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Tema
Quelimane
Setembro de 2023
Índice
1. Introdução..................................................................................................................3
1.2. Metodologia........................................................................................................4
2. Revisão de Literatura.................................................................................................5
3. Conclusão.................................................................................................................15
Bibliografias bibliográficas.............................................................................................16
1. Introdução
Este trabalho tem como objectivo estudar a importância da conta geral do estado, como
sendo o controlo financeiro na Administração Pública no geral e, em particular, como as
recomendações e as ênfases feitas pelo Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado são
tidas em conta pelos Governos observadas e aplicadas em legislaturas futuras. Nos
últimos anos, a economia mundial sofreu um vasto processo de globalização, apoiado na
interdependência de actividades e funções desenvolvidas em diferentes lugares e por
diferentes atores.
Por outro lado, as finanças públicas adquiriram, nos dias de hoje, um papel de grande
relevância, isto porque as finanças públicas passaram a exercer uma influência decisiva
no dia-a-dia dos contribuintes.
Assim como a necessidade de garantia da prestação de contas por todos aqueles que
desempenham poderes públicos ou administram recursos financeiros públicos, de igual
modo os entes e gestores que tenham natureza jurídica privada.
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garantir a legalidade das despesas públicas, assim como julgar as contas que a lei
mandar submeter-lhe.
1.2. Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007,
p.86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.
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2. Revisão de Literatura
Por sua vez, de acordo com o art. 58º da Lei de Enquadramento Orçamental, a execução
do Orçamento está sujeita ao controlo orçamental e à responsabilidade financeira, de
acordo com a Lei Enquadramento Orçamental e restante legislação aplicável, o qual tem
por objecto a verificação da legalidade e da regularidade financeira das receitas e das
despesas públicas, bem como a apreciação da boa gestão dos dinheiros e outros activos
públicos e da dívida pública, (Santos, 2016).
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Ainda a CGE compreende mapas contabilísticos gerais referentes à: execução
orçamental; situação de tesouraria; situação patrimonial; conta dos fluxos financeiros do
Estado. A Conta do Tribunal de Contas depois de aprovada, é enviada, até 30 de Abril
do ano seguinte àquele a que respeita à AR para informação, e ao Governo, para efeitos
da sua integração na Conta Geral do Estado352. A publicação efectua-se depois de
aprovada pela AR, a Conta Geral do Estado é publicada no Diário da República, nos
termos a definir pelo Governo, que definirá igualmente o regime de publicação das
contas próprias e dos elementos informativos, bem como a informação susceptível de
ser publicada apenas em suporte informático, (Rochelieze, 2002).
Para Silverio (2003), O Orçamento Geral do Estado é uma previsão das receitas e
despesas anuais do Estado. Engloba o montante e a discriminação das despesas a
efectuar, bem como a forma de as cobrir. Inclui ainda a autorização concedida à
Administração Financeira para cobrar receitas e realizar despesas.
Para Martins (2013), Existem cinco regras orçamentais clássicas, embora nem todas
sejam actualmente seguidas com frequência:
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devem constar no Orçamento de uma forma bruta) e a não-consignação (todas as
receitas devem servir para cobrir todas as despesas, não se podendo afectar
quaisquer receitas à cobertura de determinadas despesas).
Regra da publicidade: o OGE tem que ter publicação oficial.
Regra do equilíbrio orçamental: o OGE deve ser elaborado para que as receitas
previstas cubram na realidade as despesas previstas.
É o caso das regras da plenitude (existe uma tendência para a desorçamentação, pois
montantes cada vez maiores de dinheiros públicos fogem ao controlo do OGE, devido à
existência de serviços públicos com autonomia financeira e, como tal, com orçamentos
próprios) e do equilíbrio (uma vez que em quase todos os países se verificam défices
orçamentais, que se acentuam em períodos de dificuldade económica, dado que as
receitas públicas têm tendência a diminuir e as despesas a aumentar), (Madureira,
2013).
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Da implantação do SIGFE resultou a adopção de métodos e procedimentos que
proporcionaram a substancial melhoria das informações contabilísticas e o controlo no
âmbito da execução orçamental, financeira e patrimonial e criou as bases para o
conhecimento adequado dos actos de gestão praticados nos diversos patamares da
administração pública, bem como para a elaboração da CGE, (Rocha, 2013).
