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UNIVERSIDADE A POLITÉCNICA

Instituto Superior Politécnico Universitário de Nacala-Porto (INSPUNA)

Licenciatura em Engenharia eléctrica, 3o ano

Trabalho de Maquinas Eléctricas 1

Tema: Transformador Monofásico

Nacala-Porto, Novembro de 2023


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UNIVERSIDADE A POLITÉCNICA

Instituto Superior Politécnico Universitário de Nacala-Porto (INSPUNA)

Licenciatura em Engenharia eléctrica, 3o ano

Trabalho de Maquinas Eléctricas 1

Tema: Transformador Monofásico

Trabalho de pesquisa com o tema


Transformador Monofásico, na cadeira
de Maquinas Eléctricas 1, que será
entregue e apresentado para a
avaliação.

Docente: Engo Jehua José Augusto

Nacala-Porto, Abril de 2024


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Índice
Introdução....................................................................................................................................5
Objectivos....................................................................................................................................5
O objectivo geral..........................................................................................................................5
Objectivos específicos..................................................................................................................5
Transformadores monofásicos.....................................................................................................6
1. Conceitos básicos.....................................................................................................................6
1.1. Transformador.......................................................................................................................6
1.1.1. Transformador monofásico (a diferença com o trifásico)...................................................6
1.2. Polaridade..............................................................................................................................7
1.3. Transformador ideal..............................................................................................................7
2.0. Aplicabilidade dos transformadores......................................................................................8
2. Características construtivas de um transformador....................................................................8
2.1. Núcleo...................................................................................................................................8
2.2. Enrolamentos........................................................................................................................9
2.3. Dados de Placa....................................................................................................................10
2.4. Termos principais utilizados em transformadores...............................................................10
3. Princípio de funcionamento....................................................................................................11
3.1. Circuito magnético do transformador..................................................................................12
4. Aspectos a considerar em um transformador..........................................................................12
4.1. Perdas..................................................................................................................................12
4.1.1. Perdas no condutor de Cobre............................................................................................12
4.1.2. Perdas no Núcleo do Transformador...............................................................................13
5.1. Dimensionamento do Núcleo..............................................................................................14
5.2. Dimensionamento dos Condutores......................................................................................14
5.3. Janela do Núcleo.................................................................................................................15
5.4. Quantidade de Material.......................................................................................................15
5.4. Quantidade de Lâminas.......................................................................................................15
5.6. A importância dos Transformadores...................................................................................15
6. Transformador Monofásico....................................................................................................16
6.1. Definição.............................................................................................................................16
6.2. Características nominais de um transformador monofásico.................................................16
6.3. As características construtivas de transformador monofásico..............................................18
6.2.1. Simbologias utilizadas para representar um transformador monofásico.....................19
4

6.2. Princípio de funcionamento.................................................................................................19


6.3. Classificação dos transformadores monofásicos..................................................................21
6.1. Tipos de transformadores quanto à relação de transformação.............................................21
7. Aplicações Gerais de um Transformador Monofásico............................................................22
7.1. Vantagens do Transformador Monofásico...........................................................................23
7.2. Desvantagens do Transformador Monofásico.............................................................23
7.2. Perdas no transformador......................................................................................................24
Conclusão...................................................................................................................................25
Referências bibliográficas..........................................................................................................26
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Introdução

O presente trabalho introduz o tema Transformador Monofásico, onde nele se apresentará


conceitos relacionados ao mesmo e, posteriormente se desenvolverá os conhecimentos acerca
dos princípios de funcionamento do transformador, tal como a aplicabilidade e o seu impacto
no sector da engenharia. Dentre outros dados científicos que este estudo trará, também se
exporá argumentos do autor para melhor a contextualização e fluidez na percepção deste
trabalho.

Neste trabalho, antes de nos focarmos propriamente nos transformadores monofásicos,


trataremos primeiro de falar acerca dos transformadores no contexto generalizado.

A invenção do transformador juntamente com o desenvolvimento das estações geradoras de


energia em corrente alternada contribuíram para eliminar as restrições de alcance e
capacidade dos sistemas de energia eléctrica, possuindo enorme importância em diversas
áreas da engenharia eléctrica. O transformador é um dispositivo de corrente alternada que
opera baseado nos princípios electromagnéticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz. Ele
possui no mínimo dois enrolamentos que são acoplados por um fluxo magnético comum que
flui através de um núcleo.

