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Caderno de Exercícios em

Terapia Cogni vo Comportamental


VOLUME 1

Profa. Dra. Mônica Portella


Prof. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares

Rio de Janeiro, 2020

(21) 3813.4037 Whatsapp: (21) 99667.6905 | www.cpaf.com.br


Índice
TCC MODELO COGNITIVO BECK
Registro Diário de Pensamentos Disfuncionais (Profa. Dra. Mônica Portella) ........................... 05
Identificação de Pensamentos Disfuncionais (Luis Filipe Aboim Tavares) ................................. 06
Mapeamento de Crenças - Flecha Descendente (Profa. Dra. Mônica Portella) ....................... 10
Difusão (Profa. Dra. Mônica Portella/ Prof. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares) ............................. 11

TERAPIA RACIONAL E EMOTIVA DE ELLIS - TRE


Transformação de Comportamentos e Emoções (Profa. Dra. Mônica Portella) ...................... 13

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA POSITIVA


Prática do Agradecimento (Prof.. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares) .............................................. 15
Melhora nas Interações Sociais (Prof. Dr. Nilo Virgílio Gori Torturella) ...................................... 16
Aumentando seu Engajamento Social (Prof. Dr. Nilo Torturella) ................................................ 17

TÉCNICAS EM TCC 1
Respiração Diafragmática (Profa. Renata Luiz Moreira Da Silva ) ................................................ 18
Relaxamento muscular progressivo de Jacobson (Profa. Dra. Mônica Portella) .................... 19
Relaxamento por Mindfulness (Prof. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares) ......................................... 21

TÉCNICAS EM TCC 2
Registro de Atividades (Profa. Dra. Mônica Portella) ....................................................................... 23
Registro de Bem-Estar e\ou Maestria (Profa. Dra. Mônica Portella) ........................................... 24

TÉCNICAS EM TCC 3
Tomada de Decisão: (Profa. Dra. Mônica Portella) ............................................................................ 25
Decatastrofização (Profa. Dra. Mônica Portella) ............................................................................... 26

TÉCNICAS EM TCC 4
Escuta Ativa (Profa. Dra. Mônica Portella) ........................................................................................... 27
Direitos Assertivos (Profa. Dra. Mônica Portella) ............................................................................... 28
Avaliação dos Comportamentos Assertivos (Profa. Dra. Mônica Portella) .............................. 30

FOBIA ESPECÍFICA
Hierarquia de Exposição (Profa. Paula Guimarães) .......................................................................... 31

FOBIA SOCIAL
Ataque de Vergonha (Profa. Paula Guimarães) ................................................................................. 33

TRANSTORNO DO PÂNICO
Exposição Interceptiva no Tratamento do Transtorno de Pânico (Profa. Hebe Goldfeld) ... 34

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA - TAG


Parada de Pensamento (Profa. Dra. Mônica Portella) ...................................................................... 36

TRANSTORNO ESTRESS POS TRAUMÁTICO - TEPT


Resiliência, Crescimento pós-traumático: Portas que se abrem e portas
que se fecham (Prof. Jander Costa de Almeida|) .............................................................................. 37

AUTORES
Apresentação ............................................................................................................................................... 38
Apresentação
Este é o primeiro volume da série “Cadernos de Exercícios em Terapia
Cognitivo-Comportamental”, que objetiva trazer ferramentas
comprovadamente efetivas e cientificamente embasadas para apoiar a
prática clínica. Além disso, este material complementa as atividades
realizadas no curso de Formação de Terapia Cognitivo Comportamental,
trazendo dinamismo ao mesmo.
Este material é composto por vários exercícios simples, mas
extremamente efetivos, que podem ser empregados por terapeutas
cognitivo-comportamentais em sua prática clínica, em pequenos grupos
ou individualmente.
Vale lembrar, que este material objetiva apenas introduzir alguns
exercícios e técnicas, consistindo em uma pequena amostra do que a TCC
pode nos oferecer.
Se você quer potencializar seu sucesso profissional, aumento a eficácia
de seus atendimentos convidamos você a conhecer nossos cursos e
materiais através dos sites www.cpaf.com.br e www.psimais.com.br.

Desejamos a você um trabalho positivo e operante!!!!

Prof. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares

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Agradecimentos
Este Caderno de Exercícios é fruto de um empenho do CPAF com seus
professores e colaboradores, para trazer as mais recentes abordagens
terapêuticas aos seus alunos, de forma a instrumentar sua prática clínica e
dinamizar as atividades realizadas no curso de formação em Terapia
Cognitivo-Comportamental.
Por isso, nunca é demais agradecer o esforço e dedicação aos que
colaboraram com este trabalho: Prof. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares, Prof.
Esp. Nilo Torturella, Psic. Renata Luiz Moreira da Silva, Profa. Dra. Paula
Guimarães, a Profa. Msc. Hebe Goldfeld e Prof. Esp. Jander Costa de
Almeida.
Agradecemos também a equipe do CPAF, coordenada pelo Prof. Esp.
Marco Aurélio Nascimento que forneceu suporte para a organização
deste trabalho, especialmente a Ana Paula Macedo, Ana Claudia Macedo,
Daniele dos Santos Cunha e Carolina Sad Túlio.
Aos nossos pais, companheiros e companheiras, filhos e amigos que
nos apoiaram e deram força para que este compromisso nunca ficasse
para depois.
Finalmente, agradecemos aos nossos alunos e ex-alunos que nos
despertaram para esta necessidade, nos inspirando à investir sempre na
melhoria dos cursos do CPAF.
Este material é dedicado a você, leitor e aluno, para o qual dedicamos
um especial agradecimento.

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Registro Diário de Pensamentos Disfuncionais
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: identificar e registrar pensamentos automáticos, emoções,


comportamentos e estados fisiológicos relacionados a determinadas
situações e\ou problemas. Esse registro também pode ser empregado
para mapear erros cognitivos e em um segundo momento para
questionar pensamentos automáticos disfuncionais.

Instruções: Preencher a tabela quando perceber uma mudança


súbita de humor. Ou preencher a tabela de acordo com as orientações
do terapeuta.

