Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
6° GRUPO
Discentes:
Kelves Diogo
6° GRUPO
Discentes: Docentes:
Manuel Lamy
Rosário Fediasse
Trabalho elaborado pelos estudantes do Curso
de Engenharia Eléctrica do Instituto Superior
Politécnico de Songo no âmbito da disciplina de
Introdução a Gestão para fim avaliativo.
i
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
4. Conclusão ............................................................................................................................... 20
5. Bibliografia ............................................................................................................................ 21
ii
Lista de Abreveaturas
kW – Quilo watts;
MW – Mega watts;
m3/s – metros cúbico por segundo;
m – metro;
ɳ𝒒𝑨 – rotação especifica;
H – Altura de Queda;
3D – três diensoões.
Lista de tabelas
Lista de figuras
iii
1. Introdução
A energia eléctrica é um meio pelo qual o homem consegue desenvolver diversas actividades
práticas do seu dia-a-dia de tal maneira que ela tem e muito contribuído na sua evolução ao longo
dos tempos. O recurso mais utilizado a nível mundial para a produção da energia eléctrica é o uso
da força da água que está directamente relacionada com a máquina primária chamada Turbina
Hidráulica. Tal máquina primária chamada Turbina Hidráulica é compreendida como sendo
máquina que transforma em energia mecânica a energia cinética possuída pela água, tornando
disponível no eixo o qual é acoplado o alternador. Portanto, o escopo do presente trabalho de
carácter investigativo é de debruçar sobre o Tipo e Selecção de Turbinas Hidráulicas enfatizando
a classificação, os tipos e o funcionamento das turbinas hidráulicas bem como a descrição dos seus
principais componentes.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
1
2. Metodologia de investigação
2
3. Turbinas Hidráulicas
Entende-se energia primária hidroeléctrica como sendo a energia potencial gravitacional da água
contida num reservatório. Antes de se tornar energia eléctrica, a energia primária deve ser
convertida em energia cinética de rotação, sendo que o dispositivo responsável por essa
transformação é a turbina. Segundo Carlos Júnior 2016, turbinas hidráulicas são máquinas de fluxo
projectadas para trabalhar especificamente com água como fluido de trabalho. Este fluido
proporciona rotação no eixo da turbina através da energia cinética e potencial presente no
escoamento do mesmo pelo conjunto do equipamento. Estas são projectadas para atender a um
determinado conjunto de situações, definidas pelos valores de queda de água e de vazão existentes
no local de instalação do equipamento (BELUCO, 1994).
As turbinas hidráulicas utilizadas nas centrais hidreléctricas devem ser seleccionadas de modo a
se obter facilidade de operação e manutenção, aliada a sua robustez.
Na escolha de uma turbina deve-se analisar seu preço, as garantias oferecidas pelo fabricante
quanto a ausência de cavitação no rotor da turbina, ao imediato atendimento em caso de problemas
na operação da máquina e rápida troca de componentes danificados.
Basicamente existem dois tipos de turbinas hidráulicas: de acção e de reacção. Nas de acção, a
energia hidráulica disponível é transformada em energia cinética para depois de incidir nas pás do
rotor, transformar-se em energia mecânica, tudo isso ocorrendo a pressão atmosférica. Nas
turbinas de reacção, o rotor trabalha sob pressão, diferente da atmosférica, onde o escoamento da
água e submetido a uma variação de pressão e velocidade ao longo do rotor. Normalmente os tipos
clássicos mais utilizados de turbinas de atenção são as rodas Pelton e nas de reacção, as turbinas
Francis e Helice (Kaplan).
De acordo com Cardoso 2016, a turbina Pelton foi inventada por Lester Allan Pelton na década de
1970. As turbinas Pelton são recomendadas para quedas elevadas, para as quais a descarga (vazão)
aproveitável normalmente é reduzida, uma vez que a captação se realiza em altitudes onde o curso
de água ainda é de pequeno deflúvio. Por serem de fabricação, instalação e regulação relativamente
simples, além de empregadas em centrais de grande potência, são também largamente empregadas
em micro centrais, aproveitando quedas e vazões bem pequenas para geração de algumas dezenas
de kW.
