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METODOLOGIA ATIVA DO CONHECIMENTO

CONCLUSÃO DO ENSINO MÉDIO 2023

JULIANE PINHO

MAISA ANDRADE

LANA MOREIRA

ÓPTICA: UMA ABORDAGEM FÍSICA E BIOLÓGICA

CASTANHAL/PA
2023
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JULIANE PINHO

MAISA SILVA

LANA MOREIRA

TÍTULO DO TRABALHO

Trabalho de Conclusão do Ensino Médio


apresentado como requisito para obtenção da
nota da quarta avaliação no Colégio MAC -
Metodologia Ativa do Conhecimento.

Orientador(a): Tarcísio

CASTANHAL/PA
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2023

Resumo
As relações entre a biologia e física, a fim de compreender a óptica por completo,
aborda, conceitos referente ao estudo da luz e seus fenômenos, com o objetivo
de aprofundar o aspecto físico, que abrange todo o estudo da luz, a interação
com os objetos, até refletir nos olhos, além disso, a fisiológica do olho humano
tendo em consideração a estrutura interna dos olhos e seu funcionamento e
defeitos, assim como a filosófia, que compreende a interpretação que as pessoa
tem sobre a visão, que deriva do fenômeno óptico no decorrer da história. Dessa
maneira, contempla a exploração do desenvolvimento histórico, que apresenta
a evolução dos instrumentos ópticos e suas funções para a sociedade, como
também a relação da estrutura ocular com as principais doenças e seus
tratamentos, que atinge grande parte da população, tendo em vista, os perigos
que a contemporaneidade sofre com a intensa exposição ao meio tecnológico,
assim, observa-se métodos para reduzir a agressão a visão.

Palavras-chave: óptica, luz, instrumentos, doenças, tecnologia.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................7
2 ÓPTICA NOS ASPECTOS FÍSICOS ..................................................................8
2.1 Fenômenos na óptica geométrica .........................................................................8
2.1.1 Refração ..................................................................................................................8
2.1.2 Reflexão ..................................................................................................................8
2.1.3 Absorção da luz .......................................................................................................9
2.2 Fonte de luz ...............................................................................................................9
2.2.1 Fonte de luz extensa ................................................................................................9
2.2.2 Fonte de luz pontual ..............................................................................................10
2.3 Princípio da óptica geométrica ..............................................................................10
2.3.1 Propagação retilínea da luz ....................................................................................10
2.3.2 Reversibilidade do trajeto da luz ...........................................................................10
2.3.3 Interdependência dos raios de luz ..........................................................................10
2.4 As cores por reflexão ................................................................................................11
3 LENTES ESFÉRICAS ........................................................................................11
4 ÓPTICA NO ASPECTO BIOLÓGICO.............................................................12
4.1 Córnea ......................................................................................................................12
4.2 Conjuntiva ...............................................................................................................13
4.3 Esclera ......................................................................................................................13
4.4 Humor aquoso .........................................................................................................13
4.5 Humor vítreo ...........................................................................................................13
4.6 Íris ............................................................................................................................13
4.7 Cristalino .................................................................................................................14
4.8 Retina .......................................................................................................................14
4.8.1 Bastonete ...............................................................................................................14
4.8.2 Cone .......................................................................................................................14
4.9 Fóvea ........................................................................................................................14
4.10 Coróide ..................................................................................................................15
4.11 Nervo óptico ..........................................................................................................15
4.12 O olho é uma câmera escura ................................................................................15
5 INSTRUMENTOS ÓPTICOS ............................................................................16
5.1 Lupa .........................................................................................................................16
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5.2 Microscópio composto ............................................................................................17


