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CURSO: BIOMEDICINA

3° Semestre Noturno

DISCIPLINA: Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal

A VISÃO

EQUIPE:
Amarildo Dias da Fonseca
Luís Felipe Falcão Ferreira

PROFESSORA:
Flávia Duarte

Brasília/DF
2018
A VISÃO

Os seres humanos são providos de cinco sentidos: audição, paladar, tato,


olfato e a visão. A imagem do mundo que nos cerca é possibilitada ao ser humano
por um desses sentidos, a visão. Somos dotados de um mecanismo visual que nos
proporciona a captação e a percepção dos elementos a nossa volta por meio da
luminosidade, utilizando-se de um complicado método de cognição.

O dispositivo visual é constituído por olhos e nervos, como também por


estruturas suplementares: as pálpebras, os supercílios, os músculos e o sistema
lacrimal. O aparato visual humano tem seu funcionamento executado por meio da
organização dos dados que são guardados pelo encéfalo, através de receptores que
cuidam dos sentidos e das sensações estimulados pela luz e que são guardados no
cérebro.

O fenômeno óptico considera-se, portanto, uma ocorrência física, visto que


existe associação entre aquilo que é percebido pelo observante e uma composição
que este exibe, o olho, o qual vê através das intensidades de ondas
eletromagnéticas; um acontecimento que engloba anatomia e fisiologia, pois a
captação varia de acordo com o aparelho óptico de cada pessoa, através de seus
organismos internos e por questões de caráter psicológico, acontece a produção de
percepções individuais do que foi enxergado por ele.

As informações capturadas no ambiente são enviadas por meio da


luminosidade para os olhos, que são os órgãos dos sentidos possuidores dos
receptores sensoriais denominados de fotorreceptores. Eles identificam a existência
de uma reduzida porção do impulso eletromagnético, apresentam sensibilidade a
radiações com dimensão de onda entre 700 a 400 nm (nanômetro). Essas medidas
são proporcionais simultaneamente à cor vermelha (700 nm) e violeta (400 nm),
circulando pelas cores azul, verde e amarela.

São dois globos oculares localizados nas cavidades orbitárias. As cavidades


são amplas e profundas, colocadas entre o rosto e o crânio. Os impulsos capturados
através dos olhos são absorvidos no cérebro onde acontece a geração de uma única
imagem em três dimensões.
No olho encontramos o cristalino, que tem por atribuição adaptar-se para
atender as necessidades requeridas pela visão, trabalhando de maneira semelhante
a uma lente. Existe ainda a retina onde estão contidos os alvéolos fotossensíveis
que respondem pela detecção das cores e dos impulsos da luz. Encontramos ainda
no olho, a córnea, o primeiro e mais importante nível penetrada pela luz, e os nervos
ópticos, instrumento de condução das informações da retina para o cérebro.

O PROCESSO QUÍMICO DA VISÃO

Constitui-se na ligação entre o processo físico das aquisições feitas por


intermédio da luz e as ações biológicas da sensação. O processo tem início assim
que a luminosidade alcança a retina, a qual é dotada de cones e bastonetes e
proteínas nomeadas de opsinas (moléculas conhecidas como 11-cis-retinal que
integram a sua composição), o que produz mudanças químicas essenciais. Uma
dessas mudanças está na isomerização da 11-cis-retinal em trans-retinal, mutação
que gera um estímulo elétrico, que tem como destino o encéfalo. Dessa maneira, os
impulsos são entendidos pelo cérebro, no córtex occipital, o qual provoca inúmeras
reações.

Posteriormente à constituição da imagem, acontece o convertimento da trans-


retinal em cis-retinal, ação concretizado através de enzimas (retinal-isomerase), para
que uma maior quantidade de luminosidade chegue aos fotorreceptores e mais
figuras sejam geradas.

O movimento retinocortical visual ocorre assim que o impulso nervoso criado


pela retina, mediante a produção de reações sinápticas, é levado ao cérebro por
meio do nervo óptico.

Naqueles locais que apresentam baixa incidência de luminosidade, nossos


olhos oferecem pequena acuidade visual, condição denominada visão escotópica a
qual funciona por meio dos bastonetes. Nesses casos, percebe-se uma falta de
cores.

