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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA I

6° GRUPO

Tipo e selecção de turbinas hidráulicas

Discentes:

Kelves Diogo

Leonardo Chihunzo Docentes:

Manuel Lamy Engo. Maxcêncio A. S. Tamele

Rosário Fediasse Msc. Engo. Félix Mateus

Songo, Março de 2022


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA I

6° GRUPO

Tipo e Selecção de Turbinas Hidráulicas

Discentes: Docentes:

Kelves Diogo Engo. Maxcêncio A. S. Tamele

Leonardo Chihunzo Msc. Engo. Félix Mateus

Manuel Lamy

Rosário Fediasse
Trabalho elaborado pelos estudantes do Curso
de Engenharia Eléctrica do Instituto Superior
Politécnico de Songo no âmbito da disciplina de
Introdução a Gestão para fim avaliativo.

Songo, Março de 2022


Resumo

A produção da energia eléctrica através de centrais hidroeléctricas baseia-se na integração da vazão


do rio, isto é, a quantidade de água disponível em um determinado período do tempo e os desníveis
naturais ou artificiais. A composição da estrutura duma Central Hidroeléctrica é basicamente a
barragem, sistema de captação e adução de água, casa de força e vertedouro, que entram em
funcionamento de forma conjunta e de maneira integrada. Tem se como objectivo da barragem a
interrupção do curso normal do rio e a formação do reservatório. Os reservatórios, para além de
armazenar a água, eles permitem a formação do desnível necessário para a configuração da energia
hidráulica e sua posterior transformação em energia eléctrica. Portanto, o presente trabalho fará o
estudo de tipo e selecção de turbinas hidráulicas que é uma das partes constituintes de uma Central
Hidroeléctrica.

i
Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 1

1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 1

1.1.2. Objectivos Específicos .............................................................................................. 1

2. Metodologia de investigação ................................................................................................... 2

3. Turbinas Hidráulicas ................................................................................................................ 3

3.1. Classificação das turbinas hidráulicas .............................................................................. 3

3.2. Tipos de turbinas hidráulicas ............................................................................................ 4

3.2.1. Turbina Pelton ........................................................................................................... 4

3.2.2. Turbina Francis ......................................................................................................... 7

3.2.3. Turbina Kaplan ........................................................................................................ 11

3.2.4. Turbina de Fluxo Cruzado (Banki) ......................................................................... 12

3.2.5. Turbinas Bulbo ........................................................................................................ 14

3.2.6. Turbina de bombagem ou bomba ............................................................................ 15

3.3. Selecção de turbinas hidráulicas ..................................................................................... 17

4. Conclusão ............................................................................................................................... 20

5. Bibliografia ............................................................................................................................ 21

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Lista de Abreveaturas

 kW – Quilo watts;
 MW – Mega watts;
 m3/s – metros cúbico por segundo;
 m – metro;
 ɳ𝒒𝑨 – rotação especifica;
 H – Altura de Queda;
 3D – três diensoões.

Lista de tabelas

Tabela 1: Determinação de ɳqA das Turbinas..............................................................................18

Lista de figuras

Figura 1: Principais partes de uma usina hidroeléctrica. .............................................................. 3


Figura 2: Partes constituintes da Turbina Pelton............................................................................ 5
Figura 3: Turbina Francis vista frontal (a) e vista isométrica (b). ................................................. 8
Figura 4: Conjunto regulador de velocidade, eixo e rotor (a) e caixa espiral (b). ......................... 9
Figura 5: Tubo de sucção ............................................................................................................... 9
Figura 6: Rotor turbina Kaplan (a) e turbina Kaplan (b) ............................................................. 12
Figura 7: Modelo Turbina Michell-Banki Betta Hidroturbinas. ................................................ 13
Figura 8: Turbina de Fluxo Cruzado. ........................................................................................... 13
Figura 9: Desenho esquemático em 3D da turbina Bulbo............................................................ 14
Figura 10: Imagem das turbinas de bombagem. .......................................................................... 17
Figura 11: Intervalos em que mais de um tipo de turbina pode ser seleccionado. ....................... 18
Figura 12: Método que leva em consideração a velocidade de rotação específica, e a altura de
queda para a seleção da turbina. .................................................................................................... 18

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1. Introdução

A energia eléctrica é um meio pelo qual o homem consegue desenvolver diversas actividades
práticas do seu dia-a-dia de tal maneira que ela tem e muito contribuído na sua evolução ao longo
dos tempos. O recurso mais utilizado a nível mundial para a produção da energia eléctrica é o uso
da força da água que está directamente relacionada com a máquina primária chamada Turbina
Hidráulica. Tal máquina primária chamada Turbina Hidráulica é compreendida como sendo
máquina que transforma em energia mecânica a energia cinética possuída pela água, tornando
disponível no eixo o qual é acoplado o alternador. Portanto, o escopo do presente trabalho de
carácter investigativo é de debruçar sobre o Tipo e Selecção de Turbinas Hidráulicas enfatizando
a classificação, os tipos e o funcionamento das turbinas hidráulicas bem como a descrição dos seus
principais componentes.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral

