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Universidade Licungo

Departamento de Ciências e Tecnologia


Curso de Licenciatura em Ensino de Física

Litos Ernesto Rondão


Mário Rondinho Supião

Energia Solar Térmica

Quelimane

2023

Litos Ernesto Rondão


Mário Rondinho Supião
Energia Solar Térmica

Trabalho de investigação a ser apresentado ao Curso de


Licenciatura em Ensino de Física do Departamento de
Ciência e Tecnologia, como requisito para avaliação na
Disciplina/módulo de Energias Renováveis II: Energia Solar
Térmica e Fotovoltaica

Docente: Eng. Cumaio

Quelimane

2023

Índice

1 Introdução.............................................................................................................4
2 Objectivos.............................................................................................................5
2.1 Objectivos Gerais.............................................................................................5
2.2 Objectivos Específicos......................................................................................5
3 Metodologia..........................................................................................................6
4 Energia Solar Térmica.............................................................................................7
4.1 Energia solar...................................................................................................7
4.2 Conceito da Energia Solar Térmica......................................................................7
4.3 Recurso Solar..................................................................................................8
4.4 Radiação........................................................................................................9
4.5 Processo de medição da radiação solar...............................................................10
4.6 Princípio de funcionamento de energia solar térmica.............................................10
4.7 Componentes de um sistema de aquecimento solar de água....................................11
4.7.1 Termossifão convencional.........................................................................13
4.7.2 Termossifão acoplado...............................................................................13
4.7.3 Termossifão integrado..............................................................................13
4.7.4 Colectores..............................................................................................14
4.7.5 Painel solar termodinâmico.......................................................................16
4.7.6 Reservatório térmico................................................................................16
4.8 Vantagens e desvantagens da energia solar térmica...............................................17
4.9 Sistema para distribuição de água quente............................................................18
4.9.1 Sistema individual...................................................................................18
4.9.2 Sistema colectivo.....................................................................................18
4.9.3 Sistema com acumulação e apoio centrais....................................................18
4.10 Aplicações da energia solar térmica...................................................................18
4.10.1 Sector de serviços....................................................................................19
4.10.2 Sector industrial......................................................................................19
4.10.3 Aquecimento de piscina............................................................................19
4.10.4 Estufa solar............................................................................................19
4.10.5 Cozinha solar..........................................................................................20
5 Conclusão...........................................................................................................21
6 Referencias Bibliografia.........................................................................................22
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1 Introdução

No século XXI as fontes de energia renováveis têm estado com uma grande visibilidade no
mundo. Um dos maiores motivos é o crescimento da demanda da utilização energética
renovável, já que o petróleo é uma fonte finita de energia. Além disso, há também
preocupações com as questões ambientais, tendo em vista que as energias renováveis não
agridem o meio ambiente como os combustíveis fósseis e seus derivados fazem.

Uma das principais fontes de energia renovável e que está em crescente utilização é a
energia solar, proveniente da radiação solar, sendo também uma energia limpa.

O uso do sol como origem de energia é uma possibilidade que se apresenta com ótimas
expectativas futuras, vista tanto pelo lado da sustentabilidade quanto pela diminuição de
gastos com energia. O aquecimento solar aproveita uma fonte de energia gratuita, limpa e
perene, tornando-a uma energia renovável. Assim, a aplicação dessa forma de energia
requer saber captar, armazenar e utilizar com melhor competência.

Existe duas maneiras de aproveitamento dessa fonte que são: a energia solar fotovoltaica e
a energia térmica. Na primeira, acontece a transformação da radiação solar em energia
elétrica, por meio da criação de uma corrente elétrica pela radiação solar em elementos
semicondutores. Já na segunda, constitui-se no aquecimento da água ou outros fluidos
através da radiação solar . Por tanto neste trabalho estaremos focado apenas em energia
solar térmica.
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2 Objectivos

2.1 Objectivos Gerais


Ø Conhecer a Energia Solar Térmica.