Objectivos

O objectivo geral

 Descrever e estudar os transformadores monofásicos e seu modo de operação.

Objectivos específicos

O trabalho em destaque apresenta os seguintes objectivos específicos:

 Conceituar o transformador monofásico e falar do seu surgimento na área;


 Descrever as características construtivas e nominais;
 Analisar o princípio de funcionamento dos transformadores monofásicos.
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Transformadores monofásicos

1. Conceitos básicos

1.1. Transformador

O transformador é um dispositivo que funciona em corrente alternada e é responsável por


realizar a transformação da energia eléctrica possibilitando a redução ou elevação da tensão
eléctrica alternada. Este capítulo tem como objectivo apresentar os conceitos teóricos
referentes aos transformadores, apresentando os aspectos construtivos, funcionamento e
principais perdas.

Figura 1: transformador

!Os enrolamentos do transformador são diferentes. O lado 1, normalmente denominado


“primário”, apresenta N1 espiras e o do lado 2, denominado “secundário”, possui N2
espiras.

1.1.1. Transformador monofásico (a diferença com o trifásico)

São transformadores que possuem apenas um conjunto de bobinas de Alta e Baixa tensão
colocado sobre um núcleo. Vale ressaltar que um transformador monofásico diferencia se de
outros transformadores não monofásicos. Para melhor percepção, eles diferenciam se dos
trifásicos por exemplo, estes últimos que por sua vez são transformadores que possuem três
conjuntos de bobinas de Alta e Baixa tensão colocadas sobre um núcleo.
8

Figura 2: transformador monofásico. Figura 3: Transformador trifásico.

1.2. Polaridade
“Dois terminais de bobinas distintas, magneticamente acopladas, apresentam mesma
polaridade quando correntes eléctricas, entrando simultaneamente por esses terminais,
produzirem fluxos magnéticos concordantes”. Observação: Os terminais de mesma polaridade
são denotados por um mesmo símbolo (ex.: ponto).

1.3. Transformador ideal


É imperioso apresentar aqui características daquilo oque seria um transformador ideal

 Equações básicas

Um transformador é considerado ideal quando:

• Possui núcleo com permeabilidade infinita ( μ = ∞ ) e sem perdas (Histerese, Foucault, etc.)
- ℜ = 0.

• Tem enrolamentos de condutor sem perdas (R = 0).

• Não apresenta fluxo de dispersão, todo fluxo produzido por um enrolamento, concatena o
outro.

Figura 4 – Circuito electromagnético de um transformador ideal com 4 bobinas


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2.0. Aplicabilidade dos transformadores

Figura 5, 6: ilustração da aplicabilidade dos transformadores

2. Características construtivas de um transformador

Diferentemente da característica operacional que estes transformadores podem possuir, se


tratará de apresentar primeiramente os seus aspectos construtivos. Essencialmente o
transformador é constituído por dois ou mais enrolamentos que são acoplados
magneticamente por um núcleo de material ferromagnético.

Sendo uma máquina complexa, naturalmente o transformador apresenta na sua composição,


vários elementos directamente influentes na sua característica operacional. A seguir destaca-
se:

2.1. Núcleo

O núcleo do transformador é definido pelo sistema que forma seu circuito magnético,
comummente constituído por chapas de aço silício. Estas chapas passam por um tratamento
químico especial conhecido comercialmente como carlite, que é aplicado uma camada
isolante muito fina (0,01mm) sobre as chapas, reduzindo consideravelmente as perdas no
ferro. Os espaços vazios por onde passam os enrolamentos são chamados de janelas do núcleo
(MORA, 2008).

Segundo (UMANS, 2014), os tipos mais comuns de arranjos de construção do núcleo são:

• Núcleo Envolvido: onde os enrolamentos envolvem duas pernas de um núcleo magnético


rectangular;

• Núcleo Envolvente: onde os enrolamentos envolvem a perna central de um núcleo de três


pernas.
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Figura 7: Modelos esquemáticos de transformadores de (a) núcleo envolvido e (b) núcleo


envolvente.