Nesse contexto, afigura-se oportuno reafirmar que o SIGFE, em operação desde Janeiro
de 2004, é o sistema informático que possibilita, em tempo real, a efectivação dos
registos contabilísticos da execução orçamental, financeira e patrimonial do Estado. A
sua implantação decorreu do superior interesse do Estado em modernizar as finanças
públicas e também da imperiosa e inadiável necessidade de obedecer às disposições da
Lei-quadro do Orçamento, em cujo diploma está determinado que a contabilidade
evidencia os factos ligados à administração orçamental, financeira e patrimonial e que
na escrituração desses factos se aplica o método das partidas dobradas, (Rocha, 2013).
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2.1.2. Importância da conta geral do estado
Nos termos do n.º 1 do artigo 46 da mesma lei, a Conta Geral do Estado deve ser
preparada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise
económica e financeira. Por sua vez, o n.º 3 do mesmo artigo dispõe que “... a Conta
Geral do Estado deve ser elaborada com base nos princípios e regras de contabilidade
geralmente aceites”.
Para Santos (2016), Quanto ao conteúdo, e segundo dispõe o artigo 47 da citada lei, a
Conta Geral do Estado deve conter informação completa relativa a:
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Activos e passivos financeiros e patrimoniais do Estado;
Adiantamentos e suas regularizações.
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controlar se essa execução foi feita de acordo com a legislação pertinente sobre a
matéria, (Santos, 2016).
Rochelie (2002), Deste modo, o Estado passou a contar com informações mais
consistentes, oportunas e comparáveis, que têm conferido maior segurança ao processo
de tomada de decisão por parte dos diversos agentes e maior transparência aos actos da
gestão dos recursos públicos.
Para Rocha (2013), As regras de elaboração dos Orçamentos de Estado são simples de
enunciar e fáceis de aplicar. Por isso, quando aparecem desvios a estes procedimentos
podemos interpretá-los como intencionais, visando esconder receitas ou disfarçar
despesas, diminuindo-se a transparência das Contas Públicas.
Regra da unidade
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1) A relacionação entre receitas e despesas não se verifica.
2) A avaliação dos impactos sobre a economia não será correcta, nem completa.
3) O Orçamento de Estado não será o Plano Financeiro do Estado.
Receitas e despesas devem ser inscritas pelos seus valores brutos, sem qualquer dedução
de eventuais despesas (encargos de cobrança) e de eventuais receitas (ganhos realizados
com a efectivação da despesa). Se esta regra for incumprida não será possível uma
avaliação dos valores exactos de cada uma das rubricas orçamentais.
Esta regra determina que todas as receitas se devem destinar ao financiamento indistinto
de todas as despesas, equivalendo por dizer que não haverá receitas que, à partida,
estejam afectas a determinadas despesas em concreto, com exclusão de outras. Razões
para a observância desta regra (Silverio, 2003):
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por consignação de receitas de privatização do património empresarial ou habitacional
do Estado, etc.
Para Martins (2013), Todas as receitas e todas as despesas fiscais devem ser
especificadas, individualizadas e pormenorizadas. Se não:
a) Não há transparência.
b) Não se evitam as dotações secretas.
c) Não se possibilita o controlo político e económico da parte do Parlamento.
d) Não se torna mais eficiente e eficaz a execução e o controlo do Orçamento de
Estado.
e) Não se possibilita a concepção inter-temporal das prioridades das políticas
económicas e sociais.
O Estado não pode, nem deve, gastar acima das suas possibilidades de cobrança de
receitas públicas. É a regra que permite avaliar a boa gestão orçamental. O seu não
cumprimento acarreta:
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3. Conclusão
Para finalizar, a Conta Geral do Estado (CGE), é um instrumento relevante para mostrar
os fluxos orçamentais e financeiros e as variações patrimoniais ocorridas durante um
exercício, bem como a situação financeira e patrimonial do Estado no final de cada ano.
Contudo, constatamos que os Governos nem sempre conseguem acolher a totalidade das
recomendações. Existe um grande número de recomendações que não são acolhidas e
ainda uma parte que vão passando de anos anteriores para os anos seguintes. De
salientar, ainda, que o Tribunal de Contas como Órgão de controlo externo de natureza
técnico e jurisdicional em matéria financeira tem realizado um excelente trabalho em
matéria das recomendações, exigindo sempre rigor e transparência e reflectindo nos
relatórios uma imagem verdadeira e apropriada da actividade financeira e patrimonial
do Estado.
Por fim, a sociedade de hoje não se limita a controlar o Estado pelos instrumentos que a
democracia liberal colocou ao seu dispor e aguardar que o Estado garanta o interesse
público.
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Bibliografias bibliográficas
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