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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
PREFÁCIO
Por isso aqueles que pretendem atuar na superfície oclusal devem ter um
conhecimento básico de oclusão para aplicá-lo na clínica diária, preocupando-se com o
significado funcional dos contatos oclusais.
Sumário
I- HISTÓRICO................................................................................................ 3
Seção 1 – Origem........................................................................................ 4
Seção 2 - Diretrizes curriculares................................................................. 6
II - ANATOMIA DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO (SE).................... 7
Seção 1 - Sistema estomatognático (SE).................................................... 8
Seção 2 – Ossos.......................................................................................... 10
Seção 3 – Músculos.................................................................................... 13
Seção 4 - Articulação temporomandibular (ATM).................................... 16
Seção 5 - Sistema Nervoso........................................................................ 24
Seção 6 - Fisiologia do SE......................................................................... 26
Seção 7 – Periodonto................................................................................. 27
Seção 8 – Dentes........................................................................................ 28
III - CONCEITOS BÁSICOS DE OCLUSÃO................................................. 29
Seção 1 - Relação maxilo-mandibular....................................................... 30
Seção 2 - Guias de desoclusão................................................................... 34
Seção 3 - Plano oclusal............................................................................... 37
Seção 4 - Dinâmica mandibular................................................................. 39
Seção 5 - Determinantes anatômicos do SE............................................... 42
Seção 6 - Movimentos mandibulares......................................................... 43
Seção 7 - Estabilidade mandibular............................................................. 45
Seção 8 - Tipos de oclusão......................................................................... 46
Seção 9 - Classificação de Angle............................................................... 49
Seção 10 - Fatores que podem provocar alteração no plano oclusal......... 50
IV - CONTATOS OCLUSAIS......................................................................... 55
Seção 1 - Variação quanto a localização.................................................... 56
Seção 2 - Variação quanto a relação interoclusal...................................... 57
Seção 3 - Variação quanto a dinâmica do fechamento oclusal.................. 58
Seção 4 - Contatos oclusais cúspide-fossa................................................. 59
Seção 5 - Ajuste oclusal............................................................................. 61
V- MONTAGEM EM ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL (ASA).......... 69
Seção 1 – Articulador................................................................................. 70
Seção 2 - Moldagem em alginato............................................................... 72
Seção 3 - Montagem do modelo superior................................................... 75
Seção 4 - Montagem do modelo inferior.................................................... 78
Seção 5 - Individualização do ASA............................................................ 83
Referências................................................................................................................ 85
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
UNIDADE I
HISTÓRICO DA OCLUSÃO
Objetivos de estudos
Conhecer parte da história da oclusão
Roteiro de estudos
SEÇÃO 1: Origem
SEÇÃO 2: Diretrizes curriculares de oclusão
3
Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
SEÇÃO 1 - Origem
4
Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
UNIDADE II
Objetivos de estudos
Conhecer a detalhadamente as estruturas que compõe o SE, bem como o
entendimento da fisiologia das mesmas.
Roteiro de estudos
SEÇÃO 1: Sistema estomatognático (SE)
SEÇÃO 2: Ossos
SEÇÃO 3: Músculos
SEÇÃO 4: Articulação temporomandibular (ATM)
SEÇÃO 5: Sistema nervoso
SEÇÃO 6: Fisiologia do SE
SEÇÃO 7: Periodonto
SEÇÃO 8: Dentes
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Dentes
- Oclusão Dentária
- Periodonto
- Mecanismo neuromuscular
- Gustação
- Mastigação
- Deglutição
- Sucção
- Respiração
- Fonação
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Seção 2 - OSSOS
Apesar da sua resistência e dureza, o osso tem uma estrutura dinâmica viva
constantemente renovada e reconstruída, com marcante capacidade de resposta a
estímulos mecânicos externos e internos, ou seja, uma grande capacidade de
adaptação funcional às solicitações mecânicas. Esse processo é denominado de
remodelação óssea, fenômeno contínuo até a senilidade e que depende tanto da
formação óssea pelos osteoblastos quanto da reabsorção óssea pelos osteoclastos.
