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2º GRAU

Superior Tribunal de Justiça STJ - HABEAS CORPUS: HC 788316 RS 2022/0381789-0

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21 de Março de 2023

2º Grau

Superior Tribunal de Justiça STJ - HABEAS


CORPUS: HC 788316 RS 2022/0381789-0

Publicado por Superior Tribunal de Justiça há 4 meses

Processo
HC 788316 RS 2022/0381789-0

Publicação
DJ 01/12/2022

Relator
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA

Documentos anexos

Decisão
HABEAS CORPUS Nº 788316 - RS (2022/0381789-0) DECISÃO
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de
FÁBIO DO NASCIMENTO PACHECO contra acórdão proferido pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, no julgamento dos
Embargos Infringentes e de Nulidade n. 5013002-55.2021.8.21.0001.
Depreende-se dos autos que, em 22/2/2022, o Juízo da 13ª Vara Cri-
minal da Comarca de Porto Alegre/RS absolveu o paciente da imputa-
ção relativa ao art. 16, § 1º, inciso IV, da Lei n. 10.826/2003, com base
no art. 386, inciso II, do CPP, e o condenou, pela prática do crime tipi-
ficado no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, à pena de 2 anos e 6
meses de reclusão, em regime inicial aberto, e 250 dias-multa, substi-
 tuída a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, con-  
EMENTA PARA CITAÇÃO
2º GRAU sistentes em prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período,
à razão
Superior Tribunal de 1 hora
de Justiça STJ por dia deCORPUS:
- HABEAS pena, eHC
prestação pecuniária
788316 RS no valor de 10
2022/0381789-0
salários-mínimos vigentes na data da sentença (e-STJ fls. 94/102). In-
conformado, o paciente interpôs recurso de apelação, oportunidade na
qual, segundo o relatado pela Corte local: Em suas razões, requer, pre-
liminarmente, o reconhecimento da nulidade da abordagem policial
sem fundada suspeita, mencionando contradições entre os depoimen-
tos dos agentes policiais. No mérito, postula a absolvição, sublinhando
a ausência de comprovação da autoria do fato. Menciona falta de corre-
lação entre a denúncia e a sentença. Destaca que a magistrada não traz
qualquer elemento que demonstrasse que a droga tinha fins de comér-
cio, pelo contrário, refere ter percebido ser comum o apelante usar dro-
gas em jogos e festas, ou seja, da conclusão da magistrada fica nítida a
destinação pessoal e compartilhada do entorpecente. Assevera que os
entorpecentes apreendidos eram destinados ao consumo pessoal. Sub-
sidiariamente, pede a desclassificação para o delito previsto no artigo
28 da Lei de Drogas. Pugna pela aplicação do § 3º do artigo 33 da Lei
de Drogas, pelo consumo em conjunto. Defende a fixação da pena no
mínimo legal. Em caso de manutenção da condenação, tangente à dosi-
metria da pena, assevera a necessidade de aplicação da minorante do
tráfico privilegiado em patamar máximo, bem como aduz quanto à au-
sência de justificativa para a valoração negativa da vetorial culpabili-
dade. Por fim, requer a inexigibilidade ao pagamento da pena de multa,
ante a insuficiência financeira do acusado (e-STJ fl. 132). No entanto,
em sessão de julgamento realizada no dia 28/7/2022, a 1ª Câmara Cri-
minal do TJRS, por maioria de votos, negou provimento ao recurso.
Vencido o Desembargador Relator, Dr. Jayme Weingartner Neto, que
deu parcial provimento ao recurso defensivo para desclassificar a con-
duta para o delito previsto no art. 28 da Lei n. 11/ 343/2006. O acór-
dão recebeu a seguinte ementa (e-STJ fl. 129): APELAÇÃO. TRÁFICO
DE ENTORPECENTES. PROVA. PALAVRA DO POLICIAL. VALOR.
CONDENAÇÃO MANTIDA. Mantém-se a condenação do apelante pelo
crime de tráfico de entorpecentes. Corretíssima a decisão judicial,
quando afirmou: "Afora a apreensão de entorpecentes, no que o acu-
sado é confesso, há provas suficientes para caracterizar o crime impu-
tado. Primeiro, porque, nos termos ponderados no item anterior, pre-
valece, acerca das apreensões, as versões dos policiais, em parte com-
2º GRAU
patíveis com os dados trazidos pelo denunciado, que admitiu transpor-
tar drogas
Superior Tribunal para
de Justiça STJconsumo
- HABEASpartilhado.
