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Universidade Licungo

Departamento de Ciências e Tecnologia

Curso De Licenciatura Em Ensino De Física Com Habilitação Em Energias Renováveis

5ºGrupo
Baluane Fonseca
Fazira Chafim Amisse
Joaquim Armando Chinhengana
Mautempo Francisco Mautempo

Introdução: Visão Fisica do Meio Ambiente

Quelimane

2024
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5ºGrupo
Baluane Fonseca
Fazira Chafim Amisse
Joaquim Armando Chinhengana
Mautempo Francisco Mautempo

Introdução: Visão Fisica do Meio Ambiente

Trabalho de caracter avaliativo a ser apresentado no


Departamento de Ciências e Tecnologias no Curso de
Licenciatura em Ensino de Física com Habilitação em
Energias Renováveis como requisito de avaliação na
Disciplina de Física e Meio Ambiente

O docente:
Eng. Benny

Quelimane
2024
3

Indice
2 RESUMO .................................................................................................................................. 4
3 CAPÍTULO I: introdução e objectivos .................................................................................. 5
4 Introdução ................................................................................................................................. 5
4.1 Objectivos do Trabalho ........................................................................................................... 5
4.1.1 Objectivo Geral ........................................................................................................................ 5
4.1.2 Objectivos específicos ............................................................................................................... 5
4.2 Metodologia............................................................................................................................... 6
5 CAPÍTULO II: fundamentos teóricos .................................................................................... 7
5.1 Radiação Solar .......................................................................................................................... 7
5.1.1 O Sol........................................................................................................................................... 7
5.1.2 A Constante Solar..................................................................................................................... 8
5.1.3 Distribuição Espectral da Radiação Extraterrestre............................................................... 9
5.1.4 Variação da Radiação Extraterrestre ................................................................................... 10
5.1.5 Direção da Radiação directa .................................................................................................. 10
5.1.6 Radiação Solar Disponível ..................................................................................................... 11
5.1.7 Atenuação da radiação solar pela atmosfera........................................................................ 11
5.1.8 Radiação Directa..................................................................................................................... 12
5.1.9 Radiação Difusa ...................................................................................................................... 13
5.1.10 Índice de Claridade ................................................................................................................ 14
5.1.11 Massa de Ar (AM) .................................................................................................................. 14
5.1.12 Componentes Directa e Difusa da Radiação Mensal ........................................................... 15
5.1.13 Instrumentos usados para medição da Radiação Solar Disponível .................................... 16
5.1.14 Pireliômetros e Escalas Pireliométricas ................................................................................ 16
5.1.15 Medição da Insolação ............................................................................................................. 17
6 CAPÍTULO V: APLICAÇÕES ............................................................................................ 17
6.1 Tecnologias de Aproveitamento ............................................................................................ 18
6.1.1 Aproveitamento Térmico ....................................................................................................... 18
6.1.2 Aquecimento de água ............................................................................................................. 18
6.1.3 Secagem ................................................................................................................................... 19
6.1.4 Tratamento de água para consumo....................................................................................... 19
6.1.5 Aproveitamento Eléctrico ...................................................................................................... 20
7 CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 21
7.1 Análise dos dados .................................................................................................................... 21
7.1.1 Radiação Global...................................................................................................................... 21
7.1.2 Comparação da Radiação Extraterrestre com a radiação Global ..................................... 22
7.1.3 Radiação Difusa e Directa...................................................................................................... 22
8 CAPÍTULO VI: Consideracoes finais .................................................................................. 24
9 Referências bibliográficas...................................................................................................... 25
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1 RESUMO
Entende-se por radiação solar à radiação electromagnética de onda curta, emitida pelo sol sendo
parcialmente absorvida pela atmosfera terrestre. Esta radiação após ser gerada no núcleo do sol é
espalhada ao atingir a superfície solar para todas as direcções, sendo que uma pequena parte desta
radiação atinge a atmosfera da Terra.

Da radiação que atinge a atmosfera, uma parte é reflectida novamente ao espaço, da parcela não
reflectida, uma parte sofre os fenómenos de espalhamento e absorção por moléculas e partículas
em suspensão na atmosfera.

Ao longo do tempo foram criados métodos que visam conhecer de forma mais eficaz a quantidade
de radiação que chega até a superfície, à esta quantidade é dado o nome de radiação global, que é
por sua vez constituída pela radiação difundida chamada por isso de radiação difusa e a outra parte
é aquela que não é difundida nem absorvida, a chamada radiação de feixe ou radiação directa.

Este trabalho em especial teve como ponto de partida, procurar estimar a quantidade de radiação
solar que atinge a superfície em Moçambique numa escala global bem como regional, uma vez
que Moçambique está dividido em três regiões a saber: Região Sul, Centro e Norte, estando esta
última mais próxima à linha do equador comparactivamente às outras duas.

