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Discentes :
Azarias Gabriel Manhiça
Izilda da Ruth António
Manuel Petecâncio Jofrisse
Marcelo Amaral Amone Docentes:
Nurdino Ortígio Taimo Engo. Maxcêncio A. S. Tamele
Engo. Félix Mateus/Msc/
Discentes : Docentes:
Azarias Gabriel Manhiça Engo. Maxcêncio A. S. Tamele
Izilda da Ruth António Engo. Félix Mateus /Msc/
Manuel Petecâncio Jofrisse
Marcelo Amaral Amone
Nurdino Ortígio Taimo Trabalho elaborado pelos estudantes do
Curso de Engenharia Eléctrica do
Instituto Superior Politécnico de Songo
no âmbito da disciplina de Produção de
Energia Eléctrica I para fins de
avaliação.
Para produzir energia eléctrica na base de centrais hidroeléctrica é necessário integrar a vazão
do rio (a quantidade de água disponível em determinado período de tempo) e os desníveis do
relevo, sejam eles naturais, como as quedas de água, ou criados artificialmente. A estrutura da
Central é composta, basicamente, por barragem, sistema de captação e adução de água, casa de
força e vertedouro, que funcionam em conjunto e de maneira integrada. A barragem tem por
objectivo interromper o curso normal do rio e permitir a formação do reservatório. Além de
armazenar a água, esses reservatórios têm outras funções: permitem a formação do desnível
necessário para a configuração da energia hidráulica e sua posterior transformação em
energia eléctrica, assim sendo, este trabalho tem como objecto de estudo tipo e selecção de
turbinas hidráulicas que e uma das partes que copõem uma Centrais Hidroeléctricas.
Índice de figuras
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 2
3.2.11. Subestação............................................................................................................... 32
4. Conlusão ............................................................................................................................... 36
5. Bíbliografia ........................................................................................................................... 37
1. Introdução
O uso da força da água na produção da energia eléctrica é o meio mais utilizado ao nível
mundial para a produção desta forma de energia de vital importância para as actividades
praticadas pelo homem no seu dia-a-dia de tal maneira que ela tem em muito contribuído na
sua evolução ao longo dos tempos. Porém, a obtenção da energia eléctrica a partir da força das
águas está directamente relacionada com a máquina primária da qual este trabalho retrata, a
turbina hidráulica, sendo o tipo de turbina a se aplicar um aspecto determinante para o bom
aproveitamento do potencial das águas.
O presente trabalho intitulado Tipo e selecção de turbinas hidraúlicas irá debruçar-se sobre esse
tema enfatizando as classificações das turbinas hidráulicas, seus tipos e a constituição das
Centrais hidroeléctricas bem como a descrição dos seus principais componentes.
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1.1. Objectivos
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1.2.Metodologia de investigação
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2. Turbinas Hidráulicas
As turbinas hidráulicas podem ser classificadas em dois aspectos: segundo a variação da pressão
estática e segundo a direcção do fluxo da água através do rotor.
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2.1.1. Segundo a variação da pressão estática
Turbinas de reacção: neste tipo de turbinas o rotor encontra-se totalmente submerso na água
e enclausurado numa câmara de pressão. As pás deste tipo de turbinas são perfiladas e devido
a diferença de pressão nas superfícies das pás é originada uma força de sustentação, o que
provoca a sua rotação. A pressão estática diminui entre a entrada e a saída do rotor. As turbinas
Francis e Kaplan são exemplos desse tipo de turbina.
Axial: o fluxo é aproximadamente paralelo ao eixo de rotação. Exemplos deste tipo são as
turbinas Kaplan e Bulbo.
Tangencial: o fluxo de água é lançado sob forma de jato sobre um número limitado de pás
como é o caso da turbina Pelton.
Diagonal: o fluxo muda gradativamente da direcção radial para axial, por exemplo, turbina
Francis.
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2.2.Tipos de turbinas hidráulicas
Existem diversos tipos de turbinas hidráulicas, cada uma é adequada a um certo tipo de
aproveitamento hidroenergético. A escolha adequada do tipo de turbina a ser utilizada num
determinado aproveitamento depende de vários factores que devem ser levados em
consideração, entre eles estão o caudal, a queda útil, e a velocidade de rotação.