2.2. Enrolamentos

Os enrolamentos constituem o circuito eléctrico do transformador. Eles são feitos de


condutores de cobre ou de alumínio, sendo o segundo menos comum. Possuem forma
cilíndrica ou de seção retangular. Os condutores são cobertos por uma camada de isolação que
pode ser de verniz isolante, fibra de algodão ou papel isolante (MORA, 2008).

Segundo o mesmo autor, os enrolamentos podem ser classificados em:

• Enrolamentos concêntricos: as suas bobinas formam cilindros coaxiais na coluna do núcleo


e cada enrolamento é dividido por um material isolante;

• Enrolamentos alternados: os enrolamentos se subdividem em seções de tal forma que as


bobinas se sucedem.

Figura 9: Modelos esquemáticos de transformadores: (a) enrolamento concêntrico e (b)


enrolamento alternado.
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2.3. Dados de Placa

Chamado também de placa de característica, todo transformador deve possuir uma placa de
identificação disposta na parte externa que se trata de uma chapa metálica que inclui os dados
do produto. Os dados inseridos são: tensão, frequência, potência aparente, impedância
percentual e fator de potência. Esses dados são as grandezas nominais da máquina. Também a
partir desta placa é possível encontrar os esquemas e formas de ligação do transformador.

Figura 10: Exemplo de placa de identificação para transformador monofásico.

2.4. Termos principais utilizados em transformadores

 TENSÃO NOMINAL: São valores de tensão projectados e especificados pelo


fabricante para funcionamento adequado do equipamento. Sempre que se for ligar um
transformador devemos observar as suas tensões nominais e compará-las com tensões de linha
e de carga para não danificar qualquer elemento do circuito.
 POTÊNCIA APARENTE (S): É a soma vectorial das potências activas e reactivas, é
fornecida em VA, KVA, MVA.
 POTÊNCIA ATIVA (P): É a potência que realmente é transformada em trabalho, é
fornecida em W, KW, MW.
 POTÊNCIA REATIVA (Q): É a potência que não produz trabalho mecânico, porém é
obrigatoriamente consumida por máquinas possuidoras de enrolamentos, é fornecida em Var,
Kvar, MVar.
 POTÊNCIA NOMINAL: É a máxima potência que pode ser transferida do
enrolamento primário para o enrolamento secundário sem danos ao equipamento. Esta
potência é especificada pelo fabricante e deve ser contida na placa de identificação. É
fornecida em VA, KVA, MVA.
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 CORRENTE NOMINAL: É o valor de corrente que circula em um enrolamento


quando o transformador estiver trabalhando com potência e tensão nominal.
 FREQÜÊNCIA NOMINAL: É a frequência para qual o equipamento foi projetado e
fabricado. No caso do Brasil é de 60 Hz.
 RENDIMENTO: É a relação entre a potência que uma máquina fornece e a potência
que a mesma recebe, podendo ser dado por:

3. Princípio de funcionamento

Primeiramente vale mostrar as Grandezas envolvidas: v (t) 1 : Tensão no primário,


normalmente imposta pela fonte; v (t) 2 : Tensão no secundário; i (t) 1 : Corrente no primário;
i (t) 2 : Corrente no secundário; φ : Fluxo magnético mútuo aos dois enrolamentos.

Um transformador é constituído basicamente de dois enrolamentos onde o fluxo magnético,


variável, produzido em um age sobre o outro. O enrolamento no qual a fonte é aplicada é o
primário do transformador e o enrolamento onde a carga é conectada é o secundário.

O transformador é um dispositivo de corrente alternada que opera baseado nas leis de Faraday
e de Lenz. A partir da lei de Faraday temos que:

Onde λ é o fluxo concatenado na bobina onde a tensão é induzida e eind é a tensão induzida em
uma espira. O fluxo concatenado é a soma do fluxo que passa através de cada espira, dado
por:

Assim a lei de Faraday pode ser escrita da seguinte forma:


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3.1. Circuito magnético do transformador

Figura 11 : Circuito Eléctrico Análogo de um transformador.

Da análise do circuito elétrico análogo determina-se:

F1 = N1 i1: Força magnetomotriz (f.m.m.) do Primário [Aesp];

F2 = N2 i2: Força magnetomotriz (f.m.m.) do Secundário [Aesp];

φ : Fluxo magnético mútuo aos dois enrolamentos [Wb];

: Relutância do Circuito Magnético [Aesp/Wb].

