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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Eletrotécnica

Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica

Tema: Transformares de Medição TC e TP

Chimoio, Maio de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Eletrotécnica

Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica

Discentes

Augusto Custodio da Costa

Chineida Henriques

Filipe Martins Paiva Jone

Nema Isabella Camando

Milena Nhandoro

Rabia Aly Mendonça

Serafim Vasco Rosse

Tualibo Cassamo

Docente

Engº Alfredo

Chimoio, Maio de 2023


Sumário

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................5

1.1 OBJECTIVOS.............................................................................................................6

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................7

2.1 CARACTERÍSTICAS.................................................................................................7

2.1.1 TC tipo barra........................................................................................................7

2.1.2 TC tipo enrolado..................................................................................................8

2.1.3 TC tipo janela.......................................................................................................9

2.1.4 TC tipo com vários núcleos secundários..............................................................9

2.1.5 Tipos de Isolamento...........................................................................................10

2.1.6 TCs de baixa tensão...........................................................................................10

2.1.7 TCs de média e alta tensão.................................................................................10

2.1.8 Relação de transformação do TC.......................................................................11

2.2 Finalidades do TC......................................................................................................12

2.2.1 Condições especiais de instalação......................................................................12

2.3 TIPO DE SERVIÇO..................................................................................................12

2.3.1 TC de Proteção...................................................................................................13

2.3.2 TC de Medição...................................................................................................13

2.3.3 Diferença entre TC de Proteção e Medição.......................................................13

2.3.4 Relação de tranformação....................................................................................14

3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL.........................................................................14

3.1 Conceito.....................................................................................................................14

3.2 Finalidade..................................................................................................................14

3.3 Relação de Transformação........................................................................................15

3.4 Características Construtivas......................................................................................15

3.5 Tipos de Transformador de Potencial........................................................................16

3.5.1 Transformador de Potencial Capacitivo (TPC)..................................................17


3.5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DO TPC................................17

3.6 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL INDUTIVO.............................................18

3.6.1 CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM TPI.......................................................18

3.7 Desempenho Transitório...........................................................................................19

4 CONCLUSÃO..................................................................................................................21

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................22
1 INTRODUÇÃO

A eletricidade é uma das formas mais utilizadas de energia no mundo atual, e sua medição é
essencial para garantir o funcionamento correto dos equipamentos e sistemas elétricos. Nesse
contexto, os transformadores de instrumentação, que incluem os transformadores de corrente
e os transformadores de potencial, são componentes fundamentais para a medição de
grandezas elétricas como corrente, tensão e potência.

Os transformadores de corrente e potencial são amplamente utilizados em diversas


aplicações, como em sistemas de distribuição de energia elétrica, indústrias e laboratórios de
pesquisa. Eles desempenham um papel fundamental na proteção de equipamentos e sistemas
elétricos, além de contribuírem para o monitoramento e controle de processos industriais.

Considerando a importância dos transformadores de instrumentação, este trabalho tem como


objetivo apresentar uma revisão bibliográfica sobre os conceitos básicos, aplicações e
características dos transformadores de corrente e potencial. Serão abordadas as normas e
regulamentações que regem o uso desses componentes, além de apresentar os principais
resultados obtidos por meio da realização de testes e medições.

Assim, este trabalho visa contribuir para o conhecimento técnico-científico sobre os


transformadores de instrumentação, fornecendo informações relevantes para profissionais da
área elétrica, estudantes e demais interessados no assunto.
1.1 OBJECTIVOS

Com a realizacao deste trabalho pretendemos alcançar os seguintes objectivos:

 Apresentar os conceitos básicos de transformadores de corrente e transformadores de


potencial, incluindo os princípios de funcionamento, tipos e características.
 Descrever as principais aplicações dos transformadores de instrumentação na medição
de grandezas elétricas como corrente, tensão e potência, destacando sua importância
na proteção de equipamentos e sistemas elétricos.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Visao Geral

2.2. TRANSFORMADOR DE CORRENTE

Um transformador de corrente é um dispositivo elétrico usado para medir a corrente elétrica


em um circuito elétrico de alta tensão. Ele é projetado para fornecer uma saída proporcional e
isolada galvanicamente da corrente elétrica no circuito primário.

Os transformadores de corrente são usados em conjunto com os medidores de corrente, como


amperímetros ou relés de proteção. Eles são necessários em sistemas elétricos de alta tensão
para proteger equipamentos e evitar falhas no sistema.