Essas turbinas possuem jatos que impulsionam a água directamente nas pás do rotor, e o número
de jatos deverá ser calculado conforme os parâmetros do lugar a ser instalada a turbina. Esse
4
modelo de turbina também possui um rotor onde estão localizadas as pás na periferia de um disco
que gira preso ao eixo. As pás têm formato côncavo para receber o esguicho vindo dos jatos e
assim impulsionar o rotor de forma optimizada.
3.2.1.2.Distribuidor
O distribuidor tem a missão de regular e orientar o jato cilíndrico e de secção constante que vai
para o impulsor. O distribuidor é composto por um injector e este é composto por um bocal, uma
agulha, um deflector e um regulador de velocidade.
5
3.2.1.3.Injector
3.2.1.4.Rotor
Rotor é a componente chave da turbina Pelton visto que ele é responsável por transformar a energia
cinética do fluido em trabalho sob forma de rotação. O rotor é composto pela roda e pelas conchas.
A roda é em forma de disco contendo várias conchas. O eixo do jato de água que sai do bocal é
tangente à circunferência. As conchas recebem o impulso directo do jato de água e têm um formato
peculiar de conchas simétricas para compensar o efeito dos impulsos axiais. O eixo da turbina esta
fixado rigidamente na roda de forma que a rotação da roda seja transmitida ao eixo do alternador.
A um mesmo eixo podem estar acopladas varias turbines e um gerador.
3.2.1.5.Sistema de travagem
3.2.1.6.Carcaça
Carcaça é uma evolutra metálica que protege o distribuidor e o impulsor e evita que a água salpique
para o exterior depois de o jato embater nas conchas.
3.2.1.7.Câmera de descarga
A câmera de descarga é a zona onde a água cai livremente após o choque com o impulsor e é
através dela que a água é recolocada no sistema ou então é expulsa para o exterior do conjunto.
6
3.2.1.8.Princípio de funcionamento
De acordo com Sotelo e Maia 2015 citado por Cardoso 20016, a turbina Pelton tem um
funcionamento um pouco diferente das outras turbinas hidráulicas pois a pressão é primeiro
transformada em energia cinética, no bocal, onde o escoamento de água é acelerado até uma alta
velocidade, e em seguida choca com as pás da turbina imprimindo-lhe rotação e binário.
De acordo com Gonçalves 2007, na turbina Pelton toda a energia cedida ao seu eixo deve-se à
energia cinética da água havendo uma componente energética dissipada sob a forma de atrito e
outra dissipada sob a forma de energia cinética residual. Esta rotação é concedida fazendo embater
tangencialmente o jato de água nas conchas fixas na extremidade da roda. Maximizando deste
modo a potência de impulsão para uma determinada velocidade de escoamento.
De acordo com Marchegiani 2004, uma desvantagem na utilização das turbinas Pelton reside na
erosão provocada pelo efeito abrasivo da areia misturada com água, devido a alta velocidade com
que o jato de água choca com o rotor. Deste modo, o tempo de vida útil deste equipamento é
reduzido. E como vantagens temos:
Eficiência muito alta, capaz ate de chegar aos 90-92% em condições ideais;
Possui uma curva de eficiência plana, sobretudo se usados múltiplos injectores;
É compacta e de baixo custo;
Possui uma versão simplificada de muito baixo custo com eficiência ente 80 e 90% o que
é ideal para micro-geração de energia.
Turbina Francis são máquinas de reacção, escoamento radial (lenta e normal) e escoamento
misto. E a turbina de maior uso em quedas de vazões medias. Apresenta urn alto rendimento, sendo
que este rendimento e tão mais alto quanta maior for a potência, o grau de fabricação e acabamento
da turbina ( MARCOS DE SOUSA, 2005).
Estas turbinas recebem o nome do engenheiro inglês James Bicheno Francis nascido em 1812, ele
as idealizou em meados de 1849. O primeiro exemplar foi fabricado em 1873 pela empresa J.M.
Voith que aperfeiçoou o projecto original com a utilização de palhetas directrizes móveis para o
controle da turbina (VOITH, 2015). A Figura 4 mostra Modelo de Turbina Francis.
7
Figura 3: Turbina Francis vista frontal (a) e vista isométrica (b).
