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Curso ABC da TCC

Definindo objetivos terapêuticos de maneira eficaz

 É necessário mostrar para o paciente que: tem coisas que a gente muda, tem coisas que
mudando o pensamento a situação/o comportamento muda, tem coisas que não mudam e é
necessário aprender a lidar
 Perguntar quais são as vivencias que o paciente gostaria que fosse trabalhado na terapia (o
paciente pode falar livremente ou fazer uma lista)
 As vezes existem problemas dos quais o paciente ainda não se deu conta (pré
contemplamento)
 Definir os objetivos precisa ser algo bem inicial na terapia (de preferência na primeira
sessão)
 Os objetivos terapêuticos precisam contemplar o motivo para qual o paciente quer tratar
aquilo na terapia. Se o paciente não estiver engajado nessa mudança (quando o objetivo não
é importante) esse processo de mudança se perde
 É ideal descrever o objetivo de forma que ele possa ser observado e medido
 Existe uma diferença entre objetivos gerais e objetivos específicos, é necessário definir nos
objetivos gerais quais são os objetivos específicos a serem tratados
 Alguns pacientes têm dificuldade para definir objetivos, podemos usar perguntas como: se
você tivesse uma varinha mágica, o que você mudaria? Como você gostaria de se comportar
no dia a dia? Existe algo que você pode fazer? Como você lida com X situação?
 É necessário ensinar o paciente a separar o que é função dele e o que é demanda de outra
pessoa
 É necessário fazer uma análise para poder ter uma aproximação maior dos valores
necessários para os objetivos que foram definidos (que comportamentos podemos reduzir e
que comportamento devemos aumentar)
 Estabelecer as vantagens e desvantagens em conseguir atingir os objetivos
 Criar cartões de enfrentamento
 Fracionar os grandes problemas em problemas menores
 Criar objetivos fáceis de colocar em prática, que estejam ao alcance do paciente
 Não da pra tratar todos os objetivos ao mesmo tempo, é necessário analisar a questão mais
urgente e trata-la primeiro
 Primeiro comportamentos que interferem na vida, depois comportamentos que interferem
na terapia e por último comportamentos sintomáticos
 Faça uma revisão frequente dos objetivos terapêuticos

Estrutura de Sessão

 A TCC é uma abordagem semiestruturada


 Focada em um objetivo terapêutico
 Temos uma estrutura de tratamento e uma estrutura de sessão dentro do tratamento
 O que está planejado para a conversa com o paciente na sessão de hoje?
 Existe um esqueleto de estruturação
 Se aproximar mais de uma estruturação de sessão para conseguir organizar mais o meu
tempo e otimizar a sessão
 As primeiras sessões são pra falar para o paciente como vai ser a sessão, entender como é o
funcionamento do paciente, entregar ficha de histórico familiar, definir os objetivos e
explicar para o paciente a agenda da sessão
 No começo da sessão perguntamos sobre a semana do paciente, depois estabelecemos o
assunto objetivo da sessão, finalizamos com um resumo do que foi falado + explicações
sobre o que o paciente deve/pode fazer para atingir X objetivo e terminamos com um
feedback
 Se você tem um plano de tratamento, compartilhe com o paciente
 Compartilhe com o paciente mais ou menos um número de sessões necessárias para
conversar sobrea história do paciente
 3 tipos de estrutura: Sessão de avaliação, sessão inicial, sessões seguintes (podendo incluir
sessões de prevenção de recaída e de manutenção)
 Existem diferenças culturais
 Checar o humor, definir tópicos e objetivos, divisão de tarefas
 Às vezes é necessário abandonar o plano de sessão para acolher o paciente
 A relação terapêutica é a parte mais importante da terapia
 É importante fazer anotações durante a sessão, mas isso tem que ser conversado com o
paciente