4. Aspectos a considerar em um transformador

Para poder calcular o desempenho total de um transformador, a potência, a eficiência ou


alguns outros detalhes que influenciam no resultado final do trabalho que ele executa, vale
considerar alguns aspectos.

4.1. Perdas

Para o projeto de um transformador, é necessário levar em consideração as perdas de potência


que nele existem.

4.1.1. Perdas no condutor de Cobre

As perdas no condutor de cobre que ocorrem em um transformador, são originadas devido ao


aquecimento das bobinas onde parte da energia é dissipada em forma de calor. Em outras
palavras, pode-se dizer que estas perdas ocorrem por efeito Joule devido à resistência ôhmica
dos seus enrolamentos.
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Pela equação acima, é possível encontrar as perdas no cobre do transformador, onde I é a


corrente que passa pelo condutor, ρ é a resistividade do cobre, Sc é a área da secção
transversal do condutor e l é o comprimento do condutor. Com as perdas no cobre e a
potência total de saída do transformador é possível encontrar o valor da sua regulação de
tensão, que é dada pela equação:

4.1.2. Perdas no Núcleo do Transformador

Também conhecidas como perdas no ferro, as perdas existentes no núcleo do transformador


são divididas em perdas por correntes de Foucault, perdas por histerese magnética e perdas
excedentes.

As perdas por correntes parasitas de Foucault são ocasionadas devido as correntes que
circulam no material ferromagnético provocando aquecimento, representando a energia não
transferida para a carga do transformador. Estas perdas podem ser reduzidas utilizando um
material ferromagnético de alta resistividade ou fazendo a laminação do núcleo.

Calcula-se as perdas no núcleo a partir da equação: Pfe = Pw/kg.Wtfe [W], onde:

Onde Pw/kg é a perda por unidade de massa e Wtfe é a massa do ferro em kg. A perda por
unidade de massa é obtida a partir da frequência de operação e da indução máxima que gera o
fluxo e é dada pela equação:

! Rendimento do transformador

Uma vez tendo os valores das perdas no cobre e no ferro, é possível calcular o seu somatório
que é dado pela equação: Psoma = Pcu + Pfe [W].

Com este valor é possível então encontrar o valor do rendimento do transformador, dado pela
equação:
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5. Dimensionamento do transformador monofásico

Para que seja possível dimensionar um transformador monofásico é necessário definir as


dimensões do núcleo e dos seus condutores.

5.1. Dimensionamento do Núcleo

Para o dimensionamento do núcleo é necessário possuir o valor da sua potência total que é
encontrada a partir dos valores nominais do transformador. A partir dos valores de corrente e
tensão de saída é possivel encontrar sua potência de saída podendo então encontrar o valor da
potência total do transformador, dada pela equação:

5.2. Dimensionamento dos Condutores

Para o dimensionamento dos condutores do transformador é preciso realizar o cálculo da


densidade de corrente que é dada por:

Onde, Iin é a corrente de entrada dada pela equação:

E a área do fio secundário é dada por:

Com estes valores é possível seleccionar o fio com o valor de área mais próxima a ser
utilizado na confecção do protótipo. Por fim, calcula-se o número de espiras necessárias para
cada enrolamento a partir das equações:
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Onde Np é o número de espiras para o enrolamento primário e N s o número de espiras para o


enrolamento secundário.

5.3. Janela do Núcleo


A constante de utilização de janela do núcleo é calculada a partir da equação:

Ku = Kup +Kus.

Onde Kup é a constante de utilização de janela do fio primário e, e Kus é a constante de


utilização de janela do fio secundário.

5.4. Quantidade de Material

Para a confecção do transformador, é necessário o cálculo da quantidade de lâminas que serão


utilizadas na montagem do núcleo e também o comprimento dos condutores dos
enrolamentos.

5.4. Quantidade de Lâminas

Pela divisão entre a profundidade do núcleo e a espessura da lâmina (EspLam) é possível


encontrar a quantidade de lâminas a serem utilizadas no projecto.

A profundidade do núcleo é dada pela expressão:

5.6. A importância dos Transformadores

 Em um sistema moderno de energia eléctrica, a energia é gerada com tensões de 12 a 25 kV.

