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UNIVERSIDADE LINCUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA APLICADA

LICENCIATURA EM ENSINO DE MATEMÁTICA COM HABILITAÇÃO EM ENSINO


DE FÍSICA

PAULO ELIAS SITOE

OLHO HUMANO COMO UM INSTRUMENTO ÓPTICO

Beira

2019
PAULO ELIAS SITOE

OLHO HUMANO COMO UM INSTRUMENTO ÓPTICO

Trabalho científico a ser entregue ao Departamento de Matemática e


Estatística Aplicada, Faculdade de Ciências e Tecnologias, na cadeira de
Oscilações, Ondas e Óptica, Extensão da Beira. para fins avaliativo.

Docente: Lucas Mário Paulo

Beira

2019
Índice

1. Introdução .............................................................................................................................. 3

2. Objectivo do trabalho............................................................................................................ 4

2.1. Objectivo Geral ................................................................................................................. 4

2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

3. Metodologia ............................................................................................................................ 4

4. Olho humano como instrumento optico .............................................................................. 5

4.1. Constituição óptica do olho humano ................................................................................ 5

4.2. Constituição da maquina fotográfica ................................................................................ 6

4.2.1. O olho humano e câmera fotográfica ........................................................................ 6

4.2.2. Semelhanças: ............................................................................................................. 7

4.3. Erros de refracção ............................................................................................................. 8

4.3.1. Miopia........................................................................................................................ 8

4.3.2. Hipermetropia ............................................................................................................ 8

4.3.3. Astigmatismo ............................................................................................................. 9

4.3.4. Presbiopia ................................................................................................................ 11

4.3.5. Catarata .................................................................................................................... 11

4.4. Os cuidados a ter com os olhos ....................................................................................... 12

5. Considerações Finais ........................................................................................................... 13

5.1. Conclusão........................................................................................................................ 13

5.2. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 14


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1. Introdução

Segundo Varella (2012), Manter o corpo e a mente saudáveis são estilos de vida que vem
conquistando cada vez mais adeptos. São esses pequenos hábitos que ajudam o corpo a manter-se
funcionando de forma equilibrada. Com a saúde dos olhos não é diferente: é possível manter a
boa visão independente do ambiente ou situação que você estiver.

Os vícios refractivos, como miopia, astigmatismo e hipermetropia, são as mais conhecidas entre o
público geral. Mas existem condições, como a catarata e o glaucoma, que podem ser atrasadas ou,
até mesmo, evitadas. O segredo é adoptar algumas simples atitudes e, com o tempo, elas se
tornarão um hábito (Gref 2005).

De acordo com Gref (2005), o sentido da visão está na dependência de um estímulo externo que
é recebido pelo olho na forma de luz. Os raios luminosos devem atravessar uma série de meios
transparentes antes de alcançar a retina. As várias densidades ópticas (ou índices de refracção)
desses meios causam mudança de direcção dos raios luminosos quando estes passam de um meio
a outro. Se a imagem não for focalizada na fóvea (um ponto específico da retina), o objecto
parecerá ser turvo. Felizmente, problemas de focalização podem ser solucionados através da
ciência óptica. Neste trabalho apresentamos os princípios da óptica geométrica por trás do
funcionamento do olho humano. Também foram apresentados os erros da refracção bem como a
possível correcção.
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2. Objectivo do trabalho
2.1. Objectivo Geral
 Falar sobre o olho humano como um instrumento óptico
2.2. Objectivos específicos
Analisar as funções físicas de diversas estruturas do olho humano relacionando-as com o
processo de visão;
Mostrar a importância da óptica na correcção de problemas visuais
Apontar as semelhanças entre a maquina fotográfica e olho humano
Indicar os cuidados que devemos ter com a visão
3. Metodologia

A elaboração de qualquer trabalho científico requer a definição dos procedimentos


metodológicos de forma a definir a natureza do estudo, as características da amostra, as variáveis
a serem utilizadas no Estudo, a técnica e análise de dados e as possíveis limitações (GIL 1989, p.
28). Os principais métodos e fontes de colecta de dados foram: Análise documental e analise
bibliográfica.
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4. Olho humano como instrumento óptico


4.1. Constituição óptica do olho humano

O olho humano é, aproximadamente, uma esfera com cerca de 20 mm de diâmetro. As principais


partes do olho humano são a córnea, o cristalino, a íris e a retina. A figura 1 ilustra a anatomia do
olho humano.

Figura 1: Esquema ilustrativo da anatomia do olho humano.

