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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Factos
Patrimoniais
Turma H

Natália Valentim (N°


708223001) Turma “H’’

Nampula, Setembro de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Contabilidad

e Geral

Trabalho de

Campo

Natália Valentim (N°

708223001) Turma “H’’

Curso: licenciatura em
Administração Publica.
Disciplina:
Contabilidade Geral.
Docente: Jacob Camota.
Ano de frequência: 2° ano

Nampula, Setembro de 2023 2


Índice
Objectivos........................................................................................................................................5
Objectivo geral.................................................................................................................................5
Objectivos específicos.....................................................................................................................5
Metodologia.....................................................................................................................................5
Estrutura do trabalho........................................................................................................................5
1. O Pensamento da igreja em questão da bioética..........................................................................6
1.1. Conceitualização.......................................................................................................................6
1.1.2. Vida humana..........................................................................................................................6
1.1.3. A pessoa humana...................................................................................................................6
1.1.4. O valor da vida humana.........................................................................................................6
1.2. Bioética – conceito etimológico...............................................................................................7
1.3. História da bioética e Principais razões para seu surgimento..................................................7
2. Principais princípios da bioética..................................................................................................8
3. Causas da ruptura entre a igreja e a bioética..............................................................................10
3. Pensamentos da igreja sobre os temas da bioética.....................................................................11
3.1. Pensamento teológico acerca do aborto e eutanásia...............................................................11
3.2. Pensamento da Igreja católica acerca da vida humana...........................................................12
3.3. Pensamento da Igrejas protestantes acerca da vida humana...................................................13
3.4. Aborto.....................................................................................................................................13
3.5. Visão radical e actual da igreja sobre a bioética.....................................................................15
4. O Magistério católico e os pontos de convergência e divergência............................................17
Conclusão.......................................................................................................................................18
Referências bibliográficas..............................................................................................................19
Introdução

Iniciamos a apresentação de um estudo sistemático sobre a relação entre a Igreja e a Bioética.


Este estudo abordará conceitos e valores acerca da bioética, o impacto dela na sociedade e
sobretudo os pontos de divergências convergências com a Igreja, sob o ponto de vista da
igreja face a valorização da vida humana. Não ficaremos presos apenas na relação da Igreja
com a bioética enquanto saber, mas avançaremos até o trabalho da Igreja na defesa da vida, ou
seja, como a Igreja faz bioética, como ela lida com os temas da bioética. Com isso poderemos
perceber quais as principais contribuições da Igreja à reflexão bioética.

Defender a vida é o ponto de convergência entre Igreja e bioética e no como é feita essa
defesa que temos uma situação complexa na relação entre as duas, pois, temos pontos comuns
e pontos divergentes. Fica difícil falar sobre a relação entre a Igreja e a bioética de modo
genérico, seria melhor dizer a relação entre a Igreja e as deferentes linhas de pensamentos
bioéticos e, aí, o universo a ser explorado torna-se muito mais complexo e desafiador, porém
mais preciso e responsável.

A aprovação de leis autorizando a eutanásia em vários países do mundo, como a Austrália (de
Julho de 1996 a Março de 1997), a Holanda (Abril de 2001), a Suíça e a Bélgica (maio de
2002) certamente não seria possível sem o envolvimento mesmo que indirectamente da
bioética, uma vez que, sendo considerada uma morte lenta e boa, a eutanásia voluntaria por
exemplo estaria ligada ao princípio de autonomia da bioética, pois com uma sã consciência os
pacientes que estivessem a sofrer de uma dor insuportável ou doença, invalidez ou velhice
acompanhada com o padecimento, optariam em aderir essa prática.
Objectivos

Objectivo geral

Analisar os pontos convergentes e divergentes entre a igreja e bioética, sob ponto de vista da
igreja.

Objectivos específicos

 Conceituar bioetica, vida humana e topicos relacionados;


 Analisar sobre o ponto de ruptura entre bioetica e religiao;
 Apresentar os pensamentos das igreja face aos assuntos da bioetica.

Metodologia

Entende-se por metodologia, a filosofia ou métodos usados para a pesquisa, incluindo, porem,
as suposições e valores que servem como justificativa e padrões e os critérios que os
pesquisadores usam para interpretar dados e alcançar conclusões. é determinar factores tais
como: como escrever as hipóteses e que nível de evidencia é necessário para tomar a decisão
de rejeitar ou não uma hipótese Marconi, (2001). Para a realização deste trabalho, o estudante
usou alguns meios metodológicos, com o propósito de alcance de objectivo traçado por ele.
Enfim, a pesquisa em causa é de natureza bibliográfica e buscas na internet.