CORPUS: HCSegundo,
788316 RSporque, os dois tipos de
2022/0381789-0
droga, em quantidades compatíveis com a venda, eram transportados
junto com balança deprecisão e dinheiro, R$ 597,00." Apelo despro-
vido, por maioria. Após, a defesa interpôs embargos infringentes e de
nulidade para que prevaleça o voto divergente. Dentre outros temas,
alegou que há divergências nos depoimentos dos policiais militares,
não havendo segurança em relação aos motivos que levaram à aborda-
gem policial inicial, sendo, neste contexto, nula a busca realizada no
carro do réu, pois que ausente demonstração das fundadas suspeitas a
justificar a busca pessoal. No entanto, em sessão de julgamento reali-
zada no dia 4/11/2022, o 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul decidiu, por maioria, vencido o Desem-
bargador Jayme Weingartner Neto, conhecer parcialmente os embar-
gos infringentes, e, na parte conhecida, desacolhê-los. O acórdão rece-
beu a seguinte ementa (e-STJ fl. 129): EMBARGOS INFRINGENTES.
APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS. PEDIDO DE RECO-
NHECIMENTODE NULIDADE DA BUSCA VEICULAR. NÃO CONHE-
CIMENTO DO PLEITO NO PONTO. ABRANGÊNCIA DO RECURSO
QUE DEVE SER OBSERVADA. O pedido de reconhecimento de nuli-
dade da busca veicular não deve ser conhecido por este Primeiro Grupo
Criminal, uma vez que aabrangência dos Embargos Infringentes está li-
mitada ao espectro do voto minoritário favorável, nos termos do dis-
posto no Art. 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal. DI-
VERGÊNCIA QUANTO À DESTINAÇÃO DA DROGA ILÍCITA. PROVA
ROBUSTA DA INTENÇÃO DO EMBARGANTE DE DISTRIBUIÇÃO
DO ENTORPECENTE. PREVALÊNCIA DO VOTO CONDUTOR DA
MAIORIA. A prova constante nos autos é robusta a demonstrar a in-
tenção dedistribuição da droga ilícita por parte do acusado. A quanti-
dade e adiversidade dos entorpecentes apreendidos, bem como a apre-
ensão de apetrecho comumente utilizado no tráfico de drogas - balança
de precisão -, demonstram que o réu pretendia entregar a terceiros as
drogas ilícitas. Inteligência do Art. 28, § 2º, da lei nº 11.343/2006.
Condenação do réu nos lindes do Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006,
que é impositiva, nos termos do voto condutor da maioria. EMBAR-
GOS INFRINGENTES CONHECIDOS, EM PARTE,E, NA PARTE CO-
NHECIDA, DESACOLHIDOS. Daí o presente habeas corpus substitu-
2º GRAU
tivo de recurso próprio, no qual a Defensoria Pública do Estado do Rio
Grande
Superior Tribunal do SulSTJ
de Justiça insiste no reconhecimento
- HABEAS da RS
CORPUS: HC 788316 nulidade em razão da ile-
2022/0381789-0
gal busva veicular, da qual resultou a apreensão de 37g de maconha, 9g
de cocaína, 6 munições, uma balança, um relógio e R$ 597,00. Se-
gundo a inicial, policiais militares, durante patrulhamento de rotina,
decidiram abordar o veículo que estava sendo conduzido pelo paciente,
em razão de suposta "atitude suspeita" e realizaram a busca veicular,
sem a indicação de dado concreto sobre a existência de justa causa para
autorizar a medida invasiva. Aduz, nesse viés, que: A violação decor-
rente da abordagem, imputa violação do disposto nos artigos 240, §§ 1º
e 2º e também do artigo 244, todos do Código de Processo Penal, cuja
relação com a imputação de tráfico de drogas decorre da abordagem
policial sem que presente a "fundada suspeita", ou seja, a abordagem
policial decorrente de arbitrariedade o que é vedado pelo direito penal
brasileiro (e-STJ fl. 13). Ainda, pugna pela absolvição do paciente do
crime de tráfico de drogas, ante a insuficiência probatória e a ausência
de correlação entre a denúncia e a Sentença/Acórdão. Por fim, pleiteia
a desclassificação da conduta para a infração penal de posse de drogas
para o consumo pessoal ou seja aplicada a redutora do o § 4º do artigo
33 da Lei de Drogas em seu grau máximo. Ao final, requer, liminar-
mente e no mérito, seja concedida a ordem: a fim de análise da prelimi-
nar de nulidade e, no mérito, a) a aplicação do princípio da correlação e
consequente absolvição em relação ao tráfico, com fulcro no art. 386,
VII do CPP; b) a desclassificação para o previsto no caputdo artigo 28
da Lei 11.343/2006, subsidiariamente para o disposto no artigo 33, §
3º do mesmo diploma legal, pelas regras do art. 383 do CPP. Noutro
entendimento, pugna a Defesa pela a aplicação da qualificadora do trá-
fico privilegiado em seu grau máximo, fulcro no art. 33, § 4º da Lei de
Drogas. reconhecer ilicitude da prova produzida mediante (e-STJ fl.
