constituído


por um sistema de normas, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto
promover a pacificação justa dos conflitos individuais, coletivos e difusos decorrentes
direta ou indiretamente das relações de emprego e de trabalho, bem como regular o
funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho.

2.1.2. Finalidades
O Direito Processual do Trabalho apresenta as seguintes finalidades:

1) Dar efetividade à legislação trabalhista e social – ao Direito Material do


Trabalho;
2) Assegurar ao trabalhador o acesso à Justiça do Trabalho – à ordem jurídica justa;
3) Resguardar a dignidade da pessoa do trabalhador;
4) Garantir os valores sociais do trabalho;
5) Trazer a pacificação social;
6) Promover a justa composição dos conflitos individuais, coletivos e
metaindividuais trabalhistas.

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2.2. Fases do processo declarativo ordinário e função específica de
cada uma delas
Quanto à forma, o processo comum é ordinário, emprega-se este processo quando o
valor da causa exceda a alçada dos tribunais de província, cfr, artigos 48.º/1,2 CPL conj.
462.º/1 CPC

O plano geral do processo declarativo ordinário pode ser dividido, num estudo analítico
da acção, em cinco fases, períodos ou ciclos distintos.

O primeiro período é o dos articulados; o segundo compreende o saneamento e


condensação do processo, bem como o julgamento antecipado da lide; o terceiro é o da
instrução; o quarto, o da discussão e o quinto, o do julgamento da causa.

1. Articulados é a fase introdutória destinada a definição dos termos da acção e à


exposição das razoes, tanto de facto como de direito, que servem de fundamento
aà pretensão de cada uma das partes.

À exposição das razões de facto sobreleva, de modo geral as das razões de direito, visto
o juiz só poder servir-se, em regra, dos factos alegados pelas partes (art.664.º CPC) e
não estar pelo contrario, sujeito às alegações das partes no que respeita à indagação,
interpretação e aplicação das regras de direito ( la court sait le droit: art. 664, 1ª parte).

2. Saneamento e condensação do processo ou julgamento antecipado da lide


(508.º CPC). O segundo abrange as seguintes finalidades essenciais:
a) O julgamento imediato da acção se houver já elementos suficientes para decidir
(seja quanto aos pressupostos processuais, seja quanto ao fundo da questão);
b) A correcção de todas as irregularidades formais sanáveis;
c) A expurgação do processo dde todas as questões supérfluas ou inúteis, no caso de
a acção haver de prosseguir.

A essas finalidades acresce a da fixação das questões de facto essenciais à decisão da


causa (concentração e condensação do processo).

3. Instrução. O terceiro período tem por fim a produção ou a recolha dos


elementos de prova sobre os factos que, interessando à decisão da causa, não
tenham sido devidamente esclarecidos no ciclo anterior. (art.513.º CPC).

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Instruir a acção consiste exactamente em carrear para o processo (mais o julgador do
que os autos) os elementos necessários à prova da matéria de facto controvertida e
essencial ao julgamento da causa.

4. Discussão. É o ciclo processual preenchido pelos debates entre os patronos das


partes: debates orais, na apreciação crítica da prova produzida; debate por escrito
sobre o aspecto jurídico da causa, no caso de os advogados não terem preferido a
discussão oral (art.657 CPC).
5. Julgamento. Trata-se do período destinado à decisão da causa, a qual se
desdobra em dois momentos distintos: o julgamento da matéria facto, efectuado
pelo tribunal colectivo, sob a forma de respostas aos quesitos formulados no
questionário; o julgamento final, mediante a aplicação do direito aos factos
provados, sendo a decisão proferida por juiz singular.

2.2.1. Articulados
Dá-se nome de articulados às peças escritas pelas quais as partes introduzem a lide,
expondo os fundamentos da acção e da defesa e formulando os pedidos correspondentes
(art. 151, nº 1 CPC).

A designação genérica de articulados dada na lei e na doutrina a tais peças escritas


advém da circunstância de os fundamentos, tanto da acção, como da defesa, deverem ser
deduzidos por artigos, ou seja, sob a forma de proposições gramaticais seguidas e
numeradas, semelhantes às dos textos legislativos que dão pelo mesmo nome.