Estrutura do trabalho

O trabalho em destaque, segue a seguinte estrutura:

 Introdução,
 Desenvolvimento,
 Conclusão
 Referencias bibliográfica.
1. O Pensamento da igreja em questão da bioética

 1

Demonstrações financeiras

Armando Luiz Rovai


Tomo Direito Comercial, Edição 1, Julho de 2018
As Demonstrações Financeiras referem-se a uma apresentação estruturada e sistêmica da posição
patrimonial e financeira em determinada data, bem como das transações realizadas por uma empresa
no período findo nessa data.


1. Conceito


2. Das publicações legais e das formalidades


3. Formalidades


4. A hipótese do art. 294 da Lei das S.A.


5. Da divulgação de demonstrações financeiras nas sociedades limitadas e a fiscalização da
junta comercial

1. Conceito
Demonstrações Financeiras são representações estruturadas da posição financeira e do desempenho
financeiro de uma determinada entidade. Com base nas demonstrações financeiras, por exemplo, é
possível a tomada de decisão na gestão das empresas. Ainda, através das demonstrações financeiras
pode-se organizar o orçamento e realizar a apuração dos impostos, controlando o fluxo de caixa. Os
demonstrativos mais importantes são: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE); Demonstrações de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou
Prejuízos Acumulados (DLPA); Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR);
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
Demonstrações Comparativas; Consolidação das Demonstrações Contábeis e Balanço Social, os
quais mostram, enfim, desde os gastos da empresa, o retorno sobre investimentos, o faturamento, até
uma análise efetiva de sua saúde financeira. Citemos, pois, os mais comuns e usuais:
• Balanço Patrimonial – representa o patrimônio da empresa. Nele se verifica o valor do ativo,
do passivo e do capital próprio. Trata-se da principal demonstração financeira na atividade
empresarial, sendo comum que sua divulgação seja no final do ano. Sua estrutura é dividida em duas
colunas: ativo (direitos que geram valor para a empresa, exemplo: estoque) e passivo (obrigações
que representam os valores a pagar, exemplo: serviços de fornecedores). Cumpre esclarecer que o
resultado da diferença entre o passivo e o ativo é o chamado patrimônio líquido.
• Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) – informativo acerca da situação
financeira da empresa, mostrando o resultado do exercício líquido, ou seja, lucro ou o prejuízo.
• Fluxo de Caixa – relatório sobre a posição financeira dentro de um período (diário, semanal,
mensal ou anual). Através do fluxo de caixa pode-se saber o quanto entrou e saiu em determinado
período específico.
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA) – indica as riquezas obtidas em determinado
período.
Deste modo, pode-se considerar que demonstrações financeiras são informações e dados que as
empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar o que ocorreu na empresa
durante aquele período.

Não faz parte das demonstrações contábeis propriamente ditas, mas a lei exige a apresentação do
relatório, que deve evidenciar os principais fatos administrativos e financeiros ocorridos no período
(exercício), os investimentos feitos em outras entidades, a política de distribuição de dividendos, a
política de reinvestimento de lucros, etc. Vale esclarecer, neste diapasão, que no Brasil não é
obrigatória a publicação do Parecer do Conselho Fiscal. Caso exista, ele deve ser submetido à
assembleia geral dos acionistas, mas a sua publicação é opcional. Contudo, a prática mostra que ele
(Parecer do Conselho Fiscal) é publicado na maioria das vezes em que existe.

2. Das publicações legais e das formalidades


Via de regra, poder-se-ia também analisar a composição das demonstrações financeiras, sob o
enfoque da função social das publicações legais e os princípios jurídicos que as instituem, conforme
os preceitos impostos pela Constituição Federal, pela Lei que dispõe sobre as Sociedades por Ações
e pelo Código Civil de 2002.

As publicações se prestam para dar garantia a terceiros e para impedir fraudes nos negócios
empresarias – motivo pelo qual a lei estabeleceu o regime da publicidade.