(Fonte: Carlos Eduardo Magri Junior), 2005,
Este tipo de turbina é largamente aplicado pelo fato das suas características cobrirem um grande
campo de rotação específica. O rendimento destas máquinas que no passado não chegava a 85%,
hoje ultrapassa a 92% (JUNIOR, 2000).
Segundo Souza 2009, a turbina Francis é classificada como de reacção, sendo utilizada para alturas
entre 8 e 600 metros, que por unidade chega a potências maiores de 850MW.
A turbina Francis é constituída por alguns sistemas macro, como caixa espiral, pré-distribuidor,
regulador de velocidade, rotor, eixo e tubo de sucção.
O conjunto caixa espiral e pré-distribuidor tem como finalidade guiar o fluído para a entrada
do rotor aumentando sua velocidade de acordo com a redução do volume dos gomos da caixa.
Geralmente é fabricada com chapas de aço carbono soldadas em gomos. A caixa espiral liga-se ao
conduto forçado na secção de entrada, e ao pré-distribuidor na secção de saída (ALVES, 2007).
O regulador de velocidade Figura 5 (a) realiza o papel de controlo da potência activa, notadamente
quando o grupo gerador está operando em paralelo com a rede ou com outra máquina (SOUZA,
2009).
8
Figura 4: Conjunto regulador de velocidade, eixo e rotor (a) e caixa espiral (b).
Fonte: (PDF, Carlos Eduardo Magri Junior, 2005).
3.2.2.3.Tubo de sucção
O tubo de sucção Figura 6 tem por finalidade diminuir a velocidade de saída do fluído causando
uma pressão “negativa” no sistema, o que permite que a água escoe de forma contínua ao invés de
se descarregada livremente na atmosfera. Isso implica em um ganho na energia cinética na saída
do rotor e também, num ganho do desnível topográfico entre saída do rotor e o nível da água no
poço.
O princípio de funcionamento da turbina Francis é básico como o das outras turbinas hidráulicas.
A turbina Francis é aquela em que o fluxo de água se desenvolve no rotor da turbina, na maior
parte de sua trajectória, em um fluxo normal ao seu eixo.
É possível continuar uma geração eficiente de energia mesmo com 15% do fluxo de água
normal:
Consegue operar com estabilidade mesmo com fluxo de água baixo;
Menor risco de desgaste, cavitação e formação de vórtices no tubo de sucção;
A instalação é relativamente fácil e rápida.
10
3.2.2.6. Desvantagens
Devido a sua construção ela esta susceptível a um desgaste rápido no caso de estar a operar
com alta pressão;
A manutenção preventiva bem como a correctiva são relativamente mais difíceis;
A cavitação é um perigo sempre presente.
A turbina Kaplan foi idealizada pelo engenheiro austríaco Victor Kaplan, à máquina foi
desenvolvida em 1912 após estudos teóricos e experimentos. Este tipo de equipamento é composto
de uma turbina axial com rotor em forma de hélice. Logo o diferencial do rotor de Kaplan é o
sistema de orientação das pás possibilitando sua regulação independente (HACKER, 2015).
São turbinas de reacção, adaptadas às quedas baixas e caudais elevados, constituídas por
uma câmara de entrada que pode ser aberta ou fechada, por um distribuidor e por uma
roda com quatro, cinco ou mais pás em forma de hélice. Quando estas pás são fixas diz-se que a
turbina é do tipo hélice (Manual de produção ISPS, 2022).
Se as pás são móveis, o que permite variar o ângulo de ataque por meio de um mecanismo de
orientação que é controlado pelo regulador das turbinas, diz-se que a turbina é do tipo Kaplan. As
turbinas Kaplan apresentam uma curva de rendimento “plana” garantindo bom rendimento em
uma ampla faixa de operação. As turbinas Kaplan e de hélice têm normalmente o eixo vertical,
mas podem existir turbinas deste tipo com eixo horizontal, as quais se designam por turbinas
Bulbo.
11
Figura 6: Rotor turbina Kaplan (a) e turbina Kaplan (b)
(Fonte: Souza, 2009).