 Descrever os tipos e a selecção de turbinas hidráulicas.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Falar das turbinas hidráulicas;


 Apresentar a classificação das turbinas hidráulicas;
 Identificar os tipos de turbinas hidráulicas e o funcionamento de cada tipo;
 Falar da selecção de turbinas hidráulicas.

1
2. Metodologia de investigação

A elaboração do presente trabalho foi baseada em pesquisas científico-didácticas com base em


livros, artigos electrónicos em formato PDF’s e materiais digitais.

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3. Turbinas Hidráulicas

Entende-se energia primária hidroeléctrica como sendo a energia potencial gravitacional da água
contida num reservatório. Antes de se tornar energia eléctrica, a energia primária deve ser
convertida em energia cinética de rotação, sendo que o dispositivo responsável por essa
transformação é a turbina. Segundo Carlos Júnior 2016, turbinas hidráulicas são máquinas de fluxo
projectadas para trabalhar especificamente com água como fluido de trabalho. Este fluido
proporciona rotação no eixo da turbina através da energia cinética e potencial presente no
escoamento do mesmo pelo conjunto do equipamento. Estas são projectadas para atender a um
determinado conjunto de situações, definidas pelos valores de queda de água e de vazão existentes
no local de instalação do equipamento (BELUCO, 1994).

Figura 1: Principais partes de uma usina hidroeléctrica.


(Fonte: MALACARNE at al, 2013)

3.1.Classificação das turbinas hidráulicas

As turbinas hidráulicas são classificadas em turbinas de acção e de reacção. Na turbina de acção a


energia hidráulica disponível é transformada em energia cinética para depois de incidir nas pás do
rotor, transformar-se em energia mecânica, tudo isso ocorrendo a pressão atmosférica. Nas
turbinas de reacção, o rotor trabalha sob pressão, diferente da atmosférica, onde o escoamento da
água é submetido a uma variação de pressão e velocidade ao longo do rotor (GOMES, 2010).
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Normalmente os tipos clássicos mais utilizados de turbinas de acção são as rodas Pelton e nas de
reacção, as turbinas Francis e Kaplan.

3.2.Tipos de turbinas hidráulicas

As turbinas hidráulicas utilizadas nas centrais hidreléctricas devem ser seleccionadas de modo a
se obter facilidade de operação e manutenção, aliada a sua robustez.

Na escolha de uma turbina deve-se analisar seu preço, as garantias oferecidas pelo fabricante
quanto a ausência de cavitação no rotor da turbina, ao imediato atendimento em caso de problemas
na operação da máquina e rápida troca de componentes danificados.

Basicamente existem dois tipos de turbinas hidráulicas: de acção e de reacção. Nas de acção, a
energia hidráulica disponível é transformada em energia cinética para depois de incidir nas pás do
rotor, transformar-se em energia mecânica, tudo isso ocorrendo a pressão atmosférica. Nas
turbinas de reacção, o rotor trabalha sob pressão, diferente da atmosférica, onde o escoamento da
água e submetido a uma variação de pressão e velocidade ao longo do rotor. Normalmente os tipos
clássicos mais utilizados de turbinas de atenção são as rodas Pelton e nas de reacção, as turbinas
Francis e Helice (Kaplan).

3.2.1. Turbina Pelton

De acordo com Cardoso 2016, a turbina Pelton foi inventada por Lester Allan Pelton na década de
1970. As turbinas Pelton são recomendadas para quedas elevadas, para as quais a descarga (vazão)
aproveitável normalmente é reduzida, uma vez que a captação se realiza em altitudes onde o curso
de água ainda é de pequeno deflúvio. Por serem de fabricação, instalação e regulação relativamente
simples, além de empregadas em centrais de grande potência, são também largamente empregadas
em micro centrais, aproveitando quedas e vazões bem pequenas para geração de algumas dezenas
de kW.

A turbina Pelton é geralmente instalada em uma central hidroeléctrica e conectada a um tubo de


pressão de uma barragem de grande altura. A água entra em um ou mais bicos causando uma
aceleração violenta no fluxo de água, podendo serem instaladas entre 100 á 1200m.