A operação dos transformadores de corrente é baseada no princípio da indução


eletromagnética. Eles têm um enrolamento primário que é conectado em série com o
condutor elétrico que está sendo medido e um enrolamento secundário que é conectado a um
dispositivo de medição.

A corrente elétrica no enrolamento primário induz um fluxo magnético que é transferido para
o enrolamento secundário, resultando em uma corrente elétrica proporcional no enrolamento
secundário. A relação entre a corrente no enrolamento primário e a corrente no enrolamento
secundário é conhecida como relação de transformação e é definida pelo projeto do
transformador.

2.1 CARACTERÍSTICAS

Os transformadores de corrente podem ser construídos de diferentes formas e para diferentes


usos, quais sejam:

2.1.1 TC tipo barra

É aquele cujo enrolamento primário é constituído por uma barra fixada através do núcleo do
transformador, conforme mostrado na Figura. Os transformadores de corrente de barra fixa
em baixa tensão são extensamente empregados em painéis de comando, tanto para uso em
proteção quanto para medição. A Figura a seguir mostra um modelo de fabricação de largo
uso no interior de painéis ou postos de medição de subestações de média tensão.
Os transformadores de corrente do tipo barra fixa são os mais utilizados em subestações de
potência de média e alta tensões.

Figura 1. Representação do TC do tipo barra

Figura 3. TC tipo barra de alta tensão

2.1.2 TC tipo enrolado

É aquele cujo enrolamento primário é constituído de uma ou mais espiras envolvendo o


núcleo do transformador, conforme ilustrado na Figura.
2.1.3 TC tipo janela

É aquele que não possui um primário fixo no transformador e é constituído de uma abertura
através do núcleo, por onde passa o condutor que forma o circuito primário, conforme se
apresenta na Figura.

2.1.4 TC tipo com vários núcleos secundários

É aquele constituído de dois ou mais núcleos secundários montados isoladamente


formando, com o enrolamento primário, um só conjunto, conforme se mostra na Figura.
Nesse tipo de transformador de corrente, a seção do condutor primário deve ser
dimensionada tendo em vista a maior das relações de transformação dos núcleos
considerados.
2.1.5 Tipos de Isolamento

Os tipos de isolamento empregados nos transformadores de corrente são:

2.1.6 TCs de baixa tensão

Normalmente são isolados em resinas sintéticas. Os transformadores de corrente de baixa


tensão normalmente têm o núcleo fabricado em ferro-silício de grãos orientados e está,
juntamente com os enrolamentos primário e secundário, encapsulado em resina epóxi,
submetido à polimerização, o que lhe proporciona endurecimento permanente, formando um
sistema inteiramente compacto e dando ao equipamento características elétricas e mecânicas
de grande desempenho, quais sejam:

 Incombustibilidade do isolamento.
 Elevada capacidade de sobrecarga, dada a excepcional qualidade de
 condutividade térmica da resina epóxi.
 Elevada resistência dinâmica às correntes de curto-circuito.
 Elevada rigidez dielétrica.

2.1.7 TCs de média e alta tensão

Para sistemas de média tensão, os TCs são normalmente isolados em resinas sintéticas. São
também construídos TCs isolados a óleo mineral, em que o núcleo está imerso num tanque
metálico cheio de óleo isolante, e os terminais primários são constituídos por isoladores de
porcelana.

Já os TCs de alta tensão, normalmente empregados para uso externo, são constituídos com
isolamento porcelana-óleo. Existem ainda TCs isolados a gás SF6.

Os transformadores de corrente de média tensão, semelhantemente aos TCs de baixa tensão,


são em geral constituídos em resina epóxi quando destinados às instalações abrigadas.
Também são encontrados transformadores de corrente para uso interno construídos em
tanque metálico cheio de óleo mineral.
2.1.8 Relação de transformação do TC

Dentro da precisão requerida, considera se o TC um transformador operando dentro das


características ideais. Deste modo, vale a lei similar a Lei de Ohm, aplicada a circuitos
eletromagnéticos.
2.2 Finalidades do TC

Os transformadores de corrente são equipamentos elétricos projetados especialmente para


alimentar instrumentos elétricos de medição, controle ou proteção. Esses equipamentos
transformam correntes de um alto valor para um valor fácil de ser medido por relés e outros
instrumentos.

Eles proporcionam o isolamento do circuito de medição de primário na alta tensão do


sistema. E também promovem possibilidade de padronização dos instrumentos e relés para
alguns valores de correntes.

