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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE DIREITO

TRABALHO DE AVALIAÇÃO DE DIRETOS REAIS

Realizado por:

GRUPO Nº 4

O CONTEÚDO NEGATIVO DE DIREITO PRIVADO

Docente: Dr. Mário Françony

LUANDA, 2022/2023
UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE DIREITO

TRABALHO DE AVALIAÇÃO DE DIRETOS REAIS

O CONTEÚDO NEGATIVO DE DIREITO PRIVADO

CURSO: DIREITO
PERÍODO: NOITE
TURMA: C1
ANO CURRICULAR: 4º ANO
Nº DE REGISTO NOME
190377 Hermenegildo Ricardo do Val Neto
181444 Hernâni Paulo
191768 Ilda Fernando
120852 Jacinto Costa
191380 Janeth Miguel
121052 Januário Mavungo Bunda
150618 João Mateus Nhanga
192234 Joaquim Francisco
162185 Joaquim Quiteculo
151559 Jocsa António
190041 José Lucas

LUANDA, 2022/2023
EPÍGRAFE

Combati o bom combate, acabei a carreira,


guardei a fé.

(2 Timóteo, 4:7)

III
DEDICATÓRIA

À Deus, pelo caminho percorrido.

Aqueles que directamente têm


dado apoio incondicional, moral,
financeiro e psicológico na nossa
caminhada acadêmica.

IV
ÍNDICE

EPÍGRAFE ............................................................................................................................ III

DEDICATÓRIA .................................................................................................................... IV

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 5

1.1. Direitos Reais ...................................................................................................................... 5

1.1.1. Conceito ............................................................................................................................ 5

1.1.2. Evolução Histórica ........................................................................................................... 7

1.1.3. Princípios de Direitos Reais ............................................................................................. 7

1.1.4. Classificações dos Direitos Reais ................................................................................... 10

1.2. Conteúdo dos Direitos Reais ............................................................................................. 11

1.2.1. Conteúdo Positivo dos Direitos Reais ............................................................................ 11

1.2.2. Conteúdo Negativo dos Direitos Reais ........................................................................... 12

1.2.3. Conteúdo Negativo de Direito Privado: Relações de Vizinhança .................................. 14

CAPÍTULO II: OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO ........................................ 17

2.1. Modo de Investigação........................................................................................................ 17

2.1.1. Tipo de Pesquisa ............................................................................................................. 17

2.1.2. Método de Abordagem ................................................................................................... 18

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 20

APÊNDICE ............................................................................................................................. 21
INTRODUÇÃO

O direito privado diz respeito aos indivíduos, homens e mulheres, cujas relações, espera-
se, devem ser harmoniosas, caso contrário, os tribunais intervêm e resolvem suas disputas de
maneira pacífica e terminante. O direito privado centra-se não na necessidade como um todo,
mas sim nos indivíduos.

A principal função do direito privado é reparar o mal feito. Se alguém pratica um facto
ilícito e danifica o bem de outrem, então tem de assumir responsabilidade de reparar esse dano
e colocar o indivíduo lesado na situação em que ele se encontraria se não tivesse ocorrido o
facto.

Moderadamente, percebe-se uma intervenção de princípios de direito público sobre o


direito privado, de modo que não se pode mais falar de contrato e de propriedade em nosso
ordenamento, sem se atentar para o dirigismo contratual e sem se respeitar a função social da
propriedade.

Antes de iniciar um debate sobre o conteúdo negativo de direito privado propriamente


dito, entende-se necessário traçar um estudo sobre os direitos reais, visto que é o ramo que
engloba o tema a ser abordado pelo presente trabalho.

O direito das coisas ou direito real é o complexo de normas que regulam as relações
jurídicas referentes às coisas susceptíveis de apropriação pelo homem, sejam elas móveis ou
imóveis. De modo geral, compreende os bens materiais, ou seja, a propriedade e seus
desmembramentos.

Ele consiste em um poder jurídico que uma pessoa, titular do bem, exerce sobre ele.
Assim, existe um sujeito activo, que é o titular do direito; uma coisa, que é o objecto do direito;
e o poder jurídico que esse sujeito exerce sobre o bem que possuí. Constata-se, pois, que embora
não exista nenhum sujeito passivo determinado, esse direito será oponível erga omines,
fazendo, desta forma, com que toda sociedade figure como sujeito passivo, posto que todos
devem respeitar a propriedade alheia.

Problemática

Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de


real importância, para a qual se deve encontrar uma solução. Definir um problema significa
especificá-lo em detalhes precisos e exatos. Na formulação de um problema deve haver clareza,

1
concisão e objectividade. A colocação clara do problema pode facilitar a construção da hipótese
central. (LAKATOS e MARCONI, 2003, p. 158),

Como fio condutor do nosso estudo, definimos como problemática a seguinte:

― Qual o conteúdo negativo de Direito Privado no âmbito das relações de


vizinhança?