Os princípios constitucionais que guarnecem este regime se pautam no fato de estarem dirigidos a
todos os cidadãos, independentemente de raça, credo ou convicção político-filosófica, com a
finalidade de fornecimento de subsídios para a formação de convicções relativas aos assuntos
tratados.
A legislação e a doutrina, há muito, indicam que o meio de tornar acessível os subsídios para a
formação de convicções ocorrem pela divulgação daquilo que deve ser conhecido por órgão que
circule no local.

Quer dizer, é a condição de exposição ao público da coisa ou do fato, que se pretende realizar, para
que se faça sem qualquer ocultação aos olhares do público, isto é, das pessoas pertencentes à
coletividade – a publicação busca tornar o assunto conhecido para que todos possam saber a que se
refere.

Em termos de negócios empresariais, as publicações buscam dar garantia e impedir fraudes a


terceiros, objetivando a total transparência na entabulação de contratos e demais operações
necessárias para vida econômico-financeira.

A aludida transparência se evidencia no sistema jurídico pátrio nas hipóteses elencadas tanto no
Código Civil de 2002, quanto na Lei das Sociedades Anônimas. Tais preceitos legais se
fundamentam em função de que é direito essencial dos sócios (entenda-se quotistas ou acionistas),
tomar parte nas deliberações sociais quando se fizer necessário.

É importante que se diga, neste diapasão, que os casos de pura administração competem aos
administradores, mas as deliberações que envolvem interesse da sociedade requerem o
pronunciamento dos sócios. Nesses casos, por exemplo, serão convocados pelos meios oficiais de
publicidade.

Não é de hoje que a lei estabeleceu o regime da publicidade nos negócios empresariais, J. X.
Carvalho de Mendonça, já dispunha sobre o tema, assim vejamos:

“A publicação pela imprensa é determinada por quasi todos os códigos que estabelecem o registro do
commercio. Na Allemanha, as inscripção somente pode ser opposta a terceiros, depois da publicação
da Feuille officielle suisse du commerce (art. 862 do Cód. Federal), donde constam todas as
inscripções dos registros do commercio da federação suissa, gozando um dos papeis mais
importantes na vida commercial do paiz”.1

Outro exemplo que me ocorre é que nos dias de hoje, o Código Civil de 2002, em seus artigos 1052
e 1053, dá conta da regularidade das publicações determinadas em lei, como forma de preservar e
manter a divulgação daquilo que deve ser conhecido.

Aliás, o artigo 1152 do Código Civil de 2002 atende ao preceito contido no artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, que trata do princípio da publicidade.2

Ora, para que este princípio seja atendido, as publicações serão efetuadas no Diário Oficial do
Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade empresária, e em jornal de grande
circulação – as publicações visam evitar prejuízos aos sócios (quotistas ou acionistas) e a terceiros
interessados.

Sobre isso, é importante que se verifique que os meios de divulgação devem pertencer à localidade
que se operaciona empresarialmente a sede da sociedade, pois, do contrário, o intuito da publicação
– dar subsídios para a formação de convicções e tornar o assunto conhecido para que todos possam
saber a que se refere – perder-se-ia na gigantesca quantidade de periódicos e meios de comunicações
existentes; oficiais ou não.

Percebe-se, assim, que a publicação de um ato empresarial, seja uma convocação, um balanço ou
qualquer outro ato necessário à vida societária, efetuada através de um meio de comunicação não
apropriado, ou seja, sem a preocupação da leitura e consequente ciência dos interessados do teor das
publicações, inviabiliza o próprio princípio da publicidade.

Especificamente acerca do que deve ser publicado, cumpre aqui asseverar: as convocações (art.
124); os anúncios (art. 133); as demonstrações financeiras (art. 133, I a III e art. 133, §3º) e a ata (art.
134, §5º) deverão ser publicadas em obediência aos preceitos do art. 289 e seus respectivos
parágrafos da Lei das Companhias.

Segundo esses preceitos, fica devidamente esclarecido que as publicações acima referidas deverão
ser feitas obrigatoriamente, no caso do Estado de São Paulo, no Diário Oficial do Estado e não no
Diário Oficial da União, e em outro jornal de grande circulação editado na localidade em que está
situada a sede da companhia.

Tendo a Lei 9457/1997 incluído na redação do art. 289, da Lei 6.404/1976 a expressão “ou do
Distrito Federal”, alguns interpretes entenderam que haveria opção às S/A em publicar os atos
societários no Diário Oficial da União, quando, expressamente, a Lei dispõe que essas publicações
far-se-ão no órgão oficial da “União ou do Estado ou do Distrito Federal, conforme o lugar em que
esteja a sede da Companhia, e em outro jornal de grande circulação editado na localidade em que
está situada a sede da Companhia”.

