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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE

Licenciatura em Contabilidade e Fiscalidade

Direito Administrativo

ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRECTA

Agostinho Orlando Mutendez

Edson Artur Manjate

Paula Joana Jorge Tovele

Regina Daniel Chauque

3º ano - Turma: 01/Pós-Laboral

Maputo, Maio 2022


INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE

Licenciatura em Contabilidade e Fiscalidade

Direito Administrativo

ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRECTA

Agostinho Orlando Mutendez

Edson Artur Manjate

Paula Joana Jorge Tovele

Regina Daniel Chauque

3º ano - Turma: 01/Pós-Laboral

Docente: Dr. Stela Charles

Maputo, Maio 2022


ÍNDICE

CAPITULO I- INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1


1. Introdução ................................................................................................................................... 1
1.1. Objetivos ..................................................................................................................................... 2
1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 2
1.1.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 2
1.2. Metodologia de pesquisa............................................................................................................. 2
1.3. Estrutura de trabalho ................................................................................................................... 2
CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA .................................................................. 3
2. Contextualização ......................................................................................................................... 3
2.1. Definições ................................................................................................................................... 4
2.1.1. Objectivo principal da Administração Indireta Estadual ................................................ 4
2.2. Entidades da administração Estadual Indireta............................................................................. 5
2.2.1. As Autarquias.................................................................................................................. 5
2.2.1.1. Características das autarquias ..................................................................................... 5
2.2.1.2. Exemplos de autarquias .............................................................................................. 5
2.3. O Exercício de Actividades nas áreas ......................................................................................... 8
2.4. Serviços Sociais Autónomos ....................................................................................................... 8
2.5. Administração Estadual Indirecta em Mocambique ................................................................... 8
CAPITULO III -CONCLUSÃO ........................................................................................... 10
3. Conclusão.................................................................................................................................. 10
CAPITULO IV– REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 11
4. Bibliografia ............................................................................................................................... 11
CAPITULO I- INTRODUÇÃO
1. Introdução

O presente trabalho tem como objectivo estudar a Administração Estadual Indireta. Que é um
sector da Administração Pública, composto por pessoas colectivas públicas dotadas de
autonomia administrativa e financeira, criadas com o objetivo de prosseguirem fins do Estado
e sujeitas à sua superintendência e tutela. Estas entidades constituem uma forma de
descentralização funcional, correspondendo à necessidade de criação de centros autónomos de
decisão e gestão para a prossecução de certos fins do Estado, os quais, em virtude da sua
complexidade, não podem ser adequadamente desenvolvidos por intermédio de órgãos e
serviços burocráticos integrados na própria pessoa colectiva pública Estado. Apesar da sua
autonomia, o Estado não se desinteressa da sua gestão e atuação, detendo sobre estas entidades
um poder de superintendência- competência de orientação genérica da sua atuação- e um poder
de tutela- competência de controlo da legalidade e mérito da respetiva atividade. Fazem parte
da Administração indireta do Estado os institutos públicos (regulados pela Lei-Quadro dos
institutos públicos: Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, com alterações posteriores) e as empresas
públicas sob forma de entidade pública empresarial (Decreto-Lei n.º 122/2013, de 3 de
Outubro).

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1.1.Objetivos
1.1.1. Objetivo Geral
• Compreender sobre a Administração Estadual indireta do Estado
1.1.2. Objetivos Específicos
• Definir Direito Administrativo
• Definir o processo de Administração Estadual indireta
• Apresentar as entidades que compõem Administração Estadual indireta

1.2.Metodologia de pesquisa

Para adquirir e aprofundar conhecimentos sobre o tema supracitado, adotou-se o procedimento


técnico de pesquisa bibliográfica que segundo (LAKATOS E MARCONI.2010), proporciona
a analise de um assunto a partir de um novo olhar e não a simples reprodução de algo falado
ou de registrado sobre este tema.

1.3.Estrutura de trabalho

O presente trabalho é composto por quatro capítulos, sendo o primeiro a Introdução, que
apresenta os objetivos geral e específico, a metodologia de pesquisa e a estrutura do trabalho;
o segundo debruça-se sobre a revisão de literatura; O terceiro debruça-se sobre a conclusão e
ultimo debruça-se sobre as referências bibliográficas.

