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LICENCIATURA EM DIREITO
GILBERTO SEBASTIÃO JO
1º Ano 2020
1. O estudante:
Código do Estudante:
Curso: Direito
41200624
2. O trabalho
Tutor: Nº de Páginas: 20
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Indice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
2. PRINCIPIOS BASILARES QUE NORTEIAM A ADMINISTRAÇÃO EM MOCAMBIQUE ............. 5
2.1 Breves Conceitos sobre Administração, Direito e Estado. ..................................................................... 5
2.1.1 O Direito ....................................................................................................................................... 5
2.1.2 O Estado .............................................................................................................................................. 6
3. DIREITO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................... 7
3.1 A Administração Publica ........................................................................................................................ 7
3.2 A Admiração Publica em Moçambique ................................................................................................. 7
3.3 Administração Pública Em Moçambique Após Independência .............................................................. 8
3.3.1 A Primeira Republica ........................................................................................................................... 8
3.3.2 A Segunda República ........................................................................................................................... 9
3.3.3 A Terceira Republica .......................................................................................................................... 9
4. O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE ........................................... 9
4.1 Modelo de administração pública em Moçambique ............................................................................. 10
4.1.1 Modelo Burocrático da Gestão Administrativa ................................................................................. 11
4.1. 2 Principais Problemas enfrentados pelo modelo Burocrático da Gestão Administrativa ................... 12
5. PRINCÍPIOS ESTRUTURANTE DO REGIME ADMINISTRATIVO MOÇAMBICANO ............ 15
5.1 Os poderes............................................................................................................................................. 15
5.1.2 Poder Regulamentar ........................................................................................................................... 15
5.1.3 O poder de decisão Unilateral ............................................................................................................ 16
5.1.4 O Poder de Execução Coerciva .......................................................................................................... 16
5.2 O Princípio da Separação dos Poderes ................................................................................................. 16
5.3 Justiça Administrativa Moçambicana .................................................................................................. 17
6. CONCLUSÃO. ................................................................................................................................... 18
7. BIBLIOGAFIA ................................................................................................................................... 19
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INTRODUÇÃO
A Administração é um importante ramo do saber a considerar pelos estudiosos da área de Direito,
pelo facto de ser a área da ciência responsável por gerir as relações humanas entre grupos ou indivíduos
com interesses comuns entre si, a gestão do dia-a-dia dos estado e as relações entre o estado e os
particulares.
O presente trabalho tem como objetivo analisar os princípios basilares que norteiam a
Administração em Moçambique, no que se refere a um amplo conjunto de princípios, práticas e
técnicas empregadas com o objetivo de conduzir a ação de um grupo de indivíduos, com a finalidade de
se chegar a um determinado resultado a parir dos princípios e dos conceitos existentes, consolidados
pelo mundo, centrando dentro da perspetiva da o Ciência do Direito.
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Segundo Chiavenato (2003), a palavra administração vem latim, ad que significa direção e mister
que significa subordinação ou obediência, ou seja quem realiza uma função sob comando de outa
ou presta serviço a outra.
Por outro lado, de acordo com Maximiano (2007), a administração refere-se a um trabalho em que
as pessoas buscam realizar seus objetivos próprios ou de terceiros (organizações) com a finalidade
de alcançar as metas e objetivos traçados.
2.1.1 O Direito
O direito é o conjunto de normas de conduta impostas pelo Estado, os quais se traduzem em princípios
de conduta social com finalidade de realizar Justiça, assegurando a sua existência e a coexistência
pacífica dos indivíduos em sociedade. O Direito para fins didáticos é dividido inicialmente em dois
principais ramos os quais denominam-se Direto Privado e o Direito Publico. Consoante a sua
destinação.
O Direito possui heteronomia, que quer dizer que mesmo independente de vontade, o indivíduo é
obrigado a se adaptar e aceitar regras instituídas pela sociedade de acordo com preceito.
2.1.2 O Estado
O Estado detém o poder absoluto, dentro de seu território físico e legal, e a política atua nessa
esfera como força motriz, capaz de fazer o Estado funcionar dentro de seus parâmetros, dando
certa conotação.
Em Moçambique o Estado sofreu uma grande transição desde o tempo Colonial até os dias atuais,
passando do Socialismo para liberalismo e por último para a democracia atual.
Nesse meio tempo, a sociedade civil foi ganhando mais espaço e poder político sobre o próprio
governo, os políticos e funcionários públicos, influenciando assim nas decisões do Estado.
