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c ESTADO DO MARANHÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
á 16ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA
c 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DA MULHER
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a EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ESPECIAL DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE
d SÃO LUÍS/MA
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d Processo nº: XXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
i Ação: Medida Protetiva de Urgência
d Apelante: Ministério Público Estadual
a Apelado: XXXXXXX XXXXX

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e O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por sua representante legal in
l fine assinada, vem nos autos do Processo nº XXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX interpor
a RECURSO DE APELAÇÃO, fazendo-o tempestivamente, com fundamento no art.
r 499, § 2º, c/c o art. 513 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentando as
, razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência se digne recebê-lo e, após o
cumprimento das formalidades processuais, encaminhar o presente Recurso ao
c Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão.
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s Termos em que,
s pede deferimento.
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á São Luís, 15 de outubro de 2013.

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e SELMA REGINA SOUZA MARTINS


2ª Promotora de Justiça
l Especializada na Defesa da Mulher
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f “2013 – Ano Internacional da Cooperação pela Água.”


o Av. Daniel de La Touche, nº 2800, Sala 45, Cohama, Cep: 65.061-022
r São Luís/MA – fone : (98)-3219-1907

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ESTADO DO MARANHÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
16ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA
2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DA MULHER

RAZÕES DA APELAÇÃO
PROCESSO Nº XXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DO MARANHÃO
APELADO: XXXXXXX XXXXX

Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Senhor Procurador

I-DA SÍNTESE PROCESSUAL

Trata-se Medida Protetiva de Urgência, requerida pela Representante na


Vara de Violência Doméstica, em face de seu marido, por ter esta sofrido violência
doméstica, conforme consta nos termos de declaração prestado na Delegacia.
O Juiz de primeiro grau julgou favorável o pleito, concedendo as medidas
protetivas com duração de 60 (sessenta) dias, com a proibição do Representado
aproximar-se da ofendida, com limite mínimo de 5 (cinco) metros, devendo permanecer
em cômodo diverso da Representante, e a proibição de contato direto com a mesma.
Entretanto, em relação ao afastamento do lar do Representado o Juiz
singular indefiriu o pedido da Representante.
Para este Órgão Ministerial, a presente decisão não merece prosperar
por encontra-se totalmente dissociadas dos preceitos legais, jurisprudências e
doutrinários.

“2013 – Ano Internacional da Cooperação pela Água.”


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II- DO DIREITO

a) NATUREZA CIVIL DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

Desde a promulgação da chamada Lei Maria da Penha, pouco se


debateu acerca da natureza jurídica das medidas protetivas de urgência por ela
disponibilizadas.
Todavia, a doutrina majoritária trata a medida protetiva como medida
cautelar, sendo atribuindo natureza cível as referidas medidas protetivas.
Na hipótese, a medida protetiva impugnada é de nítida natureza cível,
portanto, a matéria deve ser analisada na seara cível, afastando-se a competência
da Turma Criminal.
Nesse sentido a jurisprudência:
PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER.
INDEFERIMENTO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE NATUREZA CÍVEL.
RECURSO PRÓPRIO. NÃO CONHECIMENTO. 1 As medidas protetivas
de natureza cível e o processo criminal são absolutamente
independentes e desafiam deslinde específico, sendo que o
indeferimento daquelas desafia recurso próprio na esfera cível, mais
especificamente o de agravo de instrumento, tornando-se inadmissível o
manejo de apelação criminal. Afasta-se a competência da Turma Criminal
em favor da Turma Cível. 2 Remessa dos autos à uma das Turmas
Cíveis, competente para conhecer da matéria questionada 1. (grifo nosso)
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - AMEAÇA - INDEFERIMENTO DE MEDIDAS
PROTETIVAS - NATUREZA CÍVEL - INCOMPETÊNCIA DA TURMA
CRIMINAL. I. As cautelas relacionadas no art. 22, incisos II e III, alíneas
"a" e "b" da Lei 11.340/06 possuem natureza cível. O recurso interposto
pelo indeferimento das medidas refoge à competência da Turma Criminal.
II. Recurso não conhecido. Determinada a remessa a uma das Turmas
Cíveis2. (grifo nosso)

RECLAMAÇÃO. VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR


CONTRA A MULHER. INDEFERIMENTO DAS MEDIDAS PROTETIVAS
DE NATUREZA CÍVEL. RECURSO PRÓPRIO. NÃO CONHECIMENTO.1
AS MEDIDAS PROTETIVAS DE NATUREZA CÍVEL E O PROCESSO
1Processo nº 20070810005359APR, Relator GEORGE LOPES LEITE, 1ª Turma Criminal, julgado

em 12/06/2008, DJ 09/07/2008 p. 95.