Tendo-se o valor médio da radiação disponível, era tarefa conhecer as diferentes formas do seu
aproveitamento de modo a se não desperdiçar um tão importante recurso.

Moçambique apresenta uma radiação global em plano horizontal elevada quando comparada com
bons locais na Europa e Ásia, sendo bastante próxima de alguns dos melhores locais do mundo,
como a África do Sul e a Califórnia

A radiação solar a uma escala global varia essencialmente em função da atmosfera, geometria e
do movimento do planeta relactivamente ao sol, sendo que numa escala local, a variação da radiação
solar encontra-se maioritariamente associada à morfologia do terreno, ou seja, variações de
elevação, declive, exposição e sombreamento.
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2 CAPÍTULO I: introdução e objectivos

3 Introdução
A radiação solar é a fonte mãe de energia no planeta Terra, é desta que derivam as outras formas
de energia. É de total importância para a manutenção da vida, como o caso das plantas que por
meio do processo de fotossíntese tornam-se possíveis. Esta energia electromagnética se propaga
desde a sua fonte até à superfície da Terra sem que necessite de um meio material para a sua
transmissão.

É ela o elemento fundamental para quase todos os fenómenos que ocorrem na natureza, com
destaque os ciclos biogeoquímicos que só são possíveis devido à radiação proveniente do Sol.

Desde tempos remotos o Homem tem vindo a procurar por fontes de energia, tendo sido desde
sempre o Sol a sua principal fonte. Primeiramente a energia proveniente do Sol tinha como
principal função clarear os dias e mais adiante foi usada para secar sementes bem como na
fermentação de bebidas.

A energia proveniente do sol é muito elevada em comparação com toda consumida a nível mundial,
tonando-se desta forma um desafio conhecer as tecnologias que nos permitam aproveitar este vasto
recurso de forma sustentável. Esta para além de determinar o clima no planeta, é também limpa,
livre de poluentes que tem tornado-se uma real ameaça para a humanidade então existente e muito
mais para a vindoura.

3.1 Objectivos do Trabalho


3.1.1 Objectivo Geral
 Avaliar o Comportamento da Radiação Solar em Moçambique.

3.1.2 Objectivos específicos


 Avaliar a disponibilidade da radiação solar (as componentes direca, difusa e a total) em
moçambique em uma superfície horizontal;

 Identificar as formas de aproveitamento da radiação solar em Moçambique.


6

3.2 Metodologia
Segundo Gill (2000), a metodologia é a lógica dos processo científicos em forma, e em seu
desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma tecnologia da medida dos factos científicos. Para que seja
considerado conhecimento científico, é necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja,
determinar o método que possibilitou chegar ao conhecimento.
7

4 CAPÍTULO II: fundamentos teóricos


4.1 Radiação Solar
A radiação solar é uma energia electromagnética, de onda curta, emitida pelo sol sendo
parcialmente absorvida pela atmosfera terrestre. A intensidade da radiação solar varia em função
das actividades solares e da distância da Terra ao sol (Barbirato, 2007).

A radiação solar a uma escala global varia essencialmente em função da atmosfera, geometria e
do movimento do planeta relactivamente ao sol, sendo que numa escala local, a variação da radiação
solar encontra-se maioritariamente associada à morfologia do terreno, ou seja, variações de
elevação, declive, exposição e sombreamento (Barreto & Fernandes, 2013).

4.1.1 O Sol
O sol é uma esfera de matéria gasosa intensamente quente com um diâmetro de 1,39x1109 m, um
raio de 695 500 km e uma massa de 1,989x1030. A sua luminosidade (potência) é de 3,854x1029W
e a sua idade é de 4,55 bilhões de anos (Duffie, Beckman, & Blair, 2020; Silva, 2006).

Figura 2: Estrutura do Sol (Silva, 2006)

O sol tem uma temperatura efectiva na sua superfície de 5777 K. É basicamente composto por
hidrogénio (92%), com menos de 8% de hélio e traços dos outros elementos (Silva, 2006).

O sol é, com efeito, um reactor de fusão contínua, com seus gases constituintes como “recipiente
de contenção” retido pelas forças gravitacionais. Várias reacções de fusão foram sugeridas para
fornecer a energia irradiada pelo sol. A consideração mais importante é o processo no qual o
hidrogênio (ou seja, quatro protões) se combina para formar hélio segundo a cadeia protão-protão:

41𝐻 → 22𝐻 + 2𝑒+ + 2 𝜈 𝑒 ( 4 MeV + 1 MeV) (1a)


1 1
21𝐻 + 22𝐻 → 23𝐻𝑒 + 2γ (5,5 𝑀𝑒𝑉) (1b)
1 1 2

23𝐻𝑒 → 4𝐻𝑒 + 21𝐻 (12,9 𝑀𝑒𝑉) (1c)


2 2 1
8

A energia produzida no interior da esfera solar à temperaturas de muitos milhões de graus deve ser
transferida para a superfície e depois irradiada para o espaço.

