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Ética e

responsabilidade
social

Augusto César Feitosa


Moral é o conjunto de normas, leis que
a sociedade elabora para regulamentar o
comportamento dos indivíduos que
compartilham a vida social.

Ética é a parte da Filosofia que se ocupa


das reflexões sistemáticas a respeito das
noções e princípios que fundamentam a
vida moral.
Sujeito moral
 Aquele que age
bem ou mal na
medida em que
acata ou
transgride
as regras morais.
O agir moral
implica a
liberdade, a
escolha e a
responsabilidade
Atuação
 Ética e moral dizem respeito a:

a) ação, conduta humana;

b) ao fazer certo e errado;

c) ao bom e mal comportamento.


Ética = educação
tem como objetivo formar um indivíduo
consciente de seus deveres e direitos
dentro de uma sociedade.
“Acaracterística específica do homem em
comparação com outros animais é que
somente ele tem o sentimento do bem e
do mal, do justo e do injusto e de outras
qualidades morais”.
Aristóteles. Política.
A ÉTICA
Ética = Estética
“Um artesanato no plano
da existência”

“O espaço da liberdade”

“Advento da autonomia”
O universo ético será o
universo da construção de um
homem idealizado bem como de
uma sociedade ideal, mais
humana, na qual igualdade e
liberdade prevaleçam como
valores supremos.
A Ética como sentido para a
Felicidade

A itinerância - A liberdade
PHARMAKON
O Remédio

O Veneno

O Cosmético
O conhecimento

CONSCIÊNCIA VERDADE

MORAL
Círculo Virtuoso
A Condição Existencial da
Filosofia
 O solilóquio de Hamlet
(Ato III, Cena 1)
Ser ou não ser; essa é toda a questão:
Se mais nobre é em mente suportar
Dardos e flechas de ultrajante sina
Ou tomar armas contra um mar de
angústias
E firme, dar-lhes fim. Morrer: dormir;
Não mais; dizer que um sono porá fim
À dor do coração e aos mil embates
De que é herdeira a carne!... é um
desenlace
 A aspirar com fervor. Morrer, dormir;
Dormir, talvez sonhar: eis o dilema,
Pois no sono da morte quaisquer sonhos
- Ao nos livrarmos deste caos mortal -
A paz nos devem dar. Esta é a razão
De a vida longa ser calamidade,
Pois quem do mundo os males sofreria:
A injustiça, a opressão, a vã injúria,
O amor magoado, as delongas da lei,
O abuso do poder e a humilhação
 Que do indigno o valoroso sofre,
Quando ele próprio a paz encontraria
Em seu punhal? Quem fardo arrastaria,
Grunhindo, suarento, em triste vida,
Senão porque o pavor do após-a-morte
- Ignota região de cujas linhas
Não se volta - a vontade nos confunde
E nos faz preferir males que temos
A buscar outros que desconhecemos?
O Filosofar como Tessitura
Ética: realização plena –
indivíduo/sociedade
Encontro do Macro e do Micro:
Fractal
A MENTALIDADE
CONTEMPORÂNEA
SOCIEDADE INDUSTRIAL SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL

Hierarquia Igualdade

Conformidade Individualidade e criatividade

Padronização Diversidade

Centralização Descentralização

Eficiência Eficácia

Especificação Generalização,
Interdisciplinaridade,
Holismo

Maximização da riqueza Qualidade de vida, conservação


material dos recursos materiais

Ênfase no conteúdo quantitativo Ênfase na qualidade do


resultado
Segurança Auto-expressão e auto-
realização

São necessárias organizações que
trabalhem com inteligência e
estejam preocupadas com o
aprendizado (individual e
organizacional), uma vez que o
sucesso estratégico está no uso
inteligente da informação e na
exploração efetiva das
possibilidades.
A Nova Organização

>Supera as expectativas de seus


clientes
>Desenvolve e faz crescer seus
colaboradores
>Encanta
>Ousa
O HOMEM
(PARADIGMA MODERNO)
um ser dotado de intencionalidade?
Humanista – sujeito racional
Centrado – consciente
Unitário - não admite contradições
Livre - autônomo
Identitário - existência coincide com pensamento
Elege princípios considerados fundamentais
uma questão arqueológica: a desconstrução do
sujeito:
Feridas Narcísicas
(Pós-modernidade)
 Ideologia: um conjunto de princípios
partilhados, alguma representação do futuro e
do passado

 Inconsciente: crenças e desejos que as pessoas


não conseguem representar para si mesmas
sem algum tipo de auxílio

 Verdade: a instauração de uma concordância


entre pensamento e realidade conforme
exigência lógica
IDEOLOGIA
 idéias abstratas que não
correspondem aos fatos reais

 Doutrina que inspira ou parece


inspirar um governo ou um partido.

 Pensamento teórico que crê


desenvolver-se abstratamente.
Aquele que a constrói não tem
consciência, ou, pelo menos, não
percebe que determina o seu
pensamento
PRINCÍPIOS DA IDEOLOGIA
MODERNA
 a ideologia inverte as
imagens oriundas do real,
condenando assim o
sujeito social a habitar
num mundo espectral e
fantasmático, onde a sua
relação com o material não
é direta; antes se processa
por via de ilusões.
 tomar por natural o que é
artificial
AMPLIAÇÃO DE PERSPECTIVAS
 SUJEITO FALANTE – empírido,
individualizado, psicológico.