Os articulados eram normalmente quatro (petição inicial, contestação, réplica e tréplica)


antes do decreto nº242/85 de 9 de Julho; mas passaram a ser normalmente dois apenas,
após a entrada em vigor deste diploma.

A petição inicial é o articulado em que o autor propõe a acção. Esta é a sua função
específica.

Ao propor a acção o autor formulará a pretensão de tutela jurisdicional que visa obter e
exporá as razões de facto e de direito em que a fundamenta.

É, por conseguinte ao titular do direito violado que incumbe requerer do tribunal o meio
de tutela jurisdicional adequado à reparação do seu direito: Nemo iudex sine actore; Ne
procedant iudex ex officio.

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A petição inicial é precisamente o acto processual pelo qual o titular do direito violado
ou ameaçado, nas acções de condenação, requer do tribunal o meio de tutela
jurisdicional destinado à reparação da violação ou afastamento da ameaça. E a sua
importância basilar resulta precisamente de não haver acção sem petição, ou seja, de
não haver concessão oficiosa da tutela jurisdicional.

Entre as indicações mais importantes que devem constar da petição (art.467, nº 1),
destacam-se as seguintes: a identificação das partes, a narração dos factos e a exposição
das razões de direito que servem de fundamento à acção; a formulação do pedido; e a
especificação dos factos narrados que consideram provados, bem como daqueles que se
propõe provar.

Se a petição contiver deficiências de carácter substancial, que irremediavelmente


comprometam a sua finalidade, será considerada inepta. E a ineptidão da petição inicial,
determinando a nulidade de todo o processo (art. 193 nº 1 CPC), é uma das causas de
indeferimento liminar da petição ((art.474 nº 1, a) CPC).

As causas de ineptidão da petição inicial, mencionadas no nº 2 do artigo 193.º CPC, são


as seguintes:

2.2.1.2. Falta ou ininteligibilidade da indicação do pedido ou da causa


de pedir.
O pedido é o meio de tutela jurisdicional pretendido pelo autor ( o reconhecimento
judicial da sua propriedade sobre determinada coisa; a entrega ou restituição dessa
coisa; a condenação do réu numa prestação de certo montante; etc.).

A causa de pedir é o facto concreto que serve de fundamento ao efeito jurídico


pretendido.

Assim se o autor não indicar o efeito jurídico que pretende obter com a acção ou não
mencionar o facto concreto que lhe serve de fundamento (como se ele requerer a
declaração de que nada deve ao réu, sem mencionar o acto jurídico concreto a que
reporta a declaração, a petição será inepta). Como também será inepta, se a indicação do
pedido ou da causa for feita em termos verdadeiramente obscuros ou ambíguos
(ininteligíveis).

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a. A petição será de igual modo inepta quando, sendo inteligível a indicação do
pedido e da causa de pedir, haja, todavia, contradição intrínseca ou substancial
insanável entre um e outra.

É o caso de o autor vir arguir a nulidade do contrato e concluir pedindo a condenação do


réu numa prestação emergente do contrato.

b. A petição considera-se finalmente inepta quando nela se cumulam pedidos


substancialmente ou intrinsecamente inconciliáveis entre si.

Assim sucederá quando, por exemplo, depois de arguir a anulabilidade do contrato, o


autor peça a anulação deste e, ao mesmo tempo, a condenação do réu na principal
prestação nascida do contrato (como se este permanecesse válido).

2.3. Entrega da petição na secretaria.

2.3.1. Momento da propositura da acção


A entrega da petição inicial na secretaria do tribunal a que é dirigida marca o momento
exacto da proposição da acção. A acção é considerada proposta ou instaurada no preciso
momento em que a entrega da petição é inscrita no livro de registo de entregas da
secretaria, devendo o recebimento ser ainda averbado no original da petição.

2.3.2. Recusa da petição pela secretaria


A secretaria deve e pode recusar o recebimento da petição, quando esta apresente
deficiências que impeçam a sua aceitação.

Como o não recebimento pode, porém, causar prejuízos graves e irreparáveis ao autor,
só em termos muitos limitados a lei permite a recusa da petição pela secretaria.

Rege para esses efeitos o artigo 213.º CPC, segundo o qual «nenhum papel é admitido à
distribuição sem que contenha todos os requisitos externos exigidos por lei». O espírito
do artigo 213.º CPC, ao cingir a recusa da distribuição dos papéis apresentados na
secretaria à falta de requisitos externos, é o de abranger apenas as deficiências de forma
exteriores à declaração da parte, sem penetrar na substância da declaração contida no
papel.