Essas turbinas possuem jatos que impulsionam a água directamente nas pás do rotor, e o número
de jatos deverá ser calculado conforme os parâmetros do lugar a ser instalada a turbina. Esse

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modelo de turbina também possui um rotor onde estão localizadas as pás na periferia de um disco
que gira preso ao eixo. As pás têm formato côncavo para receber o esguicho vindo dos jatos e
assim impulsionar o rotor de forma optimizada.

A turbina Pelton pode ser instalada horizontalmente ou verticalmente, dependendo das


características do projecto, dessa maneira para cada caso deverá ser especificado o diâmetro dos
jatos injectores e o número deles, além disso deverá ser calculado as dimensões das pás e o
diâmetro do rotor da turbina, e possui um rendimento alto, podendo chegar até 94%.

O movimento da agulha do injector é comandado pelo regulador de velocidade. O injector é dotado


de um deflector que, no caso de anulação brusca da potência pedida à turbina desvia o jato da roda,
tornando assim possível que o injector feche lentamente sem originar sobrepressões devidas ao
golpe de aríete, nem sobre velocidades indesejáveis de rotação do grupo.

Figura 2: Partes constituintes da Turbina Pelton.


(Fonte: Carlos Eduardo Magri Junior, 2005)

3.2.1.1.Constituição de uma turbina Pelton

A turbina Pelton é constituída essencialmente por 6 elementos: o distribuidor, injector, rotor,


sistema de travagem, carcaça e câmara de descarga.

3.2.1.2.Distribuidor

O distribuidor tem a missão de regular e orientar o jato cilíndrico e de secção constante que vai
para o impulsor. O distribuidor é composto por um injector e este é composto por um bocal, uma
agulha, um deflector e um regulador de velocidade.

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3.2.1.3.Injector

O injector é responsável pela transformação da energia de pressão em cinética, através do seu


formato convergente cónico. Caso se pretenda aumentar a potência de uma determinada turbina
Pelton para um determinado salto hidráulico devem ser colocados mais injectores na periferia, o
número de injectores varia de acordo com a potência desejada. Os injectores são colocados na
circunferência ao redor do impulsor e com igual ângulo e espaçamento entre eles para garantir um
balanço dinâmico do rotor.

3.2.1.4.Rotor

Rotor é a componente chave da turbina Pelton visto que ele é responsável por transformar a energia
cinética do fluido em trabalho sob forma de rotação. O rotor é composto pela roda e pelas conchas.
A roda é em forma de disco contendo várias conchas. O eixo do jato de água que sai do bocal é
tangente à circunferência. As conchas recebem o impulso directo do jato de água e têm um formato
peculiar de conchas simétricas para compensar o efeito dos impulsos axiais. O eixo da turbina esta
fixado rigidamente na roda de forma que a rotação da roda seja transmitida ao eixo do alternador.
A um mesmo eixo podem estar acopladas varias turbines e um gerador.

3.2.1.5.Sistema de travagem

O sistema de travagem pé composto por “contra-jatos” que embatem na superfície convexas


conchas e dão uma rotação contraria à de funcionamento normal. Além disso, e tal como já foi
citado anteriormente, o deflector pode desviar a água em caso de necessidade de paragem.

3.2.1.6.Carcaça

Carcaça é uma evolutra metálica que protege o distribuidor e o impulsor e evita que a água salpique
para o exterior depois de o jato embater nas conchas.

3.2.1.7.Câmera de descarga

A câmera de descarga é a zona onde a água cai livremente após o choque com o impulsor e é
através dela que a água é recolocada no sistema ou então é expulsa para o exterior do conjunto.
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3.2.1.8.Princípio de funcionamento

De acordo com Sotelo e Maia 2015 citado por Cardoso 20016, a turbina Pelton tem um
funcionamento um pouco diferente das outras turbinas hidráulicas pois a pressão é primeiro
transformada em energia cinética, no bocal, onde o escoamento de água é acelerado até uma alta
velocidade, e em seguida choca com as pás da turbina imprimindo-lhe rotação e binário.

De acordo com Gonçalves 2007, na turbina Pelton toda a energia cedida ao seu eixo deve-se à
energia cinética da água havendo uma componente energética dissipada sob a forma de atrito e
outra dissipada sob a forma de energia cinética residual. Esta rotação é concedida fazendo embater
tangencialmente o jato de água nas conchas fixas na extremidade da roda. Maximizando deste
modo a potência de impulsão para uma determinada velocidade de escoamento.