Data /hora Situação

Pensamento
Pensamento Comportamento Erro cognitivo Reestruturado

Data /hora Situação

Pensamento
Pensamento Comportamento Erro cognitivo Reestruturado

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Identificação de Pensamentos Disfuncionais
Prof. Luis Filipe Aboim Tavares

Objetivo: Alguns clientes têm dificuldade em aderir a terapia com a


identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais, levando às
vezes alguns meses até que consigam realizar a tarefa e preencher o
RDPD.
Como alternativa, o terapeuta pode solicitar ao cliente o
preenchimento da tabela abaixo, que poderá servir de ponto de partida
para se identificar algumas hipóteses a serem trabalhadas na terapia.

Instruções: Preencher a tabela de acordo com as orientações do


terapeuta.

Avalie seus pensamentos conforme as perguntas


abaixo, marcando a frequência a seguir.
Nunca Às vezes Frequentemente Muitas vezes Quase sempre Sempre
0 1 2 3 4 5

Eu sempre acho que vai acontecer o pior. A


Sinto que nós não temos condições de evitar os desastres.
Acho que qualquer chuva vai se transformar numa tempestade.
As pessoas são ingênuas em acreditar em dias melhores.

Eu consigo pressentir quando uma coisa ruim vai acontecer. B


Quando eu cismo com uma coisa ela sempre acontece.
Quando eu vou numa festa eu sinto as pessoas que não gostam de mim.
Quando eu fico triste é porque alguma coisa ruim está acontecendo.

Eu faço de tudo para tirar nota máxima porque senão não serei bem visto. C
Em uma festa/reunião tenho que ser a mais bonita/simpático, senão vão me esculachar.
Eu tenho olho bom para ver quem presta ou não.
Quando eu estou num grupo, eu sei o que é melhor.

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Tenho de receio de falar com meu chefe porque ele vai descobrir os erros que eu fiz. D
Eu não gosto de trabalhar em grupo porque os resultados são sempre ruins.
Sempre que alguém me elogia é para me preparar para uma critica.
Não acredito que a situação possa melhorar.

Eu só vou viajar por obrigação, porque tenho certeza que não será legal. E
Acho que todos os planos de vida/trabalho dificilmente darão certo.
Não participo de concursos porque sei que não vou passar.
Estou sempre alerta com meu namorado (a) /esposo (a) porque ele vai me trair.

Quando converso com alguém sei exatamente o que ele pensa a meu respeito. F
Tenho um sexto sentido para saber o que as pessoas acham de mim.
Meu chefe/namorado (a) não me engana quando vem me elogiar.
Não preciso que me digam as coisas porque eu consigo adivinhar antes.

Eu me acho incompetente/feia. G
Eu acho os outros incompetentes/ feios / maus.
Normalmente as pessoas de outras regiões/países são burras.
Eu sou muito inteligente/bonita (o).

Eu consegui passar na prova/concurso porque estava muito fácil. H


Ela foi legal comigo porque é legal com todo o mundo.
O chefe/professor aceitou meu trabalho porque não tinha outro jeito.
O trabalho em hora extra é obrigação de todos.

O trabalho que eu apresentei estava uma droga enquanto os outros grupos brilharam. I
Ter resultados positivos não quer dizer nada porque os outros sempre conseguem melhor.
Quando viajo é sempre para lugares fuleiros enquanto os outros vão para lugares maneiros.
As comidas que eu faço são comuns enquanto minhas amigas fazem muito melhor.

Quando o chefe/professor está chateado, tenho certeza que foi alguma coisa que eu fiz J
Meu relacionamento acabou porque eu sou uma porcaria
Meus pais/filhos não tem coisa melhor porque eu não tenho capacidade para tal
O prazo não foi cumprido porque eu não me dediquei o suficiente

Não gosto de festas porque nunca consigo paquerar K


Quando ameaça chuva, sempre saio molhado (a)
Ninguém me entende no trabalho/escola
O mundo/país vai acabar com esse governo

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Acredito que para dar certo eu tenho que ter o controle de tudo. L
As pessoas deveriam se dedicar mais no que fazem.
O meu chefe/professor deveria ter mais capacidade para chefiar/dar aula.
Meus amigos têm que me aceitar como eu sou.

Faço tudo para meus pais/filhos/namorado (a) mas eles não reconhecem. M
Eu tenho muitas responsabilidades na minha vida.
A sorte não me ajudou quando eu quis fazer o concurso/prova.
Minha saúde não me permite fazer certos trabalhos.

Se eu tivesse escolhido outro curso /trabalho eu estaria melhor. N


Não vou! E se eu ficar ansioso ou se eu ficar sem ar?
Será que eu tento? E se não der certo? E se não gostarem de mim?
Será que o filme presta? Será que não vai estar cheio? Será que vai estar frio?

Meus pais/Esposa (o) /filhos são a causa de todos os meus problemas O


Eles não fizeram o certo e eu que fico sobrecarregado
Meu chefe/professor não explicou direito e depois me critica pelo trabalho
Esse trânsito nunca me deixa chegar na hora

Eles conseguiram um modelo importado, por isso o meu ficou uma porcaria. P
Sofro porque minha amiga passou no vestibular de duas faculdades e eu não
Meu cabelo fino nunca se compara aos cachos da minha amiga
Meu irmão mais velho sempre consegue o melhor e eu só fico com o que sobra

Eu poderia ter conseguido um emprego melhor se tivesse tentado Q


Eu não deveria ter dito aquilo a ela
Se arrependimento matasse
Se eu tivesse chegado a tempo a esta hora estaria noutra

Não adianta me consolar, isso é o fim do mundo. R


Eu não consigo que alguém goste de mim, mesmo que você queira dizer ao contrario.
O meu trabalho não ficou bom, mesmo que você ache que ele presta.
Eu vou ficar com fome, mesmo que o almoço seja gostoso.

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Some o resultado das quatro questões na coluna da direita.
Verifique a probabilidade do pensamento automático disfuncional
conforme abaixo:

A Catastrofização
B Raciocínio emocional
C Pensamento Dicotômico tudo/nada
D Abstração seletiva-filtro negativo
E Erro Oracular
F Leitura Pensamento
G Rotulação
H Minimização do positivo
I Maximização do negativo
J Personalização
K Supergeneralização
L Imperativo; deveria, tenho que
M Vitimização
N Ruminação (E se?)
O Atribuição de Culpa
P Comparações injustas
Q Orientação p/ remorso
R Incapacidade de refutar
Atenção: Este instrumento não se presta ao diagnóstico, sendo
apenas uma ferramenta para identificar possíveis hipóteses que devem
ser trabalhadas pelo terapeuta junto ao cliente.