De acordo com Cardoso 2016, a turbina Pelton foi inventada por Lester Allan Pelton na década
de 1970. Em condições ideais o rendimento dessa turbina pode chegar a 90%. As turbinas Pelton
são de ação uma vez que utilizam a velocidade do jato de água para dar rotação ao rotor.
Funciona a pressão atmosférica e geralmente são utilizadas para quedas uteis superiores a 200m
e inferiores a 1200m, sendo que por isso ela se adequa melhor em regiões montanhosas.
De acordo com Gonçalves 2007 citado por Cardoso 2016, as turbinas Pelton operam com
velocidades de rotação elevadas em comparação com as outras turbinas hidráulicas e o seu rotor
possui características bastante distintas.
As turbinas Pelton são máquinas de acção e escoamento tangencial que operam a baixos
caudais e altas quedas, podendo ser instaladas entre 100 à 1200 m. Quanto ao número de jatos
elas podem ser de um, dois até seis jatos e quanto a posição do eixo podem ser de eixo
horizontal ou vertical, sendo que o número máximo de injectores é de dois para as turbinas de
eixo horizontal e seis para as de eixo vertical. A turbina Pelton possui um rendimento alto,
podendo chegar até 94%.
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2.2.1.1.Constituição de uma turbina Pelton
Distribuidor
O distribuidor tem a missão de regular e orientar o jato cilíndrico e de secção constante que vai
para o impulsor. O distribuidor é composto por um injetor e este é composto por um bocal, uma
agulha, um defletor e um regulador de velocidade.
Injetor
O injetor é responsável pela transformação da energia de pressão em cinética, através do seu
formato convergente cônico. Caso se pretenda aumentar a potencia de uma determinada turbina
Pelton para um determinado salto hidráulico devem ser colocados mais injetores na periferia, o
número de injetores varia de acordo com a potência desejada. Os injetores são colocados na
circunferência ao redor do impulsor e com igual ângulo e espaçamento entre eles para garantir
um balanço dinâmico do rotor.
Rotor
Rotor é a componente chave da turbina Pelton visto que ele é responsável por transformar a
energia cinética do fluido em trabalho sob forma de rotação. O rotor é composto pela roda e
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pelas conchas. A roda é em forma de disco contendo várias conchas. O eixo do jato de água que
sai do bocal é tangente à circunferência. As conchas recebem o impulso direto do jato de água e
têm um formato peculiar de conchas simétricas para compensar o efeito dos impulsos axiais. O
eixo da turbina esta fixado rigidamente na roda de forma que a rotação da roda seja transmitida
ao eixo do alternador. A um mesmo eixo podem estar acopladas varias turbines e um gerador.
Sistema de travagem
O sistema de travagem pé composto por “contra-jatos” que embatem na superfície convexas
conchas e dão uma rotação contraria à de funcionamento normal. Além disso, e tal como já foi
citado anteriormente, o defletor pode desviar a água em caso de necessidade de paragem.
Carcaça
Carcaça é uma envoltura metálica que protege o distribuidor e o impulsor e evita que a agua
salpique para o exterior depois de o jato embater nas conchas;
Câmera de descarga
A câmera de descarga é a zona onde a agua cai livremente após o choque com o impulsor e é
através dela que a agua é recolocada no sistema ou então é expulsa para o exterior do conjunto.
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2.2.1.2. Principio de funcionamento
De acordo com Sotelo e Maia 2015 citado por Cardoso 20016, a turbina Pelton tem um
funcionamento um pouco diferente das outras turbinas hidráulicas pois a pressão é primeiro
transformada em energia cinética, no bocal, onde o escoamento de água é acelerado até uma alta
velocidade, e em seguida choca com as pás da turbina imprimindo-lhe rotação e binário.
De acordo com Goncalves 2007, na turbina Pelton toda a energia cedida ao seu eixo deve-se à
energia cinética da agua havendo uma componente energética dissipada sob a forma de atrito e
outra dissipada sob a forma de energia cinética residual. Esta rotação é concedida fazendo
embater tangencialmente o jato de agua nas conchas fixas na extremidade da roda. Maximizando
deste modo a potencia de impulsão para uma determinada velocidade de escoamento.