Remodelação óssea = formação óssea (por deposição) + reabsorção óssea (por
decomposição). A remodelação óssea garante o equilíbrio arquitetônico entre todas
as partes isoladas do esqueleto em desenvolvimento, modificando os ossos na
forma, no tamanho e no ajuste funcional bem afinado, adaptando-se às diversas
solicitações mecânicas como afirmado anteriormente. O ritmo dessa remodelação
óssea é ditado naturalmente pelo conjunto de tecidos “moles” que se relaciona com
cada um dos ossos do esqueleto.
Maxila
Osso par
Formam a maior parte do esqueleto facial superior
Osso pneumatizado
Bordo posterior:
Tuberosidade maxilar
Bordo inferior:
Rebordo alveolar e palato
Bordo superior:
Assoalho da cavidade nasal
e órbita
Mandíbula
Osso único
Forma de “U”
Não apresenta inserção óssea com o crânio
Se divide em :
Processo alveolar;
Corpo;
Ângulo;
Ramo ascendente;
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Processo coronóide;
Processo condilar
Côndilo Mandibular
“Cabeça da mandíbula”
Porção da mandíbula que se articula com o crânio
2 Pólos – Medial e Lateral
Superfície articular (disco articular)
Temporal
Osso par
Eminência articular
Fossa articular ou cavidade glenóide
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Seção 3 – MÚSCULOS
Os músculos:
Responsáveis pelo movimento
Ação em grupo
Função:
Origem e inserção
Direção das fibras
Regulação do sistema nervoso
Contração Isotônica
Contração Isométrica
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Relaxamento controlado
Tonus muscular
Músculo Temporal
3 grupos de fibras
Origem: Fossa temporal
Inserção: Processo coronóide e borda anterior do ramo
Função: Eleva e retrai a mandíbula, ativo no apertamento.
Músculo Masseter
2 feixes
Origem: Arco zigomático
Inserção: Ângulo da mandíbula
Função: Eleva e protrui a mandíbula, ajuda no movimento lateral, ativo no
apertamento.
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Superior
Inferior
Músculo Pterigoideo Lateral Superior
Origem: Superfície infratemporal da asa maior do esfenóide
Inserção: Cápsula articular, disco articular, côndilo
Função: Posiciona o disco no fechamento, inativo na abertura
Músculo Pterigoideo Lateral Inferior
Origem: Superfície lateral da lâmina pterigoide lateral.
Inserção: Colo do côndilo.
Função: Protrui e abaixa a mandíbula, causa movimento lateral, inativo no
fechamento
Musculatura acessória
Músculos acessórios
Supra-hióideos
Digástrico
Milohióideo
Genohióideo
Estilohióideo
Músculo Digástrico
Origem: Incisura mastóidea
Inserção: Fossa digástrica (borda inferior da mandíbula)
Função: Eleva o hióide e deprime a mandíbula
Músculo Milohióideo
Origem: Linha milohióidea da mandíbula.
Inserção: Osso hióide.
Função: Eleva e estabiliza o hióide, deprime a mandíbula, forma o assoalho
bucal
Músculo Geniohióideo
Origem: Apófises genianas inferiores
Inserção: Osso hióide
Função: Eleva e traciona o hióide e a língua para a frente, deprime a
mandíbula.
Músculo Estilohióideo
Origem: Processo estilóide
Inserção: Osso hióide
Função: Eleva e retrai o hióide, eleva o assoalho da boca e a língua
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Superfícies ósseas
Côndilo, fossa articular, eminência articular.