Hipóteses

As hipóteses constituem “respostas” supostas e provisórias ao problema. A principal


resposta é denominada hipótese básica, podendo ser complementada por outras, que recebem a
denominação de secundárias. (FREITAS e PRODANOV, 2013, p. 124)

Para Lakatos e Marconi (2003, p. 127, 128) Hipótese é uma proposição que se faz na
tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. É uma suposição que
antecede a constatação dos factos e tem como característica uma formulação provisória: deve
ser testada para determinar sua validade. Correcta ou errada, de acordo ou contrária ao senso
comum, a hipótese sempre conduz a uma verificação empírica.

Nesta ordem de ideia, para respondermos a problemática temos as seguintes hipóteses:

H1 – O conteúdo negativo de direito privado, nas relações de vizinhança podem


distinguir-se nas Emissões, Instalações Prejudiciais, Escavações, Passagem Forçada
Momentânea, Dever de conservação de imóvel, Escoamento natural das águas e obras
defensivas das águas, Abertura de janelas, varandas, portas, e semelhantes sobre prédio
contíguo e servidões de vista, Outras aberturas, Estilicídio, Plantação de árvore e arbustos,
Tapagem do prédio e Convencionado em vizinhança.

H2 – O conteúdo negativo de direito privado, nas relações de vizinhança não se


distinguem nas Emissões, Instalações Prejudiciais, Escavações, Passagem Forçada
Momentânea, Dever de conservação de imóvel, Escoamento natural das águas e obras
defensivas das águas, Abertura de janelas, varandas, portas, e semelhantes sobre prédio
contíguo e servidões de vista, Outras aberturas, Estilicídio, Plantação de árvore e arbustos,
Tapagem do prédio e Convencionado em vizinhança.

Objectivos

De acordo com Freitas e Prodanov (2013, p. 124) Os objectivos devem ser sempre
expressos em verbos de acção, e desdobram-se em: Objectivo geral e específicos.

2
Para Lakatos e Marconi (2002, p. 24) os objectivos podem ser intrínsecos ou
extrínsecos, teóricos ou práticos, gerais ou específicos, a curto ou a longo prazo. Respondem às
perguntas: Por quê? Para quê? Para quem?

Os objectivos constituem a finalidade de um trabalho científico, ou seja, a meta que se


pretende atingir com a elaboração da pesquisa. São eles que indicam o que o investigador deseja
fazer. E estes podem ser Geral e Específicos. (LAKATOS e MARCONI, 2005, apud
CARVALHO, 2020, p. 2)

Objectivo Geral

Marconi e Lakatos (2003, p. 219) consideram que o objectivo geral está ligado a uma
visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos
fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se directamente à própria significação
da tese proposta pelo projecto.

Definimos como objectivo geral o seguinte:

― Compreender o conteúdo negativo de direito privado, no âmbito das relações de


vizinhanças.

Objectivos Específicos

Marconi e Lakatos (2003, p. 219) dizem que apresentam carácter mais concreto. Têm
função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de
outro, aplicá-lo a situações particulares.

Objectivos específicos significam aprofundar as intenções expressas nos objectivos


gerais. (CERVO e BERVIAN, 2007, p. 75).

Os nossos objectivos específicos são:

― Apresentar fundamentos teóricos sobre Direitos Reais e os Conteúdos Negativos


de Direito Privado.
― Descrever as opções metodológicas utilizadas na execução do trabalho.

Justificativa

Espera-se com este estudo uma melhor compreensão sobre o conteúdo negativo de
direito privado, suas principais asserções e o que cada uma deles transmite.

3
O estudo desta problemática será relevante e proveitosa, pois poderá servir de base
bibliográfica para os futuros investigadores e não só, os mesmos terão fontes referenciadas da
área em questão.

Estrutura do Trabalho

O presente trabalho além dos elementos pré-textuais e pós-textuais, bem como a


Introdução e a Conclusão, é constituído por dois capítulos. O Capítulo I, retratou da
fundamentação teórica sobre os Diretos Reais, Conteúdo dos Direitos Reais, Positivos e
Negativos.

No segundo Capítulo, temos as opções metodológicas do estudo, onde vimos, o modo


de investigação e o Método de Abordagem do estudo.

