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1
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO – IFMA
CAMPUS SÃO LUÍS MONTE CASTELO
DIRETORIA DE ENSINO SUPERIOR
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA – DAQ
QUÍMICA ORGÂNICA I
Organização:
Prof.º Dr. Fernando José Costa Carneiro
São Luís
2011
SUMÀRIO
1. Introdução à química orgânica................................................................................... 5
1.1. Introdução. ....................................................................................... ......................... 5
1.2. Histórico..................................................................................................................... 7
1.3. Principais Objetivos da Química Orgânica...................................... ......................... 8
1.4. Importância da Química Orgânica. .................................................. ......................... 8
1.5. Formação de Compostos Orgânicos. ............................................... ......................... 9
1.6. Classificação do carbono. ................................................................ ......................... 9
1.7. Divisões da Química Orgânica. ....................................................... ....................... 10
2. Teoria estrutural da química orgânica. .................................................................... 12
2.1. Ligações covalentes mais simples ........................................................................... 12
2.2. Orbitais atômicos e moleculares. ..................................................... ....................... 13
2.3. A regra do octeto.............................................................................. ....................... 15
2.4. Geometria molecular........................................................................ ....................... 15
2.5. Formas espaciais moleculares.......................................................... ....................... 16
2.6. Efeito dos elétrons não ligantes nos ângulos de ligação. ................. ....................... 17
2.7. O conceito de hibridização .............................................................. ....................... 18
2.8. Orbitais híbridas: sp3........................................................................ ....................... 18
2.9. Orbitais híbridas: sp2........................................................................ ....................... 19
2.10.Orbitais híbridos: sp........................................................................ ....................... 19
2.11.Ligações π deslocalizadas. .............................................................. ....................... 20
3.1. Escrevendo as estruturas de Lewis .................................................. ....................... 22
3.2. Carga formal. ................................................................................... ....................... 24
3.3. Ligações covalentes polares............................................................. ....................... 25
3.4. Forças intermoleculares. .................................................................. ....................... 27
3.4.1.Dipolo-dipolo......................................................................................................... 27
3.4.2.Ligações de hidrogênio. ....................................................................................... 27
3.4.3.Forças de Van der Waals (London ou de dispersão). ............................................ 28
3.5. Estrutura e propriedades físicas. ...................................................... ....................... 29
3.6. Ponto de fusão. ...................................................................................................... 29
3.7. Ponto de ebulição. ................................................................................................. 30
3.8. Solubilidade. .................................................................................... ....................... 31
3.8.1.Solutos não iônicos. ............................................................................................... 31
Ou estas?
(a) (b)
Figura 2: (a) Criação da vida. Fonte: http://img137.imageshack.us/img137/6236/ventrematernovm5.jpg. (b) Avanços da medicina. Fonte:
(b)
veja.abril.com.br/.../imagens/carta_leitor1.jpg
Substância mais
Manifestação Conceito
associada
Figura 5. Paixão Fonte:
Desejo ardente por Testosterona (aumento da libido
Luxúria http://1.bp.blogspot.co
sexo – desejo sexual)
m/_l92GJGBs8hI/TPu
Altos níveis de dopamina e WKIlTWqI/AAAAAA
norepinefrina (noradrenalina):
AAAu0/saZ_g_JLD1I/s
ligadas à inconstância,
exaltação, euforia, e a falta de 1600/domingo_da_paix
Amor no estágio sono e de apetite. ao.gif
de euforia,
Atração envolvimento Baixos níveis de serotonina:
emocional e tendo em vista a ação da
romance serotonina na diminuição de
fatores liberadores de
gonadotrofinas pela hipófise,
quanto mais serotonina menos
hormônio sexual.
Ocitocina (associada ao aumento
Atração que evolui do desejo sexual, orgasmo e
para uma relação bem-estar geral) e vasopressina
Ligação
calma, duradoura e (ADH), associada à regulação
segura. cardiovascular, atuando no
controle da pressão sangüínea.
("O petróleo é demasiado valioso para ser queimado." Carlos Corrêa). reação. Fonte:
http://www.agracadaqui
Os diferentes compostos orgânicos apresentam similaridades mica.com.br/imagens/arti
Capítulo 2
Teoria estrutural da Química Orgânica
C O
H
Tetravalente Divalente Monovalente
(Forma 4 ligações) (Forma 2 ligações) (Forma 1 ligação)
Como pudemos observar cada átomo tem a sua valência. O
carbono, por exemplo, pode usar uma ou mais valências para formar
ligações. Os tipos de ligações que podem ser formados por ele
também são diferentes. Ele pode formar ligações simples, duplas ou
triplas. Ex:
H2 H2 H2 CH2 CH3
H3C H
C C H 3C C C
C C C
CH2
CH3 C CH3
H2 H2 H H2 CH3
Figura 5. Orbital p.