O sol é dividido basicamente em duas regiões: o interior e a atmosfera. O interior solar possui três
regiões diferentes: o núcleo, onde se produzem as reacções nucleares que transformam a massa
em energia através da fusão nuclear, a zona radiativa e a zona de convecção (convectiva). O
interior do Sol não é diretamente observável, uma vez que a radiação é completamente absorvida
(e re-emitida) pelo plasma1. Todas as características do sol e a sua relação com a Terra (Silva,
2006).

Tabela 1: Características do Sol


4.1.2 A Constante Solar
É devido à excentricidade da órbita da Terra que a sua distância ao Sol é variável. Segundo Duffie,
Beckman, & Bair (2020), a distância entre a Terra e o Sol varia em 1.7%.

À distância média Terra-Sol dá-se o nome de Unidade Astronómica, sendo esta de 1,495x1011,
esta varia de 1,471x1011 m (no periélio, em Janeiro) a 1,521x1011 m ( no afélio, em Julho).
Convém salientar que esta diferença nas distâncias não é a causa das estações do ano, as quais se
devem à inclinação de 23,5° do eixo de rotação da Terra com relação ao plano de sua órbita em
torno do Sol (Silva, 2006).

A radiação emitida pelo Sol e a sua relação espacial com a Terra resultam em uma intensidade
quase fixa de radiação solar fora da atmosfera terrestre.

A constante solar 𝐺𝑠𝑐, é a energia emitida pelo sol por unidade de tempo recebida em uma unidade
9

de área perpendicular à direcção de propagação da radiação na distância média Terra-Sol fora da


atmosfera (Duffie, Beckman, & Blair, 2020).

O valor da constante solar é estimado em 𝐺𝑠𝑐= 1367 W/𝑚2.

4.1.3 Distribuição Espectral da Radiação Extraterrestre


Conforme abordado no ponto 2.2, a energia do sol por unidade de tempo recebida em uma unidade
de área é conhecida como constante solar. Além do valor da constante solar, é importante conhecer
a distribuição espectral da radiação extraterrestre, ou seja, a radiação que seria recebida na
ausência da atmosfera.

O espectro da radiação é comumente dividido em três regiões principais em função do


comprimento de onda. Assim, para comprimentos de onda (λ) inferiores a 0.4µm é chamada
radiação ultravioleta (UV) (que significa “acima do violeta”). Para comprimentos de onda entre
0.4 e 0.73 µm encontra-se a radiação visível (VIS) e que representa uma pequena faixa do espectro
quando comparada com as outras faixas. A radiação com λ superior a 0.73µm é chamada de
radiação infravermelha (IR) (Barbirato, 2007; João, 2017).

Figura 3: Irradiância espectral extraterrestre na distância média Terra-Sol (Victória, 2008).


10

4.1.4 Variação da Radiação Extraterrestre

Era suposto, pois, que a radiação extraterrestre não variasse, uma vez que aparenta ser constante. Mas a
verdade é que, mesmo na tentativa de medir ou estimar o valor da constante solar não foi uma tarefa fácil,
diferentes cientistas propuseram valores diferentes, alguns com um erro provável de 1 a 2%. O valor da
constante solar apresentado aqui, foi adotado pelo Word Radiation Center (WRC) com uma incerteza da
ordem de 1%.

Duas fontes da variação na radiação extraterrestre devem ser consideradas:

 A primeira é a variação da radiação emitida pelo sol. (Duffie, Beckman, & Blair, 2020)
Comenta que existem relatos confiantes na literatura sobre variações periódicas da
radiação solar intrínseca. Como sugestão, tem se dado que existem pequenas variações
(menos de +/- 1,5%) com diferentes periodicidades e variações relacionadas às actividades
das manchas solares.
 A segunda fonte seria a distância Terra-Sol, no entanto, leva à variação do fluxo de
radiação extraterrestre na faixa de +/- 3,3%. Uma equação simples para a maioria dos
cálculos de engenharia é dada pela Equação 4a.
360𝑛
𝐺𝑠𝑐 (1 + 0,033 cos 365
) (2𝑎)

𝐺𝑜𝑛 = {𝐺𝑠𝑐(1,000110 + 0,034221 cos 𝐵 + 0,001280 sin 𝐵 + 0,00719 cos 2𝐵


+0,000077 sin 2𝐵) (2𝑏)

Onde 𝐺𝑜𝑛 é a radiação extraterrestre incidente no plano normal à radiação no enésimo dia do ano
(n parte de 1 até 365) e B é dado por

B = (n-1)360 (2c)
365

4.1.5 Direção da Radiação directa


As relações geométricas entre um plano de qualquer orientação particular em relação à Terra em
qualquer momento (se esse plano está fixo ou em movimento em relação à Terra) e a radiação solar
directa incidente, isto é, a posição do sol em relação a esse plano, podem ser descritas em vários
ângulos. Duffie, Beckman, & Blair (2020) descreve-os da seguinte maneira:

L Longitude: é a localização angular a oeste ou a leste de Greenwich Inglaterra, (−180° ≤ 𝐿 ≤


+180°).
11

Φ Latitude: é a localização angular ao norte ou ao Sul do equador, norte positivo; (−90° ≤ 𝚽 ≤


90° )

δ Declinação: é a posição angular do sol ao meio dia solar (quando o sol está no meridiano local)
em relação ao plano do equador, norte positivo; (−23,45° ≤ 𝛅 ≤ 23,45°).