5.3 Luneta ......................................................................................................................18
5.4 CÂMERA ESCURA E CÂMERA FOTOGRÁFICA .........................................18
6 DOENÇAS E CONDIÇÕES OCULARES ........................................................18
6.1 miopia .......................................................................................................................18
6.2 Hipermetropia ...........................................................................................................19
6.3 Nistagmo ...................................................................................................................20
6.4 Glaucoma ..................................................................................................................20
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................21
REFERÊNCIAS....................................................................................................22
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1. Introdução
A óptica é o campo da física que estuda os fenômenos relacionados à luz e sua
interação com a matéria. Um fenômeno óptico pode ser considerado físico (que
envolve o meio de propagação da luz, a origem da luz, o percurso da luz até os
preceptores visuais e as ferramentas utilizadas com base nessa ciência) e
biológico (que envolve os aspectos fisiológicos do olho). A humanidade começa
os estudos dos fenômenos ópticos na natureza desde a antiguidade, com a
observação de fenômenos naturais como a aurora boreal, que ocorre quando as
partículas eletricamente carregadas dos intensos ventos solares adentram a
atmosfera - que apresenta campos magnéticos mais concentrados – que sofre
deflexões, que emitem luzes azul e verde, assim como as nuvens iridescentes,
que se forma a partir da difração da luz nos pequenos cristais de gelo, que
dispersa a luz, criando cores similares ao arco-íris e tons pasteis. Com a
evolução dos estudos luminosos e desenvolvimento tecnológico, foi possível
desenvolver instrumentos para diversos ramos da ciência, como a observação
que utiliza o telescópio para o estudo da astronomia, ou para a saúde, por meio
de lentes que possibilitam a correção de defeitos visuais.
Além disso, os estudos que envolveram a óptica, no final do século XVI,
na Grécia antiga, era entendido segundo três convenções estabelecidas de
investigação e estudo, sendo elas à física, a anatômica e a matemática, é
necessário entender a interdependência entre esses aspectos, para
compreender o estudo completo da óptica.
O desenvolvimento de doenças ópticas é cada vez mais comum na
sociedade atual, é importante entender os defeitos visuais, formas de
tratamento, métodos para adaptar a visão e formas de prevenir as doenças
visuais no contexto atual.
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2. Óptica no Aspecto Físico

Na natureza existe uma variação de ondas do tipo transversais (aquelas que


não precisam de um meio para se propagar), são elas as ondas de rádio, os
micro-ondas, o infravermelho, o ultravioleta e outras. Porém, o olho humano é
capaz de enxergar apenas uma pequena fração do espectro eletromagnético: a
luz visível, que permite a percepção de cores. No capítulo 2 deste artigo serão
abordados os conceitos de óptica no aspecto físico.

2.1 Fenômenos da Óptica Geométrica

A óptica geométrica é a forma mais simples da compreensão da luz, aplicam-se


conceitos que ajudam a explicar alguns fenómenos naturais, como as sombras
e os eclipses. Dentro do estudo da óptica, é utilizado o conceito de raios de luz
para representar a propagação dela, que são linhas apontando para o sentido
que ela incide. Nesse contexto, existem alguns fenômenos naturais que
envolvem a propagação da luz como: refração, reflexão e a absorção da luz.

2.1.1 Refração

Refração é a mudança da velocidade de um feixe de luz quando passa a se


propagar de um meio A para outro meio B. Pode ser classificado em refração
regular e refração difusa.
A refração regular ocorre quando o feixe de raios refratados, após mudarem de
velocidade, permaneçam a incidir paralelamente, o que possibilita por exemplo
que uma pessoa enxergue um lápis dentro de um balde cheio de água.
A refração difusa consiste na mudança de sentido dos feixes de luz após
sofrerem refração, é o caso do vidro fosco, onde não é possível compreender
totalmente o que se enxerga do outro lado do meio.

2.1.2 Reflexão
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Um feixe de raios paralelos que incide no meio A(atmosfera) sobre uma


superfície espelhada B reflete e retorna ao meio A em um sentido diferente. Pode
ser classificado em reflexão regular, quando o feixe de raios refletidos
permanece incidindo paralelamente, esse fenômeno ocorre em superfícies lisas,
no momento em que imagem refletida pode ser vista com clareza, á exemplo o
reflexo visto através do espelhos ou de uma poça de água e a reflexão difusa,
quando o feixe de raios paralelos interagem com uma superfície não espelhada
e os feixes se espalham por todas as direções, á exemplo a superfície de uma
parede, que apresenta irregularidades em sua superfície, pois a luz segue por
várias direção.