Fonte:http://images2.wikilingue.com/5/58/Es-
Orbital_p.png
Pesquisar: Quais
tipos de átomos
apresentam os
orbitais d, e os f?
Quais destes átomos
estão presentes nos
organismos dos
seres vivos?
(a) (b)
Figura 6. Orbitais (a) d e (b) f. Fonte: http://www.cq.ufam.edu.br/historia_orbitais/orbitais.JPG
(a)
(b)
Figura 7. Orbitais atômicos na mesma fase (a) e em fases diferentes (b). Fonte:
http://www.grandinetti.org/Teaching/Chem121/Lectures/MOTheory/assets/PartialInterference.gif
orbitais s e p que lhes deram origem, sendo por isso mais estáveis.
Estas quatro orbitais, sendo todas iguais, dispor-se-ão no espaço de
Capítulo 3.
Efeitos eletrônicos
O 2-
H H
C
O C C
O
H H H C C H
S 4O 2e־
H C H
H C H
http://4.bp.blogspot.com/_WWaXz2
H
O
H
FWJ_A/SSas9Jg7iHI/AAAAAAAA
ACI/NBHJUpr4Ppg/s320/image008
.jpg
PARA PESQUISAR:
Por que a água (H2O) é
líquida e o H2S, H2Se e
H2Te são gases? Se a
Figura 12: Forças intermoleculares. fonte http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/images/intermolecular/inter_dna.jpg
água não fosse líquida
3.4.3. Forças de Van der Waals (London ou de dispersão). existiria vida? Quais
3.8. Solubilidade.
3.8.1. Solutos não iônicos.
Quando se dissolve um sólido num líquido (ou um líquido em
outro), as unidades estruturais do primeiro – íon ou molécula –
3.9.apróticos.
Figura 26: Solventes Efeitos eletrônicos.
Fonte; Efeitos polares.
http://1.bp.blogspot.com/_8xWGBX1SLbQ/SfhabAvK02I/AAAAAAAAACk/QW5kLZEvYBI/s400/10.bmp
Prof.
Figura 27:Dr.
EfeitoFernando Carneiro
indutivo. Fonte; http://reocities.com/Vienna/choir/9201/estabilidade_dos_carbocations.gif
Química Orgânica I (UAB-EAD) Introdução à Química Orgânica
34
Ordem de estabilidade dos carbocátions:
terciário>secundário>primário>metila. Quanto maior o número de
grupos alquila, tanto mais estável será o carbocátion. A doação de
elétrons dispersa a carga, estabiliza o íon. Grupos alquilo cedem
elétrons.
Um substituinte retirador de elétrons tende a intensificar a carga
positiva no carbono falto de elétrons e, por conseguinte torna o
carbono
+ mais instável.
C C C C
O O O O O O O 1/2
1/2 O
I II III
CH3 CH OH CH3 CH OH
CH3 CH2 OH
Essa não é uma estrutura de Lewis apropriada
porque o carbono CH2 tem 5 ligações.
• Ocorre estabilização por ressonância.
• Quanto mais estável uma estrutura maior sua contribuição para
o híbrido.
(a) Quanto mais ligações covalentes, mais estável a estrutura.
IV V
A estrutura IV é mais estável porque possui mais ligações covalentes.
(b) Estruturas com octeto completo são mais estáveis.
VI VII
A estrutura VII é mais estável, pois tem todos os carbonos com 8
elétrons enquanto que a VI tem um Carbono com 6 elétrons.
(c) Separação de cargas diminui a estabilidade.
CH2 CH Cl CH2 CH Cl
VIII IX
A estrutura VIII é mais estável porque, diferentemente da IX, não
possui separação de cargas.
(d) Cargas negativas em átomos eletronegativos são mais estáveis
que cargas negativas em átomos pouco ou não eletronegativos.
Cargas positivas em átomos eletronegativos são menos
estáveis que cargas positivas em átomos não eletronegativos.
X XI XII
A X é a mais estável porque não tem separação de cargas e possui o
octeto completo. Em seguida vem a XI que possui carga positiva em
átomo não eletronegativo e Carga negativa em átomos eletronegativo.
Capítulo 4
Força das bases e dos ácidos orgânicos.