A declinação δ pode ser calculada por meio da equação:

284+𝑛
𝛿 = 23,45 sin (360 ) (3)
365

4.1.6 Radiação Solar Disponível


Devido à diferentes factores, a radiação proveniente do Sol que atinge a atmosfera Terrestre é
muito reduzida em relação à total emitido por este. Fora isso, existem factores atmosféricos que
atenuam a radiação extraterrestre (assunto a ser abordado mais adiante). Com isso, à radiação que
consegue chegar até à superfície é denominada radiação disponível. É esta radiação que pode por
nós ser aproveitada para diferentes fins.

4.1.7 Atenuação da radiação solar pela atmosfera


A radiação solar em incidência normal recebida na superfície da Terra está sujeita a variações
devido à mudança na radiação extraterrestre e a dois fenômenos adicionais e mais significativos,
tais fenómenos se verificam quando os raios de luz colidem com as nuvens ou com o vapor de
água existente na atmosfera (Duffie, Beckman, & Blair, 2020) (Victória, 2008). Estes fenómenos
são:

Espalhamento atmosférico por moléculas de ar, agua e poeira e Absorção atmosférica por oxigênio, água
e dióxido de carbono.

A dispersão da radiação à medida que passa pela atmosfera é causada pela interação da radiação
com moléculas de ar, água (vapor e gotículas) e poeira. O grau de espalhamento é uma função do
número de partículas através das quais a radiação deve passar e do tamanho das partículas em
relação ao λ, o comprimento de onda da radiação. O caminho da radiação através das moléculas
de ar é descrito pela massa de ar.

A radiação que chega à superfície terrestre pode ser classificada como directa e difusa.
12

Quando uma onda de luz atinge uma superfície lisa que separa dois meios, ambos transparentes
(como o ar e o vidro), em geral a onda é parcialmente reflectida e parcialmente transmitida para o
outro material (Young & Freedman, 2016).

A absorção da radiação na atmosfera no espectro de energia solar é devida em grande parte ao


ozônio no ultravioleta e ao vapor de água e dióxido de carbono nas faixas do infravermelho.

Figura 4: Radiação Solar Global e as suas Componentes (Portal Energias Renováveis)

4.1.8 Radiação Directa

Embora haja atenuação da radiação, grande parte da radiação é transmitida directamente e alcança
a superfície terrestre em feixes aproximadamente paralelos, como se verifica ao olhar-se
directamente para o Sol. Portanto, a radiação directa é aquela que se recebe na superfície terrestre
sem ter sofrido nenhum dos processos antes mencionados ao passar pela atmosfera. Esta é medida
por meio de instrumentos denominados Pireliómetros (Victória, 2008).

A radiação solar directa pode apresentar forte fluxo direcional. Por incidir de forma directa, torna-
se mais energética ao atingir a superfície, podendo ser mais bem aproveitada em sistemas de
conversão energética como colectores e concentradores solares (Fernando, Calça, Raneiro, & Pai,
2019).
13

4.1.9 Radiação Difusa

Esta tem origem devido ao espalhamento dos raios solares incidentes em algum tipo de partícula,
suspensa na atmosfera. Dos dois tipos de espalhamentos mais gerais um deles é aquele produzido
por partículas de tamanho muito pequeno, comparado ao comprimento de onda (Rayleigh) e o
outro, aquele produzido por partículas de tamanho comparável ou maior que o comprimento de
onda (Mie).

As moléculas gasosas de ar, principalmente oxigênio e nitrogénio, são os maiores espalhadores de


Rayleigh e dominam a forma de espalhamento nos casos de atmosferas claras e livres de
turbulência. Para as atmosferas túrbulas, as partículas de aerossóis espalham fortemente e o
espalhamento de Mie chega a ser tão importante quanto o Rayleigh em comprimentos de onda no
azul e no UV.

Os efeitos do espalhamento Rayleigh por molécular de ar e absorção por 𝑂2, 𝐻2𝑂 e 𝐶𝑂2, na
distribuição espectral da irradiância do feixe são mostrados na figura 4.

Diz-se que a radiação difusa é a radiação solar recebida do sol após sua direcção ter sido alterada
devido à dispersão pela atmosfera, ou ainda, que a radiação difusa é a que se recebe depois de ter
mudado sua direcção pelos processos de refração que ocorrem na atmosfera (Victória, 2008).