Os principais componentes de uma turbina Kaplan são: o distribuidor, suas pás chamadas
de directrizes, rotor, tubo de sucção e caixa espiral (Manual de produção ISPS, 2022).
Embora o perfil das pás deva ser executado de maneira a optimizar as forças oriundas das pressões
exercidas sobre as mesmas, projectos tem sido idealizado com secções mais planas, que oferecem
menos eficiência, porém são mais fáceis de serem fabricadas. Este tipo de projectos pode ser
considerado para aplicações em micro centrais onde o custo e a facilidade de fabricação são
prioritários (HARVEY, ADAM, 1998).
As turbinas Michell-Banki são conhecidas como turbinas de fluxo cruzado, Michell ou Ossberger,
constituídas por um rotor tipo tambor dotado de pás estampadas em forma de lâminas e um perfil
hidráulico regulador de vazão. O fluxo de água controlado e direccionado pelo perfil hidráulico
encontra as pás do rotor, impulsionando-o. Esse tipo de turbina é utilizado em aproveitamentos
hidráulicos com menores quedas e maiores volume de água, situação que geralmente ocorre em
regiões mais planas (BETTA, 2011).
12
Figura 7: Modelo Turbina Michell-Banki Betta Hidroturbinas.
Devido às suas características específicas, estas turbinas cobrem o campo das turbinas tipo Pelton
dois jatos até a Francis normal. Sendo classificada como uma máquina de acção ela apresenta
características de reacção na primeira passagem. O seu campo de aplicação atende quedas de 1 a
100, vazões de 0,02 a 7,0 (m3/s) e potências de 1 a 1.000 devido à sua facilidade de padronização
podem apresentar rotações específicas entre 40 a 200 (CERPCH, 2011).
13
A principal característica da turbina de fluxo cruzado é que o jato de água que passa pelo rotor,
chega em cada pá duas vezes, uma a cada fluxo de água. Primeiro a água flui de fora para dentro
e, em seguida, de dentro para fora, sendo assim, uma turbina com dois estágios de velocidade,
enchendo apenas uma parte do rotor em cada estágio.
As turbinas de bulbo podem ser consideradas como uma evolução do tipo anterior. O
rotor possui pás orientáveis como as turbinas Kaplan e existe uma espécie de bulbo colocado
dentro do tubo adutor de água. No interior do bulbo que é uma câmara blindada, pode existir
simplesmente um sistema de engrenagens para transmitir o movimento do eixo ao alternador
Figura 9 e/ou, nos tipos mais aperfeiçoados, no interior do bulbo fica o próprio gerador eléctrico.
A turbina bulbo dispensa a caixa em caracol e o trecho vertical do tubo de sucção. O espaço
ocupado em planta é portanto menor que o das turbinas Kaplan. Para um mesmo diâmetro do rotor,
a turbina bulbo absorve uma descarga maior que as Kaplan, resultando daí maior potência a plena
carga.
As turbinas bulbo podem funcionar como turbinas ou como bombas e são empregadas
em usinas maré-motrizes. Um ponto a considerar na instalação deste tipo de turbina é que a
limitação do diâmetro do rotor e do bulbo para redução dos custos, obriga à construção de
alternadores de pequeno diâmetro mas muito alongados axialmente, o que, por sua vez, acarreta
problemas de resfriamento para o gerador e de custo para o eixo e mancais.
14
usinas a fio de água a centrais maremotrizes, e de centrais com velocidade fixa a centrais com
velocidade variável, tudo é possível dentro da faixa de quedas entre 0,5 e 30 metros. Porém, novas
necessidades mercadológicas implicaram na reconsideração de vários princípios básicos de design.
Por exemplo, adoptar soluções viáveis do ponto de vista ambiental e económico vêm sendo
progressivamente considerado no processo de planeamento e aprovação de projectos
hidroeléctricos.
O desenvolvimento de soluções isentas de óleos para rotores de turbinas Bulbo teve início muitos
anos atrás e, nos últimos 20 anos, a ANDRITZ HYDRO registou mais de 130 referências de rotores
Kaplan sem óleo até mesmo para rotores de maiores diâmetros, potências e quedas na faixa de
produtos Kaplan – sempre oferecendo as melhores soluções. Ao invés de óleo, o cubo é preenchido
com água misturada a um inibidor de corrosão similar ao ácido cítrico encontrado no limão, que é
não-tóxico e não perigoso.