II
O grau de acidez depende essencialmente do átomo que se
encontrar ligado ao H e, em particular, da capacidade desse átomo
para acomodar o par de elétrons deixado na situação de não
compartilhado pela partida do íon hidrogênio. A capacidade do átomo
para reter o par de elétrons parece depender de diversos fatores, entre
os quais se incluem (a) a eletronegatividade, (b) o tamanho.
Assim, em determinada linha do quadro periódico, a acididade
aumenta à medida que cresce a eletronegatividade.
Tabela 1. :Eletronegatividade. Fonte: Química Orgânica. Solomons & Fryhle, 8ª edição, 2005.
O metanídeo (H3C—), por apresentar um átomo de carbono que
é pouco eletronegativo, tem uma capacidade baixa em acomodar uma
carga negativa, sendo então uma base forte.
Em determinada coluna, a acidez aumenta conforme o tamanho
da molécula aumente. Isto é devido à melhor capacidade do átomo de
estabilizar a carga formada conforme se aumente seu raio atômico.
F F
F B + (C 2H5)2O (C 2H5)2O B F
F F
Figura 7. :Ácidos e bases de Lewis. Fonte: Química Orgânica. Solomons & Fryhle, 8ª edição, 2005.
HC CH Na HC C Na + 1/2H2
+
Acetileto de sódio
+ -
HC CH + Li NH2 HC C Li + NH3
Energia
Energia potencial
potencial
-
RO + H+
ROH
RO- + H+
-
RCOO +H+
ROH
RCOOH
Marcha da reação Marcha da reação
Observe como a estabilização do íon do ácido é maior do que a
do álcool. Isto é um indicativo que a acidez dos ácidos é bem maior
que a dos alcoóis.
O
O
OH
OH
Figura 11. :Compostos alfa carbonílicos (Acidez). Fonte: Química Orgânica. R. Morrison & R. Boyd, 5ª edição, 1991.
O grupo carbonilo influencia assim a acidez dos átomos de
hidrogênio α da mesma forma que influencia a acidez dos ácidos
carboxílicos: contribuindo para alojar a carga negativa do ânion.
Figura 12. :Compostos alfa carbonílicos (ressonância). Fonte: Química Orgânica. R. Morrison & R. Boyd, 5ª edição, 1991.
Figura 12. :H alfa em uma cetona. Fonte: Química Orgânica. R. Morrison & R. Boyd, 5ª edição, 1991.
Os mesmos
Figura 13. : Basicidade efeitos
de aminas. Fonte: queOrgânica.
Química foramR.estudados
Morrison & R.para osedição,
Boyd, 5ª ácidos1991.valem
Figura 14. : Estrutura e basicidade de aminas. Fonte: Química Orgânica. R. Morrison & R. Boyd, 5ª edição, 1991.
Capítulo 5
Estereoquímica
5. Estereoquímica.
5.1. Introdução.
Dentro do vasto mundo da Química Orgânica existem
compostos que são muito parecidos em suas fórmulas e até formas
moleculares, mas que são bem diferentes quanto às propriedades
Químicas e Físicas, são os chamados isômeros. Isômeros são
compostos diferentes que têm a mesma fórmula molecular. Isômeros
constitucionais apresentam conectividade diferente. Ex
polaróide (Prisma de Nicol). Substância oticamente ativa é toda aquela polarizada. Fonte:
http://3.bp.blogspot.com/_aCKsC69
que produz rotação do plano da luz polarizada. GTcY/S_LKf4IntSI/AAAAAAAA
AEw/4BAv6o1l7i0/s400/U.gif
5.3. Polarímetro.
Aparelho usado para detectar a rotação da
luz plano polarizada.
O polarímetro consta de uma fonte
luminosa, de duas lentes polaróides e de um
tubo, onde se coloca a substância cuja atividade
se pretende medir, e que se interpõe entre as
lentes. A luz passa sucessivamente através da
primeira lente (polarizador), através do tubo
com a substância, através da segunda lente
(analisador) e atinge finalmente a vista do
Figura 6. Esquema do polarímetro. Fonte:
observador.
http://www.qca.ibilce.unesp.br/BNR/polarim1.jpg
Figura 14. Efeitos biológicos nas moléculas de enantiômeros da noradrenalina.. Fonte: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/03/quiral.pdf
O
predomínio de um enantiômero.
O
C
H
C
H
O
3
F
O
C
H
C
H
lípase
2
3
F
C
H
3
C
H
3
C
H
3
C
H
C
H
3
3
C
H
C
H
3
Cis Trans
1,3 dimetil-cicloexano
Este composto não apresenta nenhum carbono assimétrico, entretanto
existe como isômero cis-trans. Não tem quiralidade. As fórmulas cis-
trans são diastereômeros
C
H
C
H
C
H
C
H
3
Me Me
Me Me
C
H
superposto nem após a inversão do anel.