Recobertas por tecido conjuntivo denso fibroso, ao invés de cartilagem hialina
Resistência a esforços
Remodelação
Disco articular
Regulariza a discrepância anatômica existente entre as estruturas ósseas
Absorção de choques
Movimentação suave
Morfologia estável
Tecido conjuntivo denso e fibroso
Sem vascularização e inervação
Divide-se em 3 regiões:
Borda anterior;
Zona intermediária;
Borda posterior;
Inserções:
Borda anterior do disco
Cápsula articular
Pterigóideo lateral superior
Tecidos retrodiscais
Borda posterior do disco
Vascularizados e inervados
Lâmina retrodiscal superior
Fibras elásticas
Lâmina retrodiscal inferior
Fibras colágenas
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Ligamentos
Ligamentos colaterais
Medial e Lateral
Prendem o disco ao côndilo
Divisão da articulação em 2 compartimentos
Cavidade superior
Cavidade inferior
Ligamento Temporomandibular
Lateral
Abertura bucal
Horizontal
Evita retrusão condilar
LIGAMENTOS ACESSÓRIOS
Ligamento esfenomandibular
Sustentação
Não limita o movimento
Ligamento estilomandibular
Limita a protrusão excessiva
Relaxado na abertura
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Disco articular
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Cápsula articular
Membrana sinovial
LIGAMENTOS
A) Ligamentos funcionais:
• Ligamentos Colaterais
• Ligamento Capsular
• Ligamento Temporomandibular
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Ligamento Capsular
Ligamento Temporomandibular
PARTE INTERNA
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PARTE EXTERNA
Importante saber:
B) Ligamentos acessórios:
• Ligamento esfenomandibular
ligamento de estabilização.
• Ligamento estilomandibular
Nota :
BIOMECÂNICA DA ATM
Articulação temporomandibular
Articulação composta
Dois sistemas distintos
Complexo côndilo-disco = Ligamentos discais
Rotação
Estabilidade da Articulação
Tônus muscular dos músculos elevadores
Pressão intrarticular
Morfologia do disco
Ligamentos discais
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Comportamento oral
Papel na Oclusão
Tipos de receptores
1. Fusos musculares
2. Órgão tendinoso de Golgi
3. Corpúsculo de Pacini
4. Nociceptivos
Fuso Neuromuscular
Unidade motora
Reflexo
Reflexos
Reflexo Miotático
- Reflexo monossináptico de estiramento
- Contrai músculo estirado repentinamente (protetor)
- Importante na posição de descanso mandibular (tônus
muscular)
Reflexo Nociceptivo
- Reflexo polissináptico flexor
- Protege os dentes e as estruturas de suporte dos danos
criados por uma força súbita muito pesada (inibição antagônica)
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
- No movimento protrusivo;
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Seção 7 - Periodonto
Mecanismo neuromuscular
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Seção 8 - Dentes
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
UNIDADE III
Conceitos básicos de oclusão
Objetivos de estudos
Compreender a dinâmica da oclusão, e sua funcionalidade.
Roteiro de estudos
SEÇÃO 1: Relação maxilo-mandibular
SEÇÃO 2: Guias de desoclusão
SEÇÃO 3: Plano Oclusal
SEÇÃO 4: Dinâmica mandibular
SEÇÃO 5: Determinantes anatômicos do SE
SEÇÃO 6: Movimentos mandibulares
SEÇÃO 7: Estabilidade Mandibular
SEÇÃO 8: Tipos de Oclusão
SEÇÃO 9: Classificação de Angle
SEÇÃO 10: Fatores que podem provocar alterações no plano oclusal
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a) DIMENSÃO VERTICAL – DV
É a medida vertical da face, entre dois pontos quaisquer, localizados um acima e
outro abaixo da boca. É fundamental na preservação da unidade fisiológica do
Aparelho Estomatognático. Medida vertical da face entre dois pontos quaisquer,
selecionados arbitrariamente e convenientemente localizados um acima e outro
abaixo da boca, normalmente na linha média ou próximos a ela.
e) RELAÇÃO CÊNTRICA – RC
Oclusão dos dentes quando a mandíbula está em relação cêntrica com a maxila
intercuspidada. Ou seja, é a posição maxilomandibular em que a relação cêntrica é
coincidente com a intercuspidação entre os dentes.