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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Direitos Reais

1.1.1. Conceito

Ao conceito de Direito Real correspondem várias teorias:

Teoria clássica (Grócio): o direito real é um direito patrimonial que existe entre a
pessoa e a coisa sem relação necessária a outra pessoa; (MALÓ, 2018)

― Desenvolvimentos posteriores (pandectista): apresentam o direito real como um


poder imediato sobre uma coisa ou como o poder direito e imediato sobre uma
coisa;

Teorias personalistas (Windscheid): criticando as teses clássicas, por entender que a


relação jurídica não pode ser concebida como entre uma pessoa e uma coisa; entende que a
relação jurídica se estabelece entre pessoas, pelo que o Direito Real vale para outras pessoas e
é concebido como a obrigação de não impedir a atuação do titular do direito (impõe, apenas,
deveres de abstenção a terceiros); (MALÓ, 2018)

Teorias mistas: concebem as duas vertentes do direito penal já explanadas, formulando


a vertente externa e a vertente interna; (MALÓ, 2018)

― No âmbito da vertente interna, o direito real é concebido como um poder direto


e imediato sobre a coisa;
― No âmbito da vertente externa, o direito real tem oponibilidade erga omnes, ou
seja, investe todas as pessoas no dever de o respeitarem.

A regência apresenta uma concepção própria. Não obstante, e em primeiro lugar,


importa sistematizar algumas críticas formuladas às várias teses apresentadas:

Teoria clássica: deve criticar-se o facto de o direito real não ser um poder, mas um
direito subjectivo; a imediação não é uma característica transversal a todos os direitos reais
(mas, tão somente, em geral, aos direitos reais de gozo); ainda, o facto de uma relação jurídica
apenas se estabelecer entre pessoas e não entre uma coisa e uma pessoa. (MALÓ, 2018)

Teoria personalista: deve criticar-se o reducionismo operado por esta tese, na medida
em que é insuficiente uma noção pela negativa, já que o direito real tem um conteúdo positivo
fundamental (aproveitamento, em termos absolutos, da coisa); ainda, o facto de esta teoria se

5
centrar, para a criação de uma noção de direito real, quando se verifica a sua violação. (MALÓ,
2018)

Teorias mistas: todas as críticas apresentadas às teses anteriores, excepto aquela em


que respeita a um mero conceito negativo, são transponíveis para esta;

Perante as teses tradicionais, a doutrina actual procurou superar as críticas e as


dificuldades na procura por um conceito de Direito Real, fazendo algumas sugestões:

Gomes da Silva: entende que só pode ser direito real o que representa a afetação da
coisa a um fim, sendo o bem afetado pela lei à realidade de certo fim a própria coisa.

― Críticas: falta de explicitação do objecto, já que mencionar coisa leva à inclusão


de coisas corpóreas; ligação entre a afetação da coisa e o fim (que implica uma
delimitação negativa e uma sujeição do titular ao fim); (MALÓ, 2018)

Oliveira Ascensão: direitos reais são direitos absolutos, inerentes a uma coisa e
funcionalmente dirigidos à afetação desta aos interesses do sujeito;

― Críticas: nem todos os direitos reais são caracterizados pela absolutidade; ainda,
os direitos reais não o são por terem inerência a uma coisa, mas por terem como
objecto uma coisa; a ligação que mantém, na linha de Gomes da Silva, ao
elemento subjectivo fim. (MALÓ, 2018)

Menezes Cordeiro: o direito real é uma permissão normativa específica de


aproveitamento de uma coisa corpórea;

Carvalho Fernandes: o poder jurídico absoluto, atribuído a uma pessoa determinada


para a realização de interesses jurídico-privados, mediante o aproveitamento imediato de
utilidades de uma coisa corpóreas; (MALÓ, 2018)

Menezes Leitão: direito absoluto e inerente a uma coisa corpórea, que permite ao seu
titular uma determinada forma de aproveitamento jurídico desta;

O Sr. Prof. José Alberto Vieira, perante a variedade de teses, apresenta uma tese própria:
direito que atribuiu ao seu titular um determinado aproveitamento de uma coisa corpórea.
(MALÓ, 2018)

― O direito real é um direito subjectivo.


― Os direitos reais incidem sobre coisas corpóreas.

6
― Os direitos reais outorgam o aproveitamento de uma coisa corpórea, sendo
que esse aproveitamento pode ser muito variado.
― O aproveitamento da coisa pode ser material ou jurídico

1.1.2. Evolução Histórica

O sistema dos Direitos Reais remonta à oposição entre dois tipos de acções (Direito
Romano):

Actio in personam: que consistia numa pretensão contra uma pessoa, não podendo, por
isso, essa pretensão ultrapassar a relação obrigacional (apenas contra a pessoa do devedor);

Actio in rem: que consistia numa pretensão contra uma coisa, procurando estabelecer a
sua defesa contra qualquer pessoa que perturbasse o aproveitamento pelo titular.

É por via da actio in rem que surgem os iura in rem, ou seja, os Direitos Reais, com a
particularidade de incidirem sobre coisas corpóreas e de terem eficácia real erga omnes. Os
Direitos Reais, contrariamente aos Direitos de Crédito (Obrigações) são oponíveis a qualquer
terceiro que ponha em causa o aproveitamento da coisa pelo titular. (MALÓ, 2018)

1.1.3. Princípios de Direitos Reais

Os princípios são fundamentais, enquanto forma de orientação do ramo dos Direitos


Reais. Não obstante, há que ter em consideração que não há princípios sem excepção, o que
significa que qualquer dos princípios enunciados pode, pontualmente, comportar excepções.

