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Terapia cognitivA

Raysa Kläsener – CRP 22/03445


História
Há dois mil anos antes do surgimento da
terapia cognitivo-comportamental, o
grego Epíteto, escreveu que “os homens
não se perturbam pelas coisas que acontecem,
mas sim pelas opiniões sobre as coisas”

O filósofo persa da antiguidade Zoroastro


baseou seus ensinamentos em três pilares
principais: pensar bem, agir bem e falar
bem
Séculos XIX e XX, filósofos europeus (Kant,
Heidegger, Jaspers e Frankl) acreditavam
que os processos cognitivos conscientes
têm um papel fundamental na existência
humana.
Frankl, por exemplo, afirmou que
encontrar uma sensação de sentido da
vida ajudava a servir como um antídoto
para o desespero e a desilusão.
Nas tradições filosóficas orientais,
como o taoísmo e o budismo, a
cognição é considerada como uma força
primária na determinação do
comportamento humano.
Dalai Lama escreveu que “se pudermos
reorientar nossos pensamentos e emoções e
reorganizar o nosso comportamento, então
poderemos não só aprender a lidar com o
sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo
e em primeiro lugar, evitar que muito dele
surja”
- Aaron Beck, psicanalista e professor de
psiquiatria da Universidade da Pensilvânia
(EUA)
- No fim da década 1950 e início da década de
1960: série de experimentos que
comprovassem cientificamente para a
comunidade médica o conceito psicanalítico
de que a depressão é resultante de hostilidade
voltada contra si mesmo (Freud acreditava que os
pacientes deprimidos teriam necessidade de sofrer)
- Investigou sonhos dos pacientes deprimidos:
queria mostrar que eles manifestariam mais temas de
hostilidade do que os sonhos das pessoas sem
depressão
- Descobriu que os sonhos dos pacientes
deprimidos continham menos temas de
hostilidade e muito mais temas relacionados a
fracasso, privação e perdas...
- Pensamentos sonhando = Pensamentos
acordados
- Ao questionar os pacientes deprimidos, Beck
percebeu que todos eles tinham pensamentos
“automáticos” negativos que estavam
intimamente ligados às suas emoções
- Identificou cognições negativas e distorcidas
como característica da depressão e desenvolveu
um tratamento de curta duração com o objetivo
de testar a realidade do pensamento depressivo
dos pacientes
- Começou a ajudar seus pacientes a identificar,
avaliar e responder ao seu pensamento irrealista
e desadaptativo
- Melhora nos pacientes
- Ensinou os residentes psiquiátricos
- Estudos e pesquisas
- 1977: terapia cognitiva tão efetiva quanto um
antidepressivo comum
- Foco do tratamento para depressão:
Ajuda aos pacientes para solucionarem problemas,
tornarem-se o comportamento uma forma de ativar
e identificar, avaliar e responderem ao seu
pensamento depressivo, especialmente aos
pensamentos negativos sobre si mesmos, seu
mundo e seu futuro
- Foco do tratamento para ansiedade:
Avaliar melhor os riscos das situações que temiam,
levar em consideração seus recursos internos e
externos, além de aprimorar tais recursos, assim
como reduzir, evitar e enfrentar as situações que
temiam para poder testar o comportamento de suas
predições negativas
- Adaptação deste tipo de terapia a
populações transtornos e problemas
diversos, alterando o foco, as técnicas e a
duração do tratamento, mas mantendo os
pressupostos teóricos
- Criação de uma psicoterapia estruturada,
de curta duração, voltada para o
presente, direcionada para a solução de
problemas atuais e a modificação de
pensamentos e comportamentos
disfuncionais (inadequados e/ou inúteis)
Dois princípios centrais:
1) Nossas cognições têm uma influência

controladora sobre nossas emoções e


comportamento
2) O modo como agimos ou nos comportamos
pode afetar profundamente nossos padrões
de pensamento e nossas emoções
De acordo com a TC (Terapia Cognitiva) os
indivíduos atribuem significado a
acontecimentos, pessoas, sentimentos e
demais aspectos de sua vida.
Com base nisso comportam-se de determinada
maneira e constroem diferentes hipóteses
sobre o futuro e sobre sua própria identidade.
As pessoas reagem de formas variadas a uma
situação específica podendo chegar a
conclusões também variadas.
Em alguns momentos a resposta habitual pode
ser uma característica geral dos indivíduos
dentro de determinada cultura, em outros
momentos estas respostas podem ser
idiossincráticas derivadas de experiências
particulares e peculiares a um indivíduo.
Em todas as formas de TC que foram derivadas
do modelo Beck, o tratamento baseia-se tanto
em uma formulação cognitiva de um
transtorno específico como em sua aplicação à
conceituação ou entendimento do paciente
individual.
O terapeuta busca, por uma variedade de
formas, produzir a mudança cognitiva –
mudanças de pensamento e no sistema de
crenças do paciente, visando promover
mudanças emocional e comportamental
duradoura.
À medida que a terapia comportamental se
expandia... Observou-se que a perspectiva
cognitiva acrescentava contexto, profundidade
e entendimento às intervenções
comportamentais.
Caso Sally
Princípios Básicos da Terapia
Cognitiva
1) A terapia cognitiva se baseia em uma formulação
em contínuo desenvolvimento do paciente e de
seus problemas em termos cognitivos.
2) A terapia cognitiva requer uma aliança
terapêutica segura.
3) A terapia cognitiva enfatiza a colaboração e a
participação ativa.
4) A terapia cognitiva é orientada em meta e
focalizada em problemas.
5) A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o
presente.
6) A terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o
paciente a ser seu próprio rerapeuta e enfatiza
prevenção de recaída.
7) A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado.
8) As sessões de terapia cognitiva são
estruturadas.
9) A terapia cognitiva ensina os pacientes a
identificar, avaliar e responder aos seus
pensamentos e crenças disfuncionais.
10) A terapia cognitiva utiliza uma variedade de
técnicas para mudar o pensamento, o humor e o
comportamento.

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