Fonte: Young e Freedman (2009)

A córnea é uma membrana que cobre a superfície anterior do olho. Ela é constituída de um tecido
resistente e transparente. Ela atua como uma janela refrangente e protectora, possibilitando a
passagem dos raios de luz em direcção a retina. Seguindo da córnea em direcção ao fundo do
olho, encontramos a câmara anterior. Essa câmara contem um liquido – humor aquoso – ele é
responsável por fornecer nutrientes à córnea.

A íris é um diafragma importante nos processos visuais. Ela é opaca e possui uma abertura
central chamada pupila. Sua função é controlar a quantidade de luz que deve chegar a retina.
Assim, quando em ambiente claro a pupila é estreita, quando em ambiente escuro ela se dilata.
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O cristalino é uma estrutura biconvexa, incolor e quase totalmente transparente, é também


gelatinoso e elástico. Ele é responsável por convergir os raios de luz na retina. A distância focal
do cristalino é modificada por movimentos de um anel de músculos, denominados músculos
ciliares, permitindo ajustar a visão para objectos próximos ou distantes. Essa característica é
chamada acomodação visual.

A retina é uma membrana de múltiplas camadas de tecido neural, ou seja, células nervosas. É
nela que as imagens se formam, mais especificamente no cruzamento da retina com o eixo do
globo ocular, chamado fóvea. Sua função é transformar a energia luminosa das imagens em sinais
nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo óptico.

4.2. Constituição da maquina fotográfica


4.2.1. O olho humano e câmera fotográfica

Segundo Gref (2005), o olho humano é equivalente ao sistema óptico da câmera fotográfica.

A câmera fotográfica é um dispositivo destinado à fixação de imagens. Com um


sistema convergente de lentes, projecta uma imagem real e invertida sobre um anteparo
fotossensível em que ela fica gravada, devido a fenómenos fotoquímicos ou fotoeletrônicos.

O filme fotográfico (conversor electrónico), é colocado no interior de uma câmara escura; o


diafragma controla a quantidade de luz que ai penetra e o obturador regula o intervalo de tempo
durante o qual o filme fica exposto à luz. A Figura 2 , ilustra uma câmera fotográfica com alguns
detalhes.
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Figura 2: câmera fotográfica com alguns detalhes.

Fonte: Varella (2012)

4.2.2. Semelhanças:

Segundo Gref (2005), o olho humano é um órgão aproximadamente esférico, com diâmetro em
torno de 25 mm e constituído basicamente por:

Sistema de lentes (córnea e cristalino) – atuam como o sistema de lentes da câmera


fotográfica, desviando e focalizando a luz incidente;
Diafragma variável (pupila) – assim como o diafragma da câmera fotográfica, controla
automaticamente a quantidade de luz que entra no olho. Sua variação de diâmetro é
feita pela íris, músculos que respondem pela coloração do olho.
Anteparo fotossensível (retina) – responsável pela formação de imagens, sendo como
uma tela, onde estas se projectam. Possuí células fotossensíveis (cones e bastonetes), que
convertem a luz em impulsos eléctricos que vão do nervo óptico ao cérebro.
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4.3. Erros de refracção


4.3.1. Miopia

Segundo Tipler e Mosca (2008), um olho com miopia focaliza os raios de um objecto distante em
um ponto na frente da retina. Uma lente divergente corrige este defeito. A Figura 3 e 4. ilustram o
defeito e sua correcção, respectivamente.

Figura 3: Olho Míope

Fonte: Tipler e Mosca (2008)

Figura 4: Correcção para um olho míope

Fonte: Tipler e Mosca (2008)

4.3.2. Hipermetropia

Um olho com hipermetropia focaliza os raios de um objecto próximo em um ponto atrás da


retina. Uma lente convergente corrige este defeito, A Figura 5 e 6 ilustram o defeito e sua
correcção, respectivamente.
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Figura 5: Olho hipermétrope

Fonte: Tipler e Mosca (2008)

Figura 6: Correcção para um olho hipermétrope

Fonte: Tipler e Mosca (2008)

4.3.3. Astigmatismo

O astigmatismo deve-se a irregularidades na forma e curvatura da córnea e/ou do cristalino. A


correcção é feita com o uso de uma lente cilíndrica, ilustrada na Figura 7, cujo objectivo é
compensar a assimetria do sistema óptico ocular. A Figura 8 ilustra um olho com astigmatismo e
sua correcção com essa lente.
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Figura 7: Lente cilíndrica

Fonte: Newton et al (2007)

Figura 8: Olho com astigmatismo correcção

Fonte: opticacastanheira.com modificada


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4.3.4. Presbiopia

A presbiopia ocorre devido ao enrijecimento dos músculos ciliares com o passar da idade, o que
limita a acomodação visual.