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CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA

2. Contextualização

O direito nasceu junto com a civilização. Sua história é história da própria vida. Fazem parte
do direito as normas jurídicas que se destinam a regalar diferentes esferas da vida social. Por
isso, custam forma se subsistema jurídicas, com princípios específicos e adotados de uma
estrutura interna que os defines como ramos autónimos em relação a outros setores da atividade
jurídica. Há múltiplas formas de classificar o Direito em ramos, mas aqui adotara a mais
genérica e simples. Uma primeira classificação das normas do direito dividi-as em dois grupos
as do Direito Publico e as do Direito Privado. Com a notável integração económica e social do
mundo exigiu a progressiva consolidação das normas de direito publico em Direito
Administrativo.

A organização da Administrativa é a estruturação das pessoas, entidades e órgãos que irão


desempenhar as funções administrativas, é definir os modelos do aparelho administrativo do
estado. Essa organização se da normalmente por leis e, excecionalmente, por decreto e normas
inferiores.

Apesar de inúmeras alterações legislativas posteriores continua em vigor, foi o responsável


pela divisão da Administração Publica em Direta e Indireta, estabelecendo em seu decreto que
a Administração Direta se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da Republica e dos Ministérios e que a Administração Indireta compreende as
seguintes entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: Essa mesma organização
prevista expressamente para a ordem Estatal é observada para os demais âmbitos políticos,
logo, as feiras Estaduais, Municipais, e Distritais guardam com a estrutura federal certo grau
de simetria.

Esse modelo, essa organização administrativa dividida em Administração Direta e Indireta,


será analisado a seguir. Importante ressaltar ainda que atividade administrativa hoje também
pode ser prestada por pessoas que estão fora dessa estrutura da Administração Pública. São
pessoa jurídicas sujeitas a regime privados, que prestação serviços públicos ou que cooperam
com os Estado na realização dos seus fins em razão de diversos vínculos jurídicos, o que
também será estudado em momento oportuno.

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2.1.Definições

Direito administrativo é o ramo do Direito publico que tem por objecto órgãos, agentes e
pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Publica, a atividade jurídica
não contenciosa que exerce e os bens de que utiliza para a conservação de seus fins, de natureza
publica.

Direito administrativo indireto é o conjunto de órgãos que prestam serviços públicos e estão
vinculadas a uma entidade da administração direta, mas possuem personalidade jurídica própria.

A Administração Indireta do Estado compreende o conjunto de instituições públicas, dotadas de


personalidade jurídica própria, criadas por iniciativa dos órgãos centrais do Estado para
desenvolver a atividade administrativa destinada à realização dos fins estabelecidos no ato da
sua criação. Ou seja, “a Administração Estadual indireta, integra o conjunto de instituições que,
sendo formalmente autónomas na sua existência e ação, também são pessoas coletivas de
Direito Público,

2.1.1. Objetivo principal da Administração Indireta Estadual

Administração indireta do Estado tem como objetivo Principal “promover a descentralização


administrativa não territorial, através de transferência das responsabilidades do Estado para
entes menores de modo a tornar mais eficaz e eficiente, bem como menos oneroso no exercício
da atividade administrativa”. Ou seja, a administração indireta do Estado promove a
transferência das responsabilidades do Estado para entes menores, de modo a tornar o exercício
da atividade administrativa mais eficaz, eficiente e menos oneroso.
A administração Indireta do Estado implica que haja “a criação de uma pessoa coletiva
integrada na administração Indireta do Estado tenha como consequência a racionalização dos
recursos humanos, financeiros e materiais do Estado na medida em que as atividades do Estado
são desenvolvidas para o novo ente. Assim, as pessoas coletivas integradas na administração
Indireta do Estado dispõem de capacidade jurídica pública, podendo excecionalmente praticar
atos de gestão privada na medida do necessário à prossecução das suas atribuições.

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2.2.Entidades da administração Estadual Indireta

Como referido na definição acima sobre a Administração Estadual Indireta, que é composta
por entidades que auxilia ou ajudam o Estado na administração publica. Nesse ponto vamos
decompor as entidades que a compõem.