2.1.3 Absorção da Luz

O Feixe de raios paralelos incide sobre uma superfície e não retorna ao meio
anterior e nem adentra ele mudando de velocidade, a luz é simplesmente
absorvida pelo meio, e como na natureza tudo se transforma, a luz é convertida
em energia térmica no segundo meio. O meio que absorve a luz é chamado de
opaco,

2.2 Fontes de luz

As fontes de luz podem ser classificadas de acordo com algumas características.


Fonte primária: fonte de luz que emite luz de forma natural (sol) ou artificial
(lâmpada)
Fonte secundária: fonte que apenas reflete a luz de outra fonte primária (lua)
Luz monocromática: os feixes que compõem o raio de luz possuem e mesma
frequência (mesma cor)
Luz policromática: os feixes que compõem o raio de luz possuem frequências
diferentes, e dão origem a luz branca, devido a superposição de cores diferentes,
como é o caso da luz do sol e da luz de algumas lâmpadas.
Essa luz policromática é a utilizada no experimento do prisma de Isaac Newton,
na qual ao passar pelo interior do prisma, sofre refração difusa, resultando em
vários feixes de luz de cores diferentes.
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2.2.1 Fonte de luz extensa

Fontes de luz que tem um tamanho consideravelmente extenso, no sentido de


tamanho. Por exemplo, o sol, a lâmpada e etc.

2.2.2 Fonte de luz pontual

São fontes de luz de tamanho desprezível, como uma estrela. Ademais, tudo
depende do ponto de vista do observador, uma estrela é desprezível vista da
terra, mas se um homem se aproxima dela, ela claramente é um corpo extenso.

2.3. Princípios da Óptica Geométrica

Dentro do estudo da óptica, é utilizado o conceito de raios de luz para representar


a propagação dela, que são linhas apontando para o sentido que ela inside.
A óptica geométrica conta com alguns princípios fundamentais como: a
propagação retilínea da luz, reversibilidade do trajeto da luz e a independência
dos feixes de luz.

2.3.1 Propagação Retilínea da Luz

No contexto visual a olho nu, a luz se propaga em linha reta, a não ser que
interaja com um meio e sofra refração ou reflexão.

2.3.2 Reversibilidade do Trajeto da Luz

Consiste na mudança de sentido do feixe de luz após interagir com uma


superfície de natureza refletora como um espelho. É importante ressaltar que, o
feixe refletido é idêntico ao feixe incidente, porém investido, ou espelhado.
Uma situação que exemplifica isso, é uma pessoa A que observa outra pessoa
B pelo reflexo do espelho do carro. Se A enxerga B, então B também enxerga A.

2.3.3 Independência dos Raios de Luz


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Feixes de luz que se cruzam, seguem o trajeto de incidência sem interferência


do feixe tangente, eles são independentes.

2.4 As Cores por Reflexão

O olho humano percebe as cores por meio da reflexão da luz nos diferentes
corpos. Por exemplo, um feixe de luz branco está iluminando uma caixa amarela.
É possível perceber que a caixa é amarela devido ao fato de que o corpo da
caixa reflete a luz amarela que forma o feixe branco e absorve as demais cores.
Um corpo de coloração branca reflete todas as cores de um feixe de luz branca,
e um corpo negro absorve todas as cores.
Ademais, essa propriedade permite compreender o porquê de camisas de
coloração pretas serem famosas por esquentar muito, e o porquê de camisas de
coloração branca serem mais frescas. Como já explicado, um corpo que absorve
toda a luz a converte em energia térmica, que é o caso da blusa preta, que não
reflete nenhuma cor pois absorve todas.