Mancais de pás também constituem um elemento-chave para a criação do cubo de rotor isento de
óleos. Testes extensivos foram realizados visando determinar as melhores soluções para materiais
dos mancais. O resultado é uma abrangente base de dados compreendendo coeficientes de atrito,
desgaste e pressões admissíveis. Com base nisto, é possível seleccionar o melhor material para
cada aplicação.
As turbinas de bombagem são geralmente usadas nas centrais de bombagem para transferir a água
para reservatórios maiores nas horas de pico bem como para o reaproveitamento da água.
Em centrais de bombagem essas turbinas são usadas para suavizar a diferença entre a demanda e
o fornecimento de energia. Elas podem armazenar favoravelmente a energia produzida por uma
central de base fora do período de pico, ao mesmo tempo em que disponibilizam essa energia para
a rede suprir necessidades de pico e regulação do sistema.
As turbinas de bomba são usadas em diversas situações, geralmente para quedas úteis de menos
que 50m a mais de 800m, e potência unitária de 10MW a mais de 500MW.
As turbinas de bombagem são tipos especiais de bombas centrífugas que usam impulsores tipo
turbina com pás orientadas radialmente para mover o fluido. Elas são também chamadas de
bombas de vórtice, periferia ou regenerativa. Essas bombas combinam as altas pressões de
15
descarga das bombas centrífugas de deslocamento positivo ou de múltiplos estágios com a
operação flexível das bombas centrífugas. Além disso, a taxa de fluxo das bombas de turbina não
é extremamente variável, com grandes mudanças na pressão, como na maioria das bombas
centrífugas. Elas são preferência em aplicações onde é necessária uma elevada queda, fluxo baixo
e designer compacto, como em bombeamento de poços profundos.
3.2.6.1.Princípio de funcionamento
As turbinas de bomba são dinâmicas, o que significa que utilizam o momento e a velocidade do
fluido para geram pressão na bomba. Especificamente são bombas centrífugas que geram essa
velocidade usando um impulsor para aplicar força centrífuga ao líquido em movimento.
A turbina de bomba tem impulsores de diâmetro menor que os de uma bomba centrifuga e possui
fileiras de numerosas palhetas pequenas. Essas palhetas fazem com que o fluido circule à medida
que ele se desloca da extremidade de sucção para a saída. Especificamente, o fluido entra na borda
de uma lâmina do impulsor e é acelerado não apenas tangencialmente na direcção de rotação, mas
também radialmente para fora do canal de revestimento por força centrifuga. À medida que o
fluido atinge a parede do revestimento, ele é redireccionado de volta para uma lâmina adjacente
onde a energia adicional é transmitida.
A principal diferença entre a bomba de um estágio e a de múltiplos estágios reside nos seus
impulsores e como isso afecta e sua operação. Enquanto a bomba de estágio único possui apenas
um impulsor girando em torno do eixo, as bombas de múltiplos estágios possuem dois ou mais
impulsores. Essa característica tem várias implicações para o desempenho da bomba,
nomeadamente:
Eficiência, como as bombas de múltiplos impulsores são usados para transmitir energia ao
fluido sendo distribuído, cada impulsor pode ser menor em diâmetro do que seria sozinho
e pode operar em folgas mais estreitas entre o impulsor e a voluta. Essas tolerâncias
16
menores significam que cada impulsor opera próximo à sua melhor eficiência hidráulica.
O resultado disso é que as bombas de múltiplos estágios conseguem alcançar um
desempenho superior com um motor de tamanho menor e usando menos energia.
Capacidades de pressão, os múltiplos impulsores de uma bomba de múltiplos estágios são
todos instalados e girados no mesmo eixo e, essencialmente, actuam como bombas
separadas. Isto significa que, conforme o fluxo progride de um estágio para o próximo, a
altura manométrica aumenta aproximadamente na mesma quantidade, resultando em
capacidades de pressão muito mais elevadas do que um único impulsor é capaz de fazer
sozinho.