2.2.1 Condições especiais de instalação

Devem ser consideradas condições especiais as que podem exigir construção, revisão de
algum valor nominal, cuidados especiais no transporte, instalação ou funcionamento do TC, e
que devem ser levadas ao conhecimento do fabricante.

Exemplos de condições especiais segundo ABNT NBR 6856.

 Instalação a alturas superiores 1.000 m.


 Temperatura do ar ambiente fora dos limites normalizados.
 Exposição a ambientes salinos, vapores, gases ou fumaça.
 Exposição a poeira excessiva
 Exposição a ambientes corrosivos
 Vibrações anormais - sísmicos
 Exposição a gases e vapores explosivos
 Transporte em condições precárias
 Instalação em locais úmidos, com possibilidade de formação de fungos

2.3 TIPO DE SERVIÇO

Os transformadores de corrente são classificados de acordo com o tipo de serviço a ser


executado.
2.3.1 TC de Proteção

Esses equipamentos são utilizados para proteção de circuitos de alta tensão, são
caracterizados pela baixa precisão (ex.: 10 % - 20 % de erro de medição) e elevada corrente
de saturação (da ordem de 20 vezes a corrente nominal).

Para um TC de proteção é importante que sua corrente secundária que alimenta os sistemas
de proteção seja a mais fiel possível, principalmente durante os curtos-circuitos. As correntes
de curto normalmente são bastante elevadas, o que pode levar o núcleo magnético do TC à
saturação.

Na operação normal do sistema, o TC trabalha dentro da região linear, portanto o erro do TC


é pequeno. Durante uma falta, onde a corrente de curto é elevada, é preciso fazer a proteção
actuar o mais rápido possível, dentro das limitações de operação e de coordenação, onde
proteger o sistema elétrico passa a ser mais importante do que fazer sua medição. Admite-se
então para a proteção, durante o curto, erros de até 10 % na corrente secundária do TC.

2.3.2 TC de Medição

Esse tipo de TC é utilizado para medição de correntes em alta tensão, possui característica de
boa precisão (ex.: 0,3 % - 0,6 % de erro de medição) e baixa corrente de saturação (4 vezes a
corrente nominal). Esses devem retratar fielmente a corrente a ser medida, apresentar erros de
fase e de relação mínimos dentro de suas respectivas classes de exactidão.

Em caso de curto-circuito não há necessidade que a corrente seja transformada com exatidão.
É melhor que em condições de curto-circuito o TC sature, proporcionando assim, uma
autoproteção aos equipamentos de medição conectados no seu secundário.

2.3.3 Diferença entre TC de Proteção e Medição

O transformador de corrente de medição deve manter sua precisão para correntes nominais,
enquanto o TC de proteção deve ser preciso até o valor de Fator de Sobrecorrente
especificado pelo cliente.

Outra diferença observada nesses dois tipos de TC são os núcleos magnéticos. O núcleo do
TC de medição é de seção menor do que os de proteção para que saturem durante o curto-
circuito quando a corrente primária atinge valores altos.
2.3.4 Relação de tranformação

A relação de transformação de um transformador de corrente é a relação entre a corrente


primária que passa pelo enrolamento do transformador e a corrente secundária que é induzida
no enrolamento secundário. Essa relação é expressa como uma razão, por exemplo, 1000:5, o
que significa que a corrente secundária é 1/200 da corrente primária. Essa relação é
importante para determinar a corrente que está sendo medida no circuito secundário do
transformador de corrente.

3 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL

3.1 Conceito

Os transformadores de potencial (TPs) são equipamentos elétricos utilizados para medir a


tensão em sistemas de alta tensão, geralmente acima de 1 kV. Eles são frequentemente usados
em conjunto com os transformadores de corrente (TCs) para medir a potência elétrica em
sistemas de energia.

Os TPs são projetados para reduzir a tensão de alta tensão para uma tensão segura e
manejável para medição e proteção. Eles são compostos por um enrolamento primário
conectado à fonte de alta tensão e um enrolamento secundário conectado a um dispositivo de
medição ou proteção.

Os TPs são classificados de acordo com a classe de precisão, a aplicação em sistemas


elétricos de alta tensão e a forma de instalação. Eles podem ser classificados como TPs de
núcleo sólido, TPs de núcleo partido e TPs de janela.

3.2 Finalidade

O Transformador de Potencial (TP) é um equipamento usado principalmente para sistemas de


medição de tensão, tanto para baixa tensão (a partir de 0,6 kV) como para alta tensão, sendo
capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima tensão
suportável pelos instrumentos de medição.

