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Introdução à Psicologia

SDE0914 – Introdução à Psicologia


Aula 10

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Introdução à Psicologia
Objetivos:

Apresentar a terapia
cognitivo e seus principais
conceitos.

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PSICOLOGIA COGNITIVA

A psicologia cognitiva foi claramente uma reação ao


comportamentalismo que dominou o cenário da
psicologia, em especial norte americana, da década de
20 até a década de 60. Entretanto, embora tenha sido
extremamente produtivo, o behaviorismo começou a
causar uma grande insatisfação em função de não
considerar em seus estudos a ação dos processos
mentais superiores ou funções mentais. Desta forma
cria-se a condição propícia para o desenvolvimento de
uma nova área da psicologia: o cognitivismo.

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A Psicologia Cognitiva difere do comportamentalismo


em vários pontos: os cognitivistas concentram-se no
processo do conhecimento e não na resposta a
estímulos; se interessam pela forma como a mente
estrutura e organiza a experiência e, segundo a
concepção cognitivista, o indivíduo organiza ativa e
criativamente os estímulos recebidos do ambiente.

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Teoria Racional emoitiva de Albert Ellis (1955) – psicanalista que desenvolveu


um sistema terapêutico de mudança de personalidade conhecido como
teoria e/ou terapia racional emotiva. Segundo Ellis, as causas das
dificuldades psicológicas são atribuídas às crenças irracionais que fazemos da
realidade. É uma terapia didática, diretiva e mais preocupada com a
estrutura de pensamento do cliente. A terapia busca auxiliar o indivíduo a
perceber as armadilhas que as interpretações equivocadas da realidade
representam. Ellis organiza sua teoria como o modelo A – B – C. Nosso
sistema de crenças é construído ao longo de nossas vidas, no contexto
sociocultural, mediante nossas experiências pessoais.

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Análise comportamental proposta pela TREC.

A – fato, acontecimento (evento ativador)


B – crenças (mediação cognitiva)
C – consequências (emocionais, fisiológicas e
comportamentais)
D – discussão sobre B
E – reestruturação cognitiva

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Ellis propõe que a forma mais eficaz de ajudar as pessoas a realizar


mudanças básicas de personalidade consiste em confronta-la e explicar-lhe
porque suas ideias as tornam perturbadas.

Neste contexto seriam tarefas do terapeuta:

1 – mostrar ao cliente que seus problemas se relacionam com suas crenças


e como essas foram desenvolvidas.
2 – conscientizar o cliente de que ele alimenta suas próprias crenças
irracionais.

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3 – tentar levar o cliente a modificar seu pensamento abandonando suas


crenças irracionais. Isso se faz desafiando o cliente a desenvolver filosofias
mais racionais de vida, de modo que possam evitar tornarem-se vítimas de
novas crenças irracionais.
4 – a tarefa primordial do terapeuta é ensinar o cliente meios para
compreender-se a si mesmo e modificar-se.

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Teoria Cognitiva de Aaron Beck - psiquiatra de formação psicanalítica


tradicional e cunhou o termo terapia cognitiva no início dos anos 60.

Três proposições fundamentais definem as características que estão no


núcleo da terapia cognitiva:

1 – a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada.

2 – a atividade cognitiva influencia o comportamento.

3 – o comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança


cognitiva.

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O desenvolvimento da terapia cognitiva se deu em um momento histórico


em que as abordagens dominantes eram a psicanálise, o behaviorismo e, em
menor escala, o humanismo. Algumas características diferenciam a escola
cognitiva e seu método terapêutico:

1 – o material trazido pelo paciente não é interpretado pelo terapeuta, mas


elaborado em conjunto com o paciente em um trabalho de identificar,
examinar e corrigir as distorções do pensamento que causam sofrimento
emocional ao indivíduo.

2 – o trabalho é focalizado em identificar e corrigir padrões de pensamentos


conscientes e inconscientes (que não estão imediatamente acessíveis a cs).

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3 – o levantamento de hipóteses e a testagem das mesmas fazem parte da


terapia.

4 – diferentemente do comportamentalismo, que propõe o determinismo


ambiental, a terapia cognitiva propõe que a testagem da realidade seja
dirigida para o pensamento do cliente e não para o seu comportamento.

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São premissas básicas da terapia cognitiva:

1 – a inter-relação entre cognição, emoção e


comportamento está implicada no funcionamento
normal do ser humano e, em especial, na psicopatologia.

2 – as distorções cognitivas (determinantes na forma


como o indivíduo interpreta suas experiências) são
bastante prevalentes em diferentes transtornos. O
objetivo da terapia é corrigir tais distorções.

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3 – há uma interação recíproca entre pensamentos,


sentimentos, comportamentos, fisiologia e ambiente.
Assim, a mudança em qualquer um destes componentes
pode iniciar modificações nos demais.

4 – nos transtornos psicológicos o pensamento do


indivíduo torna-se mais distorcido, rígido, absoluto,
generalizado e suas crenças mais inflexíveis. A terapia
cognitiva além de ensinar o cliente a identificar,
examinar e modificar as distorções do pensamento visa
também torná-lo mais flexível e não absoluto na
avaliação dos eventos.

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Dentro desta abordagem seriam funções do terapeuta (papel ativo,


colaborativo e educativo) cognitivo:

1 – auxiliar o cliente na identificação dos pensamentos automáticos e das


crenças disfuncionais associadas a eles.
2 – propor técnicas de reestruturação cognitiva, visando à modificação
desses mesmos pensamentos automáticos.
3 – levantar hipóteses sobre a categoria de crença central da qual
pensamentos automáticos específicos parecem ter surgido.
4 – especificar a crença central preponderante.

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5 – apresentar ao cliente sua hipótese sobre a crença central, solicitando dele


uma confirmação (ou não).
6 – educar o cliente sobre crenças centrais em geral e sobre sua crença em
específico, orientando-o a monitorar a(s) operação (ões) de sua crença
central.
7 – começar a avaliar e modificar a crença central junto com o cliente,
auxiliando-o a especificar uma crença central nova mais adaptativa.

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A terapia cognitiva trabalha com três níveis de cognição:

1 – Crenças centrais ou nucleares - Ideias ou conceitos mais enraizados e


fundamentais acerca de nós mesmos, das pessoas e do mundo.

As crenças são incondicionais, isto é, independentes da situação que se


apresente ao indivíduo, ele irá pensar do mesmo modo.
São formadas desde a infância e se fortalece ao longo da vida.
São cristalizadas, como verdades absolutas e imutáveis.
Para alcançar mudanças duradouras no tratamento essas crenças devem ser
modificadas (objetivo último da TC).
Com a ativação das crenças o processamento das informações torna-se
tendencioso, negligenciado ou minimizando as informações que possam
desconfirmar as evidências contrárias.

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2 – Crenças intermediárias

Construções cognitivas derivadas das crenças centrais e


subjacentes aos pensamentos automáticos.
São regras, normas, premissas e atitudes que adotamos e
que guiam nossa conduta.
Os pressupostos normalmente são condicionais.
As regras são usualmente expressões do tipo: “tenho
que” e “devo”.

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3 – Pensamentos automáticos

Pensamentos que acontecem rápido, involuntário e


automaticamente.
Normalmente são exagerados e distorcidos e tem um papel
importante na psicopatologia porque moldam tanto as
emoções como as ações.
Sua modificação melhora o humor do cliente, enquanto a
modificação da crença nuclear melhora o transtorno.
Podem ocorrer tanto na forma de frases quanto de imagens.

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AVANCE PARA FINALIZAR


AULA 10 A APRESENTAÇÃO.

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