Para a selecção dos diversos tipos de turbinas hidráulicas deve-se levar em consideração a altura
de queda, a vazão e a potência. Como pode ser visto na Figura 11, encontram-se intervalos em que
mais de um tipo de turbina pode ser seleccionado, nestas situações são utilizados critérios extras
de selecção, como o custo do gerador eléctrico, risco de cavitação, flexibilidade de operação,
construção civil, facilidade de manutenção, entre outros critérios (HENN, 2012).
17
Figura 11: Intervalos em que mais de um tipo de turbina pode ser seleccionado.
Figura 12: Método que leva em consideração a velocidade de rotação específica, e a altura de queda para
a seleção da turbina.
18
No entanto a determinação da (ɳ𝑞𝐴 ) é fundamental para selecção do equipamento. Com base em
ensaios de modelos, pesquisadores e fabricantes determinaram faixas de valores de (ɳ𝑞𝐴 ) para
inúmeros tipos de máquinas de acordo com a Tabela 1.
𝑓
𝑛 = 120 𝑝 (Equ: 1)
Onde:
19
4. Conclusão
Findo trabalho, concluiu-se que as turbinas são importantes em qualquer central eléctrica, no caso
das hidroeléctricas as turbinas são os elementos que fazem a conversão da energia potencial,
presente na água, em energia cinética e assim accionando o gerador, que por sua vez converte a
energia mecânica em eléctrica. No entanto, para optimizar o rendimento de um aproveitamento
hidroeléctrico, é essencial a escolha da turbina mais apropriada, bem como as especificações das
dimensões da mesma.
Nesse trabalho demonstrou-se o passo a passo das especificações das dimensões dos tipos mais
importantes de turbinas hidráulicas, estabelecendo uma importância muito útil para Engenheiros
que se proponham fazer projecto de Centrais hidroeléctricas. Também, o trabalho pode ser útil na
aprendizagem de assuntos relacionados com geração de energia eléctrica.
Pode-se observar que na especificação de turbinas, os procedimentos mantêm certo padrão, onde
a partir do conhecimento dos dados do aproveitamento hidroeléctrico, determina-se a turbina mais
indicada levando em consideração os requisitos do local de instalação e o número de unidades
necessárias. A partir daí especifica-se as suas dimensões particulares.
20
5. Bibliografia
JÚNIOR, Ricardo Luiz Soares. Projecto conceitual de Uma Turbina Hidráulica. Rio de
Janeiro: S/ed; 2013.
Cardoso, G. O. (2016). Caracterização meteorológica de modelo de turbina Pelton para
laboratório didático. Minas Ferais: S.Ed.
Goncalves, B. H. (2007). Estudo comparativo da resistência a erosão por cavitação do
metal de solda por um arame tubular. Minas Gerais: S.Ed.
QUINTELA, António de Carvalho. Hidráulica. 11.a Edição. Lisboa: FUNDAÇÃO
CALOUSTE GULBENKIAN, 2009.
TAMELE, Maxcêncio A. S. e MATEUS, Félix: Manual de produção de energia eléctrica
I, ISPSongo, 2022.
Engenharia de sistemas de potência: geração hidroeléctrica e eolioelétrica / Ailson P. De
Moura, Adriano Aron F. de Moura, Ednardo P. da Rocha. – Fortaleza: Edições UFC, 2019.
BOLDEA, I. Electric Generators Handbook – second edition – Variables Speed
Generators. Boca Raton, Florida: CRC Press, 2016.
SCHREIBER, G. P. Usinas hidrelétricas. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 1977.
PORTAL PCH. Turbinas Hidráulicas. Disponível em:
http://www.portalpch.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=218.
Acesso em: 25/02/2022.
PORTAL BRASILEIRO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS. Energia Hidrelétrica.
Disponível em:
http://www.energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=50 e I
temid=142. Acesso em: 27/02/2022.
HYDRAULIC WATER TURBINES. Banki Michell Turbines. Disponível em:
http://members.tripod.com/hydrodocs_1/turbines.html . Acesso em: 27/02/2022.
HACKER INDUSTRIAL. Turbinas Hidráulicas. Disponível em:
http://www.hacker.ind.br . Acesso em: 25/02/2022.
21