Sua principal aplicação é na medição de tensões com valores elevados, ou seja, seu circuito
primário é conectado a tensão a ser medida, sendo que no secundário será reproduzida uma
tensão reduzida e diretamente proporcional à do primário. Assim, com menor custo e maior
segurança, pode-se conectar um instrumento de medição, como voltímetro e wattímetro, no
secundário.

A tensão reduzida do circuito secundário do TP também é usada para alimentar, de forma


igualmente segura, os circuitos de proteção e controle das instalações elétricas. Dessa forma
os instrumentos de proteção e controle são dimensionados em tamanhos reduzidos com
bobinas e demais componentes de baixa isolação.

Os transformadores de potencial são equipamentos utilizados para suprir instrumentos que


apresentam elevada impedância, tais como voltímetros, relés de tensão, bobinas de tensão de
medidores de energia e etc.

No seu dimensionamento não há necessidade de se considerar todos os fatores observados no


dimensionamento dos transformadores de corrente, pois sua ligação em paralelo com a rede
faz com que a corrente de curto não tenha a mesma influência como nos TC.

Logo, a precisão das medições deve ser mantida em todas as leituras, mas esta condição é
satisfeita facilmente, pois a faixa de variação de tensão é bem menor do que a de corrente.

3.3 Relação de Transformação

A relação de transformação de um transformador de potencial (também conhecido como


transformador de tensão) é a relação entre a tensão primária aplicada ao enrolamento do
transformador e a tensão secundária induzida no enrolamento secundário. Essa relação é
expressa como uma razão, por exemplo, 10.000:120, o que significa que a tensão secundária
é 1/83,3 da tensão primária.

Essa relação é importante porque permite que sejam feitas medições precisas de tensão em
circuitos de alta tensão, reduzindo a tensão para níveis seguros e mensuráveis. A relação de
transformação também é utilizada para ajustar a tensão do circuito de acordo com as
necessidades do equipamento de medição conectado ao enrolamento secundário do
transformador de potencial.

3.4 Características Construtivas

Os transformadores de potencial são fabricados de conformidade com o grupo de ligação


requerido, com as tensões primárias e secundárias necessárias e com o tipo de instalação.
O enrolamento primário é constituído de uma bobina de várias camadas de fio, submetida a
uma esmaltação, em geral dupla, enrolada em um núcleo de ferro magnético sobre o qual
também se envolve o enrolamento secundário.

Já o enrolamento secundário ou terciário é de fio de cobre duplamente esmaltado e isolado do


núcleo e do enrolamento primário por meio de fitas de papel especial.

Se o transformador for construído em epóxi, o núcleo com as respectivas bobinas é


encapsulado através de processos especiais de modo a evitar a formação de bolhas no seu
interior, o que, para tensões elevadas, se constitui num fator de defeito grave. Nessas
condições, esse transformador se torna compacto, de peso relativamente pequeno, porém
descartável ao ser danificado.

Se o transformador for de construção em óleo, o núcleo e as respectivas bobinas são secos


sob vácuo e calor. O transformador, ao ser completamente montado, é tratado a vácuo para
em seguida ser preenchido com óleo isolante.

3.5 Tipos de Transformador de Potencial

Para uso em sistema de potência os transformadores de potencial podem ser divididos em


dois tipos:

 TPI - Transformador de Potencial Indutivo


 TPC - Transformador de Potencial Capacitivo
3.5.1 Transformador de Potencial Capacitivo (TPC)

O transformador de potencial capacitivo é um equipamento cuja finalidade é reproduzir em


seu circuito secundário um sinal de tensão proporcional à tensão do circuito primário,
normalizado e adequado ao uso de instrumentos de medição, controle ou proteção. É ainda
adequado ao sistema de telecomunicação via circuito de alta tensão.

Para tensões acima de 138 kV os transformadores de potencial capacitivo são mais utilizados,
como foi dito. Estes são constituídos basicamente de dois capacitores (C1 e C2) os quais
desempenham a função de divisor de tensão e acoplador da comunicação via ‘carrier’ ao
sistema de potência.

A captação da informação do secundário para os equipamentos de controle, proteção e


medição é realizada por um transformador indutivo de tensão primária de classe 15 kV.

Este executa a função de dois equipamentos, um TPI e um capacitor de acoplamento (que


atua como um divisor capacitivo de tensão) economizando estruturas e, com isso, espaço.