29). É o relatório. Decido. Inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça,
seguindo o entendimento firmado pela Primeira Turma do Supremo
Tribunal Federal, como forma de racionalizar o emprego do habeas
corpus e prestigiar o sistema recursal, não admite a sua impetração em
substituição ao recurso próprio. Cumpre analisar, contudo, em cada
caso, a existência de ameaça ou coação à liberdade de locomoção do
paciente, em razão de manifesta ilegalidade, abuso de poder ou terato-
logia na decisão impugnada, a ensejar a concessão da ordem de ofício.
2º GRAU
Na espécie, embora a impetrante não tenha adotado a via processual
adequada,
Superior Tribunal para
de Justiça STJque não haja
- HABEAS prejuízo
CORPUS: à defesa
HC 788316 do paciente, passo à
RS 2022/0381789-0
análise da pretensão formulada na inicial, a fim de verificar a existên-
cia de eventual constrangimento ilegal. Acerca do rito a ser adotado
para o julgamento desta impetração, as disposições previstas nos arts.
64, III, e 202, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça
não afastam do relator a faculdade de decidir liminarmente, em sede
de habeas corpus e de recurso em habeas corpus, a pretensão que se
conforme com súmula ou com a jurisprudência consolidada dos Tribu-
nais Superiores ou a contraria ( AgRg no HC 513.993/RJ, Relator Mi-
nistro JORGE MUSSI, Quinta Turma, julgado em 25/06/2019, DJe
01/07/2019; AgRg no HC 475.293/RS, Relator Ministro RIBEIRO
DANTAS, Quinta Turma, julgado em 27/11/2018, DJe 03/12/2018;
AgRg no HC 499.838/SP, Relator Ministro JORGE MUSSI, Quinta
Turma, julgado em 11/04/2019, DJe 22/04/2019; AgRg no HC
426.703/SP, Relator Ministro RIBEIRO DANTAS, Quinta Turma, jul-
gado em 18/10/2018, DJe 23/10/2018 e AgRg no RHC 37.622/RN, Re-
latora Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Sexta Turma,
julgado em 6/6/2013, DJe 14/6/2013). Nesse diapasão, uma vez verifi-
cado que as matérias trazidas a debate por meio do habeas corpus
constituem objeto de jurisprudência consolidada neste Superior Tribu-
nal, não há nenhum óbice a que o Relator conceda a ordem liminar-
mente, sobretudo ante a evidência de manifesto e grave constrangi-
mento ilegal a que estava sendo submetido o paciente, pois a concessão
liminar da ordem de habeas corpus apenas consagra a exigência de ra-
cionalização do processo decisório e de efetivação do próprio princípio
constitucional da razoável duração do processo, previsto no art. 5º,
LXXVIII, da Constituição Federal, o qual foi introduzido no ordena-
mento jurídico brasileiro pela EC n. 45/2004 com status de princípio
fundamental ( AgRg no HC 268.099/SP, Relator Ministro SEBASTIÃO
REIS JÚNIOR, Sexta Turma, julgado em 2/5/2013, DJe 13/5/2013).
Na verdade, a ciência posterior do Parquet, longe de suplantar sua
prerrogativa institucional, homenageia o princípio da celeridade pro-
cessual e inviabiliza a tramitação de ações cujo desfecho, em princípio,
já é conhecido ( EDcl no AgRg no HC 324.401/SP, Relator Ministro
GURGEL DE FARIA, Quinta Turma, julgado em 2/2/2016, DJe
23/2/2016). Em suma, para conferir maior celeridade aos habeas cor-
2º GRAU
pus e garantir a efetividade das decisões judiciais que versam sobre o
direito
Superior Tribunal de locomoção,
de Justiça bemCORPUS:
STJ - HABEAS como por se tratar
HC 788316 de medida necessária
RS 2022/0381789-0
para assegurar a viabilidade dos trabalhos das Turmas que compõem a
Terceira Seção, a jurisprudência desta Corte admite o julgamento mo-
nocrático do writ antes da ouvida do Parquet em casos de jurisprudên-
cia pacífica ( AgRg no HC 514.048/RS, Relator Ministro RIBEIRO
DANTAS, Quinta Turma, julgado em 06/08/2019, DJe 13/08/2019).