3.2.1.9.Vantagens e desvantagens do uso da turbine Pelton

De acordo com Marchegiani 2004, uma desvantagem na utilização das turbinas Pelton reside na
erosão provocada pelo efeito abrasivo da areia misturada com água, devido a alta velocidade com
que o jato de água choca com o rotor. Deste modo, o tempo de vida útil deste equipamento é
reduzido. E como vantagens temos:
 Eficiência muito alta, capaz ate de chegar aos 90-92% em condições ideais;
 Possui uma curva de eficiência plana, sobretudo se usados múltiplos injectores;
 É compacta e de baixo custo;
 Possui uma versão simplificada de muito baixo custo com eficiência ente 80 e 90% o que
é ideal para micro-geração de energia.

3.2.2. Turbina Francis

Turbina Francis são máquinas de reacção, escoamento radial (lenta e normal) e escoamento
misto. E a turbina de maior uso em quedas de vazões medias. Apresenta urn alto rendimento, sendo
que este rendimento e tão mais alto quanta maior for a potência, o grau de fabricação e acabamento
da turbina ( MARCOS DE SOUSA, 2005).

Estas turbinas recebem o nome do engenheiro inglês James Bicheno Francis nascido em 1812, ele
as idealizou em meados de 1849. O primeiro exemplar foi fabricado em 1873 pela empresa J.M.
Voith que aperfeiçoou o projecto original com a utilização de palhetas directrizes móveis para o
controle da turbina (VOITH, 2015). A Figura 4 mostra Modelo de Turbina Francis.
7
Figura 3: Turbina Francis vista frontal (a) e vista isométrica (b).
(Fonte: Carlos Eduardo Magri Junior), 2005,

Este tipo de turbina é largamente aplicado pelo fato das suas características cobrirem um grande
campo de rotação específica. O rendimento destas máquinas que no passado não chegava a 85%,
hoje ultrapassa a 92% (JUNIOR, 2000).

Segundo Souza 2009, a turbina Francis é classificada como de reacção, sendo utilizada para alturas
entre 8 e 600 metros, que por unidade chega a potências maiores de 850MW.

3.2.2.1.Principais elementos da turbina Francis

A turbina Francis é constituída por alguns sistemas macro, como caixa espiral, pré-distribuidor,
regulador de velocidade, rotor, eixo e tubo de sucção.

O conjunto caixa espiral e pré-distribuidor tem como finalidade guiar o fluído para a entrada
do rotor aumentando sua velocidade de acordo com a redução do volume dos gomos da caixa.
Geralmente é fabricada com chapas de aço carbono soldadas em gomos. A caixa espiral liga-se ao
conduto forçado na secção de entrada, e ao pré-distribuidor na secção de saída (ALVES, 2007).

3.2.2.2.Regulador de velocidade, Eixo e Roto

O regulador de velocidade Figura 5 (a) realiza o papel de controlo da potência activa, notadamente
quando o grupo gerador está operando em paralelo com a rede ou com outra máquina (SOUZA,
2009).

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Figura 4: Conjunto regulador de velocidade, eixo e rotor (a) e caixa espiral (b).
Fonte: (PDF, Carlos Eduardo Magri Junior, 2005).

Os reguladores automáticos de velocidade, geralmente empregados nas micro-centrais e mini


centrais hidreléctricas são do tipo mecânico, constituídos por um servomecanismo accionado por
óleo pressurizado (ELETROBRÁS e DNAEE, 1985).

Qualquer variação de rotação do grupo gerador coloca em funcionamento o servomecanismo de


accionamento do distribuidor da turbina. O distribuidor dispõe do fluxo de água por meio da
turbina e controla a sua variação de potência, conforme a variação da carga na unidade geradora
(ALVES, 2007).

O eixo Figura 5 (a) é o componente do equipamento que transfere parte da quantidade de


movimento gerada pelo fluido ao passar pelo rotor para o gerador. O rotor Figura 5 (a) é um
elemento de grande importância para uma turbina hidráulica, pois ele proporciona a conversão de
energia hidráulica em potência de eixo que transmitida ao gerador.

3.2.2.3.Tubo de sucção

O tubo de sucção Figura 6 tem por finalidade diminuir a velocidade de saída do fluído causando
uma pressão “negativa” no sistema, o que permite que a água escoe de forma contínua ao invés de
se descarregada livremente na atmosfera. Isso implica em um ganho na energia cinética na saída
do rotor e também, num ganho do desnível topográfico entre saída do rotor e o nível da água no
poço.

Figura 5: Tubo de sucção


(Fonte: Carlos Eduardo Magri Junior, 2005).
9
As turbinas Francis podem ser distinguidas em três tipos:

 Turbina Francis com Caixa Espiral


Possui óptimas características de desempenho sob cargas parciais de até 70% da carga nominal,
funcionando ainda adequadamente entre 70 e 50 % da carga, embora com perda progressiva do
rendimento.

 Turbina Francis Caixa Aberta


A turbina Francis Caixa Aberta é viável para baixas quedas até 10 m e potências de 500 a 1800kW.
No entanto, deve ser utilizada com reservas, em virtude do baixo rendimento alcançado.

