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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
ENGENHARIA ELÉCTRICA-LABORAL
2° Ano_Semestre II
MAQUINAS ELÉCTRICAS I

RELATÓRIO LABORATORIAL N° 01
TEMA:
CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO DE UM GERADOR DE
CORRENTE CONTÍNUA DE EXCITAÇÃO SEPARADA

Discentes Docente
Chicoloa, Nélio Leonardo Eng.° Gabriel Auziane
Chirramele, Edy Lewis Titosse Eng.° Zefanias Mabote

Maxlhaieie, Marciana Cesariana Monitores


Novele, Alfredo Arlindo Leila Mahumane
Paco, Dalton Cipriano Isac Agostinho

Maputo, Setembro de 2023


Sumário
1 Introdução............................................................................................................................................. 3
2 Objectivos ............................................................................................................................................. 3
2.1 Geral .............................................................................................................................................. 3
2.2 Específicos ..................................................................................................................................... 3
3 Revisão Literária .................................................................................................................................... 4
3.1 Lei de Ampére ............................................................................................................................... 4
3.2 Lei de Lenz ..................................................................................................................................... 4
3.3 Lei da Indução Eletromagnética.................................................................................................... 5
3.4 Princípio de Conversão Eletromecânica de Energia ..................................................................... 5
4 Gerador de Corrente Continua ............................................................................................................. 6
4.1 Principais Componentes do Gerador CC ....................................................................................... 6
4.2 Funcionamento do Gerador CC..................................................................................................... 7
4.3 Classificação dos Geradores CC .................................................................................................... 8
5 Características de Funcionamento........................................................................................................ 8
5.1 Regulação de Tensão em um Gerador CC ................................................................................... 10
6 Ensaio Laboratorial ............................................................................................................................. 10
6.1 Material Utilizado: ...................................................................................................................... 10
7 Procedimentos Experimentais: ........................................................................................................... 11
7.1 Característica em vazio de um gerador CC de excitação separada: 𝑬𝒂 = 𝒇(𝑰𝒆𝒙𝒄) ...................... 11
7.2 Característica Externa do Gerador CC: 𝑬𝒂 = 𝒇(𝑰𝒂)................................................................... 13
7.3 Característica de Regulação: 𝐼𝑒𝑥𝑐 = 𝑓(𝐼𝑎) ................................................................................ 14
8 Conclusão ............................................................................................................................................ 16
9 Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 17
Índice de Figuras
Figura 1: Diagrama de Blocos do gerador .................................................................................................... 6
Figura 2: Diagrama Simplificado do gerador CC.......................................................................................... 7
Figura 3: Dínamo de Excitação Separada ..................................................................................................... 8
Figura 4: curva de característica em vazio de um Dínamo ........................................................................... 9
Figura 5: curva de cacterística externa de um Dínamo ................................................................................. 9
Figura 6: Curva de RegulaçÃo de um Dínamo ........................................................................................... 10
Figura 7: Esquema do gerador CC em vazio .............................................................................................. 11
Figura 8: Esquema de gerador CC de excitação separada à plena carga .................................................... 13
Figura 9: Gráfico da U×Ia ........................................................................................................................... 14
Figura 10: Gráfico da Iexc ×Ia ................................................................................................................... 15
1 Introdução
A engenharia elétrica é uma área vasta e complexa que abrange uma variedade de dispositivos e
sistemas. As máquinas de corrente contínua desempenham um papel crucial nesse campo, sendo
amplamente utilizadas em uma serie de aplicações industriais e comercias, dada sua notável
importância nos sectores de transporte, geração de energia e automação industrial. Estas
máquinas são conhecidas pela sua capacidade de converter energia elétrica em mecânica e vice-
versa de forma eficiente, com uma longa história de desenvolvimento e inovação.
Neste trabalho, vai se explorar em detalhes uma peça fundamental do mundo elétrico: o gerador
de corrente contínua. Estes dispositivos tem um papel importante em várias aplicações, desde
usinas elétricas ate sistemas de backup e geração de energia renovável.

Ao longo do trabalho, investigar-se-á os princípios de funcionamento desses geradores, suas partes


constituintes como o rotor, o estator, e as características que os tornam tão valiosos em diversas
indústrias.