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Mapeamento de Crenças - Flecha Descendente
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: Identificar as crenças centrais ligadas aos pensamentos


automáticos disfuncionais.

Instruções: Fazer questionamentos sobre o significado de cada


pensamento de modo a aprofundar o conceito.
1) Use o formato: O que significa ........?
2) Prossiga com outra pergunta que analise a sua resposta para a
primeira questão, considerando o significado que ela tem para você.
Use o formato: O que isso significa para mim?

Assim como os degraus de uma escada este processo de repetição


vai conduzi-lo, ao fundo, às profundezas de sua cognição, até sua
crença, que está por trás de cada autoafirmação.

Eu penso que...
O que isso significa
para você?
Significa “Z”
O que “Z” significa
para você?
Significa “X”
A minha
crença é “Z”
Significa “Z”
O que significa “X”
para você?
O que “Y” significa
para você?
significa “Y”
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Difusão
Profa. Dra. Mônica Portella e Prof. Luis Filipe Aboim Tavares

Quando um paciente apresenta uma crença de que os pensamentos


refletem a realidade denomina-se a esse processo de “Fusão Cognitiva”
que tem como resultado da predominância do processamento linguístico
sobre a experiência consciente humana direta, onde as pessoas acabam
reagindo a eventos internos como se fossem verdades incontestáveis. Por
outro lado, a difusão cognitiva permite a quebra dessa fusão entre os
pensamentos e o mundo real.
Objetivos: Promover a percepção de pensamentos e sentimentos
como eventos mentais, em vez de verdades ou objetos literais e
concretos em uma realidade. Auxiliar a pessoa a experienciar eventos
privados desafiadores sem ser controlado por esses. Os exercícios
quebram o significado literal do pensamento disfuncional quando o
cliente aprende a observar e a reconhecer as memorias como memorias e
as sensações físicas como sensações físicas. Assim, o cliente consegue
perceber os pensamentos disfuncionais como externos a ele e não como
parte dele.
Instruções: Nessa técnica o alvo não é o conteúdo dos eventos
privados, e sim a percepção dos eventos como fenômenos mentais, em
vez de fatos.
O cliente deve perceber seus pensamentos e sentimentos como
histórias que está contando sobre si mesmo e\ou a “realidade”,
percebendo o pensamento como um simples evento, nada mais que isso.

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Percepção dos pensamentos
1) Pedir ao cliente perceber os pensamentos disfuncionais, vendo-os
como uma coisa fora de dele mesmo, como se fosse um carro na rua. Como
um carro na rua. Ele vê o carro se aproximando, identifica a marca e depois
observa o carro passando na sua frente e indo embora.

2) Dar nome a esse pensamento disfuncional: Lá vem o Chicão, vou


deixar o Chicão passar. Não vou pegar carona com ele porque ele é sem
noção.

3) Não é lutar contra o pensamento disfuncional, porque assim irá ficar


preso. Ex. Se pedir para não pensar num elefante cor de rosa você
consegue? Já pensou no elefante cor se rosa, não é?

4) Não lutar, mas deixar fluir sem se prender. Como se fosse uma onda
na praia. Tem momentos que a onda cobre a cabeça, mas sabe que ela vai
passar. Se não soubesse que a onda iria passar, poderia pensar que ia se
afogar, mas sabe que a onda vai passar. Vão vir outras ondas, todas vão
cobrir a cabeça, mas depois elas vão passar. E quando estiver satisfeito, vai
sair da agua e ir para a praia, porque sabia que ia passar e não ficou
apavorado pensando que ia se afogar.

5) Fazer uma imagem mental da praia, sentir que os pensamentos vão


passando assim como as ondas sobre a cabeça, mas que vão passar, e sentir
que está tudo bem, faz parte.

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Transformação de Comportamentos e Emoções
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: As crenças disfuncionais podem afetar as emoções e os


comportamentos. A ressignificação dessas crenças pode tornar o
comportamento mais funcional e a vida mais saudável.

Instruções:
1) Faça um sumário das situações que o perturbam. Este(s)
acontecimento(s) (A) pode ser interno, externo, real ou imaginário. Pode
ainda ser um evento no passado, presente ou futuro.

2) Liste as emoções negativas (C) e não saudáveis sentidas. Elas


podem incluir: ansiedade, tristeza, raiva, medo, vergonha, embaraço,
mágoa, ciúme, culpa, dentre outras.

3) Utilize o quadro abaixo para relata-las.

Consequências (C)
Acontecimentos ou Principais emoções negativas Principais comportamentos
Eventos Ativantes (A) e não saudáveis autodestrutivos

4) Uma vez preenchido o quadro acima, tente visualizar as possíveis


crenças irracionais (B) que o levaram as consequências indesejáveis.
Procure por: demandas dogmáticas do tipo: devo, deveria;
catastrofizações (é horrível, terrível), baixa tolerância a frustração,
avaliações (eu sou / ele / ela é má, não vale nada).

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5) Para debater (D), pergunte a si mesmo: qual o sentido em
continuar pensando assim? Onde está me levando esta crença? Ela é
útil ou autodestrutiva? Onde está a evidência para suportar a existência
da minha crença? Está consistente com a realidade? A minha crença é
logica ou segue a partir de minhas referencias? É realmente tão terrível
assim? Eu realmente não tenho como suportar?

6) Quais são as novas emoções (E) a partir do debate realizado?

7) Preencha o quadro abaixo com seus achados.

B (Crenças Irracionais) E (Novas emoções


D (Debate sobre as CIs) e comportamentos)

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Prática do Agradecimento
Prof. Luis Filipe Aboim Tavares

Objetivo: Em situações de humor negativo, o cliente passa a focar


apenas em situações negativas ou de falta, que provocam sentimentos
de desvalor, desamor ou desamparo.
A prática do agradecimento promove uma mudança do
pensamento, naquilo que o cliente já recebeu, provocando uma
sensação de merecimento, capacidade e valor.