3. Lentes Esféricas

As primeiras lentes a surgir foi no ano 500 a.C. na China – entretanto, como
se acreditava que os problemas oriundos da visão eram culpa de espíritos
malignos, elas serviam apenas como amuleto, somente quase mil anos depois,
no século IV, o grego Sêneca, autor de tragédias com fama de ter lido todos os
livros que existiam na época, usava um pote com água para deixar as letras
maiores, após isso, ocorreu, cada vez mais, o avanço e a descoberta da lente e
suas propriedades, e foi sucedendo na atualidade, assim, hodiernamente
segundo o físico Jearl Walker (2009), uma lente é um corpo translúcido
restringido por duas superfícies refratoras, quando expostas a luz. Sob esse viés,
as lentes esféricas classificam-se em duas classes, dependendo da sua
consistência periférica quando comparada, sendo à consistência da região
central: lentes de bordas finas, tal como, a lente biconvexa, e lentes de bordas
grossas, conforme a lente bicôncava, esse comportamento óptico distinto das
lentes esféricas é explicado pelo comportamento convergente, (quando a lente
faz com que os raios luminosos se concentre em um único centro óptico), e
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comportamento divergente ( quando a lente executa os raios luminosos a se


dissiparam do seu eixo central) da lente, essa veracidade de uma lente ser
convergente e divergente necessita do meio, pois estes comportamentos estão
agregados às diferenças entre o índice de refração do material (lente), e do meio
que a envolve.
Outrossim, a lente esférica tem dois focos principais: o foco objeto (F) e o foco
imagem (F’), o foco principal objeto F de uma lente é o ponto do eixo
fundamental, o qual conjuga raios que emergem paralelos ao eixo, isto é, uma
imagem imprópria, onde o foco principal de uma lente convergente é de natureza
real, e a de uma lente divergente, natureza virtual. Em seguida, o foco imagem
F’ de uma lente é o ponto do eixo essencial, o qual conjuga raios incidentes que
emergem paralelos ao eixo, assim dizendo, um objeto impróprio. Já a distância
focal de uma lente refere-se a abscissa f do foco principal, objeto ou imagem, no
qual essa distância focal f é negativa nas lentes divergentes, e positiva nas lentes
convergentes.
Além do mais, o estudo teórico de associações de lentes foi desenvolvido pelo
físico Kepler, que utilizou os conceitos de imagem real e virtual, sendo assim, as
imagens por espelhos e lentes são formadas dessas duas maneiras, uma
imagem real (que é possível ser apresentada em uma superfície e que é formada
a partir da concentração real de um feixe de luz, como em um projetor de cinema.
Bem como, sob outra perspectiva, a imagem virtual que é aquela que se encontra
somente no cérebro e que é gerada pelo prolongamento dos raios luminosos,
não obstante pareça existir no mundo real.

4. Óptica no Aspecto Biológico

Para compreender melhor como o ser humano enxerga uma imagem, é


necessário analisar e compreender a anatomia do olho humano, e como a
formação de sua estrutura é essencial para o processamento de uma imagem
no cérebro. O olho pode ser dividido em algumas camadas como a córnea, a
conjuntiva, a esclera, a coróide e a retina. Além de algumas outras estruturas
essenciais para o funcionamento da visão como a pupila, o cristalino, os cones,
os bastonetes, a fóvea e outros.
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4.1 Córnea

A córnea é uma membrana relativamente rígida e transparente que reveste o


glóbulo ocular e que serve para proteger o olho de choques mecânicos e
algumas infecções. Além disso, a córnea também possibilita que a luz sofra
refração após adentrar o glóbulo ocular. Graças a isso, o feixe de luz foca no
ponto certo da retina.

4.2 Conjuntiva
Ela protege a parte posterior da pálpebra e está acima da esclera, sendo dividida
em conjuntiva palpebral e conjuntiva bulbar.

