ESCOLA E FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI “ANCHIETA”

CURSO TÉCNICO EM MECATRÔNICA

FERNANDO ELIAS DOS SANTOS JUNIOR

CAPACITORES E INDUTORES

SÃO PAULO
2022
FERNANDO ELIAS DOS SANTOS JUNIOR

CAPACITORES E INDUTORES

Trabalho apresentado ao Componente

Fundamentos da Eletroeletrônica (FEE)
como requisito parcial para obtenção do
média semestral do Curso Técnico de
Mecatrônica

Orientador: Diego Gandra

SÃO PAULO
2022
 RESUMO

A presente pesquisa aborda os temas relacionados aos capacitores e indutores,

como componentes eletrônicos, comumente usados nas áreas pertencentes a
eletroeletrônica. O objetivo desse trabalho é o aprofundamento em um assunto do
campo eletroeletrônico o qual aborda os componentes de circuitos eletrônicos, em
especifico os capacitores e indutores, e proporcionar ao leitor um melhor
entendimento sobre esse tema. A metodologia trata-se de uma pesquisa simples
com enfoque técnico e utilizando uma técnica de pesquisa bibliográfica para a coleta
dos dados necessários. Os capacitores e indutores participam de trabalhos e
funções relativamente importantes na eletroeletrônica, trabalhando em conjunto aos
demais componentes de um circuito RC, RL ou RLC. Durante a pesquisa foi possível
estudar sobre os tipos de cada capacitor e indutor, suas associações em série e em
paralelo, seus usos em correntes contínuas (CC) e correntes alternadas (CA),
modelos matemáticos e até mesmo a respeito de sua aplicação em filtros, sendo
estes filtros passivos passa-alta, passa baixa e filtros elimina faixa. Assim com esse
trabalho conclui-se que, foi possível alcançar com êxito os objetivos propostos
inicialmente, possibilitando o aprofundamento no conhecimento técnico sobre os
componentes eletroeletrônicos estudados, no nosso os capacitores e indutores.

Palavras-chave: Capacitores. Indutores. Componentes eletrônicos. Eletrônica.

Corrente contínua (CC). Corrente alternada (CA). Filtros. Modelo matemático.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
 SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO
1.1.......................................................................................Tema e conceitos
1.2.................................................................................Objetivo da Pesquisa
1.3.................................................................................................Justificativa
1.4................................................................................................Metodologia

2.DESENVOLVIMENTO
2.1................................................................Aplicação em corrente contínua
2.1.1.......................................................................Capacitor em CC
2.1.2...........................................................................Indutor em CC
2.2...............................................................Aplicação em corrente alternada
2.2.1.......................................................................Capacitor em CA
2.2.2...........................................................................Indutor em CA
2.3........................................................................Associação de capacitores
2.4............................................................................Associação de indutores
2.5................................................................................Modelos matemáticos
2.5.1........................................Modelo matemático de um capacitor
2.5.2............................................Modelo matemático de um indutor
2.6.........................................................................................................Filtros
2.6.1...........................................................Filtro passivo passa-alta
2.6.1.1..............................................................Funcionamento
2.6.1.2.......................................................Frequência de corte
2.6.2.........................................................Filtro passivo passa-baixa
2.6.2.1..............................................................Funcionamento
2.6.2.2.......................................................Frequência de corte
2.6.3.....................................................................Filtro elimina faixa

3.CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS
 5

1. INTRODUÇÃO

1.1 Tema e conceitos

Capacitores são componentes largamente empregados nos circuitos

eletrônicos. Suas principais funções são o armazenamento de cargas elétricas e a
seleção de frequências em filtros para caixas acústicas. São componentes
eletrônicos dotados de duas placas condutoras de metal paralelas, denominadas
armaduras, separadas por um material isolante, chamado dielétrico. Existem
diversos tipos de capacitores, entre eles os que são polarizados como o eletrolítico,
e os despolarizados como os de cerâmica, poliéster e stiroflex, também existem os
capacitores ajustáveis e variáveis.
Indutores são componentes passivos constituídos por bobina e núcleo coma
finalidade de criar um campo de criar um campo magnético contínuo ou alternado.
Indutores são fios condutores enrolados de forma helicoidal chamados também de
bobinas e solenoides, geram campo magnético a partir da passagem de uma
corrente elétrica. A variação da corrente elétrica em seus terminais ocasionará uma
variação do campo eletromagnético dele. Essa variação de campo magnético induz
uma tensão em seus terminais.