2 Objectivos
2.1 Geral
➢ Abordar as propriedades e características dos geradores CC, observados nos ensaios das
máquinas de corrente contínua (que foram realizados no Laboratório de Máquinas do
DEEL1, na FE-UEM2)

2.2 Específicos
➢ Realizar ensaio em vazio (circuito aberto), num gerador CC de excitação separada;
➢ Verificar experimentalmente a característica terminal do gerador de corrente contínua de
excitação separada;
➢ Estudar as características de regulação do gerador CC de excitação separada;
➢ Adquirir conhecimentos práticos sobre geradores de corrente contínua.

1
DEEL- Departamento De Engenharia Eletrotécnica
2
FE-UEM- Faculdade De Engenharia, Universidade Eduardo Mondlane

3
3 Revisão Literária
As máquinas de corrente continua tem uma história rica que remonta aos experimentos iniciais
com eletricidade no século XVIII. Um marco importante foi a invenção do primeiro motor
elétrico por Michael Faraday em 1821, que era essencialmente um motor CC. Mais tarde,
Thomas Edison contribuiu significativamente para o desenvolvimento dessas máquinas,
aperfeiçoando o comutador e tornando-as mais praticas. Em geral essas máquinas CC convertem
energia elétrica em mecânica no caso do motor, ou energia mecânica em elétrica no caso do
gerador. Seu funcionamento básico é fundamentado nos princípios da Lei Indução
Eletromagnética e nas propriedades do campo magnético.

3.1 Lei de Ampére


A lei de Ampére é um princípio fundamental na teoria eletromagnética que descreve a relação
entre um campo magnético e a corrente elétrica que a cria. Em geral, essa lei afirma que Uma
corrente elétrica passando através de um condutor produz um campo magnético na sua
vizinhança. E dada pela seguinte expressão:

∮ 𝐻𝑑𝑙 = ∑ 𝐼

3.2 Lei de Lenz


A lei de Lenz descreve a direção e o sentido da corrente elétrica induzida em um campo circuito
elétrico devido a uma mudança no fluxo magnético que a atravessa. Ela afirma que “a corrente
elétrica induzida em um circuito fechado sempre tem um sentido tal que cria um campo magnético
oposto a mudança do campo magnético que a induziu”. Em outras palavras, quando há uma
variação do fluxo magnético que atravessa o condutor, a corrente elétrica induzida age de maneira
a se opor à mudança do fluxo magnético.

4
3.3 Lei da Indução Eletromagnética
A lei de Faraday afirma que, se houver um fluxo passando através de uma espira de fio condutor,
então uma tensão será induzida sendo diretamente proporcional à taxa de variação do fluxo em
relação ao tempo. Na forma de equação temos que:

𝑑Φ
𝑒𝑖𝑛𝑑 = −
𝑑𝑡

Se uma bobina tiver N aspiras e se o fluxo cruzar todas elas, então a tensão induzida na bobina
será dada por:

𝑑Φ
𝑒𝑖𝑛𝑑 = −𝑁
𝑑𝑡
Onde Φ é o fluxo que percorre a bobina, N é o numero de aspiras e 𝑒𝑖𝑛𝑑 a tensão induzida.
O sinal negativo nas equações é uma expressão da Lei de Lenz, que afirma que o sentido com que
a tensão cresce na bobina é tal que, se os terminais da bobina fossem colocados em curto-circuito,
então seria produzida uma corrente que causaria um fluxo oposto a variação do fluxo original.
Como a tensão induzida opõe-se a variação que está produzindo, então incluiremos um sinal
negativo.

3.4 Princípio de Conversão Eletromecânica de Energia


Este princípio descreve como a energia elétrica pode ser convertida em energia mecânica e vice-
versa, sendo a base para o funcionamento de uma variedade de dispositivos e sistemas como
motores elétricos, geradores e transformadores. Embora essa conversão possa também produzir
outras formas de energia como calor e luz, para a maioria dos usos práticos avançou-se a um
estágio onde as perdas de energia reduziram ao mínimo, e uma conversão relativamente direta é
conseguida em qualquer das direções.

A energia do campo magnético está distribuída por todo espaço onde atuam forças
eletromagnéticas. O valor desta energia pode escrever-se partindo da lei de Ohm, na forma geral:

𝑑𝜓
𝑒𝑖𝑛𝑑 = 𝑖𝑅 +
𝑑𝑡

5
4 Gerador de Corrente Continua
Um gerador de corrente continua conhecido como dínamo, ou gerador DC, é um dispositivo
eletromagnético que converte energia mecânica em energia elétrica continua. São usados em uma
variedade de aplicações, desde os pequenos geradores portáteis ate aqueles que desempenham um
papel importante na geração e distribuição de energia elétrica.

