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 QUAIS SÃO OS 10 PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL?

Beck apresenta no seu livro 10 princípios que guiam a terapia cognitiva e auxiliam não só o
profissional responsável pelo atendimento, como também o paciente que está realizando a
sessão.

1. Desenvolver continuamente o paciente


desenvolvimento contínuo do paciente. A cada sessão, precisamos vê-lo mudando suas formas
de pensar e agir com base no que foi trabalhado nos últimos encontros.
“O paciente reestrutura suas crenças centrais a respeito de si e dos outros. Assim, ele
desenvolve uma nova forma de lidar com o seu passado, suas vivências atuais e o seu futuro”.
Além disso, é preciso ter em mente que essa mudança ocorre de forma gradativa. Portanto, é
preciso respeitar o tempo de cada paciente.
2. Montar uma aliança terapêutica segura
Muitos pacientes não se sentem confiantes em exporem suas inseguranças e crenças para
profissionais que não promovem um ambiente confortável, ético e acolhedor.
Como consequência, temos clientes que não compartilham suas dores e desconfortos nas
sessões, finalizando a terapia antes mesmo de ela ser eficiente e satisfatória para ambos. A
ideia é de que a relação segura entre o paciente e o terapeuta precisa ser baseada em uma
postura ética, de aceitação e validação dos sentimentos do paciente.
3. Colaborar de forma ativa e participativa
A cada sessão o cliente apresenta uma nova informação que precisa ser construída e
interpretada junto com o psicólogo a fim de trazer uma resolução.
A partir disso, ambos podem decidir o contrato terapêutico e estipular o número adequado de
sessões. Isso oferece mais controle ao cliente ao mesmo tempo em que desenvolve sua
autonomia e estimula a autoconfiança, essenciais para a mudança de crenças.
4. Orientar a terapia para as metas e problemas
O quarto princípio de Beck: ao focar nos aspectos da vida que estão associados ao sofrimento
do paciente, fica muito mais fácil montar um diagnóstico qualificado e respeitoso, que
realmente o ajude.
Mas isso quer dizer que o foco está no problema, em vez de no cliente e sua singularidade? Na
verdade, não. A terapia cognitiva trabalha com a resolução de problemas, direcionando sua
atenção para os acontecimentos atrelados aos sofrimentos do paciente a fim de ajudá-lo a
encontrar o melhor caminho para encarar seus desafios.
5. Enfatizar o presente
Muitas abordagens psicológicas voltam o seu olhar para o passado. Muitas vezes, essa
estratégia pode ser bastante eficiente, mas isso não quer dizer que precisamos abandonar o
presente, muito pelo contrário: a terapia cognitiva reforça a ideia de que o presente é o único
momento que temos para mudar nossos pensamentos e atitudes.
6. Investir na psicoeducação
A psicoeducação é uma excelente ferramenta onde o terapeuta pode fazer indicações de
leituras complementares, incluir familiares nas sessões e apresentar um sólido conhecimento
de psicopatologia e dos modelos cognitivos.
Um dos aspectos iniciais e fundamentais da terapia, é o desenvolvimento das suas capacidades
metacognitivas, isto é, o reconhecimento de seus pensamentos e distorções cognitivas que
estão associados aos seus sentimentos e comportamentos. Assim, uma das técnicas que
auxiliam essa tomada de consciência é o Registro de Pensamentos Disfuncionais, excelente
para a reestruturação cognitiva.

7. Apresentar um tempo limitado


Você sabia que por meio de estatísticas e modelos de sessões é possível determinar o número
certo de sessões? Além de facilitar a sua organização e controle, essa estratégia é altamente
funcional para o paciente: ele consegue identificar o período destinado à terapia e traçar
metas e objetivos a serem alcançados.
Vale lembrar que a limitação de tempo acontece em qualquer atendimento,
independentemente da situação apresentada. Isso porque cada caso apresenta suas
particularidades, tornando-se passível de determinações temporais.
8. Ter sessões estruturadas
É muito comum ficar confuso quando falamos em sessões estruturadas. Os atendimentos
devem seguir uma estrutura para que o paciente possa entender o processo terapêutico,
compreender o seu papel e aproveitar ao máximo o tempo da terapia. Cabe ressaltar que
existe flexibilidade nessa questão, já que a estrutura deve ser seguida naturalmente ao ser
assimilada pelo cliente.
9. Estimular o paciente a identificar, avaliar e responder suas crenças disfuncionais
Você já deve ter percebido que a terapia cognitiva auxilia os pacientes a observarem seus
próprios sentimentos, não é mesmo? Além disso, ela também precisa estimular a identificação,
avaliação e resposta das suas crenças disfuncionais para fortalecer sua autonomia e garantir
que ele possa lidar com seus problemas de forma saudável.
10. Utilizar diversas técnicas para transformar o pensamento e comportamento dos
pacientes
Para finalizar, Judith aponta o último princípio: utilizar as técnicas da TCC para auxiliar os
pacientes a transformarem seus comportamentos e pensamentos. Afinal, o terapeuta
apresenta centenas de técnicas que podem ser aplicadas para identificar o problema, traçar
uma meta e estabelecer estratégias de enfrentamento e relaxamento.