2Processo nº 20090210046414APR, Relator SANDRA DE SANTIS, 1ª Turma Criminal, julgado em

05/07/2010, DJ 29/07/2010 p. 265.

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CRIMINAL SÃO ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES E DESAFIAM


DESLINDE ESPECÍFICO, SENDO QUE O INDEFERIMENTO
DAQUELAS DESAFIA RECURSO PRÓPRIO NA ESFERA CÍVEL, MAIS
ESPECIFICAMENTE O DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, TORNANDO-
SE INADMISSÍVEL O MANEJO DA RECLAMAÇÃO3. (grifo nosso)
O Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, já reconheceu a
natureza Civil das Medidas Protetivas de Urgência, julgando um agravo de
instrumento. Dessa forma, vejamos:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. MEDIDA PROTETIVA. RESTRIÇÕES DE
CONDUTA IMPOSTAS AO PADRASTO, COM FUNDAMENTO NA LEI
MARIA DA PENHA (LEI 11.340/2006). Medidas protetivas que foram
aplicadas ao padrasto, em face da enteada, respaldada em ocorrência
policial narrando agressão física, devendo ser mantidas na fase até nova
manifestação do Juízo, ou demonstração de fato novo que possa interferir
na decisão prolatada. Ausência de prejuízo ao demandado que pode
retirar da morada que divide com a companheira e a enteada, seus
objetos de uso pessoal. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. 4

b) DO RECURSO CABÍVEL
Assim, por ter natureza civil as Medidas Protetivas de Urgência,
disposta no art. 22 da Lei 11.340/06, o recurso adequado da sentença que indefere
pedido com o julgamento do mérito será apelação com previsão no art. 513 do
CPC.
c) DA TEMPESTIVIDADE

O Órgão Ministerial teve ciência da decisão somente no dia 27.09.13,


e por contar-se em dobro o prazo para recorrer para o Ministério Público, ou seja,
30 dias, no caso de Apelação, conforme estabelece o art. 508 do CPC c/c art. 188
CPC, verifica-se, assim que o presente recurso encontra-se tempestivo.
d) DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

3Processo nº 20070020134033 DF , Relator: GEORGE LOPES LEITE, Data de Julgamento:


07/02/2008, 1ª Turma Criminal, Data de Publicação: DJU 25/03/2008 Pág. : 71.
4Agravo de Instrumento Nº 70026273441, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:

André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 03/12/2008.

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A legitimidade deste Órgão Ministerial, baseia-se no art. 499, § 2º do


CPC, que dispõe da legitimidade do Ministério Público para recorrer dos processos
em que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei, no caso em
apreço, verifica-se que este Órgão Ministerial não configura em nenhum dos polos
da ação, mas é parte legítima para propor o presente recurso tendo em vista atuar
como fiscal da lei.
e) DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
Assim, a despeito da falta de previsão legal acerca do recurso
cabível, o que certamente tem causado enorme dificuldade para as partes, é viável
que a decisão que impõe as medidas protetivas de urgência definidas no art. 22, I,
II e III, da Lei n. 11.340/06, sejam tratados com maior cautela pelos Tribunais.
A míngua de deliberação do Superior Tribunal de Justiça ou do
Supremo Tribunal Federal, divergem as cortes acerca do recurso cabível e da
turma competente para apreciá-lo.

A jurisprudência tem reconhecimento aplicação do princípio da


fungibilidade dos recursos em razão das controversas pertinente ao tema, bem
como também tem adotado outras medidas para solucionar os entraves. Assim,
vejamos:

PENAL E PROCESSUAL PENAL. AMEAÇA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.


PRELIMINAR: APELO INTERPOSTO COM APOIO NAS REGRAS DO
PROCESSO CIVIL. ADMISSIBILIDADE, EM FACE DE ERRO
JUSTIFICÁVEL CAUSADO PELO PRÓPRIO SENTENCIANTE. MÉRITO:
CONCESSÃO DE MEDIDA PROTETIVA DE AFASTAMENTO DO LAR
CONJUGAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. NÃO OBSERVÂNCIA.
NULIDADE. 1.Apesar da natureza penal da decisão resistida, o recurso
de apelo, interposto de acordo com as regras processuais civis, não pode
ser considerado intempestivo se o próprio julgador que proferiu a
sentença resolveu o feito com base no art. 269, inciso I, do Código de
Processo Civil, levando o apelante, portanto, a erro justificável (...) 3.
Apelo conhecido e provido5. (Grifo nosso)
5Proc. 20060111217028APR, Relator ARNOLDO CAMANHO DE ASSIS, 2ª Turma Criminal, julgado

em 02/04/2009, DJ 24/06/2009 p. 247.