Algumas correntes de pensamento afirmam que, o Direito como regra de conduta coercitiva, nasce
da ideologia da classe dominante, que é precisamente a classe burguesa. Assim, a dominação
econômica de uns poucos sobre tantos outros se legitima por intermédio de um Estado de Direito,
cujo princípio capital é a lei.
Por outro lado, a concepção de Estado surge a partir da propriedade privada e da divisão social do
trabalho. Para esses, o Estado criaria as condições necessárias para o desenvolvimento das relações
capitalistas. O Estado moderno funcionaria como um comitê executivo das classes dominantes, a
chamada burguesia.
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Por outo lado a Administração Pública pode ser definida como sendo o conjunto das atividades
diretamente destinadas à execução concreta das tarefas ou incumbências consideradas de interesse
público, numa coletividade ou organização estatal.
O estudo da Administração Pública em geral deve partir do conceito de Estado e Governo, sobre
os quais baseia-se toda a concepção moderna de organização e funcionamento dos serviços
públicos a serem prestados aos administrados.
Na base disso cria-se um Aparelho de Estado centralmente planificado que sobrevivia a múltiplas
adversidades desde os recursos materiais aos humanos. O que levou ao chamamento dos jovens
ainda a frequentar a escola a integrar no aparelho de Estado, os chamados Jovens de 8 de Março,
como também, a precipitação na formação de moçambicanos no exterior sobretudo nos países
socialistas.
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As relações entre o Estado e a administração pública estão cada vez mais revigoradas, por meio
da intrínseca complementaridade entre seus órgãos, o que contribui para intensificar a confusão
entre os dois aparatos.
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Como foi referido anteriormente, no contexto do Estado racional moderno, a administração pública
e a burocracia racional-legal caminham juntas com o intuito de responder às demandas emanadas
do ambiente social, por meio de suas estruturas institucionais. Por conseguinte, o exercício das
funções básicas e, ou sociais do Estado, com vista à ecfetivação de políticas públicas, é garantido
através de órgãos de administração pública que corporizam o aparelho burocrático
Segundo Prates (2007), A administração pública constitui um fenômeno do Estado, passou a ser
a estrutura predominante de administração. Assim, pode-se afirmar que o marco definitivo do
surgimento da administração de natureza pública seja o advento do Estado burocrático moderno.
De acordo com Caetano (1997), revela que existe uma relação intrínseca entre os momentos
políticos paradigmáticos e os modelos de gestão pública. Neste sentido, as reformas, operadas no
seio do aparato estatal, pressupõem a reestruturação administrativa com base num determinado
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paradigma estatal, visto que a administração pública é responsável pelo funcionamento das
instituições do Estado na sua globalidade.
Assim, em estreita ligação com a modernização das instituições estatais, a administração do Estado
a nível global evoluiu baseando-se em três modelos: administração pública patrimonial,
burocrática e gerência.
Essa organização administrativa se destaca por possuir um sistema formal de regras e objetivos, é
reconhecida como um instrumento técnico que serve para mobilizar energias humanas com vista
a alcançar finalidades pré-estabelecidas.
Segundo Matias-Pereira (1999), foi em decorrência do crescimento das instituições públicas e das
organizações privadas, que atingiu dimensões gigantescas, que a burocracia se tornou uma
presença dominante nas sociedades modernas passando a ser destacados os aspetos regulativos
institucionais que definem as bases do comportamento considerado socialmente adequado,
regulado por meio de processos formais. Tais elementos regulativos são maioritariamente
provenientes do Estado.
Este padrão organizacional e funcional, cujos alicerces são a hierarquia rígida e normas
impessoais, onde prevalece o controlo dos procedimentos em detrimento dos resultados, constitui
o modelo burocrático, comumente designado de Administração Burocrática. Com o advento da
modernização, a configuração e as relações de poder passaram a ser largamente influenciadas por
princípios burocráticos.
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Segundo Motta e Bresser- Pereira (1986), a organização burocrática é o tipo de sistema social
dominante nas sociedades modernas; é uma estratégia de administração e de dominação; é fruto e
berço da burocracia, com a qual pode inclusive ser identificada. A burocracia pode constituir-se
em um grupo ou uma classe social, mas é também uma forma de poder que se estrutura através das
organizações burocráticas.
De acordo com Selznick (1972), a administração burocrática deriva do tipo ideal weberiano,
sustentado por princípios como regras contidas em documentos, impessoalidade, sistema
hierárquico, meritocracia, padronização e alta divisão de responsabilidade. É um sistema
impessoal, formal e racional, para além de ser um mecanismo utilizado para a satisfação dos
objetivos governamentais, necessita de conhecimento técnico e de princípios orientadores de suas
ações.