Figura 1 – Capacitores e indutor

Fonte: Docplayer, 2017.

1.2 Objetivo da pesquisa

 6

O objetivo desta pesquisa é ampliar o conhecimento sobre o tema, assim

facilitando o manuseio desses componentes tão importantes na área da
eletroeletrônica.

1.3 Justificativa

Com a ampliação deste conhecimento técnico, dado pela referente pesquisa,

ele poderá então ser aplicado de melhor forma na execução de tarefas que
envolvam estes respectivos componentes eletrônicos.

1.4 Metodologia

Trata-se de uma pesquisa simples com enfoque técnico.

 7

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Aplicação em Corrente Contínua

2.1.1 Capacitor em CC

O capacitor em corrente contínua armazena carga elétrica, e quando

ocorrem chaveamentos de uma tensão CC em um circuito RC com um único
capacitor, todas as tensões e correntes variam exponencialmente a partir de
um valor inicial para o final. Os termos exponenciais em expressões de
tensão e corrente são chamados de termos transientes, porque em circuitos
práticos eles chegam a um valor final zero.

Os gráficos exponenciais podem apresentar valores de carga e

descarga sendo ambos positivos, ou um positivo e outro negativo. Além de
seus valores finais de corrente e tensão se aproximarem assintoticamente, ou
seja, nunca chegam realmente a esses valores. Porém, na prática, esses
valores após cinco constantes de tempos estão tão próximos dos valores
finais que se considera que os valores foram atingidos.

Figura 2 – Curva de carga e descarga de um capacitor

 8

Para a constante de tempo τ ser calculada basta fazer o produto da

capacitância com a resistência Thévenin notada pelo capacitor:

E para calcular a tensão disponível em um banco de capacitores basta

se calcular da seguinte forma:

2.1.2 Indutor em CC

Da mesma forma que ocorre com o capacitor, quando ocorrem

aberturas ou fechamentos de chaves em um circuito RL, alimentado por uma
tensão CC com um único indutor, todas as tensões e correntes variam
exponencialmente a partir de um valor inicial até um valor final constante.

A constante de tempo τ, no entanto, é diferente, ela é calculada por:

 9

Em um tempo igual a uma constante de tempo, a tensão e a corrente

atingem 63,2% do valor final, e após cinco vezes a constante de tempo,
podem ser consideradas como no valor final.

Figura 3 – Curva da constante de tempo de um indutor

2.2 Aplicação em Corrente Alternada

2.2.1 Capacitor em CA

Em corrente alternada, o comportamento do capacitor é

completamente diferente devido a troca de polaridade da fonte. Os
capacitores despolarizados podem funcionar em corrente alternada porque
cada armadura pode se comportar como um terminal positivo ou negativo.

Ao ser conectado a uma fonte de corrente alternada, o capacitor sofre

a troca sucessiva de polaridade da tensão aplicada em suas armaduras. A
cada semiciclo a armadura que recebe o potencial positivo entrega elétron à
fonte, enquanto a que está ligada ao potencial negativo recebe elétrons.

Figura 4 – Capacitor em CA
 10

Portanto, ora elétrons estão entrando, ora saindo da armadura,

isso significa que está circulando uma corrente alternada no circuito,
embora as cargas elétricas não passem de uma armadura para outra
do capacitor através do dielétrico.
Existe uma certa defasagem entre a tensão e a corrente de um
capacitor em CA. Quando se conecta um capacitor a uma fonte
geradora, as armaduras estão completamente descarregadas. No início
do processo de carga não existe tensão sobre o capacitor e a corrente
de carga é máxima.
À medida que a tensão sobre o capacitor aumenta, a corrente de
carga diminui porque as cargas já armazenadas no capacitor se opõem
a entrada de novas cargas.
A corrente contínua diminuindo até atingir o valor zero, no
momento em que a tensão do capacitor se iguala a da fonte. Observa-
se que a corrente atinge o valor máximo antes que a tensão atinja seu
valor máximo em uma defasagem de 90°, pelo gráfico senoidal.

Figura 5 – Defasagem entre corrente e tensão de um capacitor

 11

2.2.2 Indutor em CA

Devido ao fenômeno da autoindução, ocorre neste caso também uma

defasagem entre corrente e tensão nos indutores em CA. A autoindução
provoca um atraso na corrente em relação a tensão, sendo esse atraso de
90°.