Possível, assim, a análise do mérito da impetração, já nesta oportuni-
dade. No que tange à alegada nulidade da busca veicular promovida
pelos policiais militares, verifica-se que a Corte local, no julgamento
dos Embargos Infringentes e de Nulidade, não teceu maiores conside-
rações sobre o tema Confira-se (e-STJ fl. 157): Antes de tudo registro
que o pedido de reconhecimento de nulidade da busca veicular não
deve ser conhecido por este Primeiro Grupo Criminal, uma vez que a
abrangência dos Embargos Infringentes está limitada ao espectro do
voto minoritário favorável, nos termos do disposto no Art. 609, pará-
grafo único, do Código de Processo Penal¹. Contudo, extrai-se do voto
vencido na Apelação, da lavra do Desembargador Relator, Dr. Jayme
Weingartner Neto, que (e-STJ fls. 133/138): Quanto à autoria, o juízo
singular condenou o acusado pela prática do delito de tráfico de entor-
pecentes. Destaco trechos da sentença acerca da descriçãoda prova
oral: "O policial militar TALIRSSON SILVA SOARES, lotado no 20º
BPM, disse que, em patrulhamento de rotina, vira um condutor de um
veículo demonstrar desconforto, fazendo o que motivou a abordagem.
O depoente, em busca veicular, localizou maconha, cocaína, balança,
dinheiro e munições no banco traseiro. As drogas ecerca de R$ 400,00
estavam em uma necessaire. Em revista pessoal, nada foiencontrado.
Disse que o acusado, no ato, assumiu a posse do dinheiro e das
drogas,alegando ser usuário, não justificou a posse da balança. [...] O
policial militar CARLOS EDUARDO PINTO CASTILHOS, lotado no
20º BPM, narrou que, em patrulhamento de rotina na localidade do
Parque dos Maias, região conhecida pela ocorrência de muitos roubos
de veículos, motivo pelo qual a abordagem era intensificada, e por essa
a razão, abordaram o acusado naquele dia. Durante a revista, feita por
seu colega TALIRSSON, foram localizadas porções pequenas de maco-
nha, aproximadamente 30 porções de cocaína, munições de revólver,
mais de R$500,00 e, dinheiro e 1 balança de precisão. A droga estava
2º GRAU
dentro de uma" pochete ", a qual não sabe exatamente estava. O fla-
grado
Superior Tribunal de não eraSTJ
Justiça conhecido
- HABEASda guarnição.
CORPUS: [...] Comungo
HC 788316 do entendimento
RS 2022/0381789-0
de que não há" dados ou incoerências que possam por em dúvida os de-
poimentos dos policiais "no que tange à apreensão das drogas com o
acusado. Porém, com a vênia da juíza sentenciante, sobre as circuns-
tâncias atinentes ao comportamento do réu, a meu sentir, condizem
com aconduta de dependente químico compulsivo, não permitindo, no
contexto da prova eno panorama flagrado, afastar de todo a versão do
acusado e daí resultando dúvida sobre a destinação dos entorpecentes
apreendidos. Consta nos autos a apreensão de 37g de maconha e 9g de
cocaína. A tese acusatória vem amparada na narrativa dos policiais que
afirmam que, em patrulhamento de rotina, abordaram o veículo do
acusado e encontraram as drogas, balança e a quantia de R$ 597,00 em
uma" necessaire "no banco do carona. Não há controvérsia acerca da
posse. O que se questiona é adestinação. O réu afirma que as drogas
eram destinadas ao consumo próprio; queiniciou o consumo de drogas
aos 16 anos de idade; foi internado compulsoriamentea pedido do pai;
usava maconha e cocaína, especialmente quando ia na torcida doGrê-
mio; chegava a ficar dias fora de casa; um dia antes de ser preso, houve
um" Grenal ", que assistiu em um sítio em Viamão; depois do jogo, fo-
ram" para oSarandi ", na casa de um amigo, beber e usar drogas. Por
volta das 18h, adroga acabou; então fizeram uma" vaquinha "e o depo-
ente saiu para comprar R$200,00 em cocaína (20" petecas ") e R$
30,00 em maconha, num ponto ondecostumava comprar, próximo de
sua casa. Quando estava retornando, consumiu 2das" petecas "de co-
caína que comprou; no trajeto de volta, fez uma conversãoproibida, ra-
zão pela qual foi abordado. Com relação à postulada desclassificação,
nos termos do artigo 28, § 2º, da Lei nº 11.343/06, para análise da con-
duta do réu quanto ao uso próprio, o juizatenderá à natureza e à quan-
tidade da substância apreendida, ao local e às condiçõesem que se de-
senvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como