Figura 5: Efeitos do espalhamento Rayleigh (Duffie, Beckman, & Blair, 2020).


14

4.1.10 Índice de Claridade


O índice de claridade 𝐾𝑡 é um indicador das condições de transmissão atmosférica. Os valores de
𝐾𝑡 tendem a zero em dias completamente nublados, e em um dia completamente clano tendem a
1. Este é dado por:

H
Kt = (4)
H0

Onde H é a irradiação solar global diária e H0 é a irradiação solar global extraterrestre diária, no
plano horizontal (Victória, 2008).

O índice de claridade média mensal ̅𝐊̅ 𝐭 , é a razão da média mensal diária da radiação em uma
̅ e a radiação extraterrestre diária média mensal ̅𝐇̅𝟎̅
superfície horizontal 𝐇

̅ = 24𝑥3600𝐺𝑠𝑐 (1 + 0,033 cos 360𝑛) 𝑥 (cos 𝛷 cos 𝛿 sin 𝜔


𝐻 +
𝜋𝜔𝑠
sin 𝛷 sin 𝛿) (5)
0 𝜋 365 𝑠 180

e 𝜔𝑠 é dado por 𝜔𝑠 = cos−1[− tan 𝛷 tan 𝛿]. (5a)

̅𝐇
̅𝐊̅= (5b)
𝐭 ̅𝐇̅𝟎̅

4.1.11 Massa de Ar (AM)


A razão entre a massa da atmosfera através da qual a radiação directa passa e a massa pela qual
passaria se o sol estivesse no zênite (isto é, directamente sobre a cabeça do observador). Assim,
ao nível do mar m=1 quando o sol está no zênite e m=2 para um ângulo de zênite 𝚹z de 60°. Para
ângulos zenitais de 0°a 70°ao nível do mar, para uma aproximação próxima:

1
𝐴𝑀 = . (6)
cos 𝚹z
15

Em Victória (2008) encontramos uma tabela de massas de ar e a seguinte equação:

AM𝑟𝐾 = [cos 𝚹z + 0,50572(96,07995 − 𝚹z)−1,6364]−1 (6a)

Esta fórmula tem uma exatidão superior a 0,1% para ângulos de zênite menores que 86°e um erro
de máximo de 1,25% para 𝚹z=89,5°. Esta equação é aplicável para uma pressão de 1013,25 mbares
no nível do mar. Na Tab. 2 são ilustrados os valores de massa de ar para alguns ângulos de zênite.

Tabela 2: Valores da massa de ar para diferentes ângulos de zênite (Victória, 2008).

A radiação solar directa pode apresentar forte fluxo direcional. Por incidir de forma directa, torna-
se mais energética ao atingir a superfície, podendo ser mais bem aproveitada em sistemas de
conversão energética como colectores e concentradores solares (Fernando, Calça, Raneiro, & Pai,
2019).

4.1.12 Componentes Directa e Difusa da Radiação Mensal


Para o estudo do comportamento da radiação solar numa dada região, importa conhecer métodos
para estimar as fracções da radiação horizontal total, que são difusa e directa (Duffie, Beckman,
& Blair, 2020).

A fracção difusa média mensal ̅H̅𝑑 pode ser determinada por meio de: Para 𝜔𝑠 ≤

81.4° 𝑒 0.3 ≤ ̅K̅𝑡 ≤ 0.8


̅H̅𝑑̅ 2 3
=1.391-3.560 ̅K̅+ 4.189̅K̅ − 2.137̅K̅ (7a)
̅
H 𝑡 𝑡 𝑡

Para 𝜔𝑠 > 81.4° 𝑒 0.3 ≤ ̅K̅𝑡 ≤ 0.8


̅H̅𝑑̅ 2 3
=1.311-3.022 ̅K̅+ 3.427̅K̅ − 1.821̅K̅ (7b)
̅
H 𝑡 𝑡 𝑡

Para se calcular desta forma a radiação directa recore-se portanto à equação:


16

H =Hb + Hd (7c)

4.1.13 Instrumentos usados para medição da Radiação Solar Disponível


Os instrumentos para medir a radiação solar são de dois tipos básicos:

Um pireliómetro é um instrumento que usa um detector colimado para medir a radiação solar e de
pequena porção do céu ao redor do sol (ou seja, a radiação directa) em incidência normal.

Um piranómetro é um instrumento para medir a radiação solar hemisférica total (directa e difusa),
geralmente em uma superfície horizontal. Se sombreado da radiação directa por um anel ou disco
de sombra, um piranómetro mede a radiação difusa.

Além disso, os termos solarímetro e actinómetro são encontrados: um solarímetro geralmente pode
ser interpretado como o mesmo que um piranómetro, e um actinómetro geralmente se refere a um
pireliómetro (Duffie, Beckman, & Blair, 2020).