Instruções:
1) Ao acordar, dentre das atividades rotineiras, separe um minuto e
faça uma relação das coisas que você pode agradecer (saúde, família,
emprego, amigos, situações prazerosas etc)

2) Repita isso ao deitar, ressaltando os acontecimentos do próprio


dia. Anote o nível de humor positivo conforme a tabela abaixo.

3) No fim da semana (Domingo), selecione um fato já relacionado e


que tenha nitidamente uma pessoa envolvida e planeje fazer um
agradecimento formal (pessoalmente, por telefone ou outro meio).

Dia Fato a agradecer Pessoa a agradecer Humor (0-10)

seg
ter
qu
qui
sex
sab
dom

4) No Youtube, assistir ao Filme “Quem dobrou seu paraquedas?”

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Melhora nas Interações Sociais
Prof. Dr. Nilo Virgílio Gori Torturella

Objetivo: Este exercício foca na avaliação de emoções positivas nas


relações com os outros de modo a tornar consciente essas emoções.
Nós compreendemos que os nossos sentimentos não são sentidos
unicamente quando estamos na presença dos outros. O que sentimos
por determinadas pessoas nos acompanha quando evocamos nossas
lembranças.

Instruções: Todas as noites, pense em três pessoas que teve contato


durante o dia e pergunte a si mesmo que emoções esses contatos
provocaram em você.
A ideia é tomar consciência da qualidade do encontro nos
relacionamentos que tivemos durante o dia. Você pode fazer esse
exercício com seus filhos, ou durante a terapia.

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Aumentando seu Engajamento Social
Prof. Dr. Nilo Virgílio Gori Torturella

Objetivo: Estar engajado socialmente significa o quanto você está


integrado em uma rede social, incluindo o número de pessoas e a
qualidade dos seus relacionamentos.

Instruções:
1) Liste as pessoas com que você se relaciona ou se relacionou no
passado.
2) Responda:
· Qual a qualidade de seu relacionamento?
· Com que frequência você se socializa com as pessoas listadas?
· Quanto de emoções positivas encontra na interação social?
(prazer, alegria, felicidade, bem estar)
3) Atividade:
· Escolha da lista 9 pessoas, que você possa se encontrar.
· Agende pelo menos 1 hora por semana para se dedicar a quem
você gosta amigos, familiares, parceiros, filhos e colegas de trabalho.
· O encontro deve ser presencial. Você deve escolher uma pessoa
diferente a cada semana, por 9 semanas continuas.

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Respiração Diafragmática
Profa. Renata Luiz Moreira Da Silva

Objetivo: A respiração diafragmática é uma técnica baseada na


observação de que muitas pessoas respiram de forma irregular quando
estão ansiosas, elevando mais o tórax do que o abdômen. Tal padrão de
respiração leva a um desequilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono no
corpo, causando sintomas físicos da ansiedade, como por exemplo,
tontura, asfixia e taquicardia.
Sendo assim, a interpretação equivocada desses sintomas gera
medo, o que aumenta a reação de ansiedade. Os benefícios de sua
aplicação são: alívio do estresse e ansiedade, reduz o cansaço, diminui o
risco de doenças, melhora a postura e favorece o desempenho.

Instruções:
1) Encontre um lugar confortável para sentar (com a coluna ereta)
ou deitar;
2) Observe sua respiração por alguns segundos;
3) Coloque a mão sobre o abdômen, entre o umbigo e o esterno,
para sentir a movimentação abdominal durante a respiração;
4) Agora procure respirar um pouco mais lentamente, enchendo e
esvaziando os pulmões a cada vez, sem fazer força nem soprar o ar
para fora;
5) Inspire pelo nariz contando até quatro. Sinta o ar encher os
pulmões e o abdômen subir;
6) Segure o ar dentro dos pulmões por dois tempos;
7) Expire pela boca, esvaziando os pulmões e a barriga, contando
até quatro novamente;
8) Repita o processo duas ou três vezes, depois continue respirando
pelo abdômen sem contar tempos.
9) Prestar atenção na respiração, à medida que for ficando cada vez
mais relaxado.
10) No final de cada sessão de respiração, verificar se há ainda
alguma tensão no corpo.
11) Comparação do nível de relaxamento antes e depois do
exercício.
12) Continuar respirando profundamente por cinco ou dez minutos.

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Relaxamento muscular progressivo de Jacobson
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: O relaxamento muscular faz parte do processo de


regulação das emoções nos transtornos de ansiedade e de humor. Este
exercício objetiva relaxar os músculos e a mente.

Instruções: Feche os olhos, posicione-se de forma confortável.


Respire calmamente, calmamente, calmamente... Você se sente
completamente tranquilo, tranquilo, tranquilo...

· Primeira contração dos grupos:


Preste atenção nos músculos do (a) seu (sua)... Agora, contraria os
músculos do (a) seu (sua)..., contraia, contraia, contraia... Agora solte,
solte completamente os músculos do (a) seu (sua)...
Preste atenção na diferença de quando os músculos do (a) seu
(sua)... estavam contraídos para agora que estão relaxados, relaxados,
relaxados...

· Segunda contração dos grupos musculares (ver página seguinte):


Novamente, preste atenção nos músculos do(a) seu(sua). Agora,
contraia os músculos do(a) seu(sua).. contraia, contraia, contraia. Agora
solte, solte completamente os músculos do(a) seu(sua)...
Preste atenção na diferença de quando os músculos do (a) seu
(sua)... estavam contraídos para agora que estão relaxados, relaxados,
relaxados...

· Instruções finais:
Agora todo o seu corpo está completamente relaxado, relaxado,
relaxado... Todos os músculos do seu corpo estão descontraídos,
descontraídos, descontraídos... Você respira calmamente, calmamente,
calmamente... Você se sente calmo e tranquilo, calmo e tranquilo, calmo
e tranquilo...

· Intervalo:
Esperar dois ou três segundos antes de recomeçar a falar.

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Agora que você está completamente relaxado, descontraído e
tranquilo, vamos contar até três. Quando chegarmos ao três, você
poderá abrir os olhos. Um, dois, três. Abra os olhos, vire a cabeça
devagar, mexa o corpo, espreguice e vá levantando devagar.

Grupos musculares a serem relaxados: braços e mãos, pernas e pés,


abdômen, ombros e pescoço e rosto.