Segundo Costa 2003 citado por Cardoso 2016, a potencia disponível fornecida pela turbine
Pelton é regulada pela deslocação longitudinal da válvula de agulha no bico injetor, a fim de
variar a abertura do injetor. Contudo, este controle de escoamento não abrange grandes variações
súbitas de caudal uma vez que provocaria o fenômeno conhecido como golpe de aríete. Este
acontecimento reside no fato de uma onda de pressão viajante percorrer o conduto forçado com a
possibilidade de danificá-lo.
Nos casos em que o comportamento dentro do bocal seja ideal, a velocidade de descarga da agua
é dada pela expressão abaixo, onde considerando a fricção no bocal se aplica o coeficiente .
√ √
O trabalho por unidade de massa é dado pela equação de Euler, onde é levada em consideração o
coeficiente de fricção no rotor . Expressão onde u é a velocidade das pás.
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Potência de saída é dada por;
De acordo com Marchegiani 2004, uma desvantagem na utilização das turbinas Pelton reside na
erosão provocada pelo efeito abrasivo da areia misturada com água, devido a alta velocidade
com que o jato de agua choca com o rotor. Deste modo, o tempo de vida útil deste equipamento é
reduzido. E como vantagens temos:
Eficiência muito alta, capaz ate de chegar aos 90-92% em condições ideais;
Possui uma curva de eficiência plana, sobretudo se usados múltiplos injetores;
É compacta e de baixo custo;
Possui uma versão simplificada de muito baixo custo com eficiência ente 80 e 90% oque
é ideal para microgeração de energia.
De acordo com Nunes 2017, a turbina Francis deve a sua designação a James B. Francis,
engenheiro inglês que, 1947, foi incumbido de estudar uma turbina o aproveitamento energético
do desnível de um rio. A sua atenção recaiu sobre uma maquina centrípeta. Os aperfeiçoamentos
introduzidos foram tais que esse tipo de turbine passou a merecer o seu nome. A turbina Francis
é uma turbina de reação atendendo ao facto de o escoamento sofrer variação de pressão no seu
interior, dado que ao longo do seu percurso ocorrem transformações da energia de pressão em
energia cinética.
A função de uma turbina Francis bem como todas outras turbinas hidráulicas é a de gerar
eletricidade com a ajuda de um gerador, elas possuem uma alta capacidade de utilização de mais
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de 90% e uma ampla gama de atividades em comparação com a altura do fluido que flui através
da turbina. Isto é enfatizado na água, onde alcança um desempenho ótimo em uma queda de
construção de 20m a 700m e a potencia de saída varia de alguns quilowatts a 750MW. A turbina
Francis é o tipo mais comum de turbina usada em centrais hidroelétricas que operam com base
no fluxo de massa de agua através de uma planta de produção.
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Evoluta
Distribuidor
O distribuidor é constituído por alhetas fixas ou moveis que têm como finalidade regular o
caudal, mantendo-o com uma velocidade constante, e orientar o escoamento de maneira a que o
mesmo entre no interior da roda adaptando o seu ângulo de ataques às pás da roda.
Roda
A roda é constituída por uma coroa de pás que constituem uma série de canais hidráulicos que
recebem a agua radialmente e a orienta para a saída da roda numa direção axial. Ao longo do
percurso, a roda transforma a energia hidráulica em energia mecânica encaminhando a água para
o difusor. A forma e as dimensões das rodas variam de acordo com a queda. Para grandes
quedas, o diâmetro de entrada da roda é bastante superior ao diâmetro de ainda, sendo reduzida a
componente axial da velocidade da água. Há medida que a altura de queda útil diminui, a
componente axial vai aumentando, diminuindo o diâmetro de entrada em relação ao de saída.
Difusor
O difusor tem como objetivo recuperar parte da energia cinética que permanece na saída da roda.
Dado que a energia cinética é proporcional ao quadrado da velocidade, deve procurar-se reduzir
a velocidade de saída da turbina. Assim, o difusor devera ter um formato cônico crescente,
todavia o ângulo não deverá ser demasiado grande a fim de evitar o risco de descolamento do
escoamento.
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2.2.2.2. Principio de funcionamento
O principio de funcionamento da turbina Francis é básico como o das outras turbinas hidráulicas.
