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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE

Discente: Gabriela Andrade Mota

Matrícula: 201803272635

Docente: Ana Manuela Lima de Santana

ATIVIDADE 1 – PSICOLOGIA JURÍDICA

1- Em que era pautada a Psicologia do Testemunho?


A Psicologia do Testemunho surgiu no final do século 19 e era pautada na verificação da
veracidade dos depoimentos dos sujeitos envolvidos em um processo jurídico. Assim, o réu e a
testemunha eram examinados e o que se pretendia verificar era se os processos internos
propiciam ou dificultam a veracidade do relato. A verificação era feita por meio da aplicação de
testes, onde se buscava compreender os comportamentos dos sujeitos envolvidos na ação
jurídica.

2- Faça um breve histórico sobre a Psicologia Jurídica no Brasil.


A história de psicólogos atuando na área jurídica se iniciou no momento que a psicologia foi
reconhecida como profissão na década de 60 e os dados históricos mais antigos limitam-se a
trabalhos realizados no Rio de Janeiro. Porém, a psicologia jurídica já era usada no Brasil
mesmo que informalmente antes da regulação da profissão que foi em 1962, visto que, desde
meados de 1930, psicólogos desenvolviam atividades nessa área como, por exemplo, o
psicólogo polonês Waclaw Radecki que atuava em um Laboratório de Psicologia da Colônia de
Psicopatas, no Engenho de Dentro, localizado no Rio de Janeiro. Outro marco informal também
foi o surgimento do Manual de Psicologia Jurídica escrito pelo psicólogo e psiquiatra Emilio
Mira y Lopez lançado em 1945.
Quanto ao trabalho do psicólogo no sistema jurídico, nessa época, este era realizado de maneira
não oficial direcionado ao estudo de questões criminais, como por exemplo traçar o perfil
psicológico do criminoso e das crianças e dos adolescentes que eram ligados a atos ilícitos. Os
psicólogos forneciam psicodiagnósticos que eram vistos como instrumentos que continham
dados que eram matematicamente comprovados para orientação dos operadores de direito. A
prática do profissional de psicologia era voltada exclusivamente para a realização de perícia,
exame criminológico e parecer psicológico baseado no psicodiagnóstico, realizado a partir de
algumas entrevistas e nos resultados dos testes psicológicos aplicados.
Caminhando um pouco mais na história, por volta de 1979, a atuação do psicólogo na esfera
jurídica foi estendida à área Civil, havendo assim o desenvolvimento de trabalho voluntário e
informal com famílias em vulnerabilidade econômico-social, no Tribunal de Justiça de São
Paulo. Em 1984, a partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7.210/84) no
Brasil, o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária. Em 2002,
o psicólogo passou a fazer parte da equipe de serviço de avaliação e acompanhamento de penas
alternativas.
Atualmente, no que diz respeito a atuação dos psicólogos jurídicos, os instrumentos usados por
eles surgem como meios estratégicos de se obter respostas sobre crimes que aparentemente
parecem não ter solução. Já na esfera civil, seja no direito de família, da criança, adolescente ou
até mesmo do idoso, o psicólogo atua de forma a mediar conflitos entre os envolvidos para que
se chegue em um acordo benéfico para ambas as partes.
Por fim, o psicólogo não está somente presente em questões relacionadas a criminalidade e
sistema penitenciário, ele também trata de questões relacionadas a infância, à adolescência e à
família e atua participando de debates e da formulação nacional de políticas, campanhas
educacionais e leis. Assim, a presença do psicólogo não é restrita apenas à atividade avaliativa e
pericial.

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