4.1.14 Pireliômetros e Escalas Pireliométricas

Os instrumentos de radiação solar padrão e secundário são os pireliómetros. Os pireliómetros


padrão não são fáceis de usar, e foram criados instrumentos padrão secundários que são calibrados
em relação aos instrumentos padrão (Duffie, Beckman, & Blair, 2020).

Os piranómetros são instrumentos especialmente concebidos para a medição regular e contínua da


radiação global entre 0.3 µm e 3.0 µm.

O piranómetro espectral de precisão Eppley (PSP) utiliza um detector de termopilha, duas


coberturas de solo opticamente hemisféricas concêntricas e compensação de temperatura que
resulta em dependência de temperatura de 0.5% de -20 a +40C.

Figura 6: O Eppley PSP (Duffie, Beckman, & Blair, 2020)

Um piranómetro produz uma voltagem dos detectores de termopilha que é uma função de radiação
incidente. É necessário utilizar um potenciômetro para detectar e registrar esta saída. Os dados de
17

radiação geralmente devem ser integrados durante algum período de tempo, como uma hora ou um
dia. A integração pode ser feita por meio de planimetria ou por integradores electrônicos. Estima-
se que, com o uso cuidadoso e calibração razoavelmente frequente do piranómetro, as medições
de radiação devem se boas dentro de +5%; erros de integração aumentariam esse número.

Figura 7: Piranômetro com anel de sombreamento para eliminar a radiação directa (Duffie, Beckman, & Blair, 2020).

4.1.15 Medição da Insolação


Acima falamos dos instrumentos usados para medir a radiação solar em uma dada superfície, mas,
o que sucede é que estes instrumentos não são de fácil aquisição, pelo que torna-se necessário
quando se quer tratar de um estuda da radiação solar tratar de um componente de importância
elevara.

4.1.16 Insolação

Quissico, 2005, define-a como sendo a duração de Sol descoberto. Neste caso, a insolação diária por
exemplo, é o número de horas de sol descoberto desde o nascer até o pôr do sol. A insolação média
num dado local é um dos factores que determinam o clima desse local. A unidade usada para
insolação é o segundo ou a hora.

5 CAPÍTULO V: APLICAÇÕES
Voltando aos objectivos deste trabalho, verifica-se que se tem em primeira instância como
prioridade o estudo do comportamento da radiação solar em Moçambique, para que, se sabendo
qual é o comportamento da radiação solar poder-se avaliar as diferentes formas de aproveitamento
desta, focando-se principalmente nas condições actuais do país.

É obvio que para um país como Moçambique, que não foi afectado pela revolução industrial, uma
das grandes prioridades quando se fala do aproveitamento da radiação solar é a geração de
electricidade, pois esta continua sendo uma grande ansiedade para muitos. Energia para todos é o
que o governo de Moçambique tem vindo a cantar nestes últimos anos. Mas para além desta via
existem outras diversas formas de aproveitamento da radiação solar disponível no território
Moçambicano.
18

5.1 Tecnologias de Aproveitamento


5.1.1 Aproveitamento Térmico
Um dos aproveitamentos da radiação solar é a geração da energia térmica. A energia térmica tem
uma fundamental importância em diversas áreas, tais como no aquecimento de água, aquecimento
de ambientes, secagem de sementes bem como no crescimento de certas culturas por meio de
estufas.

A radiação solar que passa pela atmosfera é de ondas curtas, ela converte-se em energia térmica
devido à sua interação com a matéria, convertendo-se desta forma na radiação de ondas longas,
comomente emitida pela Terra à atmosfera. O vidro é transparente à radiação de ondas curtas, mas
em contrapartida, é opaco para as ondas longas, pelo que, tem sido este um principal componente
quando se trata do aproveitamento térmico, pois ele possibilita a acumulação da radiação em uma
certa região.

5.1.2 Aquecimento de água


Esta é a primeira de um conjunto de aplicações da energia térmica. O aquecimento solar pode ser
usado para o abastecimento de água quente doméstica ou institucional.

São de dois tipos básicos os sistemas de abastecimento de água. O primeiro é conhecido como
aquecedor de água passivo (também chamado de circulação natural ou termofissão), o segundo
é conhecdo como aquecedor de água activo (também chamado de circulação forçada).

Figura 12: Sistema de Circulação Natural


Uma vez que a temperatura de Moçambique é em média elevada, isto é, não há problemas de
congelamento, o sistema que pode ser utilizado é o de um aquecedor passivo. Neste sistema, o
tanque está localizado acima do colector e a água circula por convecção natural sempre que a
energia solar no colector adiciona energia à água na perna do colector e assim estabelece uma
diferença de densidade.
19

5.1.3 Secagem
A secagem é um processo físico que consiste na eliminação de água por evaporação, de modo a
melhorar a conservação de um produto. É um dos métodos mais antigos de conservação de
alimentos e surgiu quando os povos primitivos observaram que as sementes das plantas, com que
se alimentavam, se conservavam por mais tempo depois de expostas ao sol. A partir daí começaram
a secar ao sol outros alimentos, nomeadamente carne, peixe e os próprios grãos. A secagem
permite:

 Estabilizar a actividade microbiológica e reduzir as reacções químicas e enzimáticas


devido à diminuição da actividade da água;

 Dispor do produto durante todo o ano;

 Reduzir o peso dos produtos e consequentemente os custos de transporte e de


armazenamento.