4.3 Esclera
A esclera é comumente conhecida como a parte branca do olho. Ela é um tecido
fibroso também relativamente rígido e assim como a córnea, reveste o glóbulo
ocular.

4.4 Humor aquoso


O humor aquoso fica posterior à córnea e é um líquido transparente que
preenche essa parte, com a função de nutrir a córnea e é também responsável
por manter uma pressão hidrostática benéfica ao olho.

4.5 Humor vítreo


É o líquido transparente que preenche a câmara interior do olho, que fica
posterior a íris. Ele preenche quase toda a maior cavidade do olho, o único
espaço onde não está presente, no percurso da pupila até a fóvea do olho.

4.6 Íris
A Íris é responsável pela parte colorida dos olhos, podendo ser mais ou menos
pigmentada, variando do azul claro até o preto. A íris é uma estrutura muscular,
graças a essa propriedade, ela contrai e dilata a pupila, controlando a quantidade
de luz que entra no olho. O espaço entre a córnea e a íris, é a câmara anterior,
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que é preenchida pelo humor aquoso, e o espaço entre o cristalino e a íris, é a


câmera posterior, também preenchida com humor aquoso.

4.7 Cristalino
O cristalino é uma lente gelatinosa que fica posterior a íris. Assim como a córnea,
o cristalino é responsável pela refração da luz que atravessa a pupila,
possibilitando que ela se focalize no ponto certo da retina.

4.8 Retina
A retina é uma estrutura nervosa que forma o interior do olho, e tem a função de
captar a luz que entra pela pupila e foca na retina. Ela é o ponto certo onde a luz
deve focar para que haja melhor entendimento da imagem. A Retina é composta
de milhares de células nervosas que fazem o trabalho de transformar a luz em
impulsos nervosos que são levados até o cérebro por meio do nervo óptico.
Essas células nervosas são os cones e os bastonetes.

4.8.1 Bastonetes
São células nervosas fotorreceptoras sensíveis à baixa luminosidade. São os
bastonetes que ajudam uma pessoa a enxergar (mesmo que pouco) dentro de
um quarto com a luz apagada, por exemplo. É por causa deles que uma pessoa
sente dor quando exposta repentinamente a uma fonte de luz intensa.

4.8.2 Cones
Os cones são as células nervosas fotorreceptoras responsáveis pela percepção
de cor. Existem os cones azuis, os cones amarelos, e os cones verdes, cada um
responsável por captar sua respectiva cor.

4.9 Fóvea

A fóvea é uma depressão na retina que fica alinhado com a pupila (por onde
entra a luz), que é o ponto central mais altamente especializado para a visão
nítida. A fóvea é rica em cones, e pobre em bastonetes, e a luz chega a esses
fotorreceptores sem ter que passar pelas outras camadas da retina.
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Devido a essa característica, o olho humano percebe melhor intensidade de luz


pela visão periférica, pois o ponto central do olho tem melhor percepção de cor
e não de intensidade da luz. É por isso que ao observar o céu estrelado a noite,
olhar fixamente para uma estrela não permite que uma pessoa perceba com
melhor acuidade o seu brilho, mas se essa pessoa focar em um ponto próximo
a estrela, será possível perceber melhor o seu brilho.

4.10 Coróide
A coróide é outra camada que compõe o interior do olho e fica posterior à
retina. A coróide é altamente vascularizada e sua principal função é nutrir a retina
e as demais células fotorreceptoras.
O Coróide tem melanina, que o ajuda a escurecer a parte interna do olho.
Essa característica é extremamente importante para a proteção, pois a coloração
escura proposta pela melanina permite que a luz seja absorvida ao entrar no olho
e não fique refletindo lá dentro, causando desconforto, pois como já explicado, a
cor escura absorve luz e a cor branca reflete.

4.11 Nervo óptico


Por fim, o nervo óptico é a conexão dos olhos ao cérebro, é pra ele que
os impulsos luminosos transformados em impulsos nervosos pela retina são
mandados para serem enviados ao cérebro e a imagem ser processada. O nervo
óptico fica abaixo do ponto central do olho, que é a fóvea, e nele não há células
fotorreceptoras, logo, ele é um ponto cego dentro dos olhos.