A JUCESP, de longa data, já firmara entendimento no sentido do prevalecimento do Diário Oficial


do Estado de São Paulo, para as sociedades com sede neste Estado, consignando-se que, além disso,
já existe manifestação do Poder Judiciário sobre a matéria, como se vê no Recurso Especial 96610-
SP, onde se concluiu que: “deve prevalecer a ordem legal de publicação no Diário Oficial em que
esteja a sede da Companhia.”3

Além disso, o art. 76, caput e seu parágrafo único, do Decreto 1.800/1996, dispõe expressamente
que “as publicações ordenadas na lei de sociedades por ações serão feitas no órgão oficial da União,
do Estado ou do Distrito Federal, conforme o lugar em que esteja situada a sede da companhia, e em
outro jornal de grande circulação editado regularmente na mesma localidade”. O seu parágrafo
único: “[s]e no lugar em que estiver situada a sede da companhia não for editado jornal, a publicação
se fará em órgão de grande circulação local”.

Essas disposições guardam conformidade com o art. 1152 e respectivos parágrafos do Novo Código
Civil (Lei 10.406/2002).

Esclarecemos, igualmente, que nada impede a publicação desses atos em vários jornais, para fins de
divulgação dos resultados da empresa, o que se verifica, principalmente nas sociedades abertas,
devendo, outrossim, a mudança de jornal referente às publicações obrigatórias ser precedida de aviso
aos acionistas no extrato da ata da assembleia ordinária (art. 289, § 3°).

Estabelece, ainda, a Lei das Companhias, que todas as publicações por ela ordenadas deverão ser
arquivadas no Registro do Comércio, hoje, Registro Público de Empresas Mercantis, ou seja, na
Junta Comercial. É o que determina o § 5º do art. 289 da Lei das S.A. Entretanto, o caput do art. 77
do Decreto regulamentar 1.800/1996 estabelece que “a prova da publicidade de atos societários,
quando exigida em lei, será feita mediante anotação nos registros da Junta Comercial, à vista de
apresentação da folha do órgão oficial e, quando for o caso, do jornal particular onde foi feita a
publicação, dispensada a juntada da mencionada folha”.

A orientação da Junta Comercial nesses casos se resume em sua Deliberação 6/1995 (D.O.E. de
26.05.1995), a qual estabelece que:

“(...) as sociedades por ações obrigadas a comprovar as publicações dos balanços, demonstrações
financeiras e, quando for o caso, dos avisos e convocações, no Diário Oficial do Estado de São Paulo
e em jornal de grande circulação, mediante a juntada ao processo das folhas dos supracitados jornais,
por ocasião do arquivamento da respectiva ata que trata da aprovação de contas.

Parágrafo único - A apresentação dos documentos a que se refere o caput deste artigo fica
dispensada se vierem, em requerimentos apartados, os pedidos de arquivamento das folhas
mencionadas, na forma da Lei”.

Convém esclarecer que, conforme dispõe o § 5º do artigo 289 da Lei das S/A, todas as publicações
por ela ordenadas deverão ser arquivadas na Junta Comercial.

Outrossim, é praxe recomendável constarem das atas das S.A., a data, o número da folha ou da
página do Órgão oficial e do jornal particular onde foram feitas as publicações referentes às atas a
que se referem (parágrafo único do art. 77 do Decreto 1.800/1996). Todavia, como vimos acima, a
Junta Comercial, pelas razões constantes das Justificativas da Deliberação 6/1995 exige a efetiva
comprovação da publicidade legal obrigatória por lei.

Quanto às sociedades abertas essas normas seguem a orientação da CVM.


3. Formalidades
(a) 1 (um) mês antes da data da realização da AGO, os administradores deverão publicar
anúncio colocando à disposição dos acionistas os seguintes documentos:
I – o relatório da administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do
exercício findo;

II – a cópia das demonstrações financeiras;

III – o parecer dos auditores independentes, se houver (art. 133);

IV – o parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes, se houver (Lei 10.303/2001); e

V – demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na ordem do dia (Lei 10.303/2001).