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Interessante saber:
i) OVERBITE (SOBREMORDIDA)
j) OVERJET (SOBRESSALIÊNCIA)
O mesmo que trespasse horizontal, distância em que se projetam horizontalmente os dentes
maxilares sobre os dentes mandibulares, quando em intercuspidação máxima.
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k) TRAUMA DE OCLUSÃO
l) CONTATO PREMATURO
São contatos não fisiológicos entre dentes antagonistas que impedem ou dificultam
o fechamento mandibular em ORC sem causar desvio. Ocorre entre a ponta de
cúspide e a fossa antagonista.
m) CONTATO DEFLECTIVO
n) INTERFERÊNCIA OCLUSAL
É o contato oclusal dentário não fisiológico que ocorre entre as superfícies oclusais
antagonistas, dificultando ou impedindo os movimentos excursivos da mandíbula em
protrusão, trabalho ou balanceio.
É uma oclusão que proporciona contato oclusal máximo em certos dentes ou grupos
de dentes enquanto outros dentes têm leve contato.
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
É a oclusão mais encontrada na dentição natural, cada dente oclui com dois
antagonistas, exceto os incisivos centrais inferiores e os terceiros molares
superiores. As cúspides funcionais cêntricas contactam com as cristas marginais e
fossas oclusais dos dentes antagônicos.
s) CÚSPIDES EXCÊNTRICAS
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
a) GUIA ANTERIOR
É o relacionamento das bordas incisais dos dentes anteriores inferiores com a face
lingual dos dentes anteriores superiores, durante os movimentos protrusivo e
retrusivo da mandíbula, sem contato dentário posterior, formando-se com as ATMs
direita e esquerda um tripé de estabilidade. A guia incisal influência dos movimentos
mandibulares pelo relativo trespasse dos dentes anteriores, conforme determinado
pelas superfícies palatinas dos dentes anteriores superiores e pelas bordas incisais
ou superficiais labiais dos dentes anteriores superiores.
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Portanto:
b) A altura das cúspides dos dentes posteriores é ditada pela média das
guias incisal e condilar. Isto é compreendido se observarmos a erupção dos
primeiros molares (primeiro dente permanente) aos seis anos na criança, que dita
assim o crescimento facial, a inclinação da cavidade glenóide e da guia incisal.
Nos casos de uma reabilitação oclusal, devemos nos lembrar que quanto
maior a guia condilar, mais alta as cúspides podem ser; quanto menor a guia
condilar mais baixas as cúspides devem ser.
b) GUIA CONDILAR
Protrusão
Plano sagital
c) GUIA CANINO
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d) FUNÇÃO DE GRUPO
e) LADO DE TRABALHO
f) LADO DE BALANCEIO
Lado de Lado de
trabalho balanceio
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
a) PLANO DE FRANKFURT
É o plano de orientação que passa pela borda superior do trágus até a borda inferior
da órbita.
b) PLANO DE CAMPER
É o plano de orientação que passa pela borda superior da asa do nariz e pela borda
superior do trágus.
.
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Linguo-versão
Dente inclinado para a região lingual ou palatina.
Mésio-versão
Dente inclinado para o lado mesial (linha média).
Disto-versão
Dente apresenta no arco uma inclinação para distal
Giro-versão
Quando o dente no arco apresenta um giro em torno do seu próprio eixo.
Infra-Oclusão
O dente apresenta uma posição mais baixa em relação a linha de oclusão.
Supra-Oclusão
Quando o dente está acima da linha de oclusão.
Transposição
Ocorre quando o dente no arco erupciona em lugar de outro.