2.2.1. As Autarquias

Autarquia é a expressão de um serviço publico descentralizado da União, dos Estados ou dos


Municípios, dotada de personalidade jurídica de direito público, instituída por lei, com
autonomia administrativa e financeira, sujeita ao controle (tutela) do Estado.

A autarquia, confirme Meirelles esta no Estado. E uma entidade de direito publico. Diferente
disso e o ente paraestatal, que se situa fora do Estado, ao lado, paralelamente ao Estado.

2.2.1.1.Caraterísticas das autarquias

Constitui caraterísticas das autarquias a:

✓ Criação Legal - instituída mediante lei ordinária, sendo seus serviços regulamentados
por decretos executivos,
✓ Personalidade Jurídica de direito publico - São pessoas Jurídicas de direito publico
interno
✓ Autonomia administrativa e Financeira - relativamente a organização e
funcionamento dos serviços executivos,
✓ Fim de Interesse do estado - instituídas para tal propósito
✓ Tutela administrativa do Estado - sua autonomia não afasta o controlo do Estado
(hierárquico). O controle é exercido pelo Tribunal de contas, sem prejuízo a supervisão
ministerial no caso de União, ou seus correspondentes nas demais esferas de poder.

2.2.1.2. Exemplos de autarquias

Desenvolvendo atividade típicas de Estado (segundo a Perspetiva dominante) estas entidades


são instituídas com o propósito de realizar determinadas atividades de forma mais eficiente.
Nos exemplos acimas, a seguridade social, política monetária, infraestrutura rodoviária,
serviços de água e esgoto, etc.

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a) O Banco Central

O Banco central de Moçambique-BCM, autarquia do Estado integrante do sistema financeiro


Nacional, foi criada em 31/12/2018, com a promulgação da Lei n°2/2014, para ser o agente da
sociedade Moçambicana na promoção da estabilidade do poder de compra da moeda nacional,
por meio da busca pela adequada liquidez da economia.

I. Manter as reservas internacionais do Pais em nível adequado


✓ Estimular a formação de necessidade de investimento do país;
✓ Zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema
financeiro Nacional
II. Missão do Banco Central
✓ Assegurar a estabilidade do poder compra da moeda nacional
III. Macroprocessos
✓ Formulação e gestão das políticas monetária e cambial;
✓ Regulamentação e supervisão do sistema financeiro nacional;
✓ Prestação de serviços de suporte as transações financeiras e ao meio circulante
IV. Objetivos Estratégicos
✓ Promover o aperfeiçoamento do sistema financeiro;
✓ Atuar no mercado internacional de capitais, na gestão de passivo externo;
✓ Rever o relacionamento com organismo multilateral a administração as políticas de
natureza administrativa;
✓ Aperfeiçoar a político de comunicação dos Bancos.
V. Diretrizes Institucionais
✓ Consistência;
✓ Eficiência;
✓ Independência;
✓ Profissionalismo;
✓ Transparência

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b) Fundações Publicas

Em termos do conceito, as fundações públicas são pessoas coletivas de direito público,


criadas pelo Conselho de Ministros, destinadas a gerir no interesse geral, patrimónios ou
fundos públicos. A criação das fundações públicas é independente da dotação inicial do
património, recursos materiais ou financeiros que constituem o seu substrato.
Quanto à natureza, as fundações públicas adaptam sempre a natureza de institutos públicos,
devendo na sua denominação apresentar menções que permitam a sua distinção dos restantes
tipos institucionais. Quando a fundação tenha por objetivo a satisfação complementar de
necessidades de ordem económica, social e cultural de seus membros, funcionários e agentes
da administração pública, adota a forma de serviços.
Recebem por isso, oficialização do poder público e autorização legal para arrecadarem e
utilizarem na sua manutenção contribuições parafiscais, quando não subsidiadas diretamente
por recursos orçamentários da entidade que os criou. Assim, os serviços sociais autónomos,
como entes de cooperação, do género paraestatal, estabelecem-se ao lado do estado e sob seu
amparo, mas sem subordinação hierárquica a qualquer autoridade pública.
Caraterísticas

✓ Natureza Jurídica de direito Privado;


✓ Criação precedida de autorização legal;
✓ Existência de um fim de interesse publico;
✓ Subordinação a tutela administrativa.

c) Empresas Publicas

As empresas públicas são pessoas coletivas de direito público, dotadas de personalidade


jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, criadas pelo Decreto do
Conselho de Ministros, com capitais próprios ou de outras entidades públicas, para realizar
a sua atividade no quadro dos objetivos traçados do diploma da sua criação. O decreto de
criação de empresas publicas deve aprovar os respetivos estatutos, tendo em conta a
viabilidade económica, financeira e social comprovada pelo estudo previamente elaborado.
Integram o sector empresarial do Estado as unidades produtivas ou comerciais que são
exclusivas ou maioritariamente participadas pelo Estado e que adaptam a forma de
organização e funcionamento empresarial.