àconduta e aos antecedentes do agente. A abordagem, ao que parece,
foi aleatória, sem que a motivação tenha ficado bem esclarecida. Na de-
legacia constou que" avistaram o veículo "" em atitude suspeita ". Nada
mais. Em juízo, um dos policiais disse que o condutor fez" certo zigue-
zague com o automóvel, ao perceber a presença da guarnição "e o outro
agente afirmou que" a região era conhecida pela ocorrência de muitos
2º GRAU
roubos de veículos "," por essa a razão, abordaram o acusado ". Não se
tem de
Superior Tribunal clareza,
Justiçaportanto, sobre
STJ - HABEAS o motivo
CORPUS: que ensejou
HC 788316 a abordagem. O que
RS 2022/0381789-0
se tem de certo é que não há referência a denúncia específica, tam-
pouco investigação, sequer informe sobre eventual traficância do acu-
sado. Ainda, há elementos probatórios acerca do uso do veículo pelo
réu como motorista de aplicativos, veículo que pertencia ao pai do acu-
sado, bem como sobre a alegação relativa ao jogo de futebol um dia an-
tes da data do fato, evento esportivo no qual, não se pode ignorar, há
consumo de drogas, de modo que não impressiona a referência do acu-
sado de que" usava maconha e cocaína, especialmente quando ia na
torcida do Grêmio ". Também a condição de usuário veio corroborada
na prova testemunhal. Quanto ao local em que houve a apreensão, não
há notícia de que fosse considerado ponto de venda de drogas e, se-
gundo os próprios policiais, o réu não era conhecido de nenhum com-
ponente da guarnição. - negritei. Pois bem. Como é de conhecimento, A
disciplina que rege a busca e a abordagem veicular tem tratamento ju-
rídico semelhante ao dado à busca pessoal, regida pelo art. 240 do Có-
digo de Processo Penal. Exige-se a presença de fundada suspeita de que
a pessoa abordada esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
papeis que constituam corpo de delito, ou, ainda, quando a medida for
determinada no curso de busca domiciliar ( AgRg no HC n.
770.281/MG, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta
Turma, julgado em 27/9/2022, DJe de 4/10/2022). Nessa linha de in-
telecção, esta Corte Superior firmou recente jurisprudência no sentido
de que: Não satisfazem a exigência legal, por si sós [para a realização
de busca pessoal/veicular], meras informações de fonte não identifi-
cada (e.g. denúncias anônimas) ou intuições e impressões subjetivas,
intangíveis e não demonstráveis de maneira clara e concreta, apoiadas,
por exemplo, exclusivamente, no tirocínio policial. Ante a ausência de
descrição concreta e precisa, pautada em elementos objetivos, a classi-
ficação subjetiva de determinada atitude ou aparência como suspeita,
ou de certa reação ou expressão corporal como nervosa, não preenche o
standard probatório de 'fundada suspeita' exigido pelo art. 244 do CPP
( RHC n. 158.580/BA, relator Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ,
Sexta Turma, julgado em 19/4/2022, DJe 25/4/2022.) Na hipótese dos
autos, conforme bem descrito no voto vencido, verifica-se que não se
tem clareza sobre o motivo que ensejou a busca veicular, de modo que,
2º GRAU
na delegacia, constou dos autos que os policiais militares avistaram o
veículo"em
Superior Tribunal atitude
de Justiça suspeita"e
STJ - HABEAS nadaHCmais.
CORPUS: Em
788316 RSjuízo, um dos policiais
2022/0381789-0
disse que o condutor teria feito" certo zigue-zague com o automóvel, ao
perceber a presença da guarnição "e o outro policial afirmou que" a re-
gião era conhecida pela ocorrência de muitos roubos de veículos ", mo-
tivo pelo qual decidiram realizar a vistoria no carro. Assim, tem-se que
a motivação para a abordagem não ficou bem esclarecida e, conforme
foi consignado pelo Relator, O que se tem de certo é que não há refe-
rência a denúncia específica, tampouco investigação, sequer informe
sobre eventual traficância do acusado. Nesse panorama, a circunstân-
cia retratada, apesar de autorizar a abordagem policial, não autoriza a
busca pessoal e veicular, porquanto ausentes elementos outros que re-
velem a devida justa causa, motivo pelo qual a prova deve ser conside-
rada ilegal. Nesse sentido, destaco os seguintes julgados do STJ: PE-
NAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EM HABEAS CORPUS. 1. BUSCA VEICULAR. DENÚNCIA ANÔNIMA.