Apinhamento Dentário
É uma má-oclusão dentária onde os dentes ficam desalinhados por falta de espaço
em determinado local do arco.
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c) MOVIMENTO DE BENNETT
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
d) SULCOS DE TRABALHO
e) SULCOS DE BALANCEIO
Interessante saber:
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i) MOVIMENTOS LATERAIS
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
IMPORTÂNCIA CLÍNICA:
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
a) MOVIMENTOS ELEMENTARES
b) MOVIMENTOS COMPOSTOS
c) MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS
Mastigação:
1ª Fase – Abertura;
2ª Fase – Fechamento;
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Cargas Axiais
a) Oclusão Ideal
b) Oclusão Normal
c) Oclusão Ótima
Axialidade de forças.
Essa oclusão é planejada para evitar o deslocamento das próteses totais, com
relação às estruturas de suporte; ocorre quando temos contatos simultâneos e
bilaterais dos dentes superiores e inferiores.
É a oclusão encontrada na dentição natural e que deve ser planejada nos trabalhos
de reabilitação bucal.
Movimento de lateralidade:
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f) Oclusão Fisiológica
j) Oclusão Terapêutica
k) Má Oclusão
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a) Classe I
Neste grupo a relação M-D entre os 1º molares está correta, isto é a cúspide MV do
1º molar superior oclui no sulco vestibular mesial do 1º molar inferior.
b) Classe II
Classe II – Divisão 1
Classe II – Divisão 2
c) Classe III
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A) COMPROMETIMENTO PERIODONTAL
- Determinantes
- Precipitantes ou modificadores
- Predisponentes: - intrínsecos,
-extrínsecos.
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
- trauma de oclusão primário: é aquele que provoca uma lesão por forças oclusais
excessivas sobre um periodonto de sustentação ou de inserção íntegro, ou seja,
ainda não afetado pela doença periodontal inflamatória. Neste tipo de lesão, quando
observada precocemente, não ocorre perda de inserção. A lesão é reversível e
geralmente pode ser corrigida pela eliminação da causa que é a força oclusal
excessiva.
- trauma de oclusão secundário: é aquele que provoca uma lesão por forças
oclusais normais ou excessivas sobre um periodonto de sustentação ou de inserção
já comprometido pela doença periodontal inflamatória. Esse tipo de lesão ocorre
freqüentemente nos casos de periodontites avançadas, onde os dentes apresentem
inserções bastantes reduzidas.
B) PARAFUNÇÃO
Bruxismo é todo contato dentário com pressão e/ou deslizamento dos dentes entre
si e fora dos atos fisiológicos de mastigação e deglutição.
Etiologia:
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2) Fatores extra-orais:
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Tórus mandibular
NOTA:
EROSÃO (PERIMÓLISE)
Nos pacientes com vômito, o ácido estomacal é projetado sobre a superfície da língua
e entra em contato com a face palatina dos incisivos, caninos e pré-molares
superiores, e a erosão comumente não aparecerá antes que a regurgitação tenha
ocorrido por dois anos. Observar as figuras de I a III.
A Perimólise tem sido descrita associada a várias condições médicas como disfunção
gástrica, obstipação, hérnia de hiato, úlcera péptica e duodenal, gravidez e
regurgitação crônica.
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
UNIDADE IV
Contatos Oclusais
Objetivos de estudos
Entender como acontece os contatos oclusais e a importância dos
mesmos.
Roteiro de estudos
SEÇÃO 1: Variação quanto a localização
SEÇÃO 2: Variação quanto a relação interoclusal
SEÇÃO 3: Variação quanto a dinâmica do fechamento oclusal
SEÇÃO 4: Contatos oclusais cúspide-fossa
SEÇÃO 5: Ajuste oclusal
55
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
I – monopodismo
II – bipodismo
III- tripoidismo
Importante:
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
- “parada de fechamento”
- “equilíbrio”
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Numa visão mais ampla, pode-se verificar que os contatos “A”, “B” e “C”
são gerados pelos contatos de “parada de fechamento” e de “equilíbrio” de tal
forma que a estabilidade ântero - posterior e látero - lateral da mandíbula será
garantida pela presença da somatória desses contatos. Da mesma forma, a
ausência de contatos antagônicos pode ser responsável tanto pela mobilidade
dental, quanto pelo deslocamento mandibular.