 Turbina Francis Dupla


A Francis Dupla tem por característica o rotor duplo, ou seja, uma peça com uma única coroa,
duas cintas e dois conjuntos de pás, dividindo a vazão afluente em duas partes,
Consequentemente são necessários dois tubos de sucção separados. O rendimento das turbinas
Francis varia muito em função do caudal da água de tal modo que quanto menor for o caudal da
água, menor será o rendimento da turbina, portanto até certo nível de caudal não é viável o uso da
turbina Francis pelo seu baixo e até inexistente rendimento, pois ela apresenta bons rendimentos
em níveis médios a altos de caudal e ainda de quedas.

3.2.2.4. Princípio de funcionamento

O princípio de funcionamento da turbina Francis é básico como o das outras turbinas hidráulicas.
A turbina Francis é aquela em que o fluxo de água se desenvolve no rotor da turbina, na maior
parte de sua trajectória, em um fluxo normal ao seu eixo.

3.2.2.5. Vantagens e desvantagens do uso da turbine Francis Vantagens

É possível continuar uma geração eficiente de energia mesmo com 15% do fluxo de água
normal:
 Consegue operar com estabilidade mesmo com fluxo de água baixo;
 Menor risco de desgaste, cavitação e formação de vórtices no tubo de sucção;
 A instalação é relativamente fácil e rápida.

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3.2.2.6. Desvantagens

 Devido a sua construção ela esta susceptível a um desgaste rápido no caso de estar a operar
com alta pressão;
 A manutenção preventiva bem como a correctiva são relativamente mais difíceis;
 A cavitação é um perigo sempre presente.

3.2.3. Turbina Kaplan

A turbina Kaplan foi idealizada pelo engenheiro austríaco Victor Kaplan, à máquina foi
desenvolvida em 1912 após estudos teóricos e experimentos. Este tipo de equipamento é composto
de uma turbina axial com rotor em forma de hélice. Logo o diferencial do rotor de Kaplan é o
sistema de orientação das pás possibilitando sua regulação independente (HACKER, 2015).

São turbinas de reacção, adaptadas às quedas baixas e caudais elevados, constituídas por
uma câmara de entrada que pode ser aberta ou fechada, por um distribuidor e por uma
roda com quatro, cinco ou mais pás em forma de hélice. Quando estas pás são fixas diz-se que a
turbina é do tipo hélice (Manual de produção ISPS, 2022).

A turbina hidráulica Kaplan, como mostrado na Figura 7 , é um sistema classificado como de


reacção e se assemelha à Francis, diferindo pelo formato do rotor. Neste modelo o rotor Figura 7
é composto por um cubo com pás em forma de asas de sustentação, que varia de três a oito. Se
estas pás forem rígidas o rotor é denominado hélice, caso as pás tenham movimento em relação ao
cubo é chamado de rotor Kaplan (SOUZA, 2009; GOMES, 2010).

Se as pás são móveis, o que permite variar o ângulo de ataque por meio de um mecanismo de
orientação que é controlado pelo regulador das turbinas, diz-se que a turbina é do tipo Kaplan. As
turbinas Kaplan apresentam uma curva de rendimento “plana” garantindo bom rendimento em
uma ampla faixa de operação. As turbinas Kaplan e de hélice têm normalmente o eixo vertical,
mas podem existir turbinas deste tipo com eixo horizontal, as quais se designam por turbinas
Bulbo.

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Figura 6: Rotor turbina Kaplan (a) e turbina Kaplan (b)
(Fonte: Souza, 2009).

Os principais componentes de uma turbina Kaplan são: o distribuidor, suas pás chamadas
de directrizes, rotor, tubo de sucção e caixa espiral (Manual de produção ISPS, 2022).

Embora o perfil das pás deva ser executado de maneira a optimizar as forças oriundas das pressões
exercidas sobre as mesmas, projectos tem sido idealizado com secções mais planas, que oferecem
menos eficiência, porém são mais fáceis de serem fabricadas. Este tipo de projectos pode ser
considerado para aplicações em micro centrais onde o custo e a facilidade de fabricação são
prioritários (HARVEY, ADAM, 1998).

3.2.4. Turbina de Fluxo Cruzado (Banki)

Inicialmente patenteada na Inglaterra, em 1903, por A G. Michell, engenheiro Australiano, mais


tarde aperfeiçoada pelo húngaro Banki, esta turbina foi extensivamente comercializada durante os
anos 20 (CERPCH, 2012).