Figura 8.1: Exemplificação de um TPC - capacitor de acoplamento + TPI

3.5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DO TPC

Se utilizados para medição ou proteção são mais econômicos que os TPI para a classe de
tensão igual ou superior a 230 kV.

Possuem o sistema de acoplamento para equipamentos de comunicação, porém uma resposta


secundária mais lenta comparada aos TPI.
3.6 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL INDUTIVO

O TPI - Transformador de Potencial Indutivo, é constituído apenas de uma ou mais unidades


eletromagnéticas, cuja relação de transformação é definida primordialmente pela relação de
espiras de seus enrolamentos (N1/N2).

Os transformadores de potencial indutivo são usados para transformar altas tensões (kV) em
baixos valores mensuráveis (Volts). Esses podem ter vários enrolamentos de proteção e
medição, podendo ser projetado para fornecer qualquer tensão desejada de saída a partir do
enrolamento secundário.

3.6.1 CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM TPI

Um TPI pode ser considerado como sendo um transformador de força conectado com uma
pequena carga (Zb).

Nesse tipo de equipamento, na medida em que a tensão nominal vai aumentando, o número
de espiras necessário para se estabelecer a densidade de campo magnético desejada também
aumenta. Por outro lado, a corrente primária nominal diminui. Isto significa construir, para
níveis de tensões elevadas, transformadores de potencial com enrolamento primário dotado
de um número muito grande de espiras de um fio muito fino, capaz de suportar uma corrente
primária nominal cada vez menor. Do ponto de vista construtivo isto significa maiores custos
pela dificuldade de execução da tarefa, sem esquecer a natural necessidade de um maior nível
de isolamento.

Em decorrência desse elevado número de espiras do enrolamento primário, os valores da


impedância de dispersão são bem altos. E os erros de medição introduzidos pelo TPI são
produzidos pela corrente responsável pela magnetização do núcleo e pela dispersão primária
e secundária.
Circuito equivalente de um TPI a frequência industrial (50 Hz)

Onde:

Rp, Xp - Resistência e reatância de dispersão do enrolamento primário

Rs, Xs - Resistência e reatância de dispersão do enrolamento secundário

Rfe - Resistência representativa das perdas no ferro

Zb - Carga secundária

Es - Gerador equivalente do sistema

Lm - Indutância de magnetização do núcleo

3.7 Desempenho Transitório

O desempenho transitório do TPI na ocorrência de um curto circuito próximo ao equipamento


deve ser levado em consideração, pois leva a erros consideráveis nas medições de tensão.
Exemplo de um Sistema

Temos que o fluxo máximo no secundário do TPI durante o curto circuito é:


4 CONCLUSÃO

Diante do exposto, é possível concluir que os transformadores de instrumentação são


componentes fundamentais para a medição de grandezas elétricas como corrente, tensão e
potência. Os transformadores de corrente e transformadores de potencial são amplamente
utilizados em diversos setores, como em sistemas de distribuição de energia elétrica,
indústrias e laboratórios de pesquisa, contribuindo para a proteção de equipamentos e
sistemas elétricos e para o monitoramento e controle de processos industriais.

Neste trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os conceitos básicos, aplicações
e características dos transformadores de instrumentação, abordando também as normas e
regulamentações que regem o uso desses componentes e os principais resultados obtidos a
partir da realização de testes e medições.

Conclui-se, portanto, que o conhecimento técnico-científico sobre os transformadores de


instrumentação é fundamental para o desenvolvimento de soluções eficientes e seguras no
setor elétrico. É importante continuar investindo em pesquisas e no desenvolvimento de
novas tecnologias, a fim de aprimorar a eficiência, a confiabilidade e a precisão desses
componentes, contribuindo assim para a melhoria da qualidade e segurança dos sistemas
elétricos em todo o mundo.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SANTOS, L. H.; COSTA, E. A. Transformadores de Instrumentação: Conceitos e


Aplicações. São Paulo: Érica, 2017.

[2] SILVA, R. C. Transformadores de Corrente: Teoria e Prática. São Paulo: Novatec, 2018.

[3] VIEIRA, F. A.; LOPES, R. P. Transformadores de Potencial: Teoria e Aplicações. São


Paulo: Érica, 2019.

[4] PINTO, P. M. Transformadores de Instrumentação: Projeto, Fabricação e Ensaios. Rio de


Janeiro: Interciência, 2016.

[5] FRANCO, M. A. R. Transformadores de Corrente e Potencial. 2ª ed. São Paulo: Edgard


Blücher, 2015.

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