2.2 Objectivos Específicos


Ø Definir a energia solar;
Ø Conceituar a energia solar térmica;
Ø Caracterizar o recurso solar;
Ø Explicar o princípio de funcionamento da energia solar térmica;
Ø Descrever os componentes da energia solar;
Ø Mencionar as vantagens e desvantagens da energia solar térmica;
Ø Demonstrar as aplicações da energia solar térmica.
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3 Metodologia

A metodologia para produção deste trabalho contou-se com ajuda de manuais da biblioteca
deste estabelecimento, Artigos e alguns sites da internet. Após a uma leitura minuciosa e
selectiva foi possível obter informações para a realização do presente trabalho que diz
respeito a Energia Solar Térmica.
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4 Energia Solar Térmica

4.1 Energia solar


A energia solar é a fonte de energia indispensável para a Terra, tal como fonte de calor;
assim sendo de total importância para a vida deste planeta, bem como o princípio para os
processos químicos e biológicos.

A energia solar pode ser convertida em energia elétrica, por meio dos módulos
fotovoltaicos, ou convertida em energia térmica, através dos coletores solares.

A energia solar é gerada no núcleo do Sol, por meio de reações de fusão nuclear que
liberam grande quantidade de energia. No interior da estrela a temperatura é estimada em
15 × 106 °C, enquanto na superfíce é de 6 × 103 °C, sendo que esta energa é emitida para
o espaço em um variado espectro de ondas eletromagnéticas. (Brasil, 2010)

Todos os corpos emitem radiação eletromagnética como consequência de sua energia


interna que, em condições de equilíbrio, é proporcional à temperatura do corpo. O espectro
eletromagnético da luz solar parte do ultravioleta, passa pela luz visível e vai até o
infravermelho, conforme ilustrado na figura abaixo.

Figura 1: Espectro electromagnetico da luz

Fonte: Ekos Brasil

4.2 Conceito da Energia Solar Térmica


É um tipo de energia alternativa empregada para gerar energia térmica, tanto para uso
residencial para aquecimento de chuveiro, de ambiente, de piscina e em projetos
industriais. Tal tecnologia torna possível a conversão de energia solar em térmica com
desenvolvimentos particulares em função da série de temperaturas exigidas.

Para a conversão da radiação solar em energia térmica é necessário o uso dos colectores
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solares, os quais existem diversos tipos com eficiências diferentes dependendo da


finalidade, conforme a Figura abaixo.

Figura 2: Aplicabilidade dos coletores

Fonte: Aquakent

O aproveitamento da energia solar para a energia térmica pode ser feito de forma passiva
(solar passiva) e de forma activa (solar activa). O aproveitamento térmico passivo é
efectuado através das técnicas construtivas e de concepção das habitações. Estas
promovem a exposição solar para gerar aquecimento, ou evitam a mesma, para gerar
arrefecimento. Por sua vez, o aproveitamento térmico activo é efectuado através de um
sistema constituído por colectores solares, que transferem a energia solar para a água ou
para um fluido térmico,aquecendo-o. (Duarte, 2014)

4.3 Recurso Solar

A principal fonte da energia disponível na Terra é o Sol. Esta energia, proveniente de um


processo de fusão nuclear no centro do Sol, é radiada para o espaço sob a forma de ondas
electromagnéticas. (Brasil, 2010)

Tendo em conta que o Sol se encontra a cerca de 143 milhões de quilómetros da Terra
apenas uma pequena fração da energia irradiada chega ao nosso planeta. No entanto a
energia emitida pelo Sol durante um quarto de hora é superior à energia usada pelo
Homem, a nível mundial, durante um ano.