A conservação dos produtos secos é feita em locais frescos e secos e na ausência de luz, não
necessitando de cadeias de frio como acontece com outros processos de conservação, pelo que pode
ser utilizado em países com fracos recursos económicos, como é o caso de Moçambique.

Tradicionalmente os alimentos eram colocados no solo, nos tectos das habitações ou em tabuleiros,
os quais recebiam a radiação directa do sol. Os alimentos ficavam expostos às intempéries, às
poeiras e aos insectos, o que não favorece a qualidade do produto final. Nos últimos anos, têm-se
realizado numerosos trabalhos sobre o desenvolvimento e optimização de secadores solares de
modo a obviar estes problemas (Ferreira & Candeias, 2005).

5.1.4 Tratamento de água para consumo

O abastecimento de água potável para as necessidades humanas é um dos problemas mais


acentuados de muitos países em desenvolvimento, visto que estes não possuem recursos
suficientes para fornecer água potável para todas as comunidades. Nestes países ainda existem
comunidades que consomem águas dos rios e dos poços sem nenhum tratamento.

Moçambique enfrenta sérios problemas com a alta incidência de doenças relacionadas com o
consumo de água contaminada e falta de saneamento básico, sendo mais afectada a população que
vive em bairros suburbanos das grandes cidades e em zonas rurais.
20

5.1.5 Aproveitamento Eléctrico

O Governo de Moçambique assumiu o compromisso de providenciar energia de qualidade,


acessível e sustentável a todos os Moçambicanos até 2030, tendo para esse propósito lançado o
Programa Energia para Todos.

Moçambique tem um recurso solar abundante e inexplorado que poderia ser aproveitado à escala
de utilidades, bem como fotovoltaico residencial para a electrificação da rede, tanto dentro como
fora da rede.

Moçambique apresenta uma radiação elevada e consistente ao longo do território, com destaque
para as províncias de Tete e Cabo Delgado, o que faz com que o sol seja o recurso renovável mais
abundante em Moçambique. No anexo D.2 é ilustrado o mapa que indica o potencial fotovoltaico
para Moçambique. As zonas marcadas na sombra mais escura mostram o potencial mais elevado.

De acordo com o Atlas, em Moçambique, as províncias de Maputo e Tete são as que apresentam
maior potencial para projectos solares ligados à rede, essencialmente devido à robustez das infra-
estruturas de transporte.
21

6 CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Análise dos dados


O estudo aqui apresentado foi feito com base nos dados de insolação apresentados por Quissico,
2005 e posteriormente comparados com os obtidos por outros autores.

A análise feita para os dados obtidos por meio do método de Ángstron bem como a dos dados
medidos, apresentados por Quissico, 2005, Cuamba, et al., 2006 e de Melo, 2003, mostra-nos que
em média ao longo dos anos a radiação directa tem valores superiores que a radiação difusa (
Anexos B.3 e B.4). Na figura 9 é ilustrada uma comparação da rediação directa e a difusa em
função das estações.

Ainda sobre os dados, no anexo B.2 são apresendados não só os dados estimados mas também os
dados medidos, estes foram retirados do trabalho feito por Cuamba, et al., 2006, que são os dados
referentes à: Maputo, Maniquinique, Beira, Pemba, Chimoio e Lichinga. Os dados restantes dados
medidos lá apresentados foram retirados do trabalho de Melo, 2003.

6.1.1 Radiação Global


Pelo facto de não ter dados da radiação global medida para todos os pontos aqui considerados, a
análise é feita por meio da observância dos dados estimados, estes se encontram no Anexo B.2.
Com base nos dados estimados obtidos por meio da equação 8, os valores mais baixos da radiação
global foram registados nas estações de Inhambarne (5.3kWh/m^2/dia), Chimoio (5.2
kWh/m^2/dia) e Lichinga (5.0 kWh/m^2/dia) que representa a média mínima, igualmente
(Cuamba, et al., 2006) encontrou para esta estação o seu valor mínumo, tendo sido de 5.2
kwh/m2/dia. Isto ocorre devido ao efeito da nebulosidade que aumenta de sul para o Norte, do
interior para a costa. Os máximos da radiação global são visíveis para Maputo, Chokwé, Tete (este
ponto apresenta o máxima de 6.2 kwh/m2/dia) e Pemba, isto ocorre devido à diminuição da
nebulosidade. Em todas as estações, os valores globais de radiação solar aumentam do inverno
para o verão, registando os valores mínimos no mês de Junho e em média os valores máximos
tedem a estar no mês de Dezembro. Estas informações são apresentadas graficamento no anexo
C.1.