Ao contrário, quando temos luminosidade excessiva, os cones propiciam que


notemos as cores, visto que eles operam na determinação da visão fotópica,
distinguida por grande acuidade visual.
Já quando o lugar oferece situações de luminosidade intermediária, ambas as
células trabalham de forma conjunta na produção da visão mesópica.

Em uma hipótese de exposição prolongada em recinto com muita luz e, em


seguida, entramos em outro ambiente escuro, acontece uma dificuldade para
enxergarmos imediatamente o entorno a nossa volta. Porém, decorrido um certo
tempo, começamos a retomar a ideia do recinto. Tal fenômeno explica-se por conta
da necessidade de adaptar-se à escuridão e está sujeito a inúmeras variáveis.

A sensibilidade à luminosa em lugares escuros é influenciada pela amplitude


e período que dura à luz que incidiu na retina, do volume e da disposição dos
fotorreceptores e do tempo de reorganização da rodopsina quando ela se encontra
na etapa de pré-adaptação.

O ajuste à luz está ligado aos cones e com a redução do diâmetro da pupila,
que gera uma incidência menor de luminosidade no olho. Tal mecanismo protege a
retina evitando lesões nas células fotossensíveis provocadas devido à demasia de
luminosidade, além de impedir o ofuscamento.

Pela perfeição do seu conjunto, nossos olhos podem ser comparados as mais
modernas máquinas fotográficas em virtude das semelhanças existentes em suas
composições. Fazendo uma analogia entre os dois mecanismos, é possível entender
como funciona a nossa visão:

- na máquina, a luz entra em uma abertura regulada pelo diafragma. No olho


humano a pupila exerce a mesma tarefa;

- Composta de um conjunto de lentes, a objetiva se adequa para focar na imagem


tanto real como invertida, da mesma forma o cristalino ajusta a nitidez;

- No momento em que a luz incide sobre o filme gera alterações químicas fazendo a
memorização das imagens na máquina fotográfica. Efeito igual ocorre no olho
quando as células fotossensíveis prendem na retina os impulsos de luz;

- As máquinas fotográficas digitais utilizam um sensor que transforma a entrada de


eletróns em dados digitais que são guardados no cartão de memória ou ver no
monitor da própria máquina. O armazenamento equivale ao cérebro nos seres
humanos.
Com o passar dos anos, o organismo de uma forma geral, e também os
olhos, sofrem os efeitos do envelhecimento de suas estruturas e de suas
funcionalidades, gerando problemas na visão como a redução da acuidade visual e
até provocando a perda total da visão. A oftalmologia é a ciência médica voltada
para o estudo das estruturas, das funções, das patologias e dos distúrbios dos olhos
e seus periféricos. O médico oftalmologista é aquele procede ao diagnóstico e
receita o tratamento das transformações e das enfermidades dos olhos.

Algumas das doenças mais comuns que acometem a visão são:

Astigmatismo: normalmente é resultado da curvatura desigual da córnea, o que leva


a uma distorção do que se enxerga;

Hipermetropia: ocorre quando o olho, por razões de anatomia, está menor do que o
normal, fazendo com que a imagem se forme após a retina, causando no indivíduo
dificuldades para enxergar objetos próximos;

Miopia: ocorre quando o olho, por razões de anatomia, está maior do que o normal,
impedindo que o raio luminoso não chegue à retina, ocorrendo na constituição da
imagem antes dela.

Presbiopia: quando acontece a perda do acomodamento visual provocada pela


idade, resultando no prejuízo da elasticidade progressiva do cristalino.

Além destas outras enfermidades também podem ocorrer, como Daltonismo,


Retinopatia Diabética e Hipertensiva, Conjuntivite, Pterígio e Blefarite.
Referências Bibliográficas

LINHARES, S. Biologia hoje: a anatomia dos olhos. São Paulo: Editora Ática,
2014.

RAMOS, M. F. Problemas de visão. (Licenciatura) – Centro Universitário de


Brasília, Brasília, 2012.
BERTINI, G. J. Conceitos filosóficos e anatômicos do corpo humano. 10° Ed.
Curitiba: Art.med, 2016.

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