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Assim, requer este Órgão Ministerial a aplicação do princípio da


fungibilidade na presente demanda, bem como caso o respeitável Tribunal de
Justiça do Maranhão reconhecida a natureza penal das medidas protetivas de
urgência da Lei 11.340/06, seja conhecido e julgado, conforme exposto na
jurisprudência supracitado.
f) DA REFORMA DA DECISÃO DO JUIZ “A QUO”

O MM. Juízo “a quo”, não agiu corretamente ao indeferir o pedido de


Medida Protetiva de Urgência requerido pela Representante no sentido de afastar o
agressor do lar.
Deve-se ressaltar que a Lei 11.340/06, é clara em prevê a
possibilidade de afastamento do agressor do lar em seu art. 22, inciso II.
Dessa forma, a adoção da referida condução em não afastar o
agressor do lar se mostra temerosa, tendo em vista que o Representado
demonstrou ser uma pessoa violenta, pois agrediu a Representante fisicamente,
bem como pela notícia nos autos que o Representado é usuário de drogas e
alcoólatra, portanto, sendo considerado um risco concreto para a ofendida.
Cumpre esclarecer que a Lei nº 11.340/2006, a denominada Lei
Maria da Penha, objetivou criar formas de coibir a violência doméstica e familiar
contra a mulher, conforme o art. 226, § 8.º, da Constituição Federal e Convenções
Internacionais. Estabelecendo a citada Lei em seu art. 2ª, que:
“Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orienta sexual,
renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos
fundamentais inerentes a pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as
oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.” (grifo
nosso)
Dessa forma, colhe-se dos elementos de convicção até aqui coligidos
a existência de nexo de causalidade entre a conduta em tese criminosa e a
vulnerabilidade da vítima, mulher, que conforme termo de declaração foi agredida

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moralmente e fisicamente por sue marido.


O art.5º, inciso II, da Lei Maria da Penha estabelece que configura
violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada
no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial no âmbito:
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual
o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Presentes, pois, o vínculo de relação familiar, bem como a situação
de vulnerabilidade da vítima, caracterizada resulta a hipótese de incidência da
chamada Lei Maria da Penha, que define dentre as formas de violência doméstica
e familiar contra a mulher no art. 7º que são dentre outras:
“Art. 7º São formas de violência doméstica e
familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer
conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
V - a violência moral, entendida como qualquer
conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria.
Nesse sentido, tem se manifestado o Tribunal de Justiça do
Maranhão, devendo-se destacar a brilhante decisão em liminar de Agravo de
Instrumento da Desembargadora Anildes de Jesus Bernardes Chaves Cruz 6 que
afirmou: “... Com efeito, a proteção resguardada pela Lei Maria da Penha
deve ser alcançada, a meu ver, contra toda violência doméstica ou familiar,
praticada no âmbito da unidade doméstica, da família e de relação íntima de
afeto, inquestionavelmente, em face da mulher, independentemente de
classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade
e religião (art. 2º), sem que isso signifique afastar a caracterização de

6Agravo de Instrumento n.º 041827/2012, TJ/MA, Relatora: Desª. Anildes de Jesus Bernardes
Chaves Cruz, Data:11/03/2013 Disponibilizada nº DJE: 15/03/2013 Publicada em 18/03/2013 Edição
nº 51.

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incidência de suas normas quando, no caso concreto, o sujeito ativo do fato


não se tratar de homem ou companheira homoafetiva, já que, em qualquer
caso, o que deve ser apurado é a própria relação de fragilidade e
hipossuficiência/dependência da vítima em relação ao seu algoz... ”

III-DO PEDIDO
Diante do exposto, e mais pelas razões que este Egrégio Tribunal
saberá lançar sobre o tema, pugna este Órgão Ministerial pelo conhecimento e
provimento do presente recurso, para reformar parcialmente a decisão do
Juiz “a quo” que indeferiu às Medidas Protetivas de Urgência e conforme o
art. 515, § 3º do CPC, julgar desde logo a lide, concedendo as Medidas
Protetivas de Urgência solicitado pela Representante, quais sejam,
afastamento do lar da Representada, a proibição de aproximação da
ofendida, no limite mínimo de 200 (duzentos) metros, contanto com a
ofendida por qualquer meio de comunicação, a ser respeitado por ambos os
Representados, a fim de preservar a integridade física e psicológica da
ofendida, conforme previsão no art. 22, II, III, alíneas, “a”, “b” da Lei
11.340/06.
São Luís, 15 de outubro de 2013.

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