As turbinas Michell-Banki são conhecidas como turbinas de fluxo cruzado, Michell ou Ossberger,
constituídas por um rotor tipo tambor dotado de pás estampadas em forma de lâminas e um perfil
hidráulico regulador de vazão. O fluxo de água controlado e direccionado pelo perfil hidráulico
encontra as pás do rotor, impulsionando-o. Esse tipo de turbina é utilizado em aproveitamentos
hidráulicos com menores quedas e maiores volume de água, situação que geralmente ocorre em
regiões mais planas (BETTA, 2011).

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Figura 7: Modelo Turbina Michell-Banki Betta Hidroturbinas.

(Fonte: Betta Hidroturbinas 2012)

Devido às suas características específicas, estas turbinas cobrem o campo das turbinas tipo Pelton
dois jatos até a Francis normal. Sendo classificada como uma máquina de acção ela apresenta
características de reacção na primeira passagem. O seu campo de aplicação atende quedas de 1 a
100, vazões de 0,02 a 7,0 (m3/s) e potências de 1 a 1.000 devido à sua facilidade de padronização
podem apresentar rotações específicas entre 40 a 200 (CERPCH, 2011).

A turbina Michell-Banki convencional é uma máquina de acção, portanto a altura


manométrica, do rotor é igual a zero. Ao instalar um tubo de sucção aparece um grau de reacção,
isto é, a altura manométrica do rotor será diferente de zero. A figura 8 apresentada, a seguir, é um
demonstrativo do funcionamento de uma turbina de fluxo cruzado (HYDRAULIC WATER
TURBINES, 2011):

Figura 8: Turbina de Fluxo Cruzado.


(Fonte: Hydraulic Water Turbines, 2011)

13
A principal característica da turbina de fluxo cruzado é que o jato de água que passa pelo rotor,
chega em cada pá duas vezes, uma a cada fluxo de água. Primeiro a água flui de fora para dentro
e, em seguida, de dentro para fora, sendo assim, uma turbina com dois estágios de velocidade,
enchendo apenas uma parte do rotor em cada estágio.

3.2.5. Turbinas Bulbo

As turbinas de bulbo podem ser consideradas como uma evolução do tipo anterior. O
rotor possui pás orientáveis como as turbinas Kaplan e existe uma espécie de bulbo colocado
dentro do tubo adutor de água. No interior do bulbo que é uma câmara blindada, pode existir
simplesmente um sistema de engrenagens para transmitir o movimento do eixo ao alternador
Figura 9 e/ou, nos tipos mais aperfeiçoados, no interior do bulbo fica o próprio gerador eléctrico.

Figura 9: Desenho esquemático em 3D da turbina Bulbo.


(Fonte: Antonio C. P. Brasil Junior 2002).

A turbina bulbo dispensa a caixa em caracol e o trecho vertical do tubo de sucção. O espaço
ocupado em planta é portanto menor que o das turbinas Kaplan. Para um mesmo diâmetro do rotor,
a turbina bulbo absorve uma descarga maior que as Kaplan, resultando daí maior potência a plena
carga.

As turbinas bulbo podem funcionar como turbinas ou como bombas e são empregadas
em usinas maré-motrizes. Um ponto a considerar na instalação deste tipo de turbina é que a
limitação do diâmetro do rotor e do bulbo para redução dos custos, obriga à construção de
alternadores de pequeno diâmetro mas muito alongados axialmente, o que, por sua vez, acarreta
problemas de resfriamento para o gerador e de custo para o eixo e mancais.

Particularmente, o tipo horizontal de máquina Kaplan, a turbina Bulbo, demonstra extraordinária


flexibilidade de aplicação. Abrangendo de pequenas a grandes centrais hidroeléctricas, desde

14
usinas a fio de água a centrais maremotrizes, e de centrais com velocidade fixa a centrais com
velocidade variável, tudo é possível dentro da faixa de quedas entre 0,5 e 30 metros. Porém, novas
necessidades mercadológicas implicaram na reconsideração de vários princípios básicos de design.
Por exemplo, adoptar soluções viáveis do ponto de vista ambiental e económico vêm sendo
progressivamente considerado no processo de planeamento e aprovação de projectos
hidroeléctricos.

O desenvolvimento de soluções isentas de óleos para rotores de turbinas Bulbo teve início muitos
anos atrás e, nos últimos 20 anos, a ANDRITZ HYDRO registou mais de 130 referências de rotores
Kaplan sem óleo até mesmo para rotores de maiores diâmetros, potências e quedas na faixa de
produtos Kaplan – sempre oferecendo as melhores soluções. Ao invés de óleo, o cubo é preenchido
com água misturada a um inibidor de corrosão similar ao ácido cítrico encontrado no limão, que é
não-tóxico e não perigoso.