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Relaxamento por Mindfulness
Prof. Msc. Luis Filipe Aboim Tavares

Mindfulness é a concentração no momento presente, ou atenção plena,


com a mente aberta e disposta a entender o que acontece em volta e dentro
de você e aceitar sem julgamento, simplesmente aceitar.

Objetivo: Proporcionar condições para a pessoa relaxar, se afastando dos


pensamentos automáticos disfuncionais, trazendo bem estar e capacidade
de solucionar problemas.

Instruções:
1) Confirmar que a ansiedade é um dos principais problemas do cliente.
2) Apresentação da técnica de relaxamento:
3) Explicar a importância dos exercícios de relaxamentos, relacionando-
os com a problemática;
4) Explicar em que consiste a técnica de relaxamento;
5) O terapeuta dirige os exercícios no inicio do treinamento;
6) Ambiente físico (temperatura, luz, conforto, garantir que nada
atrapalhe o relaxamento).
7) Voz do terapeuta com tom de voz compassado, baixo, lento, pausado
e monótono.
8) Utilizar frases e palavras que denote calma, junto com a expiração.
9) Saindo do Relaxamento

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Exemplo de pratica para 10 minutos:
· Fechar os olhos e posicionar-se de forma confortável. Respirar
calmamente, calmamente, calmamente... “Você se sente
completamente tranquilo, tranquilo, tranquilo”;
· Preste atenção na sua respiração. Inspire contando até 3,
expire contando até 3;
· Continue prestando atenção somente na respiração;
· Os pensamentos que surgirem não se prenda a eles. Deixe
que venham e se vão. Não se prenda a eles ou os julgue. É como uma
onda, ela vem, cobre sua cabeça, mas depois vai embora;
· Preste atenção na respiração, como está tranquila;
· Preste atenção no seu corpo, algum musculo ainda tenso,
procure relaxar esse musculo;
· Presta atenção onde você está sentado, procure relaxar até
sentir a cadeira confortável;
· Se surgirem novos pensamentos, não se prenda, é como um
carro na rua, ele vem, passa por você e se afasta novamente indo
embora;
· Preste atenção nos sons da sala ou fora dela, veja como são
novos;
· Preste atenção na temperatura e como está agradável;
· Preste atenção em alguma parte da sua barriga;
· Preste atenção nos batimentos do seu coração. Note como
está tranquilo;
· Preste atenção na respiração;
- Faça um alongamento com braços, pernas, pescoço;
- Volte suavemente para aqui agora, sinta-se relaxado e bem.

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Registro de Atividades
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: Tem por objetivo descobrir em que atividades a pessoa


gasta seu tempo.

Instruções: Registrar as atividades executadas durante uma semana


conforme tabela abaixo:
DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA
Prioridades do dia Prioridades do dia Prioridades do dia Prioridades do dia
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
08h _______________ 08h _______________ 08h _______________ 08h _______________
09h _______________ 09h _______________ 09h _______________ 09h _______________
10h _______________ 10h _______________ 10h _______________ 10h _______________
11h _______________ 11h _______________ 11h _______________ 11h _______________
12h _______________ 12h _______________ 12h _______________ 12h _______________
13h _______________ 13h _______________ 13h _______________ 13h _______________
14h _______________ 14h _______________ 14h _______________ 14h _______________
15h _______________ 15h _______________ 15h _______________ 15h _______________
16h _______________ 16h _______________ 16h _______________ 16h _______________
17h _______________ 17h _______________ 17h _______________ 17h _______________
18h _______________ 18h _______________ 18h _______________ 18h _______________
19h _______________ 19h _______________ 19h _______________ 19h _______________
20h _______________ 20h _______________ 20h _______________ 20h _______________

QUINTA SEXTA SÁBADO


Prioridades do dia Prioridades do dia Prioridades do dia
____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________
08h _______________ 08h _______________ 08h _______________
09h _______________ 09h _______________ 09h _______________
10h _______________ 10h _______________ 10h _______________
11h _______________ 11h _______________ 11h _______________
12h _______________ 12h _______________ 12h _______________
13h _______________ 13h _______________ 13h _______________
14h _______________ 14h _______________ 14h _______________
15h _______________ 15h _______________ 15h _______________
16h _______________ 16h _______________ 16h _______________
17h _______________ 17h _______________ 17h _______________
18h _______________ 18h _______________ 18h _______________
19h _______________ 19h _______________ 19h _______________
20h _______________ 20h _______________ 20h _______________

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Registro de Bem-Estar e/ou Maestria
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: Registrar o nível de bem-estar que cada atividade


proporciona e o nível de maestria (quão bem se faz aquela atividade).
Assim, podemos identificar, por exemplo, quais atividades podem ser
modificadas por outras mais prazerosas.

Instruções: A pessoa deve anotar ao lado de cada atividade


executada ao longo do dia seus níveis de maestria (o quanto se sentiu
competente ao realizar uma determinada atividade), bem como seu
nível de bem-estar. Para isso o cliente emprega uma escala subjetiva,
dando uma nota de 1 (muito pouca maestria e\ou bem-estar), a 10
(muita competência\ bem-estar)

Data Atividade Nível de Maestria Nível de Bem-estar Observações


e hora realizada (0-10) (0-10) gerais

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Tomada de Decisão
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: Emprega-se esta estratégia quando há fatores sociais que


dificultam a tomada de decisão.

Instruções:
Consiste em fazem uma lista de prós e contras de cada uma das
soluções pensadas por você e oferecidas pelos outros para lidar com
um determinado problema.
Considerar a solução não apenas com maior número de vantagens e
o menor de desvantagens, mas aquela que apresenta um maior
impacto ou importância emocional.

Lista de Prós e Contras

Questão/Dúvida: _____________________________________________________
________________________________________________________________________

Prós (peso 0 - 100) Contras (peso 0 - 100)

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Decatastrofização
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo: Auxiliar o cliente a decatastrofizar um pensamento


negativo.

Instruções:
1) Pensar no pior que pode acontecer.
2) Desenvolver alternativas para lidar com o problema
3) Reentruturar a crença ou pensamento catastrófico.