(b) os documentos acima mencionados deverão ser publicados até 5 (cinco) dias, pelo menos,
antes da data marcada para realização da Assembleia Geral, tendo a Lei 10.303/2001, excluído dessa
publicação os documentos constantes dos incisos IV e V acima mencionados.
Todavia, a publicação dos anúncios acima referidos (art. 133) é dispensável em duas hipóteses:

1 – havendo o comparecimento da totalidade dos acionistas à assembleia (art. 124, § 4º); e

2 – que a publicação dos documentos se faça até um mês antes da data marcada para a realização da
Assembleia (art. 133, § 5º).

4. A hipótese do art. 294 da Lei das S.A.


A Lei 6.404/1976, em sua redação original (art. 294), permitia que as companhias fechadas, com
menos de 20 (vinte) acionistas e cujo patrimônio líquido fosse inferior a 20 mil Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional, poderia Convocar a AGO por anúncio entregue aos acionistas,
contra-recibo, com a mesma antecedência estabelecida para as convocações pela imprensa, a que se
refere o art. 124, e deixar de publicar os documentos de que trata o art. 133, desde que fossem, por
cópias autenticadas, arquivadas na Junta Comercial juntamente com a ata da assembleia que sobre
eles deliberasse.

Entretanto, a Lei 9.457/1997, suprimiu o requisito relativo ao patrimônio líquido, bastando, para a
dispensa das publicações legais, que se tratasse de companhia fechada com menos de 20 (vinte)
acionistas.

Verificamos, todavia, que o art. 2º da Lei 10.194/2001 estabeleceu o seguinte:

“Art. 2º O artigo 146 e o caput do artigo 294 da Lei nº 6404, de 15/12/76, com a alteração
introduzida pela Lei n.º 9457, de 05/05/97, passam a vigorar com a seguinte redação:

(artigo 146 - omitido)


Art. 294. A companhia fechada que tiver menos de vinte acionistas, com patrimônio líquido inferior
a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá”.

Os incisos I e II e os respectivos parágrafos foram mantidos pela referida lei, e sua posterior
alteração (Lei 10.303/2001), com a seguinte redação:

“I – convocar assembleia geral por anúncio entregue a todos os acionistas, contra recibo, com a
antecedência prevista no art. 124; e

II – deixar de publicar os documentos de que trata o art. 133, desde que sejam, por cópias
autenticadas, arquivados no registro de comércio juntamente com a ata da assembleia que sobre eles
deliberar”.

Nestas condições, as companhias fechadas com menos de 20 (vinte) acionistas, com patrimônio
líquido na data do balanço não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), para os fins de
realização da AGO, ficam dispensadas da publicação das demonstrações financeiras, desde que
cumpram, as seguintes condições, para arquivamento da ata de assembleia geral que sobre elas
deliberar na Junta Comercial:

I – declaração assinada por diretor da companhia, com poderes de representação social, isenta de
reconhecimento de firma, que informe:

(a) ser a companhia fechada;


(b) ter menos de 20 acionistas; e
(c) ter patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00(um milhão de reais);
II – prova de convocação formal dos acionistas contra recibo; ou da convocação formal pela
Imprensa (Diário Oficial e outro jornal); ou, declaração do comparecimento de acionistas que
representam a totalidade do Capital Social;

III – cópia formalizada das demonstrações financeiras, balanços etc., devidamente assinados pelo
contabilista habilitado e por Diretor responsável.

Esses requisitos constam da Deliberação Jucesp 2, de 22.02.1994 (DOE de 24.02.1994), que reitera a
orientação anterior.

5. Da divulgação de demonstrações financeiras nas sociedades limitadas e a fiscalização da


junta comercial
A análise da Lei 11.638/2007, que estende às sociedades grande porte disposições relativas à
divulgação de demonstrações financeiras tem sido um ponto muito debatido nas últimas semanas.

A dúvida recai sobre o artigo 3º da aludida Lei, que aplica às sociedades de grande porte, ainda que
não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei 6.404/1976, sobre
escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria
independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

Em outras palavras, trata-se da obrigatoriedade ou não das sociedades do tipo limitada, que tiverem
no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões
de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), efetuarem
as publicações legais.

Via de regra, o tipo societário das limitadas, segundo as regras do Código Civil, estaria isento desta
obrigatoriedade; contudo, diante da publicação da nova legislação, me parece que alguns pontos
merecem certa reflexão.