Figura 1: Diagrama de Blocos do gerador

4.1 Principais Componentes do Gerador CC


Tal como as outras máquinas de corrente continua, o gerador CC é constituído por duas partes
principais:

❖ Uma parte fixa, destinada principalmente a criação do campo fluxo magnético indutor
❖ Uma parte móvel designada por induzido na qual se processa a conversão de energia
mecânica em elétrica;

A parte fixa é designada estator onde se encontram os polos principais ou indutores destinados a
criação do fluxo magnético principal, os polos auxiliares ou de reforço de campo que garantem
um funcionamento sem chispas no contacto do coletor e as escovas e a carcaça.

A parte móvel designada por induzido ou rotor é a parte giratória do gerador. Geralmente é
constituída por uma armadura ranhurada, um enrolamento de fio condutor ou enrolamento do rotor,
o coletor e as escovas.

6
Figura 2: Diagrama Simplificado do gerador CC

4.2 Funcionamento do Gerador CC


O funcionamento de um gerador CC é baseado nos princípios da indução eletromagnética, que
descrevem como a corrente elétrica é gerada em um circuito condutor em movimento dentro de
um campo magnético. Primeiramente um campo magnético é estabelecido na região onde o
gerador está operando., este campo pode ser criado por um íman permanente fixo ou por um
eletroíman alimentado por uma corrente elétrica. Quando o rotor gira dentro do campo magnético,
ocorre a indução eletromagnética, conforme previsto pela Lei de Faraday, isso significa que a
mudança no fluxo magnético através da bobina do rotor gera uma corrente elétrica no próprio
rotor. Para coletar a corrente gerada no rotor usa-se o comutador que inverte a direção da corrente
no circuito do rotor a cada meia volta. As escovas fazem o contato com o comutador para transferir
a corrente elétrica para o circuito externo do gerador. Por fim, a saída do gerador é uma corrente
continua CC, que flui para um circuito externo como lâmpadas, motores ou baterias.

7
4.3 Classificação dos Geradores CC
Os geradores de corrente contínua (CC) podem ser classificados de diferentes maneiras, com
base em vários critérios, o mais comum é o método de excitação:

Dínamos de excitação Independente: circuito o induzido e de excitação são independentes, por


isso há necessidade de uma fonte externa para alimentar o circuito indutor. Dividem-se em dois
grupos:

❖ Dínamos de excitação eletromagnética;


❖ Dínamos com excitação por imãs permanentes;

Dínamos auto excitados:

❖ Excitação serie: a corrente de excitação flui pelo mesmo circuito que a corrente gerada;
❖ Excitação shunt: a corrente de excitação fornecida por uma fonte externa, mas é
adicionada a corrente gerada em paralelo;
❖ Excitação composta: em temos a associação dos circuitos de excitação serie e excitação
shunt;

5 Características de Funcionamento
As propriedades dos dínamos são analisadas por meio de características que traduzem as relações
de dependência entre as grandezas fundamentais que determinam o funcionamento do gerador.
Essas grandezas são:

❖ a tensão nos terminais do gerador, U;


❖ a corrente de excitação, 𝐼𝑒𝑥𝑐 ;
❖ a corrente do induzido, 𝐼𝑎 ;
❖ a velocidade de rotação 𝑛;

No experimento do laboratório, empregou-se um gerador de corrente contínua de excitação


eletromagnética separada.

Figura 3: Dínamo de Excitação Separada


8
Como os dínamos funcionam geralmente a velocidade constante, o grupo de curvas
características principais é obtido com n = const.

Característica em Vazio: 𝑈 = 𝑓(𝐼𝑒𝑥𝑐 ), 𝐼𝑎 = 0 𝑛 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡

Figura 4: curva de característica em vazio de um Dínamo

A característica em vazio descreve o comportamento da tensão de saída, também conhecida como


tensão a vaziou tensão em circuito aberto quando nenhum dispositivo está conectado a ele nessas
condições. Isso ocorre porque na ausência de carga, não há corrente fluindo pelo circuito externo,
e a única corrente presente é a corrente de excitação usada para manter o campo magnético no
gerador.