A energia solar é indispensável para a existência de vida na Terra, sendo o ponto de partida
para a realização de processos físicos, químicos e biológicos. Os aproveitamentos
energéticos da energia Solar tendem a ser das mais “amigas do ambiente”, podendo ser
utilizados de diversas maneiras. A intensidade da radiação solar no limite da exosfera tem
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um valor médio anual de 1367 W/m². Ao atravessar a atmosfera, num dia de céu
relativamente limpo, a radiação solar sofre uma atenuação de cerca de 30%, variando entre
960 e 1.000 W/m² na direção normal aos raios solares. O decréscimo no valor da radiação
é devido à absorção por parte da composição atmosférica e da reflexão para o espaço.
Relativamente à radiação solar que atinge a superfície terrestre, tipicamente distinguem-se
três componentes:

Ø a radiação directa, que tal como a definição indica, constitui a parte da radiação
do Sol que não foi dispersa, reflectida ou difundida ao atravessar a atmosfera e
cujos raios, se encontrams na direção do disco solar.
Ø radiação difusa, proveniente de toda a abóboda celeste excepto do disco solar.
Esta componente da radiação solar resulta da reflexão pelas nuvens, da
absorção/emissão por parte da composição (O3, O2, H2O, etc.) e da difusão por
partículas (gotas de água, pó em suspensão, aerossóis, etc.).
Ø radiação reflectida, é proveniente da reflexão do solo e de superfícies
circundantes. A reflectividade do solo designa-se por albedo e depende apenas da
sua composição superficial, textura e cor sendo afectada pela existência de neve,
água, vegetação, etc.

Figura 3: ilustração esquemática mostrando a fração directa e a difusa da radiação global próxima a
superfície da Terra

Fonte: Ekos Brasil

4.4 Radiação

É o meio de propagação do calor entre dois corpos com diferentes temperaturas, e não
precisa de uma estrutura. É o modo no qual o calor se desloca para a Terra. Para a física,
relaciona-se radiação com energia ondulatória ou das partículas materiais que se propagam
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por meio do espaço. (Kreith F, 2003)

4.5 Processo de medição da radiação solar

O aparelho utilizado para medir a irradiação solar gobal numa superfície horizontal
chamase pranómetro.

Figura 4- Piranómetro fabricado por Kipp &Zonen

Fonte: Lambrecht, Gottingen

O dispositivo de medição, mais simples e mais usado, da duração da insolação é o


Heliógrafo de CampbellStokes. Determina a insolação concentrando os raios solares com
uma esfera de vidro que gera um ponto foca no lado virado para o so e que está sempre à
mesma distância do sol, de tal modo que incide sobre um cartão à prova de fogo no qual
produz um traço queimado. Quando o sol fica coberto por nuvens a queima é interrompida.

Figura 5: MacSolar

Fonte: Solarc,Berlin

4.6 Princípio de funcionamento de energia solar térmica

É possível simplificar o funcionamento de um sistema de aquecimento solar de água


(SAS), considerando as etapas de: captação da energia solar; transferência da energia para
o fluido; armazenamento da energia térmica e distribução da água aquecida para o sistema.
Nas etapas de captação, transferência e acumuação os coletores e o reservatóro trabalham
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em conjunto e na etapa de distribuição os componentes fundamentais são as tubulações e


os acessórios hidráulicos. (Brasil, 2010)

Figura 6: processo de sistema de energia solar térmico

Fonte: Ekos Brasil

O aquecedor solar entra em funcionamento quando a energia solar radiante ou irradiante,


luz visível e infravermelho, incidem sobre a superfície preta dos colectores. A energia
absorvida pela placa transforma-se em calor e aquece a água que está interior dos
colectores. A água aquecida dimnui sua densidade e começa a se movimentar em direcção
ao reservatório, dando início a um processo natural de circulação da água, chamado
termossifão. Esse processo mantém o sistema em operação, enquanto houver radiação
solar incidente sobre as placas ou até toda água do circuito atingir equilíbrio térmco.