Princípio da tipicidade (ou numerus clausus) – artigo 1306º: os particulares não


podem criar as figuras com natureza real que lhes aprouver, ou seja, a sua autonomia privada
está limitada pelos tipos legais (CC e legislação avulsa); não podem, também, modificar as
regras imperativas do próprio tipo (a tipicidade abrange o tipo injuntivo); (MALÓ, 2018)

― NOTA: o disposto no artigo 1306º tem por base uma noção tradicional dos
Direitos Reais, de acordo com a qual os direitos reais menores (com menor
aproveitamento da coisa), seriam menores em relação ao direito de propriedade
(não eram autonomizados como verdadeiros direitos reais). O regente entende
que esta noção deve ser de rejeitar, pelo que todos os direitos reais são
categoriais autónomas, consubstanciando-se como menores em relação aos
outros direitos reais.

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Princípio da inerência: os direitos reais têm, por objecto, coisas corpóreas (nelas se
incluem as coisas incorpóreas acondicionadas); cada direito real tem uma coisa determinada
como objecto, não podendo desta ser desassociado ou separado; se um direito real se constitui
em relação a uma coisa, só pode ter essa coisa como objecto, não podendo ser transferido para
outra coisa; (MALÓ, 2018)

― Falta um sujeito passivo;


― Só há um sujeito activo e a coisa;
― Sub-rogação real especial: 1478º (é uma sub-rogação real). art. 692º (direito
real substituído pelo crédito – penhor de crédito – não é um caso de sub-
rogação real) – porque já não existe coisa. (MALÓ, 2018)

Princípio da especialidade: o direito real só pode ter como objecto uma coisa com
existência actual e determinada (artigo 408º/2 – transferência do direito real apenas no momento
da aquisição ou da determinação); (MALÓ, 2018)

― Os direitos reais devem incidir sobre coisa única e individualizada, não obstante,
por via de um contrato, se possa verificar a transmissão unitária de um conjunto
diversificado de coisas sobre as quais incida o direito de propriedade. Assim,
não é cientificamente correto enunciar a propriedade sobre a empresa, o
estabelecimento comercial ou a herança.

Princípio da prevalência:

― Prevalece o direito de propriedade anterior;


― Prevalecem os direitos reais, mesmo que sejam transmitidos a terceiros;

Princípio da absolutidade: o direito real depende unicamente de si, sendo


independente de uma situação de sinal contrário; o direito real é um direito erga omnes, ou seja,
que é oponível a qualquer terceiro que ponha em causa o aproveitamento da coisa pelo titular
(permitem ao seu titular fazer valer o seu direito contra quem quer que seja que o viole);
(MALÓ, 2018)

― Critério estrutural: os direitos reais podem ser absolutos ou relativos; o direito


real pode nascer de um outro direito real (a propriedade, p.e., pode constituir-se
por ocupação, acessão e usucapião), situação que indicia a absolutidade; o
direito real pode, ainda, nascer de um contrato (p.e. compra e venda), situação
que indicia a relatividade dos direitos reais.

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― Sequela: está presente nos direitos reais de gozo (acção de reivindicação); nos
direitos reais de garantia (p.e. hipoteca – a sequela está na execução); direitos
reais de aquisição (acção de preferência ou execução específica).

Princípio da consensualidade – artigo 408º CC: o direito real constitui-se ou


transfere-se, solo consensu, no momento da celebração do contrato, instantânea ou
automaticamente, sem necessidade de entrega da coisa ou do registo e sem qualquer
dependência do cumprimento das obrigações estabelecidas; (MALÓ, 2018)

― Antunes Varela: a aquisição do direito real sobre imóveis apenas estaria


concluída com o registo da aquisição (art. 5º/1 do CRP); de rejeitar, porque a
aquisição do direito real ocorre por efeito do contrato, apenas;

Princípio da causalidade e da unidade:

― Causalidade: a aquisição do direito real supõe a eficácia do negócio jurídico


que lhe está na base, ou seja, se o negócio for nulo ou se vier a ser anulado, a
aquisição do direito real não tem lugar.
― Unidade: a aquisição do direito real faz-se através de um só negócio jurídico,
que é simultaneamente real e obrigacional, ou seja, os efeitos reais e
obrigacionais têm o mesmo negócio jurídico como fonte;

Princípio da boa-fé: princípio de pouca relevância no âmbito dos direitos reais;


geralmente, é reconduzida a uma noção subjectiva, já que corresponde a um estado de espírito
do agente; (MALÓ, 2018)

― Tem a sua relevância na usucapião e, sobretudo, na posse (para o possuidor de


boa-fé, por exemplo, a posse vale título).
― Regente: o conceito de boa-fé deve integrar a desculpabilidade/censurabilidade
da ignorância do agente (está de boa-fé aquele que ignora, sem culpa); defende
uma concepção ética de boa fé, ou seja, está de boa fé aquele que
desculpavelmente ignorar, ao adquirir o direito real, que lesava o direito de
outrem.