Característica Externa: 𝑈 = 𝑓(𝐼𝑎 ), 𝑐𝑜𝑚 𝐼𝑒𝑥𝑐 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡

Figura 5: curva de cacterística externa de um Dínamo

9
Característica de Regulação: 𝐼𝑒𝑥𝑐 = 𝑓(𝐼𝑎 ), 𝑐𝑜𝑚 𝑈 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡

Figura 6: Curva de RegulaçÃo de um Dínamo

5.1 Regulação de Tensão em um Gerador CC


A característica de regulação de um gerador CC com excitação separada refere-se à capacidade
desse gerador de manter uma tensão de saída relativamente constante, mesmo sob variações na
carga elétrica conectada a ele. Em outras palavras a característica de regulação descreve o quão
bem o gerador pode manter a tensão em um nível especifico, independente das mudanças na carga.

𝑉𝑣𝑧 − 𝑉𝑝𝑐
𝑅𝑇 =
𝑉𝑝𝑐

Onde 𝑉𝑣𝑧 é a tensão a vazio e 𝑉𝑝𝑐 é a tensão em plena carga. Uma regulação de tensão positiva
significa uma característica descendente e uma regulação negativa significa uma característica
ascendente.

6 Ensaio Laboratorial
6.1 Material Utilizado:
• Multímetro;
• Amperímetros (4);
• Voltímetros (3);
• Banco de carga variável;
• Fonte de alimentação CC;
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• Interruptor Bipolar (2);
• Gerador de Corrente Continua com Excitação Separada;
• Motor de acionamento de Excitação Separada;

Dados Nominais Gerador CC Dados Nominais do Motor CC


U=220-230V U=220V
𝐼𝑎 =55A 𝐼𝑎 = 25,4 𝐴
𝑛 = 1200 … 1500 𝑟𝑝𝑚 𝑛 = 1450 𝑟𝑝𝑚
P=14,7Kw P= 5KW
Excitação Excitação
U=1.6-5.3 V U=70V
𝐼𝑒𝑥𝑐 = 27 − 89𝐴 𝐼𝑒𝑥𝑐 = 1,15
𝑛𝑚𝑎𝑥𝑒𝑥𝑐 = 4000 𝑟𝑝𝑚 P=22w

7 Procedimentos Experimentais:

7.1 Característica em vazio de um gerador CC de excitação separada: 𝑬𝒂 = 𝒇(𝑰𝒆𝒙𝒄)

Figura 7: Esquema do gerador CC em vazio

Procedimentos:
Para realizar o experimento de como o gerador de corrente continua se comporta quando
não há carga elétrica conectada, montou-se os circuitos de excitação e da armadura
conforme os diagramas fornecidos. Em seguida, arrancou-se o motor de acionamento e
ajustou-se a velocidade do gerador para o nominal sem ativar sua excitação.

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Depois mediu-se a tensão nos terminais do gerador usando um voltímetro e registramos
esse valor. 𝑈𝑠𝑒𝑚 𝑒𝑥𝑐𝑖𝑡𝑎𝑙𝑜 = 5.510 𝑉
Em seguida, adicionou-se um reóstato ao circuito de excitação do gerador com excitação
mínima, e então gradualmente aumentou-se a corrente de excitação ate atingir o valor
máximo permitido. Registrou-se os valores correspondentes da tensão nos terminais do
gerador durante o processo:

𝑰𝒆𝒙𝒄 (A) 1.4 1.8 2.1 2.2 2.4 2.6 2.9 3.1 3.2 3.4

𝑼𝑮𝒆𝒓 (𝑽) 121.4 151.3 162.2 171.4 189 203.6 217.3 227.3 233 240.5

Depois reduziu-se gradualmente à corrente de excitação, começando pelo valor máximo


ate chegar a zero, registando-se os valores correspondentes da tensão do gerador durante
esse processo, passando pelos mesmos valores de corrente:

𝑰𝒆𝒙𝒄 (A) 1.4 1.8 2.1 2.2 2.4 2.6 2.9 3.1 3.2 3.4

𝑼𝑮𝒆𝒓 (𝑽) 131.2 156.6 173.5 181.6 194.5 206.9 221.1 229.5 233.2 240.5

Observação: Durante o ensaio, observou-se que quando a corrente de excitação era nula, teve-se
uma pequena tensão no induzido, que justifica a presença do fluxo remanescente devido ao
material ferromagnético do núcleo. Passando-se pelos mesmos valores da corrente
regressivamente verificou-se que os valores da tensão apresentavam uma pequena diferença
devido a propriedade de histerese que o material ferromagnético apresenta.