4.12 O olho é uma câmara escura


Existe um experimento físico capaz de explicar como se dá a formação da
imagem dentro do olho e como essa imagem é processada no cérebro. O
experimento se chama câmara escura de orifício, e consiste em ter uma caixa
de paredes opacas que, como o nome sugere, tem um orifício que permite que
poucos feixes de luz adentrem a caixa. Coloca-se um objeto luminoso ou
iluminado à frente do orifício. Os raios que refletem do objeto, atravessam o
orifício da caixa e atingem a parede dela, formando a imagem do objeto na
parede da caixa, porém a imagem estará investida.
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O mesmo ocorre no olho humano, os raios refletidos dos objetos


atravessam a pupila e a imagem é formada na retina, porém a imagem está de
cabeça pra baixo. A retina transforma os impulsos luminosos em impulsos
nervosos e envia, através do nervo óptico, a imagem até o cérebro, que inverte
novamente a imagem para que a pessoa não enxergue de cabeça pra baixo.

5 Instrumentos Ópticos

5.1 Lupa
A lupa é um instrumento que tem a função de ampliar os limites da visão
humana, sua estrutura é composta por uma lente esférica convergente, capaz
de ampliar objetos, com uma certa limitação - a lupa também pode ser chamada
de microscópio simples- apresenta a função de “lente de aumento”. A lupa se
comporta na ampliação de objetos no momento em que a distância da superfície
é inferior a sua distância focal - distância entre os olhos e o foco da lente.
A manipulação de lentes convergentes é encontrada em diversos lugares
do mundo, registra-se uma diversidade de materiais e formas de utilização,
muitas lupas foram identificadas em várias regiões ao longo da história humana.
Por exemplo, uma lupa à base de quartzo foi descoberta em 1885 nas ruínas do
palácio do rei assírio Senaqueribe (708-681 a.c). Os chineses já fabricavam o
vidro desde Século VI ac, os chineses conheciam lentes de aumento e redução
e até as usavam para criar fogo, fatos que comprovam os avanços que os povos
orientais fizeram no decorrer do tempo, para desenvolver as lentes
convergentes, que na futura seriam utilizadas para criação de outros
instrumentos ópticos.
Entretanto, o primeiro registro oficial ocorreu em 1200, quando Roger
Bacon (1214-1294) criou a lupa, que na época era mais utilizada para facilitar a
leitura, por esse motivo pode-se considerar o protótipo dos óculos. Suas
propriedades de ampliação precedem o microscópio, além disso, a lupa também
pode ser chamada de microscópio simples. Dessa forma, o uso de lupas de bolso
se difundiu na sociedade, sendo ainda hoje utilizado por artesãos, dentistas e
outros profissionais, bem como ferramentas tecnológicas como zoom.
Para explicar o funcionamento da Lupa é preciso entender o conceito de
ponto próximo, que consiste na distância mais próxima do olho humano que é
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possível enxergar com nitidez, que varia de acordo com a idade e defeitos
visuais de cada indivíduo. Considerando este conceito, a lente côncava faz com
que a distância da lente seja igual à distância focal, que resulta na ampliação da
imagem.

5.2 Microscópio Composto


O microscópio é a porta para grandes avanços técnico-científicos, esse
dispositivo permite estudar as estruturas das células, vírus, proteínas, etc. Nos
dias atuais o microscópio é capaz de ampliar o objeto em 1 milhão de vezes,
processo que contribui para avanços na sociedade científica.
A invenção do microscópio ocorreu em 1541 é dedicada ao holandês
Zacharias Janssen, que foi o responsável por combinar duas lentes, para obter
uma ampliação maior da imagem. Com o passar do tempo, outros estudiosos se
interessaram pelo instrumento e houve melhorias em sua estrutura, até
desenvolver os microscópios eletrônicos que são utilizados atualmente.
Seu funcionamento consiste em duas lentes, a objetiva (que se encontra
mais próxima do objeto) e uma ocular (mais próximo dos olhos). As lentes são
reguladas para que distância entre a lente e o objeto seja mais próximas, que
produz a imagem real, conduzindo-a pelo tubo, até encontrar a lente ocular que
se comporta como uma lente de aumento simples, responsável por criar a
imagem virtual invertida, a imagem do microscópio é o produto desse processo.