Princípio da territorialidade: a ordem jurídica portuguesa é aquela que determina o


regime jurídico-real das coisas situadas no território português;

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Princípio da publicidade: este princípio tem, na sua base, uma motivação de confiança
e segurança do comércio, ou seja, se o direito real é um direito oponível a todos, então deve ser,
tanto quanto possível, reconhecível por qualquer um; (MALÓ, 2018)

― A publicidade pode ser espontânea (o controlo material da coisa, de acordo com


a lei, em alguns casos faz presumir a titularidade do direito real – é o caso da
posse) ou organizada (quando surge através do registo, sendo que só se aplica
a certas categorias de coisas – é o caso do registo predial, do registo automóvel
e do registo de aeronaves).

1.1.4. Classificações dos Direitos Reais

Os direitos reais podem ser organizados em três categorias distintas:

Direitos reais de gozo: caracterizam-se por atribuírem o aproveitamento da coisa


através de uma combinação de poderes que consubstanciam o gozo da coisa;

Direitos reais de garantia: não atribuem poderes de gozo da coisa, apenas a


possibilidade de realização de um valor em dinheiro pelo produto da venda da coisa em
processo judicial executivo, ou seja, caracterizam-se por alocar uma coisa à garantia de uma
relação obrigacional, p.e.; (MALÓ, 2018)

Direitos reais de aquisição: determinam a afectação de uma coisa à aquisição de um


outro direito; são exemplos o pacto de preferência com eficácia real e o contrato promessa com
eficácia real; (MALÓ, 2018)

Da categoria dos direitos reais há, ainda, que distinguir os direitos pessoais de gozo.
Apesar de no âmbito desta categoria vigorar o princípio geral da atipicidade, são direitos
pessoais de gozo típicos: locação; comodato; parceria pecuniária; depósito. Há que atentar, nos
termos do artigo 407º, às relações que entre estes se estabelecem, a partir do momento em que
se verifique a intermediação (o titular esteja na posse do bem). (MALÓ, 2018)

Os direitos pessoais de gozo caracterizam-se por uma proximidade ambivalente:


aglomeram características de direitos de crédito assim como características de direitos reais.
Assim:

Proximidade aos direitos de créditos:

― Existem sucessivas prestações, auferidas pelo locatário;


― Estão localizados na parte relativa às obrigações (argumento sistemático);

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― No regime do usufruto, propriedade, a reação mediante acções possessórias está
subentendida – no caso do direito do locatário não, pelo que se compreende o
artigo 1037º/2 (1133º/2, 1188º/2 e 1125º/2 CC) e necessidade de afastamento
sistemático do âmbito dos direitos reais; o artigo 1057º é apenas uma forma de
tutelar o direito à habitação;
― O 1057º não apresenta um carácter absoluto – parece que já não tutela em caso
de penhora;
― Há um sujeito passivo na relação;

Proximidade aos direitos de créditos:

― O centro está no gozo da coisa (corpórea), em relação ao qual o senhorio é


alheio;
― Permite-se a defesa através de acções tipicamente pensadas apenas para o âmbito
dos direitos reais;
― O locatário dispõe de elementos reais (poder de transformação, 1036º;
preferência com eficácia real, 1091º; relações de vizinhança, 1071º).

1.2. Conteúdo dos Direitos Reais

1.2.1. Conteúdo Positivo dos Direitos Reais

O aproveitamento da coisa como escopo do direito real: o direito real tem uma coisa
corpórea por objecto. O escopo legal deste direito está em providenciar ao titular o
aproveitamento dela. Naturalmente, o aproveitamento da coisa varia em função do conteúdo
facultado pelo direito real em causa. Cada direito real, na medida em que tem um conteúdo
específico, permite um aproveitamento diferente dos demais direitos reais. (VIEIRA, LEITÃO,
2018)

O aproveitamento de coisas corpóreas não conhece limites teóricos. Todas as utilidades


de que uma coisa é suscetível podem ser afectadas ao conteúdo do direito real, deixando para o
seu titular o aproveitamento respetivo. Porém, quando a ordem jurídica implementa um
princípio de numerus clausus, limita à partida o aproveitamento da coisa aos tipos legais
previamente definidos, não reconhecendo nenhum outro aproveitamento, pelo menos, sujeito à
disciplina de Direitos Reais, já que a afectação de uma coisa corpórea por meio de direitos
pessoais de gozo não conhece os entraves daquele princípio. (VIEIRA, LEITÃO, 2018)