Contato “B”
Tripoidismo
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Objetivo:
• Estabelecer as relações funcionais entre os dentes, músculos e ATM;
• Estabelecer pontos de contato em MIC, com a mandíbula em equilíbrio
ortopédico e que distribuam as forças na direção axial;
• Eliminar contatos prematuros e interferências oclusais.
Indicação:
• Indivíduos com sinais e sintomas de DTM correlacionado com fatores
oclusais;
• Doença periodontal;
• Perdas ósseas relacionadas a trauma oclusal;
• Parafunção;
• Após tratamento ortodôntico;
• Antes de reconstruções oclusais.
Formas de ajuste:
Ajuste Oclusal – por acréscimo
Ajuste Oclusal – por desgaste seletivo
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Portanto:
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Desgasta-se a vertente
triturante da cúspide
L vestibular do dente
* I
N
L
I
maxilar, ou ...
N
H H
A A
M
É M
D É
I D
A I
* A
... a vertente
triturante da
cúspide lingual do
dente mandibular
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
L
L I
I N
N H
H A
* A ° °°
M M
É É
D D
I I
A A
Desgasta-se a
vertente triturante
da cúspide palatina
do dente maxilar, ou
a vertente triturante
da cúspide
vestibular do dente
mandibular
Desgastar a vertente
triturante da cúspide
de suporte
Remodelar a crista
marginal para
liberdade no mov
mandibular
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
* Desgastar as
*
Vertentes vertentes
triturantes triturantes
das cúspides
vestibulares
das cúspides
dos dentes vestibulares
mandibulares
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
V. Ajuste em protrusão:
Nos casos em que a guia anterior é pouco inclinada, após o ajuste é possível
ocorrer contato entre as vertentes distais das cúspides vestibulares dos dentes
maxilares e vertentes mesiais das cúspides vestibulares dos dentes
mandibulares. Essas ares são denominadas de facetas de propulsão. O ideal
é que essas facetas não se toquem no movimento protrusivo.
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
UNIDADE V
Montagem em Articulador Semi - Ajustável
(ASA)
Objetivos de estudos
Ter noção de como replicar a relação interoclusal, no ASA
Roteiro de estudos
SEÇÃO 1: Articulador
SEÇÃO 2: Moldagem em alginato
SEÇÃO 3: Montagem do modelo superior
SEÇÃO 4: Montagem do modelo inferior
SEÇÃO 5: Individualização do ASA
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Seção 1 - Articulador
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Fig. 1 - seleção da moldeira sup. Fig. 2 - Moldeiras selecionadas Fig. 3 - Individualização da moldeira
Fig. 7 - Riscos múltiplos na cera Fig. 8 - Acomodação do algodão Fig. 9 - Algodão posicionado
Fig. 13 - Inserção no arco inferior Fig. 14 - Manipulação dos tecidos Fig. 15 - Remove-se a moldeira
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
moles
Fig. 16 - Recorta-se os excessos... Fig. 17 -...que ficam além da base Fig. 18 - Lava-se
da moldeira
Fig. 22 - Escoando até a região dos Fig. 23 - Acomodação total do Fig. 24 - Espera-se a presa do
dentes gesso de base gesso
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
ARCO FACIAL
Fig. 25 - Arco facial Fig. 26 - Emplastificação da godiva Fig. 27 - Colocação da godiva no garfo
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Fig. 28 - Garfo preparado Fig. 29 - Inserção do garfo no arco Fig. 30 - Garfo marcado
superior