 OBJETIVOS DA SESSÃO DE AVALIAÇÃO (PLANEJAMENTO):


 Identificar os problemas do paciente (O que te trouxe aqui?);
 Promover empatia (aliança terapêutica);
 Verificar quais os procedimentos da TCC serão utilizados no tratamento (Protocolo)

 TERAPIA DO ESQUEMA (TE)


 A TE é de qual geração?
A terapia do Esquema é de terceira geração.
Trata-se de uma ampliação da TERAPIA COGNÍTICO COMPORTAMENTAL (TCC) criada por Yang.
 Yang pensou nela para quais pacientes?
Para tratar pacientes mais difíceis, como Borderline, Transtorno Bipolar e ou outros casos de
transtornos de personalidade que não obtinham sucesso com a TCC. Ou seja, a troca cognitiva
não era suficiente para o tratamento de crenças já cronificadas ou por pessoas que
vivenciaram situações muito sérias, como traumas e restrições no vínculo.
 Qual o foco da TE?
O foco dessa terapia é verificar o enquadramento dentro das questões. Nesse caso não se faz
a conceituação cognitiva como se faz na TCC. Embora ela não seja uma substituição da TCC,
ela deu mais consistência na TCC, pois aborda o passado, as vivências do paciente.

 TERAPIA DO ESQUEMA EMOCIONAL (TEE)


 O que a TEE agregou a TCC?
O processo de saúde na TEE veio agregar a TCC a regulação das emoções. O paciente precisa se
deparar com todo tipo de emoção negativa. O foco é auxiliar o paciente a perceber suas
emoções negativas.

 Onde a gente cria e onde aparecem essas emoções?


Por meio dos vínculos – “Eu sinto algo agradável ou desagradável a partir dos meus vínculos
sociais, pela minha vivência, na relação interpessoal.”

 TÉCNICAS DA TEE
 Modificação de esquemas emocionais
 Identificação de esquemas emocionais
 Prática da aceitação
 Prática da diferenciação
 Atenção plena
 Redução da excitação
 Relaxamento muscular
 Respiração diafragmática
 Ativação comportamental
 Reestruturação cognitiva
 Decatastrofização
 Gerenciamento do tempo
 Distinção entre pensamento e sentimentos

 O QUE SÃO PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS PARA JUDITH BECK?


 Ele não é conseqüência de uma deliberação, de um raciocínio. Eles são
rápidos. Surgem de uma forma espontânea. Ele não tem um raciocínio
consciente. Ele não é elaborado. “Eu não penso sobre eles”.

 DIFERENÇA ENTRE UMA CRENÇA CENTRAL, NUCLEAR E INTERMEDIÁRIA


A Terapia Cognitiva identifica três níveis de pensamento:
 - Pensamentos automáticos,
 - Crenças intermediárias e as
 - Crenças centrais.

Os pensamentos automáticos são conteúdos espontâneos que fluem em nossa mente a


partir de acontecimentos do nosso dia a dia, as crenças intermediárias correspondem ao
segundo nível de pensamento e refletem ideias ou entendimentos mais profundos que os
pensamentos automáticos e ocorrem sob a forma de suposições ou regras, e as crenças
centrais, seriam o nível mais profundo da estrutura cognitiva e composta por ideias
absolutistas, rígidas e globais que um indivíduo tem sobre si mesmo.

 CITAR CRENÇAS CENTRAIS OU INTERMEDIÁRIAS


 ALGUMAS CRENÇAS:
 CRENÇA DE DESAMOR – Ninguém me ama. Ninguém me quer.
 CRENÇA DE DESAMPARO – Ninguém se importa comigo. Ninguém me ajuda.
 TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA - ESTÁGIOS
 PRÉ-TRATAMENTO – Vínculo/elaborar os compromissos/comprometimento
com o tratamento
 1ª, 2ª, 3ª e 4ª ESTÁGIO

 Possivelmente essa parte que interesse para a prova:


Esses estágios não são totalmente rígidos. O importante é saber que acessar os conteúdos
traumáticos deve ficar para o final da terapia. Caso o paciente traga no início do tratamento
esses conteúdos, o terapeuta precisa ter em mente que é preciso primeiro estabilizar
emocionalmente o paciente para só depois acessar conteúdos traumáticos. Caso contrário,
no início da terapia, o paciente não tem estrutura emocional pra dar conta.