ATITUDE SUSPEITA. FUNDADA SUSPEITA NÃO VERIFICADA. AU-
SÊNCIA DE JUSTA CAUSA. PROVA ILÍCITA. 2. DEPOIMENTO DOS
POLICIAIS. VALIDADE. DESNECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBA-
TÓRIA. CONFISSÃO POSTERIOR. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO
CONVALIDA A BUSCA VEICULAR. 3. AGRAVO REGIMENTAL A
QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1."Não satisfazem a exigência legal, por
si sós, meras informações de fonte não identificada (e.g. denúncias
anônimas) ou intuições e impressões subjetivas, intangíveis e não de-
monstráveis de maneira clara e concreta, apoiadas, por exemplo, exclu-
sivamente, no tirocínio policial. Ante a ausência de descrição concreta e
precisa, pautada em elementos objetivos, a classificação subjetiva de
determinada atitude ou aparência como suspeita, ou de certa reação ou
expressão corporal como nervosa, não preenche o standard probatório
de "fundada suspeita" exigido pelo art. 244 do CPP"( RHC n.
158.580/BA, Relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, jul-
gado em 19/4/2022, DJe 25/4/2022). - A busca veicular realizada teve
por base unicamente a denúncia anônima de que o veículo do recor-
rente estaria em atitude suspeita rondando um posto de gasolina. Con-
tudo, a circunstância retratada, apesar de autorizar a abordagem poli-
cial, não autoriza a busca pessoal e veicular, porquanto ausentes ele-
mentos outros que revelem a devida justa causa. Nesse contexto, a
2º GRAU
prova deve ser considerada ilegal. 2. O depoimento dos policiais, de
fato,deseJustiça
Superior Tribunal revelaSTJ
prova idônea,
- HABEAS motivoHCpelo
CORPUS: qualRS
788316 não se faz necessária di-
2022/0381789-0
lação probatória para aferir a forma como ocorreu a busca veicular. As-
sim, nos termos do auto de prisão em flagrante, constata-se que a con-
fissão do agravado ocorreu apenas após a busca pessoal e veicular, ou
seja, apenas após o encontro da droga em seu porta-malas e não antes.
Dessa forma, não é possível se validar a busca veicular por meio de
conduta temporalmente posterior. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento. ( AgRg no RHC n. 166.891/GO, relator Ministro Reynaldo
Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 2/8/2022, DJe de
8/8/2022.) - negritei. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.
BUSCA PESSOAL E VEICULAR. AUSÊNCIA DE FUNDADA SUS-
PEITA. ALEGAÇÃO VAGA DE" ATITUDE SUSPEITA ". INSUFICIÊN-
CIA. INGRESSO EM DOMICÍLIO SEM MANDADO JUDICIAL. INE-
XISTÊNCIA DE ELEMENTOS CONCRETOS INDICATIVOS DA FLA-
GRÂNCIA. AUSÊNCIA DE VOLUNTARIEDADE NA AUTORIZAÇÃO.