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2.3.3. Distribuição
Não havendo motivo para recusa de recebimento, deve a petição, depois de registada a
sua entrada, ser levada à distribuição.

Diz-se distribuição o acto complexo (operação burocrático-judicial) pelo qual as


diversas petições são repartidas entre as diferentes secções (de processos) da secretaria
entre os diversos juízes que servem no tribunal, quando este contenha mais de um juízo.

É através da distribuição que assim se determina a secção de processo onde a acção vai
correr e o juiz que nela vai intervir como juiz da causa.

2.3.4. Conclusão do processo (ao juiz).

2.3.4.1. Atitudes possíveis do juiz da causa


Feita a distribuição, sabendo-se qual o juiz da causa e a secção (de processos) por onde
o processo vai correr, a petição é remetida à secção, para que nela seja devidamente
autuada com os documentos que a acompanham.

Autuada a petição e logo que pago o preparo inicial deve o processo ser concluso ao
juiz, para que este, examinando a petição lhe dê o despacho (art. 166 nº1 CPC).

Neste despacho, pode o juiz, consoante as circunstâncias, tomar uma de quatro atitudes:

a) Indeferir liminarmente a petição;


b) Convidar o autor a completar ou a corrigir a petição;
c) Mandar arquivar o processo;
d) Ordenar a citação do réu.

2.4. Indeferimento liminar da petição. Motivos, atitudes possíveis do


autor
Dá-se o indeferimento liminar da petição quando:

a) Esta seja inepta;


b) Haja falta manifesta de algum dos pressupostos processuais de que o juiz possa
conhecer ex officio;
c) Quando for manifesto que a acção foi proposta fora de tempo, sendo a
caducidade de conhecimento oficioso ou não pode proceder;

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d) Quando a petição não possa ser aproveitada para a forma que o processo deva
seguir (art. 474.º CPC).
e) (O indeferimento liminar da acção mata a acção à nascença, dando lugar à
extinção (art.287 a) CPC) ou absolvição da instância (art. 288 nº1 CPC).

2.5. A fase de instrução


De acordo com o artigo 513º, CPC, a fase de instrução tem como objecto os temas de
prova enunciados ou os factos necessitados de prova. Assim, toda a instrução gira à
volta do tema da prova.

Tendo isto em mente, os princípios essenciais desta fase do processo civil são:

 Principio do inquisitório: O juiz tem iniciativa quanto à generalidade dos


meios de prova, o que quer dizer que mesmo que as partes não o solicitem, o juiz
pode solicitar oficiosamente.
 Principio do contraditório: Os atos de produção de prova devem ter lugar com
o contraditório da outra parte, permitindo a impugnação da outra parte.
 Principio da cooperação: Releva sobretudo no que toca a documentos que
decorram de uma das partes ou de terceiro;
 Principio da imediação e oralidade: impõe o contacto mais direto possível
entre o julgador e a fonte de prova.

2.5.1. O direito probatório material


A prova pode ser tomada como meio ou como resultado. Enquanto meio a prova pode
ser considerada em duas perspetivas: a perspetiva estática de fonte de prova e a
perspetiva dinâmica que se manifesta em fator probatório. A fonte de prova pode ser:

 Uma pessoa – fontes de prova pessoal: a parte, a testemunha;


 Uma coisa – fontes de prova real: os documentos, os monumentos (coisas
portadoras de indícios naturais do facto relevante).

A prova tem por objeto os factos pertinentes para o objeto do processo. Os factos
alegados pelas partes são, em primeira linha, os factos principais da causa. Apesar de
não serem os mais pertinentes, os factos instrumentais que consistem na via seguinte
para atingir a prova dos factos principais, é também objeto de prova.

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2.6. A fase de discussão e julgamento
No inicio da audiência final é sempre feita uma tentativa de conciliação se o objeto do
processo se enquadrar no âmbito do direito disponível..

Depois desta têm lugar, não especificamente por esta ordem:

 Depoimentos de parte;
 Exibição de documentos não escritos;
 Esclarecimentos dos peritos;
 Inquirição de testemunhas.