A turbina Francis é aquela em que o fluxo de água se desenvolve no rotor da turbina, na maior
parte de sua trajetória, em um fluxo normal ao seu eixo como é ilustrado na figura abaixo.
A turbina Francis Caixa Aberta é viável para baixas quedas até 10 m e potências de 500 a 1800
kW. No entanto, deve ser utilizada com reservas, em virtude do baixo rendimento alcançado.
A Francis Dupla tem por característica o rotor duplo, ou seja, uma peça com uma única coroa,
duas cintas e dois conjuntos de pás, dividindo a vazão afluente em duas partes,
consequentemente são necessários dois tubos de sucção separados.
O rendimento das turbinas Francis varia muito em função do caudal da água de tal modo que
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quanto menor for o caudal da água, menor será o rendimento da turbina, portanto até certo nível
de caudal não é viável o uso da turbina Francis pelo seu baixo e até inexistente rendimento,
pois ela apresenta bons rendimentos em níveis médios a altos de caudal e ainda de quedas.
Vantagens
É possível continuar uma geração eficiente de energia mesmo com 15% do fluxo de agua
normal;
Consegue operar com estabilidade mesmo com fluxo de agua baixo;
Menor risco de desgaste, cavitação e formação de vórtices no tubo de sucção;
A instalação é relativamente fácil e rápida.
Desvantagens
Devido a sua construção ela esta susceptível a um desgaste rápido no caso de estar a
operar com alta pressão;
A manutenção preventiva bem como a corretiva são relativamente mais difíceis;
A cavitação é um perigo sempre presente.
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2.2.3. Turbinas Bulbo
A turbina Bulbo é considerada uma evolução das turbinas tubulares, inventadas na década de
30 e aplicadas na década de 60 na França, na qual o rotor possui pás orientáveis como as
turbinas Kaplan e existe uma espécie de bulbo colocado dentro do tubo adutor de água. No
interior do bulbo que é uma câmara blindada, pode existir simplesmente um sistema de
engrenagem para transmitir o movimento do eixo ao alternador. Em outros tipos mais
aperfeiçoados, no interior do bulbo fica o próprio gerador elétrico. A turbina bulbo não possui
a caixa em caracol e o trecho vertical do tubo de sucção.
Operam em quedas abaixo de 20 metros e com eficiência entre 85% a 99% dependendo da
vazão da água e a potência gerada. As turbinas bulbo podem funcionar como turbinas ou como
bombas e são empregadas em centrais mare-motrizes. Esse tipo de turbina pode ser instalada
em eixo horizontal ou inclinado
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2.2.3.1. Estrututra da turbina Bulbo
1. Cápsula ou bulbo;
2. Tubo de acesso ao gerador;
3. Camara de adução;
4. Sistema de óleo do rotor;
5. Gerador síncrono;
6. Estruturas de sustentação e pré-distribuição, tubo de acesso à turbina;
7. Mancais;
8. Estruturas de sustentação pré-distribuição;
9. Mancais;
10. Distribuidor;
11. Pás do rotor;
12. Cone ou ogiva;
13. Cubo;
14. Tubo de descarga.
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Os passos abaixo descrevem o funcionamento da turbina Bulbo:
1. A água entra pela câmara de adução e é levada através de uma conduta forçada percorrendo
o perfil da turbina paralelamente ao seu eixo até o distribuidor.
2. No distribuidor a água passa por um sistema de palhetas guia móveis que controlam o caudal
volumétrico fornecido à turbina.
3. Para se aumentar a potência as palhetas são abertas (aumentando o caudal), para diminuir a
potência elas se fecham. Após passar por este mecanismo a água chega ao rotor da turbina.
5. Após passar pelo rotor a água é conduzida pelo tubo de descarga até ao rio.
As turbinas de bombagem são geralmente usadas nas centrais de bombagem para transferir a
água para reservatórios maiores nas horas de pico bem como para o reaproveitamento da agua.
Em centrais de bombagem essas turbinas são usadas para suavizar a diferença entre a demanda e
o fornecimento de energia. Elas podem armazenar favoravelmente a energia produzida por uma
central de base fora do período de pico, ao mesmo tempo em que disponibilizam essa energia
para a rede suprir necessidades de pico e regulação do sistema.