FORTE APARATO POLICIAL COM CARÁTER NITIDAMENTE INTI-
MIDADOR. APLICAÇÃO DA TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE EN-
VENENADA. ILICITUDE DAS PROVAS OBTIDAS A PARTIR DA
BUSCA PESSOAL. ABSOLVIÇÃO. ORDEM CONCEDIDA. 1. No julga-
mento do RHC 158.580/BA, Relator o Ministro ROGERIO SCHIETTI
(DJe 25/4/2022), esta Turma fixou entendimento de que devem ser
apresentados elementos concretos para que se proceda à busca pessoal,
tendo em vista que não basta a informação de que o indivíduo estava
em"atitude suspeita"sem que haja a descrição de mínimos elementos
acerca da sua conduta, os quais ensejariam a abordagem policial. 2. Ex-
trai-se dos autos que os policiais militares, no auto de prisão em fla-
grante, apenas mencionaram que"visualizaram um indivíduo em ati-
tude suspeita, conduzindo um veículo", sem que houvesse a mínima in-
dicação de como seria essa atitude suspeita. Na sequência, procederam
à busca pessoal e não encontraram nenhuma droga ilícita, mas, ao pro-
cederem à busca veicular, encontraram 395 gramas de maconha, o que
ensejou a sua prisão em flagrante. Não foi, portanto, indicada ne-
nhuma justificativa em concreto para as revistas do imputado e do seu
veículo. 3. O fato de terem sido encontrados objetos ilícitos não conva-
lida a abordagem policial. Se não havia fundada suspeita de que a pes-
soa estava na posse de arma proibida, droga ou de objetos ou papéis
2º GRAU
que constituam corpo de delito, não há como se admitir que a mera
descoberta
Superior Tribunal casual
de Justiça STJ - de situação
HABEAS de flagrância,
CORPUS: HC 788316posterior à revista do indi-
RS 2022/0381789-0
víduo, justifique a medida. 4. É sabido que, nos crimes permanentes,
tal como o de tráfico de drogas, o estado de flagrância prolonga-se no
tempo, o que, todavia, não é suficiente, por si só, para justificar busca
domiciliar desprovida de mandado judicial, exigindo-se a demonstra-
ção de indícios mínimos de que, naquele momento, dentro da residên-
cia, se está diante de uma situação de flagrante delito. 5. Consoante de-
cidido no RE 603.616/RO pelo Supremo Tribunal Federal, não é neces-
sária certeza quanto à prática delitiva para se admitir a entrada em do-
micílio, bastando que, em compasso com as provas produzidas, seja de-
monstrada justa causa para a medida, ante a existência de elementos
concretos que apontem para situação de flagrância. 6. Extrai-se do con-
texto fático delineado a inexistência de voluntariedade do acusado na
condução dos agentes até a sua residência, haja vista que, além de esta-
rem armados e de utilizarem de forte aparato policial, inclusive com o
apoio de um helicóptero, o que revela um nítido caráter intimidador,
há relato, descrito em juízo, de ameaças sofridas pelo paciente. 7. Sali-
enta-se que o paciente foi abordado por estar em"atitude
suspeita"quando estava fora do seu veículo em local muito distante da
sua casa, não havendo a demonstração prévia da existência de justa
causa que permitisse o ingresso na residência sem mandado judicial. 8.
Conforme a atual jurisprudência desta Corte Superior, como forma de
não deixar dúvidas sobre a sua legalidade, a prova da voluntariedade
do consentimento para o ingresso na residência do suspeito incumbe
ao Estado, devendo ser realizada com declaração assinada pela pessoa
que autorizou o ingresso domiciliar, indicando-se, sempre que possível,
testemunhas do ato. 9. Pela aplicação da teoria dos frutos da árvore en-
venenada, deve ser reconhecida a ilegalidade na apreensão das drogas
desde a busca pessoal, pois é nula a prova derivada de conduta ilícita,
já que evidente o nexo causal entre a ilícita busca pessoal e o ingresso
em domicílio perpetrado pelos policiais militares. 10. Concessão da or-
dem de habeas corpus. Absolvição do paciente (arts. 157, § 1º e 386, II
e VII - CPP), determinando-lhe a soltura imediata, se por outro motivo
não estiver preso. ( HC n. 728.920/GO, relator Ministro Olindo Mene-
zes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, jul-
gado em 14/6/2022, DJe de 20/6/2022.) - negritei. AGRAVO REGI-
2º GRAU
MENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TESE DE
NULIDADE.
Superior Tribunal de Justiça BUSCA VEICULAR.
STJ - HABEAS CORPUS:VIOLAÇÃO AO
HC 788316 RS ART. 240, § 2.º, DO
2022/0381789-0
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE FUNDADAS SUS-
PEITAS. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Nos termos da orientação desta
Corte Superior e do art. 240, § 2. º, do Código de Processo Penal, a
busca veicular, que é equiparada à busca pessoal, não necessita de pré-
via autorização judicial quando houver fundadas suspeitas de possível
delito, o que não se verificou no caso concreto. 2. Na espécie, a busca
no veículo não foi justificada pela autoridade policial e o Tribunal de
origem limitou-se a afirmar que"os denunciados trafegavam durante o
fim da madrugada (por volta das 05h20rn), o que podia indicar que
premeditadamente aproveitavam-se daquele horário". Assim, constata-
se a ilicitude das provas colhidas, conforme o art. 157 do Código de
Processo Penal. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido. ( AgRg
no HC n. 530.167/SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, jul-
gado em 2/3/2021, DJe de 11/3/2021.) - negritei. AGRAVO REGIMEN-
TAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO AGRAVADA.
IMPUGNAÇÃO SUFICIENTE. RECONSIDERAÇÃO. OMISSÃO E
CONTRADIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. TRÁFICO DE DROGAS.