 SUJEITO FALANDO- inserção na


conjuntura sócio-histórica-ideológica
 A linguagem – situação social e histórica

 O sujeito tem a ilusão de ser o centro de


seu dizer, pensa exercer o controle dos
sentidos do que fala, mas desconhece que
a exterioridade está no interior do sujeito.
A LINGUAGEM

 Não deve ser vista como um puro código


transmissor de mensagens;
 vista sob um ângulo mais abrangente,
pragmático - É uma prática entre outras;
 Envolve como prática outras práticas
sociais e culturais;
 Funciona como veículo e alvo de saber e
poder na chamada “sociedade disciplinar.”
A LINGUAGEM NÃO SERVE PARA
“DIZER” A “REALIDADE”

O ESTADO DE COISA NÃO FALA


POR SI, É PRECISO HAVER
ALGUÉM NUM CONTEXTO,
COMUNICANDO ALGO
A análise do discurso não pretende
saber o que são as coisas em si
mesmas, não busca essências ou
verdades últimas, e sim fazer uma
(a) história dos objetos
discursivos
A CONTEMPORANEIDADE E O
CONHECIMENTO HISTÓRICO
 Quebra-se o visão da história a partir de
um sentido unitário.

 Deixa-se de pensar a história como algo


ordenado em torno do ano zero do
nascimento de Cristo – como cadeia de
vicissitudes
 Walter Benjamim irá dizer que a história
como discurso unitário é uma
representação do passado construída
por grupos e classes sociais
dominantes.

 A constatação é de que não existe uma


história única, existem sim, imagens do
passado propostas por pontos de vista
diversos.
MISTIFICAÇÃO NEGATIVA
 Elaborar os instrumentos de
compreensão da própria condição
do homem, que em sua história
concreta é a matriz de sempre
novas ideologias
A SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
Sociedade da Aparência
“As imagens que se destacaram de
cada aspecto da vida fundem-se
em um fluxo comum, no qual a
unidade dessa mesma vida já não
pode ser restabelecida.”

“A realidade considerada
parcialmente apresenta-se em sua
própria unidade geral como um
pseudomundo à parte , objeto de
mera contemplação.”
A CONTEMPORANEIDADE

Advento da sociedade da
comunicação generalizada
“A intensificação das
possibilidades de informação
sobre a realidade nos seus
mais variados aspectos, torna
cada vez menos concebível a
idéia de uma realidade”
NARCISISMO
 O narcisismo é gerado pela deserção
generalizada dos valores e finalidades sociais,
ocasionada pelo processo de personalização.

 Uma despolitização crescente, uma


dessindicalização – uma desvitalização das
formas de relacionamento

 Advento de sistemas com “aparência humana” ,


que funcionam para o prazer, o bem-estar, a
despadronização.
A PERVERSÃO
A Perversidade

Éo mal que pode tomar a


máscara do bem – A duplicidade

É da ordem do oculto

É lisonjeira
Perversidade = Indiferença

Relativamente absoluto
<->
Absolutamente relativo
A COMUNIDADE
GLOBAL
IDENTIDADE
É idêntico aquilo que parecendo
múltiplo ou aparecendo sob
diversos aspectos, é na
realidade, e no seu fundo uno.

O idêntico não se define pela


negação da diferença
Retorno à comunidade:

 - O Condomínio Fechado (ricos)

 - A Periferia (pobres)
A POLISSEMIA DO CONCEITO
 A totalidade dos organismos vivos que fazem
parte do mesmo ecossistema e interagem
entre si.
 Conjunto de seres vivos inter-relacionados
num mesmo lugar.
 Conjunto de pessoas com interesses mútuos
que vivem no mesmo local e se organizam
dentro dum conjunto de normas.
 Conjunto de pessoas que se relacionam
virtualmente.
Embate contemporâneo
 LIBERDADE

 SEGURANÇA

 Ambas partem de um Entendimento que é


pre-estabelecido e que por isso oferece a
organicidade e o sentimento de
coletividade.
COMUNIDADE
 DISTINÇÃO
 PEQUENEZ
 AUTO-SUFICIÊNCIA

 Expressões diretas do sentimento de


PROTEÇÃO
FISSURA
 Quando a informação se torna mais veloz
em vista do que existe fora e não do que
circula dentro.

 Dinamização do fluxo de informações


entre pessoas participantes de
coletividades diversas
IDENTIDADE COMUNITÁRIA
 Postura esteticamente justificada pela
plasticidade com que se elegem
“escolhas”.

 Paradoxalmente a opção por uma “única”


ameaça as diversas possibilidades que
esperam ser contempladas.
DIAGNÓSTICO
CONTEMPORÂNEO
 As identidades comunitárias revelam
manifestações culturais a serviço do
mercado para a dinamização da sua
lógica. (espetaculariazação)

 O espetáculo retira o sentido de


engajamento coletivo e duradouro
(individualização)

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