5.3 Luneta
O instrumento foi criado pelo fabricante de lentes Alemão Hans
Lippershey (1570-1619), que foi o primeiro a registrar um projeto de luneta.
Todavia, Galileu Galilei ganha destaque no uso do aparelho, pois se tornou o
primeiro a fazer o uso científico do instrumento, ao observar corpos celestes,
ampliando os horizontes do universo conhecido, a partir da observação é
descoberto anéis em saturno, a existência de manchas no sol e a descoberta da
via láctea.
O funcionamento da luneta é similar ao microscópio, apresenta duas
lentes, na entrada da luz pela lente objetiva (lente maior com grande distância
focal) que refrata e converge os raios, e a lente ocular (lente menor) que
direciona os raios luminosos até os olhos humanos. Existem dois tipos de
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lunetas: terrestre e astronômico, a diferença entre elas é a formação da imagem


invertida que ocorre na luneta astronômica, que proporciona ver objetos ainda
mais distantes como estrelas.

5.4 Câmera Escura e Câmara Fotográfica.


Datada no séc. XI, a câmera escura é responsável por reproduzir imagens
aumentando seu tamanho. O instrumento é composto por uma caixa escura, e
um orifício, por onde irá adentrar a luz, que reproduzirá a imagem para o
ambiente exterior. Ademais, a câmera fotográfica funciona de maneira
semelhante, porém contém uma lente objetiva no orifício, que possibilita a melhor
qualidade da imagem e foco, também há o diafragma que é análogo à pupila,
controlando a entrada de luz, no fundo da máquina se localiza a fita sensível a
luz que irá registrar a imagem, no momento em que o diafragma se abrir.

6. Doenças e condições oculares

6.1 Miopia
A Miopia é um erro de refração, que ocorre quando o olho míope não realiza
esforço de acomodação (ponto remoto), o foco da lente não está na retina, mas
sim antes dela. Ou seja, focaliza os raios de um objeto afastado em um ponto
antes da retina, que danifica a compreensão da imagem pelo olho, essa
anomalia ocorre devido ao prolongamento da visão, posto isso, o míope não
enxerga bem de longe. A miopia pode ser categorizada em miopia axial quando
o globo ocular permanece mais comprido do que o usual, sendo responsável
pelas miopias de grau elevado, a miopia de curvatura que é causado pelo
aumento da curvatura da córnea ou cristalino e a miopia congênita, onde há alto
grau de miopia do qual é discernido no nascimento ou antes dos seis anos de
idade, a miopia pode ser identificada pela presença dos sintomas, cuja
manifestações mais presentes são, dor de cabeça constante, dor frequente nos
olhos e aperto dos olhos para enxergar com mais nitidez.
O método aplicado para a correção da miopia é a lente divergente, pois,
a lente divergente obtém a efetivar os raios oriundos do infinito (paralelos)
emergirem como se estivessem vindo do ponto remoto, tal como os óculos e
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lentes de contato. Dessa forma, a imagem que a lente propicia de um objeto no


infinito resulta no objetivo remoto do olho humano. Além disso, a cirurgia também
é outro modo de reparação, onde são utilizadas as técnicas ceratotomia radial
(RK), ceratectomia fotorrefrativa (PRK) e ceratomileusis com laser “in situ”
(LASIK), pertinente para modificar o formato da córnea, deixando-a mais plana.