É importante destacar que nenhum Estado moderno prescinde de uma burocracia competente pois
a burocracia é uma forma de divisão do poder e do trabalho que os indivíduos socialmente
organizados se submetem. As componentes estruturais das formas de divisão social do trabalho
estão impregnadas de princípios burocráticos.
Assim, a burocracia é um fenômeno que ocorre tanto nos países socialistas como nos países
capitalistas. No entanto, é intensa nos Estados socialistas porque a burocracia é fortemente usada
como instrumento de dominação e a lógica administrativa desses Estados é eminentemente
burocrática. Talvez por esse facto, Moçambique tenha envergado por este modelo, logo nos
primórdios da independência, muito pela suas opção de governação socialista,
De acordo com Souza (2003), a discussão referente à gestão pública debruçou-se sobre os arranjos
institucionais alternativos ao modelo burocrático. Dentro dessa esfera, esforços têm sido
desencadeados com o intuito de substituir o modelo autoritário e burocrático, ainda presente, por
um outro alicerçado no novo conceito de gestão pública. Constatou-se que, o já desgastado modelo
burocrático de administrar o Estado necessita ser substituído,
Deste modo, para além desses problemas, foram apontados outros durante o diagnóstico que
conduziu às reformas institucionais. Já no decurso da década de 1980, boa parte dos
reformuladores considerava que a necessidade da eficiência governamental implicava uma
modificação profunda do modelo weberiano, classificado como lento e excessivamente apegado
a normas.
Segundo Bresser-Pereira (1998), o grande drama dos governos modernos está no enorme obstáculo
para um gerenciamento eficiente que as leis e práticas burocráticas representam. A administração
burocrática, ao concentra-se no controle legalístico de processos administrativos para lhes dar uma
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É neste contexto que nasce a burocratização racional-legal surgiu com a concepção de um sistema
jurídico-legal para articular as relações entre os cidadãos baseando se na igualdade conferida pela
lei, garantindo o exercício do sistema democrático liberal de governo. Esse conjunto de traços
estruturais burocráticos, cujas características dominantes são apresentadas a seguir (quadro 1),
contribuem para a manutenção e fortalecimento da ordem estabelecida para garantir o
funcionamento da máquina estatal.
Rotina inflexível
Especialização e meritocracia
5.1 Os poderes
A Administração Pública Moçambicana tem poderes de Regulamentação, Decisão e de Execução.
Por outras palavras, o que caracteriza o Direito Administrativo Moçambicano na ordem das
prerrogativas, como, regra geral, em qualquer outro sistema de administração executiva, é a
faculdade que lhe é conferida de tomar decisões juridicamente executórias e de garantir a sua
execução material.
Neste contexto, é legítimo afirmar que a Administração Pública Moçambicana goza de um poder
regulamentar, porque ela por si só é poder, e desta forma ela tem o direito de definir em que como
vai aplicar a lei.
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O poder de decisão unilateral pode-se definir como sendo o poder de modificar unilateralmente o
ordenamento jurídico por exclusiva autoridade, e sem necessidade de obter o acordo do
interessado.
A primeira fase histórica inicia de 1856 até 1933 data da aprovação da Reforma Administrativa
Ultramarina . Este período caracteriza-se por uma instabilidade crónica em termos organizativo e
de regras processuais regulando o contencioso administrativo.
A segunda fase vai iniciar a partir de 1933 com a aprovação da referida Reforma Administrativa
Ultramarina até a grande reforma de 2001. Este período é marcado pela estabilidade das regras
processuais regulando o contencioso administrativo em Moçambique.
6. CONCLUSÃO.
No final do presente trabalho, podemos concluir que, no geral os princípios basilares que norteiam
a Administração em Moçambique estão alicerçados no princípio da separação de poderes com
enfoque para o modelo Modelo Burocrático da Gestão Administrativa. Essa organização
administrativa destaca-se por possuir um sistema formal de regras e objetivos, é reconhecida como
um instrumento técnico que serve para mobilizar energias humanas com vista a alcançar
finalidades pré-estabelecidas.
7. BIBLIOGAFIA
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6. MAXIMIANO, António Cesar Amauri (2007). Teoria Geral da Administração: da
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7. MOTTA, F. C. P, BRESSER-PEREIRA, L.C.( 1986). Introdução à organização
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8. PRATES, Marco A. S. Barros, BETÂNIA T. de. O estilo brasileiro de administrar: sumário
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Saraiva, (PDF) Recuperado de:
http://www.academiadederecho.org/upload/biblio/contenidos/ID
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Vargas, (PDF) Recuperado de: https://scholar.google.com/scholar?
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