No que toca acerca da análise da Lei 11.638/2007, que estende às sociedades grande porte
disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

Quanto a redação dada ao artigo art. 3º da Lei 11.638/2007, é evidente que o legislador buscou
obrigar que as sociedades limitadas, desde que enquadradas no montante contábil estipulado,
tivessem o mesmo tratamento das sociedades anônimas, ou seja, efetuassem elaboração e
divulgação das demonstrações financeiras.
Não vislumbrar a evidente obrigatoriedade de divulgar suas demonstrações financeiras, seria o
mesmo que incentivar o sigilo das operações societárias que interessam demasiadamente aos sócios
(quotistas ou acionistas) ou a terceiros interessados – credores ou não.

Ademais, além da mencionada obrigatoriedade que recai às sociedades do tipo limitada, que tiverem
no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões
de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), também,
caberia ao Estado proceder a devida fiscalização da regularidade das publicações legais.

Neste sentido, o Código Civil de 2002, em seus artigos 1052 e 1053, estendeu às Juntas Comerciais a
fiscalização da observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos
necessários à regularidade empresarial. Especificamente, se dá ênfase à fiscalização da regularidade
das publicações determinadas em lei (art. 1.152), como forma de preservar e manter a divulgação
daquilo que deve ser conhecido.

As Juntas Comerciais são reguladas pela Lei 8.934/1994, pelo Decreto 1.800/1996 e, mais
recentemente pelas normas insertas no Código Civil de 2002. Seus serviços serão exercidos em todo
território nacional pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM) composto
pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio, como órgão central, com funções de
supervisão, orientação, coordenação e normativa em um plano técnico e, em um plano
administrativo; no âmbito estadual, às Juntas Comerciais, como órgãos regionais com funções
executivas e administrativas com a finalidade de:
(a) dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas
mercantis, sujeitos a registro;
(b) cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País, e manter
atualizadas as informações relacionadas;
(c) proceder às matrículas dos agentes auxiliares do comércio, bem como à sua anulação;
(d) dar proteção ao nome comercial; e
(e) fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos
necessários à regularidade empresarial.
Segundo os preceitos jurídicos, o Registro de Empresa sempre teve como sua principal função a
aquisição da personalidade jurídica. Todavia é preciso evidenciar que o Registro de Empresa, na era
da globalização, não se limita a arquivar documentos societários, anotar dados básicos e emitir
certidões subsidiariamente (aqui compreendido a aquisição da personalidade jurídica).

O Registro de Empresa, materializado na execução de seus serviços pelas Juntas Comerciais, passou
a ser um “termômetro” das variações econômicas do grupo social onde opera, detectando tendências,
isolando novos problemas e sugerindo soluções jurídicas.

Me parece, destarte, bastante tranquilo responder que as sociedades do tipo limitada, que tiverem no
exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de
reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), devem, sem
sombra de dúvidas, efetuar as elaborações e divulgações de suas demonstrações financeiras, pois, em
caso contrário:

(i) inviabilizaria a acessibilidade à formação das convicções daquilo que deve ser conhecido,
afrontando o princípio constitucional da publicidade;
(ii) seria antagônico ao intuito de dar garantia e impedir fraudes a terceiros nos negócios
empresariais.
Por fim, fica evidente a obrigatoriedade das publicações das demonstrações financeiras das
sociedades do tipo limitada - que se enquadrarem contabilmente no disposto do art. 3º da Lei
11.638/2007

GESTÃO FINANCEIRA
Demonstrações financeiras:
quais são e como fazer a
análise?
CELERO7 DE JUNHO DE 20225 MINS DE LEITURA

Se você acompanha o blog da Celero, deve ter visto que já falamos sobre a importância
do empreendedorismo para a administração por aqui. Desta vez, no entanto, traremos a
importância da administração para o empreendedorismo – e ao encontro disso, o papel
das demonstrações financeiras como documentos fundamentais para a gestão
financeira.

O que são demonstrações financeiras?


As demonstrações financeiras são relatórios contábeis das empresas, nos quais é
possível apurar o fluxo de caixa, apurar impostos, gerenciar lucros e prejuízos, entre
outras informações financeiras importantes para a empresa, investidores, governo e
outros agentes fiscais e econômicos.

Há alguns modelos diferentes de demonstrações financeiras, cada uma com seu


objetivo. Falaremos sobre elas, com seus detalhes, ao decorrer deste artigo.