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Numa ordem jurídica dominada pelo princípio da tipicidade, como a portuguesa, o
aproveitamento das coisas corpóreas em termos jurídico-reais apenas pode ser feito através dos
tipos de direitos reais consagrados. Estes, por sua vez, podem ser agrupados em categorias em
atenção ao escopo de aproveitamento que atribuem ao titular. (VIEIRA, LEITÃO, 2018)

A tripartição dos direitos reais em função do conteúdo do aproveitamento da coisa:


no Direito português o aproveitamento das coisas corpóreas em termos jurídico-reais pode ser
dividido em três grandes categorias, agrupando-se cada direito real numa delas em função do
escopo de aproveitamento da coisa que propicia ao titular. Essas três grandes categorias são:
(VIEIRA, LEITÃO, 2018)

― O gozo da coisa;
― A garantia de cumprimento de uma obrigação;
― A aquisição de outro direito.

Assim se chega à conhecida tripartição classificatória de direitos reais na ordem jurídica


portuguesa:

― Direitos reais de gozo;


― Direitos reais de garantia;
― Direitos reais de aquisição.

1.2.2. Conteúdo Negativo dos Direitos Reais

Apesar dos direitos reais serem situações jurídicas activas, atribuindo o aproveitamento
de coisas corpóreas, ao seu conteúdo pertencem igualmente situações jurídicas passivas,
deveres, estados de sujeição, ónus e outras vinculações a que o titular do direito real se encontra
adstrito. (VIEIRA, LEITÃO, 2018)

No ensino de Direitos Reais em Portugal, foi Oliveira Ascensão quem divulgou este
entendimento, o qual recebeu depois as adesões de Menezes Cordeiro e de Carvalho Fernandes.
As regras que impõem vinculações ao titular do direito real delimitam negativamente o
conteúdo do direito real.

No seu conjunto, o aproveitamento da coisa facultado pelo direito real só é realmente


obtido quando se ponderam e outras situações jurídicas activas. Durante muito tempo, a
propriedade foi vista como um direito absoluto, no sentido de não limitado, apesar de serem
patentes as restrições que a gravam, assim como aos demais direitos reais. (VIEIRA, LEITÃO,
2018)
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Mas a afirmação do conteúdo absoluto da propriedade surge proclamada enfaticamente
no Code Civil francês. E durante todo o século XIX, a doutrina, incluindo a pandectística alemã,
divulgou a mesma ideia, que continuou seguramente predominante na primeira metade do
século XX. Em Portugal, esta visão teve possivelmente o seu expoente em Pires de Lima. A
ideia de ilimitação da propriedade, correspondendo ao estádio do individualismo liberal, deve
considerar-se hoje ultrapassada. Para além de limites exteriores, comuns aos direitos
subjectivos, os direitos reais são delimitados negativamente por normas jurídicas que impõem
deveres, sujeições e outras vinculações. Tais situações jurídicas passivas são parte do conteúdo
do direito real, não são limites exteriores a uma extensão tendencialmente ilimitada. (VIEIRA,
LEITÃO, 2018)

1.2.2.1. Classificações

Sistematizando o que ficou dito, distinguimos:

Conteúdo negativo dos direitos reais: alude às situações jurídicas passivas que integram
o conteúdo do direito real e o delimitam negativamente. Dentro deste conteúdo negativo
podemos ainda separar:

O conteúdo negativo geral: que respeita a todos os direitos reais ou a uma categoria
deles, que pode ser ainda ordenado em função da natureza do interesse primacial que a
situação jurídica passiva visa prosseguir: (VIEIRA, LEITÃO, 2018)

― Conteúdo negativo de Direito privado: relações de vizinhança (artigos 1344.º


e seguintes CC).
― Conteúdo negativo de Direito público: expropriação (artigo 1308.º CC);
requisição (artigo 1309.º CC); confisco; servidões administrativas e ius
aedificandi.

O conteúdo negativo específico: respeita somente a cada um dos direitos reais


existentes.

Limites gerais: sendo exteriores ao conteúdo do direito, traçam a fronteira entre o


exercício permitido do direito real e aquele que contraria a ordem jurídica e, por isso, não é
admitido. (VIEIRA, LEITÃO, 2018)

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1.2.3. Conteúdo Negativo de Direito Privado: Relações de Vizinhança

O conteúdo negativo no âmbito das relações de vizinhança coloca-se a propósito das


relações entre proprietários de imóveis (art. 1344º e ss.); no entanto, JAV entende que estas
podem ser extensíveis a qualquer direito real, não condicionando, apenas o conteúdo do direito
de propriedade. (MALÓ, 2018)

No âmbito das relações de vizinhança podem distinguir-se como elementos do conteúdo


negativo:

EMISSÕES: previstas no art. 1346º, limitam as emissões provenientes daquele bem


imóvel; resulta, do preceito, a proibição de todas as emissões de que importem o prejuízo
substancial para o uso do imóvel e ou que não resultem da utilização normal do prédio de que
emanam; (MALÓ, 2018)

― Estão abrangidos prédios contíguos e prédios com proximidade espacial capazes


de serem afectados.
― Disjunção ou cumulação de requisitos: Menezes Cordeiro entende serem
cumulativos; Antunes Varela entende serem disjuntivos; JAV entende que o
requisito do dano é sempre obrigatório, ou seja, a cumulação é apenas
relativamente ao dano (se provocarem dano, mas resultarem do exercício normal
nem por isso deixam de ser ilícitas).