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Escuta Ativa
Profa. Dra. Mônica Portella

A escuta ativa, é uma arte a ser desenvolvida e trabalhada nas mais


diversas arenas da vida, incluindo os diversos campos profissionais.
Quando alguém se coloca por inteiro para ouvir seu interlocutor, este
consegue expor melhor seus argumentos. Esse é um fato dos mais raros
nos nossos dias, em que somos demandados a todo instante por
inúmeras mídias e chamados.
Ao ouvir com atenção ganharmos a simpatia do interlocutor e
obtemos informações que nos ajudam a melhorar e adaptar a
comunicação.

Objetivos:
1) Permitir testar inferências que faz sobre o ouvinte.
2) Aumentar a disponibilidade para o interlocutor.
3) Evitar julgamento de valor.
4) Ajuda a transformar o mal ouvinte em ouvinte comprometido.
Uma pessoa bem ouvida se disponibiliza para o outro.

Procedimentos:
1) Conversar com uma pessoa conhecida durante 10 minutos
procurando seguir as instruções abaixo:
· Observar as reações emocionais do interlocutor.
· Escutar e compreender a mensagem inteira (verbal e não verbal).
· Parafrasear (resumindo e pontuando a comunicação) o interlocutor,
e resumir o que ele comunicou afim de verificar se compreendeu a
mensagem corretamente.
· Fazer perguntas e fornecer feedback.

2) Evitar fazer julgamentos a respeito do seu interlocutor.


· Participar ativamente da conversa, fazendo perguntas abertas,
buscando informação sobre o outro e manifestando interesse (verbal e
não verbal).

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Direitos Assertivos
Profa. Dra. Mônica Portella

Implica a expressão direta dos próprios sentimentos, necessidades,


direitos legítimos ou opiniões sem ameaçar ou castigar os demais e
sem violar os direitos das outras pessoas;
A mensagem básica é: Isso é o que eu acho. Isso é o que eu sinto. É
assim que vejo a situação.
A mensagem expressa quem é a pessoa e é dita sem dominar,
humilhar ou degradar o outro indivíduo;
O comportamento não verbal, como o olhar, a expressão facial, a
postura corporal, a entonação, o volume da voz é muito importante e
pode acrescentar ou tirar valor do comportamento verbal.

Objetivos:
1) Tomar consciência dos seus direitos assertivos, bem como dos
direitos dos outros.
2) Exercer os direitos assertivos que tem dificuldade.

Instruções: Pedir para o paciente ler em voz alta a lista abaixo,


comentando o quanto acha pertinente para si próprio.
1) Eu tenho o direito de ser tratado com respeito e dignidade.
2) Eu tenho o direito de recusar pedidos sem ter de me sentir
culpado ou egoísta.
3) Eu tenho o direito de experimentar e expressar meus próprios
sentimentos.
4) Eu tenho o direito de não ter argumentos convincentes para todas
as minhas decisões.
5) Eu tenho o direito de deter-me e pensar antes de agir.
6) Eu tenho o direito de mudar de opinião.
7) Eu tenho o direito de pedir o que quiser (levando em conta que a
outra pessoa tem o direito de dizer não).

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8) Eu tenho o direito de não ser perfeito.
9) Eu tenho o direito de ser independente.
10) Eu tenho o direito de decidir o que fazer com meu próprio
corpo, tempo e propriedade.
11) Eu tenho o direito de pedir informação.
12) Eu tenho o direito de cometer erros e ser responsável por eles.
13) Eu tenho o direito de me sentir satisfeito comigo.
14) Eu tenho o direito de ter minhas próprias necessidades, e que
essas necessidades sejam tão importantes como as necessidades dos
demais.
15) Eu tenho o direito de ter opiniões e expressá-las.
16) Eu tenho o direito de decidir se quero satisfazer as expectativas
de outras pessoas ou se prefiro agir seguindo meus interesses - desde
que não viole os direitos dos demais.
17) Eu tenho o direito de falar sobre um problema com a pessoa
envolvida e esclarecê-lo, em casos-limite, em que os direitos não estão
totalmente claros.
18) Eu tenho o direito de obter aquilo pelo que pago.
19) Eu tenho o direito de escolher não me comportar de maneira
assertiva ou socialmente hábil.
20) Eu tenho o direito de ter direitos e defendê-los.
21) Eu tenho o direito de ser escutado e de ser levado a sério.
22) Eu tenho o direito de estar só, quando assim o escolher.
23) Eu tenho o direito de fazer qualquer coisa, desde que não viole
os direitos de outra pessoa.

Procedimentos:
1) Hierarquizar os direitos assertivos listados, dando uma nota de 1
(muito fácil exercer este direito) a 10 (muito difícil de exercer esse
direito), para cada um dos direitos acima.
2) Selecionar um ou dois direitos assertivos que tenha um pouco
de dificuldade de exercer (nota 5 ou 6) e procurar exerce-lo durante
uma semana.
3) Anotar os progressos e conquistas.

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Avaliação dos Comportamentos Assertivos
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivos:
1) Avaliar se tem uma dificuldade de exercer algum
comportamento assertivo.
2) Estabelecer metas para o treinamento em assertividade.

Procedimentos:
Preencher a tabela abaixo:
1) Colocar o nome de três pessoas com as quais você tenha
dificuldade de ser assertivo na tabela abaixo.
2) Dar uma nota de 1 (muito fácil – sem dificuldade) até 10
(dificuldade extrema de exercer esse comportamento assertivo) para
cada um dos comportamentos listados. Considerar todos os
comportamentos em relação as pessoas listadas.
3) Iniciar o treinamento em assertividade pelos comportamentos
medianamente difíceis de exercer (nível 5 ou 6 de dificuldade).

Comportamentos Nome de Nome de Nome


Observações
de
assertivos uma pessoa uma pessoa uma pessoa
gerais
Fazer pedidos

Dizer não

Solicitar uma mudança


de comportamento

Recusar pedidos

Expressar amor,
agrado e afeto

Expressão de incômodo,
desagrado e desgosto
de modo justificado

Fazer críticas

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Hierarquia de Exposição
Profa. Paula Guimarães

Primeiramente, é importante identificar o alvo causador dos


sintomas fóbicos, que pode ser um objeto, animal, situação ou local
para que o sujeito seja exposto de forma gradual com o foco do medo.
É útil fazer uso de imagens ou verbalizações de enfrentamento.

Objetivos:
Remissão de situações que causam ansiedade disfuncional devido
algum local, objeto, pessoa, animal ou algo que gere um gatinho de
medo desproporcional a realidade.

