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Princípios fundamentais

INTRODUÇÃO

● Um dos princípios básicos que a TCC defende é que a atividade cognitiva


pode ser alterada, modificada e monitorada.

● Além disso, um comportamento desejado pode ser alcançado através da


mudança cognitiva.

● A TCC é uma psicoterapia voltada para o presente, com ênfase para a


resolução de problemas, direcionada para a ação.

● Essa abordagem envolve a aplicação de técnicas fundamentadas para

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auxiliar o paciente no desenvolvimento de novas habilidades e
comportamentos.

● Além disso, a TCC trabalha com a prevenção de recaídas que possui o


objetivo de preparar o paciente para identificar possíveis fatores
desencadeantes e possuir um plano para enfrentar a situação de maneira
adaptativa.

CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA TCC

● Tríade cognitiva

○ A tríade cognitiva é composta pela visão que cada um tem de si


mesmo, a visão que tem do outro e, por fim, do mundo.

● Psicoeducação

○ A TCC é um tipo de psicoterapia pedagógica, através do processo de


psicoeducação (a condução de uma explicação colaborativa), que a
torna uma terapia pedagógica.

● Estrutura

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○ A TCC possui sessões estruturadas, subdivididas em sessões iniciais,
sessões intermediárias e sessões finais e possui um marcador
temporal, ou seja, é uma terapia estruturada com início, meio e fim.

● Aliança terapêutica

○ A partir da inspiração nas teorias humanistas, principalmente da


Abordagem Centrada na Pessoa, Beck fundamentou a sua prática
valorizando a empatia, a cordialidade, a escuta humanizada e o
estabelecimento de vínculo com o paciente.

○ Com isso, a construção de uma aliança terapêutica consolidada é


essencial para o desenvolvimento da psicoterapia, uma vez que é
necessário o engajamento do paciente para a realização das
atividades terapêuticas.

● Empirismo colaborativo

○ O empirismo colaborativo refere-se à capacidade do terapeuta de

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envolver o cliente ao longo de todo o processo, dividindo com esse a
responsabilidade do sucesso ou fracasso da terapia.

● Modelo cognitivo

● A construção da psicoterapia é pautada no modelo cognitivo e nos três


pilares centrais, que são as crenças nucleares, as crenças intermediárias e
os pensamentos automáticos:

○ Crenças nucleares

○ Podem ser compreendidas como ideias, conceitos enraizados e


fundamentais acerca de nós mesmos. Elas sempre se apresentam no
formato de “sou….”
○ O objetivo principal da TCC não é zerar as crenças negativas, mas
alcançar o equilíbrio entre as crenças positivas e negativas, a fim de
torná-las realistas.

○ Essas crenças centrais podem ser classificadas em três categorias:

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■ Crenças de desamor estão associadas às relações afetivas,
voltadas ao relacionamento e demonstram uma certeza
irracional de não ser digno de amor, de ser sozinho, de não ser
querido e amado pelas pessoas.

■ Crenças de desamparo, por sua vez, implicam na ideia central


de ser vulnerável, insuficiente, impotente, frágil.

■ Crença de desvalor, refere-se à certeza de ser uma pessoa


ruim, sem valor, entre outros.

○ Crenças intermediárias

○ São as atitudes, as regras e os pressupostos. Elas se manifestam


baseadas na relação de “se… então…” e, embora não tão passíveis
de modificação por serem rígidas, ainda são mais maleáveis do que as
crenças nucleares.
○ Costumam estar acompanhadas de estratégias compensatórias, que

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são comportamentos sistemáticos adotados com o objetivo de tolerar
algum desconforto e lidar com a crença nuclear do indivíduo, mas que
também geram grandes prejuízos.
○ As estratégias compensatórias se dividem em manutenção, evitação e
hipercompensação:

■ A manutenção seria uma forma de reforçar diretamente as


crenças nucleares.

■ A estratégia de evitação diz respeito ao comportamento


evitativo, de não enfrentar as situações que causam
desconforto.

■ A estratégia de hipercompensação evidencia um


comportamento oposto ao medo ou receio do paciente.

○ Pensamentos automáticos

○ Os pensamentos automáticos parecem surgir espontaneamente, eles


geralmente são muito rápidos, breves e podem ser quase
imperceptíveis.

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● Diagrama de conceitualização

○ O diagrama de conceitualização, espinha dorsal do tratamento, é o


principal recurso para realizar uma avaliação histórica e prospectiva de
padrões e estilos de pensamentos, emoções e comportamentos do
paciente

REFERÊNCIAS

ALFORD, B. A.; BECK, A. T. The integrative power of cognitive therapy. New


York: Guilford Press, 1997.

BECK, A. T. et al. Terapia cognitiva da depressão. Porto Alegre: Artes Médicas,


1997.

BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 3 ed. Porto


Alegre: Artmed, 2021.

BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2. ed. Porto


Alegre: Artmed, 2013.

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KNAPP, P. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto
Alegre: Artmed, 2004.

WRIGHT, J. H. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia


ilustrado. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.

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