Por que as demonstrações financeiras são


importantes?
Já falamos algumas vezes por aqui, mas vale a pena repetir: o que não pode ser medido,
não existe. A tomada de decisões com base em dados pode ser uma tendência em
diversos setores, mas já é uma iniciativa conhecida e utilizada há tempos na gestão de
empresas.

E garantir dados para tomar decisões assertivas e estratégicas – como investimento,


cortes de custos ou outras movimentações na empresa – é apenas um dos motivos pelos
quais as demonstrações financeiras são importantes. Além disso, elas auxiliam com:

 A documentação de informações sobre o patrimônio da empresa.


 A organização de entradas e saídas do caixa.
 Aprovação de financiamentos.
 A informação de retorno sobre investimento.
 Decisões de investidores potenciais.
 Detalhamento do faturamento previsto.
 A orientação para planejamentos de equipes.
Quais são as demonstrações financeiras?
Para cada objetivo, um demonstrativo específico. Confira abaixo os detalhes das
principais demonstrações financeiras e entenda quais devem fazer parte das rotinas de
gestão da sua empresa.

DRE
Começamos com a Demonstração de Resultados do Exercício, que além de ser
importante, é uma obrigação fiscal para as empresas, a ser entregue para os órgãos
regulamentadores.

O principal objetivo da DRE é apresentar o resultado do exercício líquido –


demonstrando o lucro ou prejuízo da operação por meio de todas as receitas, custos e
despesas da empresa.

Normalmente a DRE é feita anualmente – ou de acordo com a demanda, em períodos


menos espaçados. Para maior efetividade, é importante definir a frequência da
demonstração para a sua empresa, de forma que seja possível compará-la com o período
anterior para facilitar decisões e planejamentos a médio e longo prazo.

Balanço patrimonial
Entregar essa demonstração financeira também é lei aqui no Brasil e seu principal
objetivo é verificar como está o patrimônio da empresa, ao analisar os ativos (tudo o que
gera valor para a empresa), passivos (as obrigações que a empresa precisa pagar) e
patrimônio líquido (o resultado da diferença entre os ativos e passivos).

Quando o ativo é positivo, significa que a empresa tem o valor suficiente para arcar com
as suas obrigações. O contrário é chamado de passivo a descoberto, e indica que o valor
de dívidas da empresa é maior do que seus bens.

Assim como a DRE, o balanço patrimonial normalmente é feito uma vez ao ano, sendo
mais comum ao final desse período.

Fluxo de caixa
Esse demonstrativo nada mais é do que a análise de entradas e saídas de dinheiro de
uma empresa – contemplando a receita, custos, despesas, aplicações, investimentos,
impostos, contas bancárias e outras informações necessárias para determinado negócio.

Ao contrário das demonstrações financeiras anteriores, é interessante que a análise do


fluxo de caixa seja feita com mais frequência, de preferência todos os dias. Dessa forma
é possível ter um controle mais fácil e tomar decisões rápidas caso algum ajuste de rota
seja necessário.
DPLA
As Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados apresentam as mudanças no
patrimônio líquido de uma empresa. Ou seja, a comparação entre um saldo anterior e
final, de acordo com o período analisado.

Apresentar algumas informações desse demonstrativo também é obrigatório para quem


tem uma empresa. São elas:

 Saldo inicial e final de lucros e prejuízos acumulados em determinado período.


 Pagamento de dívidas e distribuições de lucro.
 Lucro adicionado ao capital total.
 Alterações na contabilidade com impacto em lucros e prejuízos. :

Notas explicativas
Para complementar e esclarecer a situação patrimonial de uma empresa, podem ser
usadas notas explicativas. Esse tipo de demonstração financeira também serve para
apresentar: investimentos em outras sociedades, pagamento de obrigações a longo
prazo, ajustes em exercícios anteriores, parâmetros de avaliação patrimonial, entre
outras informações.

DVA
DVA é a sigla de Demonstração do Valor Adicionado, demonstração financeira que
garante a apresentação dos valores gerados em um período de movimentações
econômicas da empresa.

Também compara as entradas e saídas, como o fluxo de caixa, com o adendo de


entender a responsabilidade social da companhia: o quanto contribuiu para a sociedade e
economia.

Como fazer a análise das demonstrações financeiras?


Agora que você já sabe o que são demonstrações financeiras e para que servem os
principais demonstrativos, é hora de colocar a mão na massa. Separamos três dicas
importantes para colocar esses documentos na rotina administrativa da sua empresa.