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d) Sociedades de Economia Mista

São pessoas jurídicas de direito Privado, criadas sob a forma de sociedade anônima e
compostas por capital publico e privado. A maior parte das acções dessas empresas são do
estado, assim como as empresas publicas prestam serviços públicos e exercem actividades
económicas.

As sociedades de Economia mista são caracterizadas por uma:


✓ Criação autorizada por lei
✓ Participação do estado e de agente particulares na composição do capital social e
administração da entidade
✓ Estrutura de direito privado (sociedades por Ações)
✓ Personalidade Jurídica de direito Privado
✓ Controle estatal.

2.3.O Exercício de Actividades nas áreas


consideradas estratégicas, nomeadamente económicas nos ramos de indústria, mineração,
energia, hidrocarbonetos, turismo, transporte e do comércio ou; obtenção de níveis
adequados de satisfação das necessidades da colectividade, bem como a promoção do
desenvolvimento segundo os parâmetros exigentes de qualidade, economia, eficiência e
eficácia, contribuindo igualmente para o equilíbrio económico e financeiro do conjunto
do sector público.

2.4.Serviços Sociais Autónomos


São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade de Direito privado, destinados a
ministrar assistência ou de ensino a determinadas categorias sociais ou grupos profissionais,
sem fins lucrativos, sendo mantidos por dotações.

2.5.Administração Estadual Indirecta em Moçambique

A Administração Estadual Indirecta em Moçambique é vista sob dois prismas: O Material ou


Objectivo e o Orgânico ou Subjectivo.

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Material ou Objectivo

Sob este prisma, a actividade administrativa do Estado é realizada na prossecução de seus fins,
por entes públicos dotados de personalidade jurídica própria e de autonomia administrativa,
patrimonial e financeira.

Orgânico ou Subjectivo

Do ponto de vista orgânico ou subjectivo, refere-se às entidades públicas que desenvolvem


suas actividades, investidas de personalidade jurídica própria e autonomia administrativa,
patrimonial e financeira e uma actividade administrativa tendo em vista os seus fins.

Esta actividade é concretizada através dos institutos públicos e pelas empresas públicas,
resultante da sua complexidade, amplitude e diversidade.

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CAPITULO III -CONCLUSÃO

3. Conclusão

Aquando da realização deste trabalho, um dos objetivos foi a analise da Administração Indireta
Estadual de forma detalhada possível. Podemos concluir desta forma, que administração
indireta é composta por entidades que, por meio da descentralização de competências de
governo, foram criadas para desempenhar papeis nos mais variados setores da sociedade e
prestar serviços a população, sendo que estas entidades possuem personalidade jurídica própria,
e muitas vezes, recursos próprios, provenientes de actividades que geram receitas, e essas
entidades são criadas por lei com a finalidade de dinamizar os serviços públicos.

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CAPITULO IV– REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

4. Bibliografia
FREITAS, Dinamene De o acto administrativo inconstitucional. Delimitação do conceito para
um contencioso constitucional dos actos administrativos, 1ª Ed, Coimbra Editora, Coimbra,
2010.
ZIVALE, G. Jonas Bernardo, Municipalismo e poder local em Moçambique, Maputo, 2011.
ZIPPELIUS, Teoria Geral do Estado, 3ª Edição, Lisboa, 1997. Fontes da
FONTES DA INTERNET.
http://sites.google.com/site/pmdccm/Apis3431.pdf - Consulta: 1/09/2010. BONAVIDES,
Paulo, Jurisdição constitucional e legitimidade (algumas observações sobre o Brasil) em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-40142004000200007&script=sci_arttext -
Consulta: 1/09/2010

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