 Os transformadores elevam a tensão a um nível entre 110 kV e 1.000 kV para realizar a


transmissão a longa distância com perdas muito baixas.
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Figura 12: esboço e representação da importância dos transformadores de potência numa linha
de geração, transporte, transformação e consumo.

Então, os transformadores abaixam a tensão para a faixa de 12 a 34,5 kV para fazer a


distribuição local e finalmente permitir que a energia eléctrica seja usada de forma segura em
lares, escritórios e fábricas com tensões tão baixas quanto 120 V.

6. Transformador Monofásico

6.1. Definição
São dispositivos que elevam a tensão mantendo a mesma potência com uma corrente
mais baixa, reduzindo as perdas, bem como abaixarmos a tensão para valores mais seguros
na sua utilização. O transformador monofásico serve para alimentar os circuitos de comando
ou muito usado nas indústrias. Em casas, é comum encontrar o transformador monofásico
devido a sua capacidade de transformar 127 V em 220V e vice-versa.

Figura 13: transformador monofásico.

6.2. Características nominais de um transformador monofásico

Um transformador monofásico é um dispositivo eletromagnético utilizado para transferir


energia elétrica de um circuito para outro, por meio de indução eletromagnética. Este tipo de
transformador consiste em duas bobinas, conhecidas como primária e secundária, que são
acopladas magneticamente.
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Para compreender as características mais importantes de um transformador monofásico é


necessário levar em consideração os seguintes aspectos:

a) Relação de transformação

A relação de transformação de um transformador monofásico é definida como a razão entre o


número de voltas na bobina primária e o número de voltas na bobina secundária. Essa relação
determina a magnitude da tensão que é transformada no secundário em relação à tensão
primária. É importante observar que a relação de transformação pode ser crescente ou
decrescente, dependendo das necessidades do circuito.

b) Potência nominal

A potência nominal de um transformador monofásico indica a quantidade máxima de energia


que ele pode transferir continuamente. É expresso em volt-amperes (VA) ou quilovolt-
amperes (kVA). É importante selecionar um transformador com potência adequada para evitar
sobrecargas e danos ao equipamento.

c) Eficiência

A eficiência de um transformador monofásico refere-se à capacidade de converter energia


elétrica de forma eficiente, sem perdas significativas. É expresso como a porcentagem da
potência de saída em relação à potência de entrada. A alta eficiência em um transformador
monofásico garante menor consumo de energia e maior durabilidade do equipamento.

d) Regulação de tensão

A regulação de tensão é a capacidade de um transformador monofásico de manter uma tensão


de saída constante, independentemente das flutuações de carga. Uma regulação de tensão
mais baixa indica maior estabilidade na fonte de alimentação.

e) Isolamento

A isolação é uma característica fundamental em um transformador monofásico, pois garante a


segurança dos equipamentos e das pessoas. Um bom isolamento evita curtos-circuitos e
choques elétricos.
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Então aí está, caro leitor! Agora você é um especialista em transformadores monofásicos.


Lembre-se que esses “monofásicos” não são nada chatos, são a estrela da festa elétrica. Se
você alguma vez estiver conversando sobre transformadores, já sabe que pode impressionar a
todos com seu conhecimento de seus recursos. Conecte a eletrônica e seja o rei da energiaº

f) Relação tensão e corrente

Uma das características mais importantes de um transformador monofásico é a sua relação de


tensão. A relação de tensão é determinada pela relação entre o número de voltas nos
enrolamentos primário e secundário. Por exemplo, se o enrolamento primário tiver 100 voltas
e o enrolamento secundário tiver 50 voltas, a relação de tensão será 2:1. Isso significa que a
tensão de saída será metade da tensão de entrada.

g) Potência e eficiência

A potência de um transformador monofásico pode ser calculada multiplicando a tensão de


saída pela corrente de saída. A eficiência do transformador é definida como a relação entre a
potência de saída e a potência de entrada. Os transformadores monofásicos normalmente
apresentam alta eficiência, o que significa que a maior parte da energia é efetivamente
transferida da entrada para a saída.

h) Aplicativos comuns

Os transformadores monofásicos são usados em diversas aplicações, como sistemas de


distribuição de energia elétrica, carregadores de bateria, fontes de alimentação e sistemas de
iluminação.

