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Pesquisa de jurisprudência
TSE
HC nº 060386750 Decisão monocrática CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ
Relator(a): Min. Tarcisio Vieira De Carvalho Neto
Julgamento: 06/09/2017 Publicação: 11/09/2017
Decisão TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
HABEAS CORPUS No 0603867–50.2017.6.00.0000 – RIO DE JANEIRO (Campos dos
Goytacazes)
Trata–se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Carlos Fernando dos Santos
Azeredo e Antonio Maurício Costa, advogados, em favor de Kellenson Ayres Kellinho
Figueiredo de Souza, Linda Mara da Silva, Thiago Virgílio Teixeira de Souza, Jorge Ribeiro
Rangel, apontando, como ato coator, decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de
Janeiro (TRE/RJ) no HC n. 216 -- 31.2017.6.19.0000, que indeferiu a liminar que tinha por
objetivo suspender a Ação Penal n. 45 -- 02.2016.6.19.0100, processada perante a 100ª Zona
Eleitoral de Campos dos Goytacazes, por alegada incompetência absoluta do juízo.
Na origem, os pacientes foram denunciados pela prática em tese dos crimes tipificados nos
arts. 299 do Código Eleitoral (compra de votos) e 288 do Código Penal (associação
criminosa), mediante peça acusatória que fora recebida pelo juízo da 100ª Zona Eleitoral no
dia 19.12.2016. Alegam a incompetência do referido juízo para a condução da ação penal
decorrente do IPL nº 236/2016, porque a investigação teria sido iniciada, em julho de 2016,
pela 75ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes. Narram que, após receber denúncia
anônima, o juízo da 75ª Zona Eleitoral determinou que a equipe de fiscalização da
propaganda realizasse a diligência de busca e apreensão no escritório do Vereador Ozeias – a
qual culminou com a sua prisão em flagrante –, consignado, na decisão de deferimento da
medida requerida pelo Ministério Público Eleitoral, que o procedimento administrativo
visava verificar a ocorrência de possível crime eleitoral. Aduzem que a prisão em flagrante
do Vereador Ozéias fora comunicada, por ofício da autoridade policial, ao juiz da 75ª Zona
Eleitoral e que consta do inquérito despacho do delegado determinando a remessa dos autos
àquele juízo para registro e dilação de prazo. Não obstante o despacho da autoridade policial,
relatam que os autos do inquérito foram enviados ao promotor eleitoral que atua junto à 100ª
Zona Eleitoral, em virtude de solicitação verbal desta última autoridade, de forma que, nesse
momento, ocorreu violação de competência do juízo, pois não houve qualquer decisão
declinatória de foro. Afirmam que, posteriormente, o magistrado da 75ª Zona Eleitoral
determinou a remessa do procedimento administrativo de busca e apreensão ao juízo da 76ª
Zona Eleitoral, que, por sua vez, requisitou o IPL n. 236/2016 à autoridade policial para a
pensá–lo ao referido procedimento, sem, no entanto, obter resposta até o dia 3.2.2017,
quando, então, a autoridade policial informou que os autos do apuratório haviam sido
remetidos ao promotor da 100ª Zona Eleitoral. Ponderam que o poder de polícia dos juízes
eleitorais abrange “a polícia administrativa latu sensu – compreendendo a fiscalização da
propaganda etc. – e o poder de polícia judiciária, esta última especificamente dirigida a
notícias de crimes” (ID n. 148043, fl. 19). Nesse contexto, visto que a busca e apreensão
determinada.