Fig. 31 - Posicionamento do arco facial Fig. 32 - Arco facial posicionado Fig. 33 - Registros realizados, arco
facial removido
PREPARO DO ARTICULADOR
Preparados os ramos,
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Disciplina de Oclusão – FAODO/UFMS Caderno de estudos da Oclusão
Fig. 34 - Articulador semi-ajustável Fig. 35 - Ramo superior Fig. 36 - Preparo do ramo inferior
Fig. 37 - Preparo do ramo superior Fig. 38 - Articulador preparado Fig. 39 - Arco facial posicionado
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a) Método fisiológico
Fig. 42 - Lâmina de cera sete Fig. 43 - Delimitação para recorte Fig. 44 - Ceras recortadas
das ceras
Fig. 45 - Posicionamento da mão ... Fig. 46 -... para auxílio do registro de Fig. 47 - Recorte posterior do registro
RC
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Fig. 48 – Resina Duralay® misturado pó Fig. 49 - Resina Duralay® manipulada Fig. 50 - Resina Duralay® posicionando
e líquido nos incisivos
Fig. 51- Resina Duralay® feito o registro Fig.52 - Resina Duralay® feito o Fig.53 - Resina Duralay® feito o registro
de mordida registro de mordida de mordida
Fig.54 – Fazendo os recortes Fig.55 – Feita a abertura para a Fig.56 – Jig posicionado
necessários visualização
Fig.57 – Vista ântero-inferior do Jig Fig.58 – Fazendo a marecação Fig.59 – Linha média registrada no Jig
Fig.60 – Registro da mordida com o Jig Fig.61- Registro da mordida com o Jig Fig.62 - Registro da mordida com o Jig
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Fig.65 – Remover os excessos de gesso Fig.66 - Modelo inferior posicionado Fig.67 - Modelo inferior posicionado
na porção distal
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Nota:
Lopes et al. (2003), de acordo com a pesquisa por eles realizada, afirmam
ainda, que:
- a alteração de posição do modelo superior significa uma distorção na
reprodução do real arco de fechamento do paciente. Sendo assim, prováveis
alterações nas posições dos contatos oclusais no articulador e clinicamente poderão
ocorrer. A ocorrência destas alterações está na dependência da posição em que é
feita a montagem, RC (Relação Cêntrica) ou DVO (Dimensão vertical de oclusão);
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Fig.68 – Ceras 7 para registro preparadas Fig.69 – Feito os registros de mordida Fig.70 – Registro de mordida posicionado
Fig.71- Modelos ocluindo no registro Fig.72 – Realizando a individualização Fig.73 – Realizando a individualização
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REFERÊNCIAS
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Santos) : São Paulo, 105p, 2009
CARDOSO,A.C. Oclusão: para você e para mim. Editora Santos: São Paulo,
2003.
CERVEIRA NETTO, H.; ZANATTA, E. Manual Simplificado de Enceramento
Progressivo. São Paulo: Artes Médicas, 1998. 58p.
KRIGER, L et. al. (organiz.). Oclusão. Artes Médicas : São Paulo, 159 p. 2013
LOPES, L. A. Z.; CEZERO, L.; MEZZOMO, E.; SUZUKI,R. M. Precisão na
montagem em articulador. Rev. Ciênc. Odontol. Brás. v. 6, n.2, abr./jun.,
2003, p 65-71.
LUNDEEN, H. INTRODUÇÃO À ANATOMIA OCLUSAL. Trad. Homero de
Souza e Tadachi Tamaki. São Paulo: Edusp, 1969. 761p.
MADEIRA, M. Anatomia da Face: bases anátomo-funcionais para a prática
odontológica. 2ed. São Paulo: Sarvier, 1998. 176p.
MEDEIROS, J. S. Oclusão. São Paulo: American Méd, 1991. 199p.
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