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ENDEREÇAMENTO
2. EMENTA
3. RELATÓRIO
São Paulo, 23 de junho de 2019 às 23:00, a vítima João da Silva, de 50 anos de idade
recebeu ofensas à sua honra por Valdir das Couves, de 17 anos de idade, seu vizinho, o
chamando de ladrão e burro, fatos esses que foram presenciados por agentes locais Ana,
Euclides e Orlando da Silva. Prorrogou-se novas ofensas de Valdir nas redes sociais contra
João, ambos não dispostos a se mudarem as partes que não satisfeitos com a situação
resolveram ir à procura da justiça para colocarem um fim no caso. Visto tal situação as
partes foram encaminhadas para soluções autocompositiva de conflitos, realizadas assim
quatro sessões, compostas por João e Valdir, este acompanhado de seu genitor Marcos.
De acordo com os profissionais que estão à par do caso, o relacionamento de Marcos para
com João era muito salutar, até o referido Valdir atingir seus 10 anos de vida, o
desentendimento iniciou-se a partir do momento em que foram realizadas obras na
residência de João alterando assim o muro divisório das famílias. Contudo nos dias
antecedentes da terceira sessão, João comentou fatos relatados por Marcos, que por fim
estabeleceram acordos na última sessão:
1) a partir daquela data não manteriam nenhum contato pessoal, nem por telefone ou rede
social, e zelariam para que seus familiares assim procedessem;
2) caso houvesse necessidade de eventual contato, isto será realizado através dos
respectivos advogados, ou por meio da vizinha Zélia, moradora na mesma rua;
3) João assumiu o compromisso de não ingressar com ação cível de reparação de danos
morais pelas ofensas irrogadas contra sua pessoa, enquanto Marco se comprometeu a
fazer Valdir publicar nas redes sociais uma retratação acerca das referidas ofensas;
4) João, não obstante o acordado na cláusula anterior, manifestou seu desejo de processar
criminalmente Valdir pelos atos praticados na frente dos vizinhos;
5) João e Marcos decidiram resolver a questão relativa ao muro de forma amigável, sem a
utilização do Poder Judiciário, contudo, desejam a intervenção de um profissional
qualificado para examinar e decidir tal conflito.
4. FUNDAMENTAÇÃO
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
João, que no dia 23 de junho sentiu-se ofendido por Valdir que lhe insultou com palavras
impróprias, alegando-o como “burro” e “ladrão” fazendo falsas acusações contra aqui citado
João, e agredido verbalmente o patrimônio público, visto que dado a situação o ato foi
presenciado por vizinhos que estavam ali próximos, como se não bastasse tamanha injuria
o réu continuou com suas ações caluniosas e hediondas via rede social, assim desferindo
outros novos insultos contra a vítima. “Injúria é a palavra ou gesto ultrajante com que o
agente ofende o sentimento de dignidade da vítima.” - Aníbal Bruno de Oliveira Firmo.
Mediante a tal situação, a orientação que melhor resolveria o ocorrido, seria sessões para
resoluções de conflitos A mediação visa por meio do diálogo buscar a pacificação social.
Além disso, busca “valorizar as partes do conflito dando a elas autonomia e
responsabilizando-as pela solução do litigio para que se sintam respeitadas a aprendam a
lidar com os conflitos do dia a dia.” - Fabiana Marion Splenger. As partes deram o “de
acordo” e assim realizada as sessões, João abstraiu parte do ocorrido, pois Valdir o agrediu
moralmente mediante ao público que seriam esses seus vizinhos, onde sua imagem foi
ferida com acusações que não lhe cabem.
Ante o exposto, faço a presença de argumentação válida e afirmo que o ato prestado por
Valdir tem total diploma ilegal, tendo total consciência que a soberania das leis do código
penal brasileiro foram infligidas. Insultos contra pessoa humana mediante a presença de
terceiros incluso danos ao patrimônio, gerando descaso vigente em lei, João em plena
consciência, auxiliado por profissionais implicou no acordo, não levando o caso ao tribunal.
É o parecer.
São Paulo, 03/11/2019.