4.7 Componentes de um sistema de aquecimento solar de água

Figura 7: Principais equipamentos utilizados nas etapas do processo

Fonte: Ekos Brasil

Os componentes de um sistema de aquecimento solar podem ser separados em colectores,


reservatório, tubulações e caixa da água fria, conforme apresentado na Figura abaixo.
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Figura 8: Principais componentes de um sistema de aquecimento solar

Fonte: Aquakent

A caixa de água fria pode ser considerada como um dos componentes do sistema de
aquecimento solar, pois serve para reduzir a pressão da água “da rua” e abastecer o sstema.
Ao instalar um aquecedor solar recomenda-se não fazer derivação do tubo principal que
abastece a hidráulica da casa para alimentar o sistema solar, pois podem surgir problemas
hidráulicos. Os fundos da caixa de água fria e do reservatório térmico devem ser
interlgados por tubulação, formando um sifão. Esse componente é obrigatório, pois evita o
fenômeno “sifão tubular”, que ocorre no interior da tubulação horizonta próxima ao
reservatório . Esse fenômeno que se estabelece devido a diferença de temperatura entre a
água do reservatório e a temperatura ambiente, faz com que a água quente do reservatório
retorne para a caixa de água fria nos dias nublados, chuvosos ou durante a noite.
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Figura 9: processo de aquecimento de água

Fonte: Aquakent

Na tubulação que interliga o reservatório à ducha deve-se colocar um “T” e na parte


superior instalar o respiro, para aliviar a pressão. Esse componente é obrigatório e, em
sistema de baixa pressão, deve estar 30 cm acima da caixa de água fria conforme ilustra a
figura anterior. Um componente que não apareceu nas anteriores mas está na parte interna
do reservatóro térmico é o aquecimento auxiliar. O aquecimento auxiliar é controlado por
meio de um termostato reguado manualmente, e em muitos casos acaba entrando em
funcionamento mesmo em dias de sol, nublados ou chuvosos, mesmo quando a água ainda
está quente.

4.7.1 Termossifão convencional

O termossifão possiblita a movimentação natural da água em seu sistema de aquecimento


de água, porém para que seu funcionamento seja satisfatório é necessário ficar atento a
algumas medidas ideais de distância e altura entre a caixa de água fria, o reservatório e os
coletores.

4.7.2 Termossifão acoplado

Sistema acoplado como sendo todo dispositivo formado por reservatório e coletor que
esteja montado sobre uma estrutura de suporte comum. O sistema acoplado necessita
somente de quatro conexões hidráulicas e pode ser abastecido com água da rua ou por
meio da caixa de água fria, havendo a necessidade somente, em alguns casos, de utilzar
uma caixa para quebrar a pressão da água da rua. Em relação à tecnologia de termossifão
acopado, ainda não se chegou a um consenso sobre trabalhar com o coletor plástico
encapsulado em uma caixa fechada .

4.7.3 Termossifão integrado

A NBR 15569 define como sistema de aquecimento integrado todo equipamento em que as
funções de coleta e armazenamento de água quente são realizadas dentro do mesmo
dspositivo. Um exemplo óbvio e intuitivo de aquecimento integrado é um saco preto ou
um cilindro de água apoiado no chão e exposto à radiação solar. A desvantagem desse
sistema é a ausência de isolamento térmico, ou seja, todo calor absorvido durante o
período de exposição é dissipado para o ambiente durante o período noturno.
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Aquecimento de piscina

Podem-se fazer duas observações sobre o aquecimento solar de piscina: pirmeira, estes
sempre são de circulação forçada; segunda, a piscina é o reservatório de água quente. A
grande diferença entre o sistema de aquecimento de banho resdencial e o de piscina é o
volume de água que circular nas placas; no sistema de banho residencial circula em média
1,5 litros por m² por minuto, enquanto na piscina circulam 4,5 litros, ou seja três vezes
mais. (Brasil, 2010)