Mancais de pás também constituem um elemento-chave para a criação do cubo de rotor isento de
óleos. Testes extensivos foram realizados visando determinar as melhores soluções para materiais
dos mancais. O resultado é uma abrangente base de dados compreendendo coeficientes de atrito,
desgaste e pressões admissíveis. Com base nisto, é possível seleccionar o melhor material para
cada aplicação.

3.2.6. Turbina de bombagem ou bomba

As turbinas de bombagem são geralmente usadas nas centrais de bombagem para transferir a água
para reservatórios maiores nas horas de pico bem como para o reaproveitamento da água.

Em centrais de bombagem essas turbinas são usadas para suavizar a diferença entre a demanda e
o fornecimento de energia. Elas podem armazenar favoravelmente a energia produzida por uma
central de base fora do período de pico, ao mesmo tempo em que disponibilizam essa energia para
a rede suprir necessidades de pico e regulação do sistema.

As turbinas de bomba são usadas em diversas situações, geralmente para quedas úteis de menos
que 50m a mais de 800m, e potência unitária de 10MW a mais de 500MW.

As turbinas de bombagem são tipos especiais de bombas centrífugas que usam impulsores tipo
turbina com pás orientadas radialmente para mover o fluido. Elas são também chamadas de
bombas de vórtice, periferia ou regenerativa. Essas bombas combinam as altas pressões de

15
descarga das bombas centrífugas de deslocamento positivo ou de múltiplos estágios com a
operação flexível das bombas centrífugas. Além disso, a taxa de fluxo das bombas de turbina não
é extremamente variável, com grandes mudanças na pressão, como na maioria das bombas
centrífugas. Elas são preferência em aplicações onde é necessária uma elevada queda, fluxo baixo
e designer compacto, como em bombeamento de poços profundos.

3.2.6.1.Princípio de funcionamento

As turbinas de bomba são dinâmicas, o que significa que utilizam o momento e a velocidade do
fluido para geram pressão na bomba. Especificamente são bombas centrífugas que geram essa
velocidade usando um impulsor para aplicar força centrífuga ao líquido em movimento.

A turbina de bomba tem impulsores de diâmetro menor que os de uma bomba centrifuga e possui
fileiras de numerosas palhetas pequenas. Essas palhetas fazem com que o fluido circule à medida
que ele se desloca da extremidade de sucção para a saída. Especificamente, o fluido entra na borda
de uma lâmina do impulsor e é acelerado não apenas tangencialmente na direcção de rotação, mas
também radialmente para fora do canal de revestimento por força centrifuga. À medida que o
fluido atinge a parede do revestimento, ele é redireccionado de volta para uma lâmina adjacente
onde a energia adicional é transmitida.

3.2.6.2.Bomba de fase unitária e multifásica

Devida a relativa simplicidade de design, as turbinas de bomba são caracterizadas em bombas de


um ou vários estágios. Ambos com seus usos, o que é importante entender é onde e qual deve ser
seleccionada, o que em ultima análise se resume em seu princípio de funcionamento e a aplicação
em questão.

A principal diferença entre a bomba de um estágio e a de múltiplos estágios reside nos seus
impulsores e como isso afecta e sua operação. Enquanto a bomba de estágio único possui apenas
um impulsor girando em torno do eixo, as bombas de múltiplos estágios possuem dois ou mais
impulsores. Essa característica tem várias implicações para o desempenho da bomba,
nomeadamente:

 Eficiência, como as bombas de múltiplos impulsores são usados para transmitir energia ao
fluido sendo distribuído, cada impulsor pode ser menor em diâmetro do que seria sozinho
e pode operar em folgas mais estreitas entre o impulsor e a voluta. Essas tolerâncias
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menores significam que cada impulsor opera próximo à sua melhor eficiência hidráulica.
O resultado disso é que as bombas de múltiplos estágios conseguem alcançar um
desempenho superior com um motor de tamanho menor e usando menos energia.
 Capacidades de pressão, os múltiplos impulsores de uma bomba de múltiplos estágios são
todos instalados e girados no mesmo eixo e, essencialmente, actuam como bombas
separadas. Isto significa que, conforme o fluxo progride de um estágio para o próximo, a
altura manométrica aumenta aproximadamente na mesma quantidade, resultando em
capacidades de pressão muito mais elevadas do que um único impulsor é capaz de fazer
sozinho.

Figura 10: Imagem das turbinas de bombagem.


(Fonte: http://www.feng.pucrs.br/lsfm/alunos/luc_gab/turbinas.html)

3.3.Selecção de turbinas hidráulicas

Para a selecção dos diversos tipos de turbinas hidráulicas deve-se levar em consideração a altura
de queda, a vazão e a potência. Como pode ser visto na Figura 11, encontram-se intervalos em que
mais de um tipo de turbina pode ser seleccionado, nestas situações são utilizados critérios extras
de selecção, como o custo do gerador eléctrico, risco de cavitação, flexibilidade de operação,
construção civil, facilidade de manutenção, entre outros critérios (HENN, 2012).

