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Ficha nº 1- Informativa

Curso Técnico de Massagem Estética e Bem-Estar Ano/Turma 1º Ano Letivo 2021/2022

Disciplina T. Saúde e Bem Estar UFCD 9135- Fisiologia

Professor Susana Sá

Aluno N.º

Data
Classificação O Prof. O Aluno:
entrega:

1. SISTEMA NERVOSO

1.1 FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso humano coordena e regula todas as atividades corporais . Ele é formado por vários órgãos, cuja
função é captar estímulos do ambiente, interpretá-los e elaborar respostas específicas, voluntárias ou involuntárias.
Esta rede de comunicação é tão vasta e complexa que todos os nervos de um corpo unidos, de ponta a ponta,
poderiam dar duas voltas e meia ao mundo.
1.2 DIVISÃO ANATÓMICA DO SISTEMA NERVOSO

ENCÉFALO
ENCÉLAFO

MEDULA
ESPINAL

GÂNGLIOS
NERVOSOS

NERVOS

Fig.01 – Constituição do Sistema Nervoso. (Costa, I. et al, 2015)


TELENCÉFALO

CÉREBRO DIENCÉFALO

ENCÉLAFO TRONCO
ENCEFÁLICO
CENTRAL MESENCÉFALO

MEDULA CEREBELO
ESPINAL PONTE
SISTEMA
NERVOSO BULBO ou BOLBO
RAQUIDIANO