Esse defeito dificulta a visualização de objectos próximos e longínquos. A correcção é feita


mediante o uso de lentes bifocais, que tem uma região destinada à visão de objectos longínquos e
outra destinada à visão de objectos próximos. A Figura 9 ilustra um óculos com lentes bifocais.

Figura 9: Óculos com lentes bifocais

Fonte: Newton et al (2007)

4.3.5. Catarata

Segundo Varella (2012), a catarata é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino, o que
compromete a visão, podendo ser uma doença congénita ou adquirida.

Ainda segundo Varella (2012), o único tratamento para catarata é o cirúrgico. O objectivo da
cirurgia é substituir o cristalino danificado por uma lente artificial que recuperará a função
perdida, ou seja, convergir os raios de luz à retina. A Figura 7.8 ilustra um olho normal e outro
com catarata.
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Figura 10: Catarata

Fonte: ivcampinas.com.br

4.4. Os cuidados a ter com os olhos

De acordo com Varella (2012),Com o uso constante de smartphones, tablets, computadores ou


consolas que obrigam a que os olhos permaneçam focados na mesma distância durante longos
períodos de tempo, o que acaba causando síndrome do olho seco, fadiga ocular e dores de
cabeça. Os cuidados diários com os olhos são essenciais para proteger a visão, pois favorecem
não só a sua protecção, como também o relaxamento e hidratação dos olhos, diminuindo até
mesmo o risco de ter que vir a usar óculos. Assim, alguns cuidados essenciais que protegem e
ajudam a manter a saúde ocular incluem:

Usar óculos de sol de qualidade


Não dormir com maquiagem
Não usar colírios sem orientação médica
Realizar consultas periódicas
Olhar para longe
Fechar os olhos varias vezes por dia
Não usar óculos de grau de outra pessoa
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5. Considerações Finais
5.1. Conclusão

O presente trabalho cumpriu com os objectivos de estudar conceitos fundamentais da


óptica, analisar as funções físicas de diversas estruturas do olho humano relacionando-as com o
processo de visão, e mostrar a importância da óptica na correcção de problemas visuais.

A visão não é um fenómeno apenas óptico físico e envolve a relação biofísica entre a luz e a
estrutura biológica do olho constituída pela córnea, a íris, o cristalino e a retina. O olho funciona
como uma câmara fotográfica que capta as imagens e as envia, por meio do nervo óptico, para o
cérebro. Procurou-se associar às diversas partes do olho humano dispositivos ópticos e meios
físicos; evidenciando um enfoque físico ao estudo da visão a exemplo de: cristalino/lente
convergente, retina/sensor óptico, cristalino saudável/meio transparente, cristalino com
catarata/meio translúcido ou opaco etc.

Alguns dos problemas visuais como a miopia, a hipermetropia e a catarata, podem ser curados
através de cirurgias. Conforme a medicina avançou ao longo do tempo, e as técnicas cirúrgicas se
tornaram mais seguras e eficazes, problemas que antes não tinham cura ou eram complicados de
se resolver, como a catarata, tornaram-se de fácil correcção.

Apesar do avanço médico, entretanto, ainda nem todos os defeitos visuais têm tratamento pela
intervenção cirúrgica, como é o caso da toxoplasmose. Os instrumentos ópticos têm então, papel
de grande importância no auxilio de uma boa visão daqueles que por algum motivo não tem a
opção da cirurgia para correcção de seu defeito visual.
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5.2. Referências Bibliográficas

GIL, António Carlos (1987), Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, São Paulo, Editora
Atlas.

GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. (2005). Física 2: Física térmica, Óptica. 5ª
edição. São Paulo, SP, Editora USP.

NEWTON et al. (2007). Tópicos de Física Vol. 2: Termologia, Ondulatória, Óptica. 18ª
edição. São Paulo, SP, Editora Saraiva.

TIPLER, P.A; MOSCA, G. (2009). Física para cientistas e engenheiros Vol. 2: Electricidade e
Magnetismo, Óptica. 6ª edição. Rio de Janeiro, RJ, Editora LTC.

VARELLA, D. (2012). Toxoplasmose. Disponível em: http://drauziovarella.com.br. Acesso em


16 mar. 21.

YOUNG, H.D; FREEDMAN R.A., Sears & Zemansky: Física IV: Ótica e Física moderna.
São Paulo, SP, Editora Pearson, (2009), 12ª edição.

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