Figura 10: Componentes e sistema de aquecimento de piscina

Fonte: Ekos Brasil

Em relação aos componentes utilzados para o aquecimento de piscinas, com excepção da


capa térmica que elimina mais de 80% das perdas térmicas, todas as demais peças são
idênticas às de um sistema de aquecimento residencial. Uma recomendação importante é
não utilizar a bomba de filtragem como bomba de circulação de água quente, é melhor
utilizar uma bomba exclusiva para cada tarefa.Para piscinas residenciais o sistema de
aquecimento auxilar é dispensável, porém se for para uso comercial, por exemplo, em
clubes e academias, será necessário prever o aquecmento auxiliar. Em piscinas de clubes e
academias a água deve estar entre 27 °C e 28 °C. Nesses casos, recomenda-se o uso de
bomba de calor como aquecimento auxiliar.

4.7.4 Colectores

De acordo com Kreith (2003), colector solar é o componente vital de um sistema de


aquecimento solar. Ele é o responsável pela captação da radiação solar, transferindo o
calor para o fluido que circula no interior dele. Os colectores solares planos podem ser dos
tipos abertos ou fechados. O colector aberto não apresenta vidro e isolamento térmico e é
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capaz de ser confeccionado com tubulação de cobre coberta por aletas ou por uma
serpentina feita com tubulação em termoplástico, geralmente polipropileno. Os colectores
fechados são usados com maior frequência em regiões muito frias ou com alta ocorrência
de ventos. O terceiro tipo de colector é o colector a vácuo, com alta eficiência e indicado
para projetos industriais.

Coletores Solares Planos Abertos

Os coletores planos abertos e fechados são formados por uma caixa fabricada normalmente
de alumínio que tem a finalidade de comportar os demais componentes. No isolamento
térmico geralmente é usado lã de vidro, rocha ou espuma de poliuretano. As flautas, que
servem para escoar a água no interior do coletor, que podem ser feitas de cobre. Quem faz
a transferência da energia solar para a água são as atletas, e comumente são construídas de
cobre ou alumínio e pintadas de preto para terem uma melhor absorção da radiação solar.
A cobertura possibilita a passagem da radiação solar e diminui a perda de calor,
geralmente fabricada de vidro, policarbonato ou acrílico. (Kreith F, 2003)

O colector aberto e o fechado se diferenciam no fato de que o aberto não tem caixa fechada
e nem contém cobertura com isolamento térmico, por isso demonstra baixa eficiência no
aquecimentode água em altas temperaturas .

Os modelos fechados são fabricados com uma série de componentes metálicos e material
isoante térmico acondicionando em uma caixa coberta por um vidro. Comforme ilustra a
figura abaixo, as partes que compõe um coletor solar fechado.

Figura 11: a. Principais componentes de um coletor solar plano fechado, b.colector fechado

Fonte: Ekos Brasil


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Colector tubo de vácuo

Os tubos de vácuo são recomendados em regiões com pouca radiação, em clima frio ou
quando há necessidade de atingir temperaturas acima de 100 °C. Esses coletores são
bastante utlizados na China e nos EUA, porém em nosso país ainda não conquistaram
mercado. A grande vantagem desse colector é que as perdas térmicas por convecção são
eliminadas no ambiente a vácuo, porém a desvantagem é o custo e o risco do colector
perder o vácuo com entrada de ar no tubo, reduzindo muito a eficiência do sistema.

Figura 12: colector de tubo de vacuo e a sua ilustração esquemática

Fonte: Ekos Brasil

4.7.5 Painel solar termodinâmico

Existe uma tecnologia que une a bomba de calor (como aquelas usadas para aquecimento
de piscinas) e o colector plano aberto, conhecido por painel solar termodinâmico. O
princípio de funconamento é semelhante ao de uma bomba de calor, que absorve calor do
so e até mesmo da água da chuva, por meio de um fluido refrigerante, como numa
geladeira. (Brasil, 2010)