Figura 6 – Defasagem entre corrente e tensão de um indutor

Na prática também, não se consegue-se um circuito puramente

indutivo, graças a resistência dos fios de ligação, da resistência interna da
fonte e dos fios que constituem o indutor, os quais ocasionam uma diminuição
na defasagem entre a tensão e a corrente do indutor.

Em ambos os casos em CA, tanto capacitores quanto em indutores

essa defasagem pode ser representada por um gráfico vetorial.
 12

2.3 Associação de Capacitores

A associação de capacitores pode ser feita de duas formas, em série no qual

os capacitores compartilham da mesma corrente, e em paralelo no qual os
capacitores compartilham a mesma tensão.

Para a associação de capacitores em série podemos observar a seguinte

estrutura:

Figura 7 - Associação em série de capacitores

Sabendo que para o cálculo da capacitância usa-se C = Q/V, sendo C a

capacitância, Q a carga e V a tensão, a fórmula da capacitância equivalente (Ceq) é
obtida através da substituição das tensões V na equação da Lei de Kirchhoff das
Tensões por Q/C. O Q permanece constante em todos os termos, pois a carga
adquirida por qualquer capacitor tem de ter vindo de um outro capacitor adjacente.

De uma outra forma:

 13

Para o cálculo de dois capacitores em série, tem-se:

Já para o caso especial de N capacitores com o mesmo valor de capacitância

em série:

Para a associação de capacitores em paralelo, adota-se a mesma equação

para o cálculo da capacitância, porém com um trabalho algébrico tem-se Q = CV. No
cálculo da capacitância equivalente (Ceq) substitui-se na equação da carga total Qt
todos os valores de carga pela multiplicação da capacitância pela tensão, dividimos
todos os termos por V, uma vez que todos compartilham a mesma tensão, temos
então que o cálculo da capacitância equivalente (Ceq) em paralelo é soma das
capacitâncias totais do circuito:

Figura 8 - Associação em paralelo de capacitores

 14

2.4 Associação de Indutores

Para as associações de indutores também ocorrem em série ou em paralelo.

Na associação em série o cálculo da indutância equivalente (Leq) pode ser
encontrado através da Lei de Kirchhoff das Tensões, substituindo V = L x di/dt.

Figura 9 - Associação em série de indutores

Após a divisão por di/dt, temos que a associação de indutores em série é a

soma de suas indutâncias individuais.
 15

No caso da indutância aditiva, os indutores são colocados suficientemente

próximos e quando existe interação eletromagnética:

Figura 10 - Associação aditiva

No caso da indutância subtrativa, ocorre quando a corrente comum produz

campos magnéticos opostos:

Figura 11 - Associação subtrativa

 16

Na associação em paralelo, os indutores não possuem acoplamento mútuo,

ou seja, ficam dispostos como na figura abaixo, porém ficam afastados de modo que
um não interfira eletromagneticamente no outro.

Figura 12 - Associação em paralelo de capacitores

Pode-se calcular a indutância equivalente (Leq) em paralelo pelo seguinte:

Para N indutores, podemos calcular por L/N. E para calcular dois indutores
em paralelo basta fazer da seguinte forma:

2.5 Modelo Matemático

Para representar um modelo matemático é importante primeiramente

entender que sua função é representar o componente eletrônico de uma forma mais
próxima de seu funcionamento real. Apesar dos elementos de circuito reais se
aproximarem dos modelos matemáticos ideais, eles inevitavelmente serão
imperfeitos. Componentes físicos como resistores, indutores e capacitores (R, L, C)
têm algum grau de tolerância em torno do valor ideal e quanto menor a tolerância,
mais caro o componente se torna.

Elementos reais de circuitos desviam das equações ideais quando tensão ou

corrente são levadas a extremos, um componente real não é só aquele componente,
 17

os efeitos físicos o transformam em um aglomerado de outros componentes os quais

exercem efeitos parasíticos sobre ele, os quais podem ser relevantes em altas
frequências, ou quando a tensão ou corrente têm uma variação drástica.