BUSCA VEICULAR. FUNDADA SUSPEITA. AUSÊNCIA DE DADOS
CONCRETOS. PARÂMETROS UNICAMENTE SUBJETIVOS. AFIR-
MAÇÕES GENÉRICAS. ACUSADO JÁ CONHECIDO NA GUARNIÇÃO
POLICIAL. DENÚNCIAS DE USUÁRIOS NÃO OFICIALIZADAS. NO-
TÍCIAS DE QUE O AUTOMÓVEL ERA UTILIZADO PARA A PRÁTICA
DO CRIME. VIOLAÇÃO AO ART. 240, § 2º DO CPP. OCORRÊNCIA.
PROVAS ILÍCITAS. ABSOLVIÇÃO. AGRAVO PROVIDO. 1. Impugnada
suficientemente a decisão de inadmissão do recurso especial, deve ser
conhecido o agravo. 2. Se a questão referente à nulidade da busca pes-
soal foi apreciada pela Corte de origem no julgamento dos embargos
declaratórios, com a integração do acórdão embargado neste ponto,
não se verifica a ocorrência de violação ao art. 619 do CPP, por omissão
ou contradição. 3. Nos termos do art. 240, § 2º, do CPP, para a realiza-
ção de busca pessoal pela autoridade policial, é necessária a presença
de fundada suspeita no sentido de que a pessoa abordada esteja na
posse de arma proibida, objetos ou papéis que constituam corpo de de-
lito. 4. A mera indicação de que o acusado, primário e sem anteceden-
tes, era conhecido da guarnição pela prática do crime de tráfico de dro-
2º GRAU
gas, tendo em vista que diversos usuários já assumiram ter comprado
drogas
Superior Tribunal de Lucas,
de Justiça STJ fatos estes
- HABEAS que nunca
CORPUS: foram RS
HC 788316 oficializados porque refe-
2022/0381789-0
ridas pessoas têm muito medo, já que se trata de traficante suposta-
mente faccionado, bem como de haver notícias de que referido auto-
móvel seria utilizado para a prática do crime de tráfico de drogas, não
se revela suficiente para justificar a busca pessoal. 5. Não tendo havido
a indicação sobre a instauração de procedimento investigatório prévio
ou de que, no momento da abordagem, havia dado concreto sobre a
existência de fundada suspeita a autorizar a busca veicular, verifica-se
a ocorrência de ilegalidade, estando ausente de razoabilidade conside-
rar que, por si só, meros parâmetros subjetivos, embasados em presun-
ções ou suposições, advindas de denúncias de usuários não oficializa-
das, enquadrem-se na excepcionalidade da revista pessoal. 6. Se não
amparada pela legislação a revista pessoal realizada pelos agentes de
segurança, vislumbra-se a ilicitude da prova, e, nos termos do art. 157
do CPP, deve ser desentranhado dos autos o termo de busca e apreen-
são das drogas, além dos laudos preliminares e de constatação da droga
referentes à busca pessoal realizada no veículo do acusado. Consequen-
temente, afasta-se a prova de existência do fato, nos termos do art.
386, II, do CPP. 7. Agravo regimental provido para declarar ilegal a
apreensão da droga, e, consequentemente, absolver o agravante LUCAS
GARCIA, nos termos do art. 386, II, do CPP. ( AgRg no AREsp n.
1.689.512/SC, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em
18/8/2020, DJe de 26/8/2020.) - negritei. Por conseguinte , constata-
se a ocorrência de manifesta ilegalidade, devendo ser reconhecida a ili-
citude na apreensão da droga, suficiente ao reconhecimento da nuli-
dade de todos os atos a posteriori, pela teoria dos frutos da árvore en-
venenada. Ante o exposto, não conheço do presente habeas corpus.
Contudo, concedo a ordem, de ofício, para reconhecer a ilicitude das
provas obtidas em busca veicular e absolver o paciente da imputação
de tráfico de drogas, nos autos da Ação Penal n. 5013002-
55.2021.8.21.0001/RS, com fulcro nos arts. 157, § 1º, e 386, II, ambos
do CPP. Prejudicada, portanto, a análise dos demais temas trazidos
pelo impetrante. Comunique-se, com urgência, ao Tribunal de origem e
ao Juízo de primeiro grau, encaminhando-lhes o inteiro teor desta de-
cisão. Cientifique-se o Ministério Público Federal. Intimem-se. Brasí-
2º GRAU lia, 30 de novembro de 2022. Ministro REYNALDO SOARES DA FON-
SECA
Superior Tribunal deRelator
Justiça STJ - HABEAS CORPUS: HC 788316 RS 2022/0381789-0

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