Identificar tendências
Além de observar as movimentações financeiras passadas, os demonstrativos permitem
identificar como a empresa deve se comportar nos próximos períodos, de acordo com as
tendências apresentadas nos relatórios.

Aproveite esse panorama para tomar decisões importantes sobre investimentos, cortes e
mudanças, com um cenário mais assertivo tendo em vista a saúde financeira do seu
negócio.
Use mais de um tipo de demonstração
Quando o assunto é administração financeira do negócio, nossa dica é: não economizar.
A utilização de mais de um tipo de demonstrações financeiras fará com que você tenha
um panorama completo e muito mais amplo da situação econômica do seu negócio.

Dessa forma, você garantirá que todas as obrigações fiscais serão cumpridas e ainda terá
informações suficientes para tomar decisões assertivas para o desenvolvimento da sua
empresa.

Cruze informações
Pelos mesmos motivos acima, consideramos importante comparar as informações
apresentadas em cada um dos demonstrativos e cruzar também com dados de mercado,
cenário político e econômico e demais dados do período da análise. Isso ajudará a ter
um contexto ainda mais completo para a leitura dos dados e decisões em cima dessas
informações.

Qual a melhor demonstração financeira?


Como você conseguiu perceber neste artigo, algumas demonstrações financeiras são
obrigatórias – o que significa que além de serem muito boas para a gestão da empresa,
fazem parte das necessidades fiscais dos empreendedores.

Além delas, vale entender quais documentos fazem mais sentido com a realidade do seu
negócio e quais são as principais informações que você precisa para planejar o futuro da
sua empresa

Conclusão

Dados os factos apresentados até aqui, pode –se dizer que a relação da Igreja com a bioética é
meio tensa embora paralela, isso deve-se muito ao fechamento que a Igreja tem em relação a
algumas questões. A Igreja se preocupa muito com os problemas ligados à bioética e dentro da
discussão académica a reflexão é muito livre e profunda. No entanto, nota-se aqui uma certa e
considerável preocupação que a igreja tem em relação a bioética, pois no ponto de vista da
religião, a bioética impacta positivamente em muitas áreas da vida humana, porem, existe um
receio de transgressão motivada pelo poder que ela assume diariamente na sociedade,
podendo facilmente, ela junto de outras áreas legalizar vários assuntos considerados hoje
problemas, tabus ou mesmo pecado. Por sua vez a bioética devido a constante preocupação
por parte da igreja, ela utiliza seus métodos com devida prudência nas suas ciências, pesquisas
e aprovações de modo a atender a sociedade no geral.

Nota-se claramente aqui uma oposição maior que a convergência, mas que ao mesmo tempo
torna-se relevante porque ajuda no equilíbrio do rumo social. Resumindo:

1- A Igreja preocupa-se com os problemas bioéticos;

2- Ela tem uma reflexão bioética muito aberta no âmbito da academia, mas insiste em repetir
seu pensamento tradicional à sociedade quando fala oficialmente;

3- Ainda permanece fechada em algumas questões;

4- Tem uma relação tensa com a reflexão bioética feita por pensadores extra-igreja;

5- Vai muito fechada para o debate bioético, assim como algumas tendências de pensar
bioética também vêm fechadas para ouvir o pensamento da Igreja;

6- Contribui na reflexão bioética no que diz respeito à prudência;

Referências bibliográficas

FRANCISCO, Papa. Carta Encíclica Laudato Si. Sobre o cuidado da Casa Comum. São
Paulo: Paulinas, 2015, n.136.

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Sao Paulo.

Tomé, T. (1998). Contributo para o estudo da epidemiologia da interrupção voluntária da


gravidez. Coimbra: Imprensa de Coimbra.
Vilar, D. (2001). Aborto: representação e práticas. Sexualidade & Planeamento Familiar:
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Zatz, M. (1995). Os dilemas éticos do mapeamento genético. Revista USP.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Constituição da República, (2004) in Boletim da


República I série nº 20 de 24 de Dezembro.

COELHO, Mário. O que a Igreja ensina sobre. São Paulo: Canção Nova, 2007.
CONSTITUIÇÃO PASTORAL GAUDIUM ET SPES. Documentos do Concílio Ecumênico
Vaticano II. São Paulo: Paulus, 1997.

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