2.5.1 Modelo Matemático de um Capacitor

O modelo matemático de um capacitor pode ser melhor nomeado por
modelo equivalente de um capacitor real, no qual está presente a
resistência série equivalente (ESR) e a indutância série equivalente (ESL), o
seu modelo matemático completo é o seguinte:

Figura 13 – Modelo matemático de um capacitor (completo)

E o simplificado é:

Figura 14 - Modelo matemático de um capacitor (simplificado)

O modelo simplificado é composto apenas pela capacitância em série

com Rs e Ls. Nas frequências usuais da eletrônica de potência a indutância
 18

série equivalente (ESL) pode ser ignorada, sendo assim a ondulação da

corrente que circula pelo capacitor provoca perdas na resistência série
equivalente (ESR), que pelo efeito joule, podem provocar um aquecimento
excessivo e danificar o capacitor; provoca também o aumento da ondulação
da tensão devido à queda da tensão sobre a resistência série equivalente
(ESR).

O modelo matemático ganha essas resistências e indutâncias parasitas

pelos seguintes motivos: há campo magnético entre as placas do capacitor
mesmo não havendo transferência de cargas, uma vez que o fluxo de campo
elétrico está variando entre as placas o qual gera a ESL e a combinação da
resistência das placas, dielétrico, eletrólito, terminais e conexões internas
geram a ESR.

Um capacitor real também pode ser representado pelo seguinte

modelo:

Figura 15 – Modelo de um capacitor real

2.5.2 Modelo Matemático de um Indutor

Onde L é a indutância do indutor real, RS é a resistência série que

representa as perdas nos condutores da bobina e no núcleo (correntes
parasitas e Foucault). A capacitância CP é a capacitância parasita existente
entre as espiras da bobina. A composição dos efeitos da indutância, da
resistência e da capacitância é dada pela impedância equivalente do indutor
real ZL, que é função da frequência. Para frequências altas o efeito da
capacitância e da resistência série será mais pronunciado, reduzindo o efeito
 19

da indutância e podendo até o indutor real ter um comportamento mais

capacitivo que indutivo em frequências muito altas. O modelo de um indutor
real está apresentado na figura abaixo:

Figura 16 – Modelo matemático de um indutor

2.6 Filtros

Os filtros processam sinais, vídeo, áudio e dados, também sendo usado em

sistemas de alimentação, de telecomunicações, controle e outras aplicações. Eles
possuem a capacidade de filtrar um determinado sinal, ou seja, selecionar ou rejeitar
uma ou diversas faixas de frequência de um sinal elétrico.

Existem vários tipos de filtros como por exemplo, os filtros passa-alta; filtro
passa-baixa; filtro passa faixa e filtro elimina faixa. Os filtros podem ser passivos e
ativos, onde os filtros passivos são aqueles que são feitos essencialmente de
componentes passivos como resistores, capacitores e indutores.

2.6.1 Filtro passivo passa-alta

Os filtros passivos passa-alta são aqueles circuitos os quais permitem a

passagem de sinais de alta frequência e reduz a intensidade de sinais de baixa
frequência. Isto é, a partir de uma frequência de referência ele permite que
frequências mais altas, que a referência adotada, passem livremente e frequências
mais baixa sejam atenuadas.
 20

2.6.1.1 Funcionamento

O circuito é composto por um capacitor em série com uma resistência.

O sinal de saída do filtro passa-alta fica em paralelo com resistor, como um
divisor de tensão. Para entender o funcionamento desse filtro, deve-se levar
em consideração a reatância capacitiva.

Figura 17 – Filtro passivo passa alta

Quando o capacitor é submetido à sinais alternados ele apresenta uma

resistência, que é nomeada como reatância capacitiva, se consideramos o
valor da reatância capacitiva constante e calcularmos sua reatância
capacitiva, já é o suficiente para entender o funcionamento de um filtro passa-
alta. A reatância capacitiva é calculada por:

Observa-se então que se o valor da frequência for baixo, a reatância

capacitiva será alta e caso a frequência seja alta a sua reatância capacitiva
será baixa. Ou seja, sinais de baixa frequência o capacitor tende a aumentar
sua reatância capacitiva e bloqueá-lo, e sinais de alta frequência o capacitor
tende a abaixar sua reatância capacitiva e permitir a passagem do sinal.

2.6.1.2 Frequência de corte

 21

Para uma análise mais completa deste filtro é necessário entender e

definir o que é frequência de corte. A fórmula de frequência de corte do filtro
passivo passa-alta é a seguinte:

Pela análise anterior, apenas com o capacitor é possível cortar os

sinais de menor frequência e deixar os sinais de maior frequência passar,
porém se faz necessário definir a frequência de corte do filtro, sendo assim é
dada a importância do resistor, porque sem ele não é possível definir os
valores de frequências que seriam permitidos passar ou serem bloqueados.