6.3. As características construtivas de transformador monofásico

Um transformador monofásico simples (também conhecido como Trafo) pode ser


dividido em três principais partes:

 Enrolamento Primário
 Enrolamento Secundário

 Núcleo
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O Enrolamento Primário de um transformador monofásico (trafo) simboliza o a bobina


responsável por receber a tensão elétrica que será transformada no Enrolamento Secundário,
estes dois enrolamentos, comumente chamados de bobinas, envolvem um material
ferromagnético(o Núcleo).

Figura 13.1. transformador monofásico: ilustracao das partes principais.


6.2.1. Simbologias utilizadas para representar um transformador monofásico

Tradicionalmente, quando representados em diagramas eléctricos, os transformadores


possuem simbologias que expressam seus dois enrolamentos (primário e secundário) como
pode-se observar na ilustração a seguir:

Outras simbologias são apresentadas em diversas literaturas disponíveis, no entanto, as


simbologias acima apresentadas são as mais usuais para transformadores monofásicos.

6.2. Princípio de funcionamento

Quando uma bobina é conectada a uma fonte de CA, surge um campo magnético variável ao
seu redor. Aproximando-se outra bobina da primeira, o campo magnético variável gerado na
primeira bobina corta as espiras da segunda. Como consequência da variação de campo
magnético sobre suas espiras surge na segunda bobina uma tensão induzida.
21

Fig.14 Tensão induzida na segunda bobina.

A bobina na qual se aplica a tensão CA é denominada de primário do transformador, e a


bobina onde surge a tensão induzida é denominada de secundário do transformador.

Fig.15 Primário e secundário de um transformador.

A bobina do transformador em que se aplica uma tensão CA é denominada de primário e


a bobina em que surge uma tensão induzida é denominada de secundário.

É importante observar que as bobinas primária e secundária são electricamente isoladas


entre si. A transferência de energia de uma para a outra se dá exclusivamente através das
linhas de forças magnéticas. A tensão induzida no secundário de um transformador é
proporcional ao número de linhas magnéticas que corta a bobina secundária. Por essa razão,
o primário e o secundário de um transformador são montados sobre um núcleo de material
ferromagnético.

Fig.16 Núcleo de material ferromagnético


22

6.3. Classificação dos transformadores monofásicos


É sabido que a classificação dos transformadores é factorizada por muitos aspectos. Existem
vários tipos de transformadores, vejamos como se subdividem.

6.1. Tipos de transformadores quanto à relação de transformação


Quanto à relação de transformação, os transformadores podem ser classificados em três
grupos:
Transformador elevador.
Transformador abaixador.
Transformador isolador.
I. Transformador elevador
Denomina-se transformador elevador todo o transformador com uma relação de
transformação maior que 1 (N S > N P ). Devido ao fato de que o número de espiras do
secundário é maior que do primário, a tensão do secundário será maior que a do primário.

Fig. 17 Transformador elevador, com relação de transformação

Se uma tensão de 100V CA for aplicada ao primário, a tensão no secundário será de 150V.
II. Transformador rebaixador
É todo o transformador com relação de transformação menor que 1 (N S <N P).
Nesse tipo de transformador, a tensão no secundário é menor que a no primário.

Fig.18 Transformador abaixador de relação de transformação.

Nesse transformador, aplicando-se 50V CA no primário, a tensão no secundário será 10V.


Os transformadores abaixadores são os mais utilizados em electrónica, para rebaixar a
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tensão das redes eléctricas domiciliares (110V ou 220V para tensões de 6V, 12V e 15V
necessárias à maioria dos equipamentos).

III. Transformador isolador

Denomina-se de isolador o transformador que tem uma relação de transformação igual 1 (N


S = N P ). Como o número de espiras do primário é igual ao do secundário, a tensão no
secundário é igual à tensão no primário.

Fig.19 Transformador isolador.

Esse tipo de transformador é utilizado para isolar electricamente um aparelho da rede


eléctrica. Os transformadores isoladores são muito utilizados em laboratórios de electrónica
para que a tensão presente nas bancadas seja electricamente isolada da rede.
7. Aplicações Gerais de um Transformador Monofásico

Apenas olhando pelo conceito trazido aqui, pode se perceber da vaga importância e
aplicabilidade dos transformadores monofásicos. Destacando as aplicações, temos:

I. Sector Industrial

Em indústrias, esses transformadores são usados para alimentar máquinas e equipamentos,


garantindo que recebam a tensão apropriada.