Regulação Emocional na Prática

 Um dos princípios bases da TCC é fazer com que os pacientes se sintam melhores reduzindo
as emoções disfuncionais e aumentando as questões funcionais
 http://atlasofemotions.org/
 Não existe emoção ruim, todas elas têm uma função
 Função "positiva" das emoções "negativas"
 Raiva: Autoproteção, injustiça, frustração, invasão de limites
 Tristeza: perda de coisas/pessoas importantes, necessidade de receber ajuda ou revisão dos
objetivos
 Vergonha: Não ficar exposta de forma desadaptativa em um grupo social, necessidade de
ser aceita
 Medo: risco a vida ou a integridade, valores importantes estão em jogo,
 A dor emocional sinaliza que algo está errado
 A ideia não é eliminar as emoções incomodas e sim regular essas emoções
 A crença negativa dos pacientes sobre as emoções influencia no processo terapêutico
 Os pacientes evitam certas situações/assuntos por medo de sentir emoções desconfortáveis
 É importante fortalecer as emoções positivas
 Podemos ajudar o paciente a recordar lembranças positivas sobre como lidou com as
dificuldades em momentos passados, ajudando a relembrar a forma como conseguiu
superar essas situações, mostrando que é possível fazer isso novamente
 Auxiliar o paciente a ver os aprendizados nos momentos ruins
 É necessário ampliar o “vocabulário emocional” do paciente, ensinando outras formas de se
expressar além de “feliz/triste ou bem/mal”:
 Planejar para o paciente ações (tarefas de casa) que produzem emoções positivas
 Definição de regulação emocional: Processo pelo qual as pessoas tentam influenciar as
emoções que são apresentadas e pelo qual são experienciadas.
 Estratégias de Regulação emocional desadaptativas: ruminação (ficar ruminando sobre
acontecimentos etc.), evitação experiencial (evitar experiências para evitar a emoção),
comportamentos impulsivos, compulsões, fusão cognitiva (penso logo é um fato)
 Três estágios para estratégias de regulação emocional adaptativas:
 Identificação (nomear a emoção, verificar a intensidade de 0 a 10, entender gatilhos,
funções e consequências da emoção)
 Seleção (da estratégia que será usada [muitas vezes o paciente não tem repertorio
emocional ou não sabe usar, então é necessário que o psicólogo treine e desenvolva
estratégias e ajude o paciente a usa-las])
 Implementação (colocar em prática)
 Técnicas da TCC clássica:
 Psicoeducação (função das emoções, quando as emoções ajudam, quando atrapalham)
 Resolução de problemas (fazer um brainstorm - uma técnica que consiste em gerar novas
ideias ou para debater sobre soluções)
 Reestruturação de pensamentos e crenças centrais (podendo usar o Registro de
Pensamentos Disfuncionais - RPD)
 Exposição (quando nos expomos a situação desconfortável de forma gradual – e em um
ambiente seguro - o desconforto pode diminuir)
 Práticas de mindfulness (focar no momento presente, aceitar com curiosidade, postura
aberta e sem julgamentos)
 Técnicas de respiração (respiração diafragmática entre outras)
 Imaginação guiada (meditação, técnicas respiração, mindfunlness, relaxamento)
 Cartões de enfrentamento (lembretes: quando acontecer... posso fazer..., frases
reconfortantes etc.)
 Roleplay (simulação de um evento real, que remete a uma situação cotidiana que precisa de
aperfeiçoamento e atualização constante)
 Treino de habilidades sociais
 STOP: Para deter pensamentos negativos e intrusivos
 Cartas (escrever para si mesmo ou como se estivesse escrevendo para alguém – app Cogni)
 Momento presente: aceitar as experiencias internas (pensamentos, emoções, sentimentos)
e experiencias externas (os cinco sentidos)
 Desfusão cognitiva: (as vezes temos que aceitar nossas questões - pensamentos, memorias,
sensações etc. – e continuar seguindo em frente
 Repetição de palavras (desliteralização fazer uma desfusão dos pensamentos e emoções –
entender que as vezes os pensamentos não querem dizer nada)

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