As turbinas de bomba são usadas em diversas situações, geralmente para quedas uteis de menos
que 50m a mais de 800m, e potência unitária de 10MW a mais de 500MW.
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As turbinas de bombagem são tipos especiais de bombas centrifugas que usam impulsores tipo
turbina com pás orientadas radialmente para mover o fluido. Elas são também chamadas de
bombas de vórtice, periferia ou regenerativa. Essas bombas combinam as altas pressões de
descarga das bombas centrifugas de deslocamento positivo ou de múltiplos estágios com a
operação flexível das bombas centrifugas. Além disso, a taxa de fluxo das bombas de turbina não
é extremamente variável, com grandes mudanças na pressão, como na maioria das bombas
centrifugas. Elas são preferencia em aplicações onde é necessária uma elevada queda, fluxo
baixo e design compacto, como em bombeamento de poços profundos.
As turbinas de bomba são dinâmicas, oque significa que utilizam o momento e a velocidade do
fluido para geram pressão na bomba. Especificamente são bombas centrifugas que geram essa
velocidade usando um impulsor para aplicar força centrifuga ao liquido em movimento.
A turbina de bomba tem impulsores de diâmetro menor que os de uma bomba centrifuga e possui
fileiras de numerosas palhetas pequenas. Essas palhetas fazem com que o fluido circule à medida
que ele se desloca da extremidade de sucção para a saída. Especificamente, o fluido entra na
borda de uma lamina do impulsor e é acelerado não apenas tangencialmente na direção de
rotação, mas também radialmente para fora do canal de revestimento por força centrifuga. À
medida que o fluido atinge a parede do revestimento, ele é redirecionado de volta para uma
lamina adjacente onde a energia adicional é transmitida.
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A principal diferença entre a bomba de um estágio e a de múltiplos estágios reside nos seus
impulsores e como isso afeta e sua operação. Enquanto que a bomba de estagio único possui
apenas um impulsor girando em torno do eixo, as bombas de múltiplos estágios possuem dois ou
mais impulsores. Essa característica tem varias implicações para o desempenho da bomba,
nomeadamente:
Figura 10: Turbina de múltiplos estágios. Figura 11: Bomba de único estagia.
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2.3. Aspectos de comparação entre as turbinas
Figura 12: Curva de variação de rendimento com o caudal (queda útil constante) para diferentes turbinas
(MALACARNE at al, 2013).
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Figura 13:Curva de variação de rendimento com a potência útil (MALACARNE at al, 2013).
Para Cordeiro (2010) citado por Malacarne at al (2013), para o dimensionamento de uma
turbina hidráulica é imperioso conhecer:
A queda (H);
caudal (Q);
Características do sistema que será accionado.
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A figura a seguir apresenta o campo de aplicação das turbinas Pelton, Francis, Kaplan e Bulbo
3. Centrais Hidroeléctricas
Uma central hidroeléctrica pode ser definida como um conjunto de obras
(barragem, captação e condutos de adução de água [condutos forçados, trecho final inferior
do conduto forçado, tubo de sucção], casa de máquinas e restituição de água ao leito do rio
canal de fuga) e equipamentos (caixa espiral, pré-distribuidor, anel inferior, distribuidor,
roda da turbina, eixo inferior da roda da turbina, tampa da turbina, servomotores, aro de
operação, cruzeta inferior, bloco de escora, gerador (estator, rotor, enrolamento de
amortecimento, cruzeta superior e eixo superior), cuja finalidade é a geração de energia
eléctrica, utilizando o potencial hidráulico existente num rio, conforme mostra a figura
abaixo.
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Figura 15: Esquema de uma Central Hidroeléctrica(MALACARNE at al, 2013).
A geração hidroeléctrica está associada à vazão do rio, isto é, à quantidade de água disponível
em um determinado período de tempo e à altura de sua queda. A vazão é calculada dividindose o
volume de água que passa pelas turbinas por unidade de tempo. Quanto maiores são os
volumes de sua queda, maior é seu potencial de aproveitamento na geração de electricidade.