INSTALAÇÕES PREJUDICIAIS: previstas no art.1347º (permite que o titular do


direito real sobre o prédio vizinho proíba obras, depósitos e outras instalações que encerrem
perigo de dano sobre o seu prédio, assim como a respectiva remoção caso a construção haja
sido feita). (MALÓ, 2018)

ESCAVAÇÕES: previstas no art. 1348º, devendo entender-se estar abrangidos todos


os danos projectados pelas escavações sobre os prédios vizinhos; integra formas de
transformação que afectem a integridade de edifícios vizinhos; prevê-se uma responsabilidade
objectiva (não permite afastamento pelo facto de se ter recorrido a empreiteiro). (MALÓ, 2018)

PASSAGEM FORÇADA MOMENTÂNEA: exige-se consentimento do titular do


direito real na colocação de andaime, matérias e outras estruturas no prédio, se tal for
imprescindível para a construção/reparação do prédio contíguo (art. 1349º/1); o titular do direito
real lesado tem direito a ser indemnizado (art. 1349º/3); (MALÓ, 2018)

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DEVER DE CONSERVAÇÃO DE IMÓVEL: dever de conservar o edifício ou obra,
de modo que não cause danos a terceiros (art. 1472º, p.e., provando que vale para qualquer
titular de direito real); está implícito em 492º e 1350º; (MALÓ, 2018)

ESCOAMENTO NATURAL DAS ÁGUAS E OBRAS DEFENSIVAS DAS


ÁGUAS: os titulares de direitos reais de gozo sobre prédios inferiores não podem impedir o
escoamento natural da água, sedimentos e detritos que ela transporta, assim como os titulares
dos prédios superiores não podem agravar as condições que já decorrem da natureza; (MALÓ,
2018)

― Art. 1352º: caso particular das obras defensivas de águas que existam num
prédio para proteger esse e outros prédios;

ABERTURA DE JANELAS, VARANDAS, PORTAS E SEMELHANTES SOBRE


PRÉDIO CONTÍGUO E SERVIDÕES DE VISTA: estatui o art. 1360º/1 que o titular do
direito real não pode abrir portas ou janelas viradas para o prédio vizinho sem deixar entre estas
e o limite daquele uma distância de, pelo menos, um metro e meio (extensão: nº2), com as
restrições constantes do art. 1361º; (MALÓ, 2018)

― Art.1362º - Servidão de Vistas: menção também a servidão desvinculativa;


implica a aquisição, por usucapião, de uma servidão (não em sentido técnico) de
vistas; trata-se da extinção do dever constante do art. 1360º decorrido o prazo da
usucapião.

OUTRAS ABERTURAS: aberturas de frestas, seteiras ou óculos para luz e ar não


estão contemplados pelo disposto no art. 1360º (art. 1363º/1), embora devam obedecer a outras
regras (art. 1363º/2); podem, no entanto, ser construídos edifícios ou outras que tapem as
aberturas. (MALÓ, 2018)

ESTILICÍDIO: dever de impedir que águas, das chuvas ou outras, que escorram do
telhado ou de outra cobertura não caiam no prédio do vizinho; se for impossível evitar, o art.
1365º/1 obriga ao respeito por um intervalo mínimo. (MALÓ, 2018)

PLANTAÇÃO DE ÁRVORES E ARBUSTOS: o titular do direito real de gozo pode


plantar árvores e arbustos até ao limite do seu prédio (art. 1366º/1) – com limitações (nº2); na
eventualidade de os frutos apenas poderem ser colhidos através do prédio vizinho que, apesar
de terem direito a indemnização, estão obrigados a admitir a colheita (art. 1367º); (MALÓ,
2018)

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TAPAGEM DO PRÉDIO: o proprietário pode tapar o prédio, erguendo muro,
valando, rodeando de sebes, árvores ou plantes (art. 1356º) – aplica-se a qualquer direito real;
com algumas limitações (art. 1359º/1). (MALÓ, 2018)

CONVENCIONADO EM VIZINHANÇA: as partes podem convencionar


vinculações do titular do direito real de gozo que não contendam com o conteúdo típico do
direito real, dentro das quais poderão estar restrições de vizinhança. (MALÓ, 2018)

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CAPÍTULO II: OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO

Metodologia é a forma de buscar-se o conhecimento de maneira racional e eficiente. É


a explicação minuciosa, detalhada e exata, de toda acção desenvolvida pelo método de pesquisa.
Também pode ser definida como o estudo sistemático e lógico dos princípios que orientam a
pesquisa cientifica. (MENDES, 2020, p. 43)

Para Lakatos e Marconi (2003, p. 83) metodologia é o conjunto das actividades


sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo
conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do pesquisador.