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Curva de Magnetizacao
250
200
150
100
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5

Série1 Série2

Serie 1: Tensão gerada com corrente de excitação progressiva

Serie 2: Tensão gerada com corrente de excitação regressiva

7.2 Característica Externa do Gerador CC: 𝑬𝒂 = 𝒇(𝑰𝒂 )

Figura 8: Esquema de gerador CC de excitação separada à plena carga

Procedimento:
Para analisar como o gerador se comporta com diferentes cargas elétricas, ajustou-se a
excitação e o reóstato de carga para que tanto a tensão quanto a corrente do gerador atinjam
seus valores nominais. A partir desse ponto de referência, reduziu-se a carga do gerador
(usando o reóstato de carga), mantendo a corrente de excitação constante. Durante este
processo, registou-se os valores de tensão e da corrente gerada. 𝑰𝒆𝒙𝒄 = 𝟑. 𝟏 𝑨

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𝐼𝑎 (𝐴) 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0

𝑼𝑮𝒆𝒓 (𝑽) 201.1 204.7 206.9 209.7 211.7 215 218 219.2 222.9 227.3

Observação: Nesta experiencia prática, observou-se que, ao variar a carga, especificamente ao


diminuir a carga, a corrente na armadura diminui. Conforme a corrente na armadura diminui, a
queda de tensão 𝐼𝑎 ∗ 𝑅𝑎 diminui, resultando num aumento da tensão nos terminais do gerador.

Caracteristica Externa do
Gerador
240
230
220
210
200
190
0 5 10 15 20

Figura 9: Gráfico da U×Ia

7.3 Característica de Regulação: 𝑰𝒆𝒙𝒄 = 𝒇(𝑰𝒂 )


Procedimento:
Novamente, ajustou-se a corrente de excitação e o reóstato de carga para alcançar os valores
nominais de tensão e corrente na armadura do gerador. Em seguida, reduziu-se gradualmente a
carga e ajustou-se a corrente de excitação para manter a tensão na armadura constante. Durante
este processo, registou-se os valores de corrente de excitação em relação à corrente da armadura.

𝑼𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕 = 𝟏𝟕𝟗. 𝟗 𝑽
𝑰𝒆𝒙𝒄 (𝑨) 2.5 2.4 2.3 2.2

𝑰𝒂 (𝑨) 14 10 7 3

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Caracteristica de Regulacao
2.6
2.5
2.4
2.3
2.2
2.1
0 5 10 15

Figura 10: Gráfico da Iexc ×Ia

Observação: Como pode-se observar, a característica de regulação é em função da corrente de


excitação e a corrente da armadura, tem um crescimento exponencial, quando U = 0 V, esta
característica designa-se por característica de curto-circuito. Mas nestas condições a tensão da
armadura é constante.

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8 Conclusão
Durante os experimentos, pôde-se observar as características do gerador CC de excitação separada
tanto em vazio quanto sob carga de diferentes níveis. Quando o gerador opera em vazio, a tensão
é máxima, enquanto sob carga, a tensão vária de acordo com a carga aplicada. Constatamos ainda
que a medida que a carga aplicada ao gerador é reduzida, a tensão nos terminais do gerador tende
a aumentar. Isso ocorre devido ao aumento da queda de tensão interna (𝐼𝑎 ∗ 𝑅𝑎 ) à medida que a
corrente de armadura diminui. A regulação de tensão, isto é, a capacidade do gerador manter uma
tensão estável sob diferentes cargas, é essencial para muitas aplicações. Durante os experimentos,
observou-se como a regulação pode ser alcançada ajustando a corrente de excitação e o reóstato
de carga. Verificou-se ainda o importante papel da excitação no desempenho do gerador, ajustar a
corrente de excitação afeta diretamente a tensão de saída e, portanto, a capacidade de fornecer uma
tensão constante sob variações na carga. Em geral, os experimentos demostraram a importância da
compreensão das características e do comportamento de um gerador CC em diferentes condições
de operação. Essas informações são essências para projetar, operar e manter sistemas elétricos que
dependem de geradores CC, garantindo sua eficiência e confiabilidade em várias aplicações
industriais e comercias.

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9 Referências Bibliográficas

-Kostenko, M e Piotrouski – Máquinas Eléctricas, primeira parte, Porto, Lopes da Silva,


1979;
-Martignoni, A. – Ensaios de Máquinas Eléctricas, Porto Alegre, Globo, 1980.
-CHAPMAN, Stephen J. Electric Machinery Fundamentals, Second Edition, McGraw-Hill, 1985
-KOSOW, Irving L. Maquinas Eletricas e Transformadores, Volume I, Porto Alegre, Globo,
1982.

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