6.2 Hipermetropia
A Hipermetropia é um erro de refração, que ocorre quando o esforço de
acomodação (ponto remoto) está localizado depois da retina, ou seja, focaliza
os raios de um objeto próximo em um ponto depois da retina, é uma ametropia
bastante frequente, onde o estado refrativo acomete 55% da população, é pode
ser apresentada sob três formas: manifesta, latente ou total, a hipermetropia
manifesta é aquela que se observa sem cicloplegia (paralisia do músculo ciliar
do olho, resultando na perda da capacidade de acomodação.), isto é, sem
paralisar a acomodação, já a hipermetropia total observa-se a cicloplegia, e a
hipermetropia latente é a diferença entre a hipermetropia total e a hipermetropia
manifesta. Assim, os sintomas que compõem a hipermetropia são a fadiga ocular
e dores de cabeça, que são resultantes do esforço constante de acomodação. O
método aplicado para retificar a hipermetropia é o uso da lente convergente, e
para isso são feitos estudos para facilitar a correção óptica quanto a sua
classificação em graus, e são separadas em quatro grupos, medidos por uma
unidade conhecida como dioptria (uma unidade de medida utilizada para
mensurar o poder de refração das lentes.), e pode ser classificada em baixa (até
3 graus), moderada (entre 3 e 6) e alta (acima de 6 graus), a correção da
hipermetropia fraca só se fundamenta em presença de transtornos
funcionais, que ocasiona uma série de perturbações no aprendizado do aluno,
tal como, a dislexia que consiste na dificuldade de ler, bem como também a
discalculia que são indivíduos com hiperatividade-TDAH, já a hipermetropia
moderada deve ser corrigida por exames esquiascópico com cicloplegia total, já
a hipermetropia forte está, muitas vezes, associada a estrabismos convergentes
ou a estrabismos de pequeno ângulo, quando a necessidade da correção total
da ametropia é um tratamento preventivo para a ambliopia, e as anisometropias
hipermetropicas refletem importante perda de funções binoculares com valores
dióptricos menores que uma dioptria.
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6.3 Nistagmo
É uma condição onde a fóvea acaba não se desenvolve corretamente causando
a má formação das imagens no olho. Esse problema faz com que os olhos façam
movimentos involuntários em busca de formar imagens melhores, popularmente
chamadas de "olhos dançantes". É muito comum acontecer em pessoas albinas.

6.4 Glaucoma
O glaucoma é uma condição que ocorre devido a alteração da pressão
intraocular - proporcionada e balanceada pelo humor vítreo. Quando essa
alteração acontece, é possível que o glaucoma venha acontecer, e não existe
uma medida exata de quanto a pressão intraocular precisa mudar para acontecer
o glaucoma, isso varia muito de pessoa para pessoa. Por fim, o glaucoma atinge
principalmente o nervo óptico, e envolve a perda de células sensíveis da retina.

5. Considerações Finais
Conclui-se sobre esta pesquisa realizada, que gradativamente há, cada vez
mais, indivíduos que estão desenvolvendo problemas oculares, principalmente
jovens e crianças, devido a exposição ao tempo de uso excessivo na frente de
telas e celulares, e que essas problemáticas oculares comprometem e interferem
o desenvolvimento e a saúde da vista, do qual foi apresentada por meio de uma
abordagem da área física e biológica, em que foi discorrido a utilização de
métodos da física teórica para expor os fundamentos e decorrências das
principais doenças ópticas que acometem a coletividade.
Os aparelhos eletrônicos emitem grande quantidade de luz azul, que
prejudica a longo prazo os fotorreceptores, que são responsáveis por captar a
luz e enviar para a retina, essa luz em excesso, prejudica a qualidade da visão
no decorrer do tempo, sendo ainda mais prejudicial às crianças, que estão em
fase de desenvolvimento, essa luminosidade pode destruir as células que não
se regeneram e consequentemente causar a perda da visão.
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Referências

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XVI. 2005. 27 p. Tese - pós-doutorado do Departamento de Filosofia da
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