2.1. Modo de Investigação

2.1.1. Tipo de Pesquisa

Pesquisa é, portanto, um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um


problema, as quais têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. (FREITAS e
PRODANOV, 2007, p. 44)

Para o presente trabalho quanto ao procedimento recorreremos ao tipo de Pesquisa


Bibliográfica e Descritiva.

Quanto a abordagem, recorremos aos tipos de pesquisas Qualitativa.

De acordo com Freitas e Prodanov (2007, p. 54) pesquisa bibliográfica, quando


elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas,
publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações,
teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto
com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.

Já a pesquisa descritiva é quando o pesquisador apenas regista e descreve os factos


observados sem interferir neles. Visa descrever as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. (FREITAS e PREDANOV, 2007,
p. 52)

No entanto na Pesquisa Qualitativa, Freitas e Prodanov (2007, p. 70) consideram que


há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre
o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A
interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa
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qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a
fonte directa para colecta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é
descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu
significado são os focos principais de abordagem.

2.1.2. Método de Abordagem

Seleccionamos para o presente estudo o método Hipotético-Dedutivo.

Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 106) método hipotético dedutivo que se inicia
pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses e, pelo
processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela
hipótese.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho é subordinado ao tema o conteúdo negativo de direito privado.

A elaboração deste estudo levou-nos a compreender o conteúdo negativo de direito


privado, no âmbito das relações de vizinhanças. Que teve a sua génese na fundamentação
teórica, construídas com suporte a livros, decreto lei, bem como artigos científicos e sites, com
informações relacionadas ao Direito Privado, mas especificamente o Direito Real.

Com base ao estudo realizado, alcançou-se os objectivos, compreendemos o assunto


relacionado ao conteúdo negativo de direito privado, no âmbito das relações de vizinhanças,
apresentamos os principais fundamentos teóricos sobre Direitos Reais e os Conteúdos
Negativos de Direito Privado e descrevemos de forma telegráfica as opções metodológicas
utilizadas para execução do presente trabalho.

A informação contida no presente trabalho procurou responder a seguinte pergunta de


partida: Qual o conteúdo negativo de Direito Privado no âmbito das relações de vizinhança?
Tendo em conta as hipóteses levantadas, permitiu confirmar a Hipótese 1 como verdadeira,
mostrando que, o conteúdo negativo de direito privado, nas relações de vizinhança podem
distinguir-se nas Emissões, Instalações Prejudiciais, Escavações, Passagem Forçada
Momentânea, Dever de conservação de imóvel, Escoamento natural das águas e obras
defensivas das águas, Abertura de janelas, varandas, portas, e semelhantes sobre prédio
contíguo e servidões de vista, Outras aberturas, Estilicídio, Plantação de árvore e arbustos,
Tapagem do prédio e Convencionado em vizinhança.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Saraiva. São Paulo. 2007.

FERRARI, Trujillo Afonso. Metodologia da Ciência. 2ª Edição, Editora Kennedy. 1974. Pag.
144.

FREITAS, Ernani Cesar de; PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho


científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª ed. Editora: Novo
Hamburgo. Rio Grande do Sul – Brasil. 2013. 277 Pag.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia


Científica. 5ª Edição. EDITORA ATLAS S.A. SÃO PAULO. 2003.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. 5ª Edição.


EDITORA ATLAS S.A. 2002.

MENDES, Osvaldo António de Carvalho. Percepção dos Profissionais Sobre a Contabilidade


e o Controlo Interno – INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO ALVORECER DA
JUVENTUDE (ISPAJ), Luanda. 2020. 95 Pag.

ZASSALA, Carlinhos. Iniciação à Pesquisa Científica. 5ª Edição. Mayamba Editora. Luanda.


2019.

BARROS, André Borges de Carvalho. AGUIRRE, João Ricardo Brandão. Direito Civil -
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GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas - Sinopses Jurídicas. 8ª edição. São Paulo:
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VIEIRA, José Alberto; Direitos Reais; 2.ª Edição; Almedina Editores, S.A., Coimbra, fevereiro
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MALÓ, Mafalda. Direitos Reais. Faculdade De Direito. Universidade de Lisboa. S/E. s/ed.
Lisboa. 2017/2018.

VIEIRA, José Alberto & LEITÃO, Luís Menezes. Direitos Reais. Faculdade De Direito.
Universidade de Lisboa. s/e. s/ed. Lisboa. 2017/2018.

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APÊNDICE

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