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Figura 11: Intervalos em que mais de um tipo de turbina pode ser seleccionado.

(Fonte: Betta Hidroturbinas, 2012).


Ainda de acordo com Henn (2012) outro método para a selecção de turbinas hidráulicas de
Michell-Banki é o método que leva em consideração a velocidade de rotação específica (ɳ𝑞𝐴 ) e a
altura de queda (H) de acordo com a Figura 12.

Figura 12: Método que leva em consideração a velocidade de rotação específica, e a altura de queda para
a seleção da turbina.

(Fonte: Betta Hidroturbinas, 2012).

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No entanto a determinação da (ɳ𝑞𝐴 ) é fundamental para selecção do equipamento. Com base em
ensaios de modelos, pesquisadores e fabricantes determinaram faixas de valores de (ɳ𝑞𝐴 ) para
inúmeros tipos de máquinas de acordo com a Tabela 1.

Tabela 2: Determinação de ɳqA das Turbinas.

Tipo da turbina Rotação (Hz)


Pelton 5 < ɳ𝑞𝐴 < 70

Francis lenta 50 < ɳ𝑞𝐴 < 120

Francis normal 120 < ɳ𝑞𝐴 < 200

Francis rápida 200 < ɳ𝑞𝐴 < 320

MichellBanki 30 < ɳ𝑞𝐴 < 210

Kaplan 300 < ɳ𝑞𝐴 < 1000

A velocidade de rotação, para gerador assíncrono e síncrono sem multiplicador, é considerada a


mesma para turbina e gerador, sendo que se deve procurar uma velocidade síncrona mais próxima
da calculada que é encontrada pela seguinte equação (ELETROBRÁS, 2010).

𝑓
𝑛 = 120 𝑝 (Equ: 1)

Onde:

n = velocidade de rotação síncrona (rpm);

f = frequência da rede (Hz);

p = Número de pólos do gerador.

A velocidade de rotação corresponde ao número de pólos, geralmente utilizados na frequência.

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4. Conclusão

Findo trabalho, concluiu-se que as turbinas são importantes em qualquer central eléctrica, no caso
das hidroeléctricas as turbinas são os elementos que fazem a conversão da energia potencial,
presente na água, em energia cinética e assim accionando o gerador, que por sua vez converte a
energia mecânica em eléctrica. No entanto, para optimizar o rendimento de um aproveitamento
hidroeléctrico, é essencial a escolha da turbina mais apropriada, bem como as especificações das
dimensões da mesma.

Nesse trabalho demonstrou-se o passo a passo das especificações das dimensões dos tipos mais
importantes de turbinas hidráulicas, estabelecendo uma importância muito útil para Engenheiros
que se proponham fazer projecto de Centrais hidroeléctricas. Também, o trabalho pode ser útil na
aprendizagem de assuntos relacionados com geração de energia eléctrica.

Pode-se observar que na especificação de turbinas, os procedimentos mantêm certo padrão, onde
a partir do conhecimento dos dados do aproveitamento hidroeléctrico, determina-se a turbina mais
indicada levando em consideração os requisitos do local de instalação e o número de unidades
necessárias. A partir daí especifica-se as suas dimensões particulares.

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5. Bibliografia

 JÚNIOR, Ricardo Luiz Soares. Projecto conceitual de Uma Turbina Hidráulica. Rio de
Janeiro: S/ed; 2013.
 Cardoso, G. O. (2016). Caracterização meteorológica de modelo de turbina Pelton para
laboratório didático. Minas Ferais: S.Ed.
 Goncalves, B. H. (2007). Estudo comparativo da resistência a erosão por cavitação do
metal de solda por um arame tubular. Minas Gerais: S.Ed.
 QUINTELA, António de Carvalho. Hidráulica. 11.a Edição. Lisboa: FUNDAÇÃO
CALOUSTE GULBENKIAN, 2009.
 TAMELE, Maxcêncio A. S. e MATEUS, Félix: Manual de produção de energia eléctrica
I, ISPSongo, 2022.
 Engenharia de sistemas de potência: geração hidroeléctrica e eolioelétrica / Ailson P. De
Moura, Adriano Aron F. de Moura, Ednardo P. da Rocha. – Fortaleza: Edições UFC, 2019.
 BOLDEA, I. Electric Generators Handbook – second edition – Variables Speed
Generators. Boca Raton, Florida: CRC Press, 2016.
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