A radiação global estimada para Moçambique é em média de 5.6 kwh/m2/dia, este valor está muito
próximo do obtido por (Cuamba, et al., 2006) de 5.7 kwh/m2/dia , pelo que dentro de um ano,
Moçambique conta com um estimado valor de 2044 kWh/m^2. Na região sul é de 5.8 kwh/m2, na
22

região Centro é de cerca de 5.7 kwh/m2.e na região Norte é de 5.4 kwh/m2.

Figura 9: Radiação Global

Uma outra comparação feita por cada região está apresentada no Anexo C.1.

6.1.2 Comparação da Radiação Extraterrestre com a radiação Global


Em capítulos anteriores foi discutido o facto da atmosfera alterar a quantidade da radiação que chega
no seu topo, esta alteração ocorre devido aos fenómenos de absorção e espalhamento da radiação
por partículas que se encontram na atmosfera. Observando-se o anexo A.1, nota-se que a radiação
extraterrestre aumenta do sul para o norte, isto deve ser pelo facto destas zonas se encontrarem
mais próximas à linha do equador.

A radiação que incide sobre a atmosfera em Moçambique é em média de 9.5 kwh/m2/𝑑𝑖𝑎, com
isso pode-se notar que desta radiação 60% em média é que consegue atingir a superfície. Na região
sul temos cerca de 63 % , na região Centro temos 59.3 % e por fim na região Norte temos 55.1%.
O gráfico abaixo melhor ilustra este fenómeno.

Figura 10: Comparação da Radiação Global Com a Atmosférica

6.1.3 Radiação Difusa e Directa

Os dados da radiação difusa e directa apresentados nos anexos B.3 e B.4 foram obtidos por meio
das equações 7a, 7b e 7c.
23

Conforme se pode observar, a estação de Maniquenique é que apresenta maior porção da radiação
directa seguida por Tete.

A radiação difusa para Moçambique é em média de 1.7 kwh/m2. Na região Sul é de 1.8 kwh/m2,
na região Centro e Norte é de 1.6 kwh/m2. Quanto à radiação directa, Moçambique conta em média
com 3.8 kwh/m2. Na região sul temos 3.9 kwh/m2, na região Centro temos 3.5 kwh/m2 e por fim
na região Norte temos 3.3 kwh/m2.

Figura 11: Comparação da Radiação Directa e Difusa


24

7 CAPÍTULO VI: Consideracoes finais


Embora não tenha sido possível o acesso aos dados da radiação global e difusa medidas para anos
mais próximos deste (2022), foi possível por meio dos dados da insolação apresentados por
Quissico, 2005, para um intervalo de 30 anos (1970-2000) apresentar os dados estimados. Para o
mesmo período foi feito um estudo similar por Cuamba, et al., 2006, foi com base nestes dois
estudos que foi possível analisar os dados que foram aqui obtidos.

Em média, a radiação global que atinge a superfície horizontal em Moçambique tem um valor de
5.6 kwh/m2/dia, sendo a mínima de 5.0 kwh/m2/dia, registada em Lichinga e a máxima de 6.4
kwh/m2/dia, registada em Tete. Os dados mostram que da radiação que atinge a superfície da
atmosfera, 60 % consegue chegar até a superfície. As regiões que apresentam os valores mínimos
da radiação tem como principal factor o aumento da nebulosidade, mesmo assim a radiação global
mostra-se crescente à media que se vai para o norte, pois assim era suposto pois esta deve aumentar
na medida que se aproxima do equador.

Visto que Moçambique conta com um recurso solar intenso, diversas formas de aproveitamento
tornam-se possíveis. Foram mensionadas algumas formas de aproveitamento deste recuro, tendo
sido de destaque para o aproveitamento térmico o aquecimento de água para fins doméstico bem
como o uso da energia solar térmica para a secagem de sementes e frutos, o que seria de grande
ajuda.

Mas para além do aproveitamento térmico, um outro, que é até então o principal, foi aqui citado,
trata-se o aproveitamento da energia solar disponível para geração de electricidade. Este é um dos
grandes desafios do governo Moçambicano, pelo que este vasto recurso torna-se eficaz pela sua
forma de abragência, podendo desta forma ser explorada por meio de mine-redes para locais que
se encontrem muito distante da rede nacional, bem como pode-se ingetar na rede eléctrica
nacional.
25

8 Referências bibliográficas
Barbirato, G. M. (2007). Clima e Cidade: a abordagem climática como subsídio para
estudos urbanos. Maceió/AL.
Barreto, M., & Fernandes, P. B. (2013). Atlas das energias renováveis de Moçambique:
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Ferreira, A., & Candeias, M. (Janeiro de 2005). Secagem solar de frutos e plantas
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