Na audiência final reúnem-se o tribunal, as partes e os intervenientes acidentais


necessários à produção de prova para que se realizem os atos conducentes ao
apuramento da prova e da matéria de facto. A audiência final caracteriza-se por:

 Imediação;
 Oralidade;
 Concentração;
 Contraditório.

A audiência final ocorre perante juiz singular e a audiência é sempre gravada (artigo
657.º CPC).

2.6.1. A sentença
A matéria da sentença encontra-se nos artigos 658º a 675º CPC.

Esta é proferida no prazo de 15 dias após encerrada a audiência final (artigo 658.º CPC).

Esta começa por identificar as partes do litigio, o seu objeto (pedido e causa de pedido)
e as questões que cabe ao tribunal solucionar (artigo 659.º CPC) que correspondem a
uma espécie de enumeração daquilo que o Tribunal irá decidir.

Depois desta parte introdutória segue-se a fundamentação, na qual o juiz deve


discriminar os factos que considera provados e fazer a aplicação do direito ao caso
(artigo 659º/2 CPC). A fundamentação é a parte mais importante da sentença e, por
regra, a mais longa.

A sentença tem que dividir:

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 Fundamentos de facto, na qual separa a lista dos factos provados e a motivação
dos factos provados.
 Fundamentos de direito;

Por fim, é feita a decisão, na qual ou se absolve ou se condena. O juiz deve ainda
condenar os responsáveis ao pagamento das custas processuais. No nosso processo civil
existe a regra de que quem perde o processo tem que pagar à custa. Se houver
reconvenção, ou o pedido apenas for parcialmente procedente/improcedente, a
condenação do pagamento das custas pode ser feita proporcionalmente.

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3. Conclusão
Finda pesquisa, chegamos a conclusão de que quanto à forma, o processo
comum é ordinário, emprega-se este processo quando o valor da causa exceda a alçada
dos tribunais de província, cfr, artigos 48.º/1,2 CPL conj. 462.º/1 CPC

O plano geral do processo declarativo ordinário pode ser dividido, num estudo analítico
da acção, em cinco fases, períodos ou ciclos distintos.

O primeiro período é o dos articulados; o segundo compreende o saneamento e


condensação do processo, bem como o julgamento antecipado da lide; o terceiro é o da
instrução; o quarto, o da discussão e o quinto, o do julgamento da causa.

Nomeadamente:

 Articulados é a fase introdutória destinada a definição dos termos da acção e à


exposição das razoes, tanto de facto como de direito, que servem de fundamento
aà pretensão de cada uma das partes.
6. Saneamento e condensação do processo ou julgamento antecipado da lide
(508.º CPC). O segundo abrange as seguintes finalidades essenciais:
d) O julgamento imediato da acção se houver já elementos suficientes para decidir
(seja quanto aos pressupostos processuais, seja quanto ao fundo da questão);
e) A correcção de todas as irregularidades formais sanáveis;
f) A expurgação do processo dde todas as questões supérfluas ou inúteis, no caso de
a acção haver de prosseguir.
g) Instrução. O terceiro período tem por fim a produção ou a recolha dos elementos
de prova sobre os factos que, interessando à decisão da causa, não tenham sido
devidamente esclarecidos no ciclo anterior. (art.513.º CPC).
h) Discussão. É o ciclo processual preenchido pelos debates entre os patronos das
partes: debates orais, na apreciação crítica da prova produzida; debate por escrito
sobre o aspecto jurídico da causa, no caso de os advogados não terem preferido a
discussão oral (art.657 CPC).
i) Julgamento. Trata-se do período destinado à decisão da causa, a qual se
desdobra em dois momentos distintos: o julgamento da matéria facto, efectuado
pelo tribunal colectivo, sob a forma de respostas aos quesitos formulados no

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questionário; o julgamento final, mediante a aplicação do direito aos factos
provados, sendo a decisão proferida por juiz singular.

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4. Referências bibliográficas
Legislação:

Moçambique – Código de Processo Civil.

Moçambique – Código de processo laboral.

SCHIAVI, Mauro (2010). Execução no processo do trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr.

LEITE, Carlos Henrique Bezerra (2016). Curso de direito processual do trabalho. 14.
ed. São Paulo: Saraiva.

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