C
H
C
H
3
3
M
e
M
e
C
H
3
M
e
M
e
e
M
e
M
eM
e
M
e
Cis São interconversíveis. Trans
São enantiômeros.
Têm 2 carbonos esterogênicos (2n; 22 = 4). Só existem 3 porque
o cis pode ser superposto após a inversão do anel.
5.16. Resolução.
Método Pasteur: Catação. Pouco usado.
Métodos atuais:
Mistura racêmica reagindo com um enantiômero de um composto.
Ex: R/S + S → RS + SS (Diastereômeros: Propriedades físicas
diferentes).
Enzimas. Ex: R/S + E → ER + S (Propriedades físicas diferentes).
Cromatografia quiral (Coluna quiral).
5.17. Compostos com centros estereogênicos diferentes do
Carbono.
Qualquer átomo tetraédrico com 4grupos diferentes (Si, Ge/4A).
Sulfóxidos: O par eletrônico é contado como grupo. Exceção das
aminas.
CH2CH3 CH2CH3
H3C Si H3C N
CH2Br CH2H
OH Br
Capítulo 6
Comportamento e mecanismo das
reações fundamentais da química
orgânica
A:B · ·
A + B (Homólise)
http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensme
dio/quimica/ligquim1.gif.
+
A:B A + B:¯ (Heterólise)
Por heterólise simples uma molécula neutra produz um íon
positivo e um íon negativo. A separação destas cargas opostas exige
bastante energia, logo as energias heterolíticas são maiores que as
homolíticas, que produzem espécies neutras. Em fase gasosa dá-se
mais rapidamente o mais fácil: homólise, já em um solvente ionizante
o preferido é a heterólise.
Tabela 1: Energia de dissociação homolítica. Fonte: Química Orgânica. R. Morrison & R. Boyd, 5ª edição, 1998.
Tabela 2: Energia de dissociação heterolítica. Fonte: Química Orgânica. R. Morrison & R. Boyd, 5ª edição, 1998.
Figura 2: Estrutura dos carbocátions e carbânions. Fonte: Química Orgânica. N. L. Allinger et al., 2ª edição, 1991
6.3.1. Carbocátions.
Carbocátions tem vida curta e são muito reativos. Ocorrem como
intermediários em muitas reações orgânicas. Reagem rapidamente
com bases de Lewis. Carbocátion: íon com carga positiva (deficiência
-
de elétrons). R3C:Z R3C+ + :Z
R3C+ + :B R3C:B
R3C+ + :OH R3C:OH
Eletrófilos: reagentes que buscam o elétron (carbocátion).
6.3.2. Carbânions.
Bases de Lewis. Buscam um próton ou outro centro positivo.
Necessitam doar o par de elétrons que possuem e assim neutralizar a
carga negativa que suportam. Carbanion: íon com carga negativa
(excesso de elétrons).
-
R3C:Z R3C + :Z+
Capítulo 7
Introdução à cinética de reações.
Catálise.
Figura 3: Estado de transição para uma reação em 2 etapas. Fonte: Química Orgânica. N. L. Allinger et al., 2ª edição, 1991
7.6. Catálise.
Observamos anteriormente que há várias reações que, apesar
de possuírem constantes de equilíbrio elevadas, se dão a velocidades
extremamente baixas. É importante encontrar maneiras de aumentar
suas velocidades. Um catalisador é uma substância que aumenta a
velocidade de uma reação química sem que ela própria sofra
modificação. Os catalisadores fornecem novos caminhos mais rápidos
pelos quais a reação pode proceder. Os catalisadores podem também
agir modificando a estrutura eletrônica dos reagentes.
Catálise homogênea, quando os processos catalíticos ocorrem em
uma fase.
Limites entre fases ou superfícies podem também aumentar
velocidade de reação; isto é chamado catálise heterogênea.
8. Bibliografia consultada.
ALLINGER, Norman L. et al. .Química Orgânica. Rio de Janeiro:
LTC, 2004.
BRUICE, Paula Yurkanis., Química Orgânica. São Paulo: Pear-son,
2006.
SOLOMONS, T. W. Graham; FRYHLE, Craig. Química Orgânica, V
I e II. São Paulo: LTC, 2006.
MCMURRY, John. Química Orgânica. Combo. São Paulo: Thomson
Learning, 2005.