A vazão de um rio depende de suas condições geológicas, como largura, inclinação, tipo de
solo, obstáculos e quedas. A vazão de um rio é determinada, ainda, pela quantidade de chuvas
que o alimentam, o que faz com que sua capacidade de produção de energia varie bastante ao
longo do ano. O potencial hidráulico é proporcionado pela vazão hidráulica e pela
concentração dos desníveis existentes ao longo do curso de um rio. Isso pode acontecer de uma
forma natural, quando o desnível está concentrado numa cachoeira; através de uma
barragem, quando pequenos desníveis são concentrados na altura da barragem; ou através de
desvio do rio de seu leito natural, concentrando-se os pequenos desníveis nesses desvios.
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3.1. Classificação das centrais hidroeléctricas
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Quanto à forma de utilização das vazões naturais
Centrais a fio de água – são centrais hidroeléctricas que não dispõem de uma bacia
de acumulação significativa, assim sua produção é inconstante, dependendo das
oscilações da vazão do rio.
Reservatório;
Barragem;
Descarregador de superfície ou vertedouro;
Descarregador de fundo ou dreno de areia;
Captação e condutos de adução de água;
Casa de máquinas;
Restituição de água ao leito do rio;
Equipamentos;
Subestação.
3.2.1. Reservatório
O reservatório é formado por uma represa contendo as águas do rio por meio da construção
de uma barragem.
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3.2.2. Barragem
Constitui uma obra transversal aos álveos dos rios, bloqueando a passagem da água.
Funcionalmente, destinam-se a:
Em toda barragem deve haver descarregadores de vazões excedentes decorrentes das cheias
dos rios depois que sua capacidade de armazenamento for completada, evitando assim que a
água transborde em locais impróprios. Os descarregadores são basicamente de dois tipos: de
superfície e de fundo.
Figura 16: Secção transversal de um descarregador de superfície a esquerda e vista frontal a direita.
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3.2.5. Descarregadores de fundo ou drenos de areia
Tomada de água é o ponto onde se inicia a condução de água para as turbinas. Pode estar
encorporada à barragem ou pode constituir uma estrutura independente. Pode operar em pressão
ou também com superfície livre, dependendo de se tratar de barragem de reserva ou barragem de
simples captação, respectivamente. Assim, elas podem ser classificadas de
acordo com sua posição em relação ao nível da água no reservatório em dois tipos: tomadas
de água em pequena profundidade e tomadas de água em grande profundidade. As primeiras
são mais expostas ao fluxo de corpos flutuantes, tais como plantas aquáticas, folhas e galhos.
Nas tomadas de água de grande profundidade, a pressão exercida pela água é maior e por isso
as comportas são mais pesadas.
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Grades de protecção
Tem a finalidade de interceptar material carregado pelo rio e que possa danificar ou travar as
turbinas (pedras, galhos, árvores etc.). São constituídas normalmente por painéis de barras de
seção rectangular, cujo espaçamento depende da dimensão mínima do material que se deseja
reter. São limpas através de um dispositivo chamado máquina limpa grades.
Comportas
Tubos de aeração
Nas tomadas de água em pressão, imediatamente a jusante das comportas, deve haver um
tubo ou galeria vertical aberto em sua parte superior para permitir a entrada de ar na
tubulação após um fechamento rápido das comportas, para evitar a formação de depressões
no interior das tubulações de adução que poderiam levar a seu esmagamento.
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Destinam-se à condução de água da barragem às turbinas. Podem ser considerados dois
grupos: condutos de baixa pressão e condutos forçados. Uns como os outros podem ser
executados em forma de galerias ou túneis escavados na rocha, solução preferida
actualmente, como também a céu aberto. Os condutos de baixa pressão caracterizam-se por
apresentar, normalmente, baixas declividades e, consequentemente, baixas velocidades de
escoamento, o que permite a dispensa do revestimento. Os condutos forçados são condutos
fechados, em que o escoamento se dá a pressões crescentes de montante para jusante, estando
sua parte inferior submetida à pressão máxima do aproveitamento. Podem ser executados tanto
em galeria como a céu aberto. No primeiro caso, serão sempre revestidos para se reduzir o
coeficiente de atrito causador de perdas dinâmicas. Os condutos a céu aberto são constituídos por
tubulações armadas no terreno. Para médias e altas pressões, empregam-se os tubos de aço
soldados, cinturados ou não.