Figura 13: Instalação de painéis solares termodinâmico

Fonte: Ekos Brasil

4.7.6 Reservatório térmico

Associado ao colector solar o reservatório térmico é outro componente que requer


cuidados especiais para garantir o desempenho do sistema de aquecimento solar. Esse
componente deve manter a água aquecida para ser utilzada após algumas horas ou dias.
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Os reservatórios térmicos são tanques utilizados para armazenar água quente proveniente
dos coletores solares, de modo a atender a demanda de água aquecida mesmo fora dos
períodos de incidência solar. São constituídos de um corpo interno cilíndrico, geralmente
de aço inoxdável ou cobre, termicamente isoado para minimizar as perdas de calor para o
ambiente. A maior parte dos modelos tem um sstema de aquecimento auxiliar, acionado
por um termostato, que aquece a água nos períodos chuvosos ou nublados. (Brasil, 2010)

Figura 14:Detalhes internos e externos de um reservatório térmico

Fonte: Ekos Brasil

4.8 Vantagens e desvantagens da energia solar térmica

A energia solar apresenta as seguintes vantagens:

Ø Utiliza uma fonte de energia universal e inesgotável;


Ø Contribui para a redução da dependência energética do nosso país (a importação)
de combustíveis fósseis;
Ø A energia solar pode ser produzida praticamente em qualquer lugar e em qualquer
escala;
Ø Não polui e reduz as emissões de gases de efeito de estufa;

No entanto, a energia solar também apresenta desvantagens tais como:

Ø Regiões em que dias chuvosos e nublados são comuns não podem utilizar todo o
potencial da energia solar;
Ø Durante a noite não existe produção, por isso, obriga a que existam meios de
armazenamento da energia produzida durante o dia;
Ø As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando
comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis, hidroeléctricas, entre outras;
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4.9 Sistema para distribuição de água quente

Os sistemas multifamilares residenciais podem ser projectados para distribuir a água


quente de diferentes maneiras, sendo as mais usuais o sistema individual e o sistema
central. A opção por um dos projetos dependerá das características do edifício, espaço
disponível no interior do apartamento, na cobertura, do padrão do empreendimento etc.

4.9.1 Sistema individual

O sistema individual é composto por um aquecedor solar compacto para cada morador e
um tubo de água quente para cada apartamento. A água é pré-aquecida no sistema
individual de aquecimento solar de cada apartamento e distrbuída para consumo nas
undades. Cada apartamento conta com um sistema de aquecimento auxiliar, que fornece
mais calor à água para atingir a temperatura final de consumo quando necessário. O
consumo é controlado por um hidrômetro individual para cada apartamento e cada
morador paga sua conta.

4.9.2 Sistema colectivo

Os sistemas colectivos podem ter variações quanto à forma de acumulação, que pode ser
central ou individual, e quanto ao aquecimento auxiliar que pode ser central ou individual.
Nessa configuração o principal problema é o aquecedor a gás individual que muitas vezes
apresenta custo inicial alto e necessita de pressão mínina de acionamento.

4.9.3 Sistema com acumulação e apoio centrais

No sistema central com armazenamento e apoio colectivo, o aquecedor solar, o


reservatório e o aquecimento auxiliar – aquecedor a gás, elétrico ou bomba de calor. A
água quente, já na

temperatura final, é distribuída para o consumo dos apartamentos. Como todo o sistema de
aquecimento é coletivo, o consumo de energia elétrica ou de gás do sistema de apoio é
cobrado do condomínio, dividido entre os condôminos.

4.10 Aplicações da energia solar térmica

O aproveitamento da energia solar térmica não se restringe a aquecer água, ela pode
também ser utlizada em secagem de grãos, geração de vapor de água e produção de
energia elétrica. Cada forma de aproveitamento da energia térmica está associada a um
conjunto de tecnologias e à temperatura de trabalho. (Kreith F, 2003)
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A energia solar térmica possue várias aplicações e nós iremos destacar algumas das
aplicações da energia solar térmico: no sector de serviços, sector industrial, e aquecimento
de piscinas , estufa solar, cozinha solar.