Nos filtros passivos a frequência de corte também é definida como a

frequência em que o sinal sofre uma atenuação, onde esta atenuação é de
aproximadamente 30%, ou seja, o sinal de saída possui aproximadamente
70% da intensidade do sinal de entrada.

2.6.2 Filtro passivo passa-baixa

Os filtros passivos passa-baixa são circuitos que permitem a passagem de

sinais de baixa frequência e reduzem a intensidade de sinais de alta frequência, ou
seja, a partir de uma frequência de referência ele permite que frequências mais
baixas que ela passe livremente e frequências mais altas sejam atenuadas, por isso
o seu ganho será de no máximo 1.

Figura 18 – Filtro passivo passa-baixa

 22

2.6.2.1 Funcionamento

Os circuitos dos filtros passivos passa-baixa são compostos por uma

resistência e um capacitor, que são conectados em série. O sinal de saída já
filtrado fica em paralelo com o capacitor, assim como um divisor de tensão. E
esse filtro funciona de forma oposta ao filtro passa alta, uma vez que deixa
apenas frequências baixas passarem por ele.

É possível entender o funcionamento do filtro passa baixa através de

duas explicações, sendo que uma deve-se levar em consideração a reatância
capacitiva e a outra maneira é o do tempo de carga e descarga do capacitor.

Através da primeira explicação, é adotado o mesmo conceito de

reatância capacitiva que foi adotado no filtro passa-alta, com a fórmula da
reatância capacitiva e considerando o valor da capacitância constante é o
suficiente para entendermos o funcionamento do filtro passa-baixa.

Pela fórmula podemos observar que se o valor da frequência for baixo,

a reatância capacitiva será alta e caso a frequência seja alta a sua reatância
capacitiva será baixa. Ou seja, sinais de baixa frequência o capacitor tende a
aumentar sua reatância capacitiva e bloqueá-lo, e sinais de alta frequência o
capacitor tende a abaixar sua reatância capacitiva e permitir que o sinal
passe.

Sabendo como um capacitor se comporta em determinados circuitos e

como é o circuito de um filtro passivo passa-baixa, se uma carga for ligada em
paralelo com o capacitor os sinais de alta frequência passarão pelo capacitor
e os de baixa frequência passarão pela carga, caracterizando um filtro passa-
baixa. Isto acontece da mesma maneira que um circuito com dois resistores
em paralelo, e a corrente de maior intensidade passa pelo caminho de menor
resistência.

2.6.2.2 Frequência de corte

 23

Também se faz necessário conhecer a frequência de corte para o filtro

passa-baixa. De acordo com a análise feita, é notável que apenas com o
capacitor é possível cortar os sinais de maior frequência e deixar passar os de
menor frequência, mas precisamos definir a frequência de corte do filtro e
para isso o resistor cumpre essa função, sem ele não seria possível
selecionar o maior valor de frequência permitido passar.

2.6.3 Filtro elimina faixa

O filtro rejeita-faixa tem uma resposta que é oposta à do filtro passa-faixa.

Esse filtro deixa passar todas as frequências, com exceção de uma estreita faixa de
frequências, que é atenuada.

Note que o circuito usa um indutor e capacitor em paralelo, uma combinação

que resulta em uma impedância muito alta na frequência de ressonância. Portanto,
para sinais que sejam iguais à frequência de ressonância, o sinal de saída é
praticamente nulo.

Figura 19 – Filtro elimina faixa

 24

3. CONCLUSÃO

Com essa pesquisa conclui-se então que os capacitores e indutores

participam de trabalhos e funções importantes na área da eletroeletrônica,
realizando um papel fundamental quando falamos sobre componentes eletrônicos,
desta forma apresentando grande utilidade em diversos circuitos.

Esse trabalho atingiu o seu objetivo, podendo informar o leitor claramente o

uso desses componentes na eletroeletrônica, tendo seus ressaltes em aplicações
em corrente contínua (CC) e corrente alternada (CA) e associações em série em
paralelo. Também foi abordado nessa pesquisa os campos de estudo do modelo
matemático e sua representação e a aplicação desses componentes em circuitos
RC, RL, RLC e filtros passivos passa-alta, passa-baixa e elimina faixa.
 25

REFERÊNCIAS

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