A casa de força pode ser a céu aberto com superestruturas que suportem o teto e as vigas para
os trilhos das pontes rolantes (tipo fechado) ou sem superestruturas e com guindaste-pórtico
em lugar das pontes rolantes (tipo semiaberto), ou subterrâneo, em caverna ou aterrada. Em
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todos esses casos, as dimensões das salas de máquinas são determinadas pelo tamanho destas
e dos demais equipamentos.
Uma vez turbinada, a água deve ser restituída ao leito do rio. Nesse ponto, a energia é
mínima, pois se pressupõe que o máximo foi retirado.A restituição se inicia à saída dos tubos de
sucção (Figura j) nas máquinas a reacção ou à saída das pás nas máquinas a acção. Por isso
mesmo deve estar o mais próximo dos leitos naturais dos rios.
Quando isso não for possível, canais ou galerias de restituição serão construídos. Quando
estas últimas estiverem associadas a máquinas a reacção, cuja instalação exija que fiquem
abaixo do nível do rio no local da restituição, essa se fará em pressão e, se seu comprimento
for razoável, o fenómeno do golpe de aríete e o das oscilações de massa podem ocorrer
também nessas galerias. Isso exige a instalação de chaminés de equilíbrio a jusante das
turbinas no início da galeria.
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normal, causada por súbitas variações na vazão no conduto forçado. Em consequência, as
paredes do conduto forçado devem ser bem reforçadas não apenas próximo à turbina, mas em
toda sua extensão. O fenómeno do golpe de aríete pode causar violentas oscilações de pressão
que podem interferir na operação da turbina.
Os equipamentos eléctricos de uma central hidroeléctrica (da caixa espiral até o eixo superior
do gerador) aparecem na seguinte ordem ascendente a partir da caixa espiral, como mostrado
na figura 20.
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Figura 21: Equipamentos em uma central hidroeléctrica.
3.2.11. Subestação
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central; registro e anormalidades observadas nos equipamentos; operação de disjuntores e chaves
secionadoras da subestação da central e operação de reservatórios através das
comportas. A operação do grupo gerador é feita seguindo a sequência seguinte:
Para a partida da unidade geradora, certos procedimentos devem ser executados e dependem
do tipo de regulador de velocidade usado do grupo gerador. De maneira geral, os procedimentos
são os seguintes:
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valor de tensão correspondente à referência de tensão do regulador, quando a máquina
estava em operação.
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Um sincronoscópio é um dispositivo que mostra o instante correto de fechamento do
interruptor de sincronização. O sincronoscópio tem um ponteiro que gira no mostrador. O
ponteiro gira no sentido anti-horário se a máquina estiver funcionando mais devagar ou gira
no sentido horário se a máquina estiver funcionando rapidamente. O interruptor de
sincronização de sincronismo correto é quando o ponteiro estiver na posição vertical.
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4. Conlusão
As turbinas hidráulicas são máquinas que transformam a energia cinética da água em energia
mecânica disponível no seu eixo sob forma de rotação, cujo rendimento depende das condições
de operação, ou seja, o equipamento terá bom rendimento se operar em condições para as quais
foi projectado sendo que para o seu dimensionamento e escolha é imperioso conhecer as
características físicas e químicas do fluido de trabalho, as características do local no que se
refere ao ambiente e ao local de instalação, as condições operacionais e de uma forma mais
específica conhecer a queda (H), o caudal (Q),e as características do sistema que será acionado.
Cada tipo de turbina apresenta um bom desempenho quando é aplicada nas condições para a
qual foi projectada, mas é possível fazer uma comparação entre os diversos tipos de turbina
assumindo como referência um mesmo padrão, a potência da turbina. Com base neste padrão
fazendo a comparação ficou claro que é difícil dizer qual turbina teoricamente é melhor que a
outra, o que se pode referir é que há umas que são mais usuais que as outras porque as suas
condições de aplicação são as mais favoráveis e comuns de se encontrar que as das outras.
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5. Bíbliografia
1- JÚNIOR, Ricardo Luiz Soares. Projecto conceitual de Uma Turbina Hidráulica. Rio de
Janeiro: S/ed; 2013.
2- QUINTELA, António de Carvalho. Hidráulica. 11.a Edição. Lisboa: FUNDAÇÃO
CALOUSTE GULBENKIAN, 2009.
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