II. Sector Residencial

Residências utilizam os transformadores monofásicos para adaptar a tensão da rede elétrica


em dispositivos, de uso doméstico, tais como as geladeiras, televisores e lâmpadas.

III. Setor de Energias Renováveis

Sistemas de energia solar ou eólica, os transformadores monofásicos desempenham um papel


vital na conversão e distribuição de energia limpa.
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7.1. Vantagens do Transformador Monofásico

Como qualquer uma outra máquina, o transformador monofásico apresenta pros e contras em
relação a sua natureza operacional e física. Dentre as vantagens que ele carrega, temos:

1. Economia de Energia

Reduz as perdas de energia durante a transmissão e distribuição de eletricidade, além de


proporcionar a economia de recursos bem como a economia financeira.

2. Segurança

Fornecem isolamento elétrico, protegendo contra choques elétricos, já que, reduz a


possibilidade de danos aos equipamentos que compõem o sistema elétrico.

3. Confiabilidade

São dispositivos confiáveis com uma vida útil longa quando mantidos adequadamente e
aplicados em conformidade com as condições mínimas descritas pelo fabricante.

4. Versatilidade

Tranformadores podem ser adaptados para diversas aplicações, tornando-os altamente


versáteis, pois sua flexibilidade permite uma ampla gama de usos, tanto no cenário industrial,
quanto no comercial.

5. Manutenção Relativamente Fácil

Devido à sua simplicidade, os transformadores monofásicos são geralmente mais fáceis de


manter e reparar em comparação com unidades mais complexas-

7.2. Desvantagens do Transformador Monofásico


Tendo vantagens, os transformadores monofásicos também têm pontos fracos, que iremos
abordar a seguir:

1. Limitados em Potência
Os transformadores monofásicos não são adequados para cargas de alta potência, pois sua
capacidade é limitada.
2. Ineficientes para Grandes Sistemas
Em aplicações de escala industrial e sistemas de transmissão de alta tensão, os
transformadores trifásicos são preferíveis devido à sua maior eficiência.
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3. Não Adequados para Cargas Trifásicas


Quando se trata de aplicações que envolvem cargas trifásicas, os transformadores
monofásicos não são a escolha ideal.
7.2. Perdas no transformador

Como qualquer máquina eléctrica, parte da potência gerada pelo transformador é consumida
pelas perdas existente no próprio transformador, sendo assim, conhecendo as características
da potência eléctrica em corrente alternada podemos concluir que a potência eléctrica total
gerada pelo transformador é denominada Potência Aparente e a potência que se perde no
funcionamento do transformador é a Potência Reactiva.

Abaixo estão as principais perdas encontradas no funcionamento do transformador:

o Perda por Histerese;


o Perda por Foucault;
o Perdas no Cobre.
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Conclusão

Após entender o que é um transformador monofásico e sua importância, você pode perceber
como eles afectam directamente nossa vida quotidiana. Seja em nossas casas, nas empresas ou
nas redes de distribuição de energia, os transformadores monofásicos estão presentes,
tornando possível a utilização segura e eficiente da electricidade.

A corrente alternada monofásica é um método de transmissão de corrente alternada usando


dois fios. Como a eficiência da transmissão de energia é baixa em comparação com a corrente
alternada trifásica, ela não é usada como um método para transmissão e distribuição de
energia de alta tensão e é usada principalmente para transmitir energia eléctrica de baixa
tensão (linhas de energia de baixa tensão).

Fechando este capítulo, podemos perceber que os transformadores monofásicos além de


serem de baixa capacidade em relação aos de configuração trifásica, podem ser aplicados no
sector industrial, residencial, mostrando se versáteis, mas em contrapartida, eles demonstram
fragilidade no que diz respeito ao limite de potência e ineficiência em grandes sistemas.
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Referências bibliográficas

MORA, J. F. Máquinas eléctricas. [S.l.]: McGraw-Hill, 2008. v. 5. Citado 3 vezes nas páginas
17, 18 e 19.

(MORA, 2008). Fundamentos de máquinas eléctricas. Tradução de Anatólio Laschuk.

5. ed. Porto Alegre, 2013.

UMANS, John, 2014, Máquinas eléctricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 2014.

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