Instruções:
1) Identificar o alvo causador dos sintomas fóbicos, que pode ser um
objeto, animal, situação ou local para que o sujeito seja exposto de
forma gradual com o foco do medo.
2) É criada uma lista de hierarquia do medo conforme o grau de
ansiedade que provoca cada situação. Começando pelo menos
ansiogênico até a situação mais temida.
3) Começar a pratica pelo alvo menos ansiogênico baseado no
método tentativa-erro diversas vezes, irá depender do nível fóbico de
cada um.

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4) Quando uma situação da hierarquia é praticada sem um nível
disfuncional de ansiedade (avaliado pelo terapeuta conforme a
performance do cliente), será iniciada a exposição da próxima escala na
hierarquia até que se chegue a situação mais nociva. É relevante
apontar que o cliente não deve ser exposto de forma precoce, por
tanto, é recomendável que ele pratique, pelo menos 3 vezes, uma etapa
de forma satisfatória antes de ser exposto a próxima etapa da lista
hierárquica.

Exemplo de Lista de Hierarquia de Exposição - Alvo fóbico: fobia


específica de elevador.

10Jantar em um restaurante que fica no 40o andar


9 Visitar a tia que mora no 16o andar
8 Elevador totalmente fechado sem interfone
7 Elevador velho de grades sem ascensorista, porteiro idoso
6 Elevador panorâmico com interfone, subir 6 andares

5 Elevador novo com interfone e ascensorista, subir 4 andares


4 Elevador novo com interfone e ascensorista, subir 3 andares
3 Elevador novo com interfone e ascensorista, subir 1 andar
2 Entrar no elevador e permanecer no térreo com a porta fechada

1 Entrar no elevador e permanecer no térreo com a porta aberta

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Ataque de Vergonha
Profa. Paula Guimarães

A Fobia Social é caracterizada por manifestações de alarme, tensão


nervosa, medo e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação
social quando o portador precisa interagir com outras pessoas, realizar
desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais.

Objetivos: Vivenciar uma situação que represente uma exposição


social muito constrangedora visando lidar com a ansiedade que o
sentimento de vergonha pode proporcionar ao seu nível máximo,
objetivando dessensibilizar de outras situações que podem
desencadear constrangimento e evitação em atividades diárias.

Instruções: Escolher uma situação social que cause muita vergonha


de acordo com cada pessoa, em vista que, o que pode ser vergonhoso
para alguém pode não ser para outro. O cliente deverá realizar a tarefa
e manejar a ansiedade que a situação pode causar e avaliar que a pior
consequência é a sua própria ansiedade. Por exemplo: cantar alto e
dançar no meio da rua.
Avaliar o nivel de ansiedade (0-10) antes e depois do exercício e
constatar que o medo imaginário é muito pior do que a própria
realidade.

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Exposição Interceptiva no
Tratamento do Transtorno de Pânico
Profa. Hebe Goldfeld

Por que lançar mão da Técnica de Exposição Interoceptiva, como


uma Estratégia de Intervenção no Componente Comportamental?
Porque clientes que apresentam vulnerabilidades biológicas tem um
medo primário das sensações relacionadas à ativação autonômica das
suas experiências:
· Dados somáticos disparam de modo imprevisível,
· Alarmes falsos são aprendidos e condicionados pelo cliente,
causando pânico.

Objetivos:
1) Levar o Cliente a aprender a vivenciar sinais de ansiedade, sem
entrar em pânico, extinguindo o condicionamento interoceptivo.
2) Criar condições para que o cliente permaneça na situação temida,
provocando sintomas de pânico e percebendo que tais sintomas são
desagradáveis, mas não mortais.
3) Expor o cliente às sensações corporais por ele temidas.

OBS: os clientes acreditavam que, ao fugir dos sintomas,


sobreviveriam ao pânico.

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Instruções:
Exercícios de Exposição Interoceptiva: Como provocar os sintomas
temidos, os sinais de perigo?

1. Induzindo taquicardia ou dormência:


a) levar o cliente à hiperventilar rapidamente, de forma superficial e
ofegante, pela boca, durante 1 minuto;
b) cliente correr, sem sair do lugar, por 60 segundos;
c) cliente subir ou descer escadas, acompanhado do terapeuta,
depois de perguntar para o cliente se ele é capaz e se não tem
nenhuma restrição de saúde em fazer o exercício;

2. Induzindo tontura: rodar em cadeira giratória ou girar em pé em


torno de si por 60 segundos;

3. Induzindo sufocação: respirar por um canudo fino, durante 120


segundos.

Após os exercícios de Exposição Interoceptiva, realizar o Treino


Respiratório:
Respirar 30'', profunda e tranquilamente dentro das mãos em
concha, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, sem forçar. Isso
ativa o SNAPs, equilibra O2 e CO2, gerando bem-estar, auxiliando na
redução dos sintomas de ansiedade e gerando relaxamento.
Intensificar sensações de ansiedade ao aplicar a Exposição
Interoceptiva, ativando o SNAS e gerando habituação. Esses exercícios
de hiperventilação auxiliam a desvincular sensações corporais, do
ataque de pânico.

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Parada de Pensamento
Profa. Dra. Mônica Portella

Objetivo:
Essa técnica consiste em parar um pensamento automático negativo
(parada de pensamento), por meio da interrupção consciente, focando
a atenção em algo diferente do pensamento automático negativo ou
do erro cognitivo (distração). Por exemplo, quando você perceber um
pensamento automático negativo (erro cognitivo) basta dizer “pára”
(parada de pensamento) e mudar o foco da sua atenção (distração).
Com o objetivo de mudar o foco da atenção você pode sair do
ambiente em que está e ir fazer uma outra atividade ou pensar em algo
agradável.

