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RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO EM AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO

Segunda Fase do Estágio


Nos termos do artigo 22.º/ nº1 e nº 6 do Regulamento Nacional de Estágio

Nome: Francisco Solano Casado


Cédula Profissional nº: 49142L
Curso de Estágio 2023/2024 Conselho Regional Lisboa
Patrono: Pedro Martins Malta Cédula Profissional nº: 5390C

Relatório Nº 1
 Mandato ✘ Substabelecimento

Tribunal / Julgado de Paz: Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa - Juízo Central Criminal - Juiz 4
Natureza do Processo Penal Nº Processo /NUIPC 805/20.6T9LRS
Valor da causa:
Partes:
1. Autor: Ministério Público
2. Arguidos: José Lima e outros

Intervenção efetuada: Prescindi de testemunhas


Data: 21 /07 /2023

- Com o acompanhamento do Patrono


- Com o acompanhamento do Patrono no processo que lhe foi atribuído no Sistema do Acesso
ao Direito e aos Tribunais
- Com o acompanhamento de Advogado da confiança do Patrono que reúne as condições para
exercer a função de Patrono ✘
Nome: Olga Carreira CP nº 19409L

- Sem o acompanhamento do Patrono ou de Advogado da confiança do Patrono que reúne as


condições para exercer a função de Patrono

1
Sumário e caraterização da intervenção realizada:
A meritíssima juíza declarou aberta a audiência de julgamento, nos termos do art.329 nº3 CPP.
A meritíssima juíza deu a palavra à mandatária de alguns arguidos no processo para que desse início às
suas alegações.
A mandatária alegou que a relação que a arguida tinha com o presente processo apenas se devia à
descoberta de munições no seu domicílio. Fez também referência ao facto de na casa onde a arguida
reside também ser habitada por mais pessoas da família. Refere também que ficou provado pelas
declarações prestadas pelo arguido e por outras testemunhas que a referida casa não era considerada
segura para habitar.
Neste sentido alega a mandatária que o princípio da inocência se aplica à arguida. Também o relatório
social elaborado determina que a arguida se encontra bem integrada na sociedade e que até ao
momento não teve participação na vida criminal.
Quanto à segunda arguida também representada pela mandatária, quanto a esta não foi feita prova
em sede de audiência de julgamento e a sua relação ao processo foi baseada em presunções. Foram
detetadas interseções telefónicas com um dos arguidos, no âmbito da investigação levada a cabo pelas
entidades competentes consideradas suspeitas, contudo a mandatária justifica as mesmas como sendo
algo regular visto que ambos eram se encontravam numa relação amorosa como tal as comunicações
entre ambos não deveria ter um caráter suspeito.
Relativamente à terceira arguida no processo, igualmente representada pela mandatária, não se
compreende porque é que a mesma chega ao processo visto que apenas se basearam em interseções
telefónicas entre a arguida e o filho (também arguido no processo e companheiro da anterior arguida)
também de caráter regular visto que se trata de uma relação mãe/filho. Não basta condenar a arguida
com base nestas interseções. A arguida não tinha ideia de qualquer atividade criminosa que pudesse
estar a ter lugar, apenas tinha conhecimento do consumo de haxixe praticado pelo seu filho.
A mandatária justificou o facto de numa das interseções entre ambos, a arguida ter advertido o filho
para a presença de produto estupefaciente em sua casa pois teve conhecimento de que na semana
anterior ter existido uma busca à residência dos seus vizinhos e ter sido encontrada droga. A arguida
limitou-se a fazer uma advertência ao arguido e seu filho, pois tinha conhecimento do seu consumo de
estupefacientes.
De salientar que na mesma casa onde reside a arguida residem também os seus dois filhos, um
sobrinho e um tio ambos utilizavam a casa da arguida para guardar dinheiro.
Não houve o cuidado nem foram efetuadas diligências para averiguar a quem pertencia o produto
estupefaciente encontrada na arrecadação da casa e por conta disso à arguida foi imputado o art.21
do Decreto-Lei nº 15/92 de 22 de Janeiro.
A arguida é trabalhadora árdua e encontra-se socialmente integrada se nunca ter tido participação na
vida criminal.
Neste sentido, por não ter sido feita prova e por existir falta de investigação a mandatária requereu
junto do tribunal a absolvição da arguida.
Declaro “sob compromisso de honra” que as declarações efetuadas neste relatório são verdadeiras.
2
Data: 25/07/2023

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O(A)Patrono(a) O(A)Advogado(a) Estagiário(a)

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