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Casamento entre pessoas do mesmo

sexo: O casamento é considerado


inexistente quando é realizado entre
pessoas do mesmo sexo, sem
consentimento e celebrado por
autoridade incompetente. Para ser
considerado inexistente se faz necessário
averiguar se realmente existe, e se existe
de fato pode ser válido ou inválido.

A celebração perante a autoridade


legalmente investida de poderes:
O casamento deve ser celebrado perante
a pessoa por quem a lei de organização
CASAMENTO INEXISTENTE judiciária atribua esse direito. No Estado
do Rio Grande do Sul, é atribuído ao juiz
de paz essa função. Se o casamento não
for celebrado por essa pessoa, o
casamento será inexistente.

O consentimento manifestado na forma


da lei pelos nubentes:
Será inexistente o casamento quando
faltar a vontade de um dos nubentes para
a celebração desse contrato. Isso pode
ocorrer quando faltar a declaração de
vontade, quando ocorrer a coação
absoluta, ou, ainda, quando a vontade
não for exteriorizada. Essa consentimento
pode ser expresso através de procuração.

Quanto o vicio que contamina o ato do


casamento não é tão grave, e se não for
alegado dentro o prazo, o torna válido,
mantendo os seus efeitos. Depende de
decretação por sentença judicial em ação
proposta, em regra, apenas pelo cônjuge
prejudicado, seus pais ou representantes
legais. Produz efeitos até a data da decretação
da anulação. Para sua decretação é
necessário sentença judicial em ação
Art. 1.550. É anulável o casamento: proposta, em regra, apenas pelo cônjuge
I - de quem não completou a idade prejudicado, seus pais ou representantes
mínima para casar; legais.
II - do menor em idade núbil, quando não
autorizado por seu representante legal;
CASAMENTO ANULÁVEL
III - por vício da vontade, nos termos dos
arts. 1.556 a 1.558 ; Art. 1.557. Considera-se erro essencial
IV - do incapaz de consentir ou sobre a pessoa do outro cônjuge:
manifestar, de modo inequívoco, o I - o que diz respeito à sua identidade,
consentimento; sua honra e boa fama, sendo esse erro
DA INVALIDADE DO CASAMENTO tal que o seu conhecimento ulterior
torne insuportável a vida em comum ao
V - realizado pelo mandatário, sem que cônjuge enganado;
ele ou o outro contraente soubesse da II - a ignorância de crime, anterior ao
revogação do mandato, e não sobrevindo casamento, que, por sua natureza, torne
coabitação entre os cônjuges; insuportável a vida conjugal; e
VI - por incompetência da autoridade III - a ignorância, anterior ao casamento,
celebrante. de defeito físico irremediável que não
caracterize deficiência ou de moléstia
grave e transmissível, por contágio ou
por herança, capaz de pôr em risco a
saúde do outro cônjuge ou de sua
descendência.
Quando pelo menos um dos cônjuges
tiverem impedidos de casar nos termos da
lei (artigo 1.521 do Código Civil). O vicio é Art. 1.560. O prazo para ser intentada a
muito grave e a conseqüência é a ação de anulação do casamento, a contar
inexistência do ato e seus efeitos. da data da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso
IV do art. 1.550 ;
II - dois anos, se incompetente a
autoridade celebrante;
Depende de decretação por sentença III - três anos, nos casos dos incisos I a IV
judicial em ação proposta por qualquer do art. 1.557 ;
interessado ou pelo Ministério Publico. IV - quatro anos, se houver coação.
Não produz efeitos e os cônjuges voltam
ao estado civil anterior.

É importante apontarmos que a


convalidação de ato jurídico, seja por
No caso do casamento nulo o vicio que decurso de prazo ou pela ratificação
contamina o ato é grave e tem como judicial, é uma característica de ato
conseqüência a inexistência de seus anulável e não de ato nulo, porém o
efeitos. Com a decretação da nulidade os código trouxe uma exceção prevendo a
CASAMENTO NULO cônjuges voltam ao estado civil anterior. possibilidade de ratificação de casamento
nulo.

De acordo com os incisos I a VII do


Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:I referido artigo 1.521, estão impedidos de
- pelo enfermo mental sem o necessário se casar: os ascendentes com os
discernimento para os atos da vida civil. II descendentes, seja por parentesco
- por infringência de impedimento. Art. civil  ou natural; os parentes afins em
1.549. A decretação de nulidade de linha reta; o adotante com quem foi
casamento, pelos motivos previstos no cônjuge do adotado e o adotado com
artigo antecedente, pode ser promovida quem foi cônjuge do adotante; os
mediante ação direta, por qualquer colaterais até o terceiro grau, inclusive; o
interessado, ou pelo Ministério Público. adotado com o filho do adotante; as
pessoas casadas; o cônjuge sobrevivente
com o condenado por homicídio ou
Dessa forma, será nulo o casamento tentativa de homicídio contra seu
entre: parentes consangüíneos consorte.
(ascendentes, descendentes e irmãos, ou
colaterais em até o 3º. grau, inclusive);
afins em linha reta; pessoas que em razão
da adoção, assumem no seio da família A ação jurídica, de rito ordinário, tem a
posição idêntica aos parentes; pessoas natureza de Ação Declaratória, e pode ser
casadas; cônjuge adúltero com o seu co- interposta por qualquer interessado ou
réu por tal condenado; consorte pelo Ministério Público, o qual representa
sobrevivente com o autor do homicídio o Interesse social, conforme disposição do
ou tentativa de homicídio dolosos. artigo 1.549 do novo Código.

Qualquer interessado são as pessoas que


tiverem: a) Interesse moral, ou seja, os
cônjuges, ascendentes, descendentes,
irmãos, cunhados e o primeiro consorte
do bígamo; b) Interesse econômico,
podendo ser os filhos do primeiro
matrimônio, colaterais sucessíveis,
credores do cônjuge, adquirente de seus
bens.

Não há prazo para propor a ação


declaratória, posto que por ser uma causa
de nulidade, a ação é imprescritível. artigo
1522 em seu parágrafo único dispõe que a
nulidade pode ser declarada de ofício, ou
seja, o caso o oficial de registro ou o juiz
tenha conhecimento da alguma causa de
impedimento, este deve declara-lo.

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