Instruções:
A técnica da distração é efetiva para aliviar sentimentos negativos.
Essa técnica pode ser vista como uma habilidade de enfrentamento.
Primeiro, a pessoa classifica o grau do sentimento negativo, depois ela
focaliza em um objeto no lugar onde se encontra, como exemplo, uma
peça de mobília atraente, enfim algo que atraia sua atenção. A pessoa
descreve ou escreve o que está vendo em detalhes para si mesmo ou
alguém ao seu lado. Em seguida reavalia seus sentimentos, verificando
se sofreram alguma alteração ou mudança.
Enquanto focaliza no ambiente, a pessoa pode utilizar os cinco
sentidos (paladar, audição, olfato, sensações corporais e visão). Esse
procedimento pode ajudar quando fica ruminando sobre um
determinado assunto estressante.
Finalmente, podemos usar a imaginação de cenas agradáveis para
nos distrair de emoções estressantes. Para isso basta fechar os olhos e
imaginar algo agradável que desencadeie emoções positivas. O uso do
humor também pode ajudar. Algumas pessoas preferem imaginar
situações engraçadas. Essas relatam com frequência que a utilização do
humor ajuda a distrair e a tirar o foco dos sentimentos estressantes.

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Resiliência, Crescimento pós-traumático:
Portas que se abrem e portas que se fecham
Prof. Jander Costa de Almeida

Objetivo: tornar o praticante da técnica mais resiliente, com maior


capacidade de recuperação em situações adversas, transformando as
dificuldades em grandes oportunidades de crescimento.

Instruções:

Passo 1- Se colocar em uma posição confortável, fechar os olhos,


respirar profundamente por 3 vezes, e pensar em uma situação adversa
que tenha ocorrido com você.
Observação: inicialmente solicitamos que o praticante da técnica
escolha eventos que não tenham um peso emocional muito intenso,
deixando esses eventos para momentos onde já possuam maior prática,
ou realizem sob a orientação de um profissional treinado para
acompanhá-lo.

Passo 2- Responder mentalmente as seguintes perguntas:


· Que portas foram fechadas por essa situação?
· Que porta que se abriu?
· Que aspectos positivos você consegue observar nessa situação?
E pelo que você pode ser grato?
· Como essa experiência me mudou?

Passo 3 - Refletir sobre essas respostas e anotá-las em uma folha de


papel se possível discutir em grupo.
Resultados Esperados: O treinamento de tentarmos olhar para o lado
positivo e de tornamos gratos mesmo pelos eventos adversos que
ocorrem conosco nos tornam mais resilientes e diminui a incidência de
memórias traumáticas.

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Autores

Profa. Dra. Mônica Portella


CRP: 05/22229

Diretora científica e de cursos de extensão do PSI+, IIPSI+ e CPAF-RJ. Pós Doutora em


Psicologia (PUC-RJ),
Doutora em Psicologia Social (UFRJ). Mestre em Psicologia Cognitiva (UFRJ).
Professora/supervisora da equipe clínica, de coaching e docente em cursos de Pós-
Graduação e MBA em Psicologia Positiva e Terapia Cognitivo Comportamental
(PSI+/CPAF-RJ/AVM). Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental Positiva e Coach em
Psicologia Positiva. Pioneira em Psicologia Positiva no Brasil. Ministra palestras em
várias empresas, no Brasil e no Mercosul, tendo entre seus clientes Petrobras, Banco do
Brasil, Marinha do Brasil entre outras. Participa de entrevistas na mídia com frequência.
Autora de livros/artigos sobre Psicologia Positiva, Comunicação Verbal e Não-Verbal e
Controle do Stress.

Luis Filipe Aboim Tavares


CRP: 05/44782

Eng Metalúrgico (PUC-MG) Psicologo (Estácio) Mestre em Psicologia (PUC-Rio).


Psicólogo Clinico e Coach pessoal e profissional.Prof. AVM/Candido Mendes nas
cadeiras de Gestão de Carreiras e Desempenho Humano e Prof. no CPAF-Rio no curso
de Terapia Cognitiva Comportamental com ênfase nas disciplinas Terapia de Esquemas
e Neurociência em TCC.

www.cpaf.com.br 38 www.psimais.com.br
Autores

Dra. Paula Guimarães


CRP: 05/52494

Doutora em Psiquiatria e Ciências do Comportamento (UFRGS)


Mestra em Psiquiatria e Ciências do Comportamento (UFRGS)
Docente em cursos de Pós-Graduação e MBA em Psicologia Positiva e Terapia
Cognitivo Comportamental (PSI+/CPAF-RJ/AVM)
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (NEAPC)
Especialista em Psicologia Positiva (PSI+)
Autora de artigos internacionais sobre TDAH e neuropsicologia

Jander Costa de Almeida


CRP: 05/51256

Psicólogo Clínico, graduado em Psicologia pela UNESA (2011). Especialista em Saúde


Pública, com ênfase em Saúde da Família pela Uninter. Especialista em Terapia
Cognitivo-comportamental integrada à Neurociência pelo CPAF-RJ. Pós-graduação em
Psicologia Positiva pelo CPAF-RJ (em formação). Atualmente trabalha como professor e
colaborador do CPAF-RJ. Integrado ao grupo de Psicólogos no Instituto Flumignano de
Medicina. Gestor de Saúde Pública pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
desde 2011.

www.cpaf.com.br 39 www.psimais.com.br
Autores

Nilo Torturella
CRM: 5240275-1

Médico Especialista em Psiquiatria pela ABP. Especialista em Psicologia Médica e


Psicossomática. Pesquisador Clínico em Psiquiatria. Formação em Psicoterapia Analítica
de Grupo. MBA em gestão em Saúde. Formação em Psicologia Positiva Psi +. Professor
nos cursos de Psicologia Positiva ( Psi+) e no CPAF RJ.

Msc. Hebe Goldfeld


CRP: 05/32026

Professora Adjunta UFRJ


Cientista Social UFRJ
Psicóloga Clínica UNESA
Psicopedagoga CEPERJ
Mestre em Educação UFRJ
Membro do Corpo Docente do CPAF/RJ

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Autores

Renata Luiz Moreira da Silva


CRP: 05/31006

Psicóloga formada há 14 anos pelo Centro Universitário Celso Lisboa, atuando na área
clínica e organizacional. Pós-graduada em gestão de pessoas pela Universidade Veiga
de Almeida e em Terapia Cognitivo-comportamental pelo CPAF/AVM. Experiência como
terapeuta cognitivo-comportamental no atendimento de adolescentes/adultos e idosos.
Atua como supervisora clínica e professora em cursos de formação de terapeutas
cognitivo-comportamentais.

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ANOTAÇÕES:

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ANOTAÇÕES:

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