4.10.1 Sector de serviços

O sector de serviços que utiliza água quente abrange academias, clubes, motéis e hotéis, e
outros de menor demanda. Estima-se que 20% do faturamento de um hotel é gasto com o
aquecimento de água, dessa forma a instalação de equipamentos de sistema solar ajudam a
reduzir significativamente os custos de hotelaria.

4.10.2 Sector industrial

O sector industrial utiliza água aquecida para cozinhas, banho dos funcionários ou ainda
como fonte de calor em processos industrias. Nesse segmento as temperaturas podem
variar entre 60 °C a 220 °C dessa forma são recomendados colectores planos de alto
desempenho, colectores de vácuo com ou sem concentradores.

4.10.3 Aquecimento de piscina

O aquecimento solar de piscinas difere dos projetos de sistema de água quente para
edificações apresentados anteriormente por dois motvos: não necessitam de reservatórios
térmicos (a própria piscina é o reservatório) e utlizam colectores do tipo aberto. Esse tipo
de coletor pode ser instalado no telhado ou no solo sem necessidade de estruturas
metálicas para mantê-los inclinados e direcionados para o Norte.

4.10.4 Estufa solar

O ar aquecido em colectores solares pode ser utilizado em pequenas estufas com a


finalidade de secagem e desidratação de alimentos, como por exemplo, grãos, verduras e
frutas.

Existem três modelos básicos de estufa solar que podem atender a finalidade de secagem e
desdratação de alimentos:

Ø secador de absorção: o alimento é exposto a radiação solar directa;


Ø secador indireto ou por convecção: o produto é exposto a uma corrente de ar
aquecida por um colector solar;
Ø secador combinado: o alimento é exposto a radiação solar direta associado a uma
corrente de ar aquecida por um colector solar.
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4.10.5 Cozinha solar

Outra tecnologia simples e que cumpre principalmente uma função social é o conhecido
fogão solar. De acordo com a ONG (Organização Não Governamental) americana Solar
Cooking a utilização do fogão solar é bastante acentuada principalmente nas famílias
abaixo da linha de pobreza de países como Índia, China, Paquistão, Ngéria, Uganda,
Sudão, entre outros. (Rodrigues D)

5 Conclusão

A energia solar é a fonte de energia indispensável para a Terra, tal como fonte de calor;
assim sendo de total importância para a vida deste planeta, bem como o princípio para os
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processos químicos e biológicos.

Todos os corpos emitem radiação eletromagnética como consequência de sua energia


interna que, em condições de equilíbrio, é proporcional à temperatura do corpo.

Tendo em conta que o Sol se encontra a cerca de 143 milhões de quilómetros da Terra
apenas uma pequena fração da energia irradiada chega ao nosso planeta. No entanto a
energia emitida pelo Sol durante um quarto de hora é superior à energia usada pelo
Homem, a nível mundial, durante um ano.

É possível simplificar o funcionamento de um sistema de aquecimento solar de água


(SAS), considerando as etapas de: captação da energia solar; transferência da energia para
o fluido; armazenamento da energia térmica e distribução da água aquecida para o sistema.

O aproveitamento da energia solar térmica não se restringe a aquecer água, ela pode
também ser utlizada em secagem de grãos, geração de vapor de água e produção de
energia elétrica. Cada forma de aproveitamento da energia térmica está associada a um
conjunto de tecnologias e à temperatura de trabalho.

6 Referencias Bibliografia

1. Brasil, E. (2010). Introdução ao Sistema de aquecimento sola. Sao Paulo.


22

2. Duarte, P. N. (2014). Coletores Solares térmico. Ed. Faculdade de Engenharia da


Universidade do Porto.

3. Goldemberg. (1998). Energia para o desenvolvimento. São Paulo: T.A. QUEI.

4. Kreith F, B. M. (2003). Princípios de transferência de calor. São Paulo: Pioneira


Thom.

5. Rodrigues D, M. R. (s.d.). . Um banho de Sol para o Brasil. São Paulo: Vitae Civlis.

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