 Acredito que ela não solicite descrição dos estágios.


No estágio 1 - será abordado todo comportamento que se relaciona à ameaça de vida (falta de
controle do impulso como por exemplo cortes, tentativas de suicídio, uso de substâncias). São
abordados também os comportamentos que interferem na terapia (faltas, hostilidade ao
terapeuta, eminência de abandono do tratamento) e padrões comportamentais que geram
consequências de forma severa na qualidade de vida (por exemplo, ser expulso da escola,
perda de emprego ou casamento). O objetivo nesse estágio é superar os déficits de habilidades
básicas, obtendo assim, um grau maior de controle comportamental. Uma vida sem isso
pode ser extremamente desgastante e sem sentido. Aqui é de grande importância que o
terapeuta ajude o cliente com habilidades de autogerenciamento, além de motivá-lo para o
processo terapêutico.
O segundo estágio tem como objetivo a redução dos sintomas de estresse pós traumático e
melhoria da experiência emocional geral do cliente. Isso é alcançado com o terapeuta
aplicando protocolos específicos para essa problemática. Alguns dos efeitos esperados são a
redução do autojulgamento, síntese de tensões dialéticas e redução da evitação experiencial.
Os alvos desse estágio são trabalhados apenas quando os comportamentos do estágio 1 estão
sob controle.
Já no estágio 3 o objetivo é ensinar ao paciente habilidades para resolução de problemas da
vida cotidiana e melhoria do senso de felicidade e alegria diante da vida, trazendo maior
domínio sobre os comportamentos e, consequentemente, construindo confiança em si e
aprendendo a se auto valorizar.

O quarto e último estágio aborda os objetivos de auto-respeito, generalização e integração


das habilidades, alcançando os objetivos individuais do cliente e término do processo
terapêutico. Nesse estágio, o foco está em alcançar a transcendência, aceitando a
incompletude da vida, gerando liberdade e capacidade para o prazer. Para clientes religiosos, é
possível ainda trabalhar para que consigam encontrar um significado em experiências
espirituais, trazendo assim um sendo de totalidade maior.

 O QUE DÁ EFICÁCIA AO TRATAMENTO DA PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL?

 Reestruturação cognitiva por meio de um bom PLANEJAMENTO.

 O QUE É REGULAÇÃO EMOCIONAL PARA A TE?

 O manejo das emoções. Ensinar o paciente a lidar com elas.

 EXEMPLO DE REGULAÇÃO EMOCIONAL:


 Decatastrofização

 DESCOBERTA GUIADA (PERGUNTAS)

 É uma técnica que por meio de perguntas o terapeuta pode testar a validade
da crença do paciente. O terapeuta vai fazendo perguntas a partir do relato
das crenças.

Ex: Ninguém me ama. Você já ouviu isso de alguém?


Eu sou feio./Alguém já disse isso pra você?

 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO (VERTENTES)

 Está relacionada à pesquisa


 Está relacionada à aplicação dos princípios

Em relação à pesquisa, qual a lógica da análise do comportamento?


Estudar os próprios conceitos. Explicar os fenômenos, perspectivas teóricas, etc. (Ciência)

Qual o objetivo da análise do comportamento na intervenção? (Behavorismo)


Se ela esta trabalhando mudança comportamental, a análise comportamental, quer manter ou
construir comportamentos adaptáveis.

 O QUE SERIA UM BOM PLANEJAMENTO DE UMA SESSÃO?


 Ela inclui: traçar objetivos para modificar o humor do paciente; uma boa estratégica de
aliança terapêutica, etc.

 QUAL A FUNÇÃO DA CONCEITUAÇÃO COGNÍTIVA (DIAGRAMA)?


 Ela ajuda o paciente a entender suas questões
 Orienta o processo terapêutico;
 Ajuda o paciente a se perceber;
 Ajuda a amenizar o sofrimento.

OBS: Ela vai orientar o processo psicoterapêutico inteiro. Ela não é usada na primeira,
ou segunda sessão. Mesmo que já pronta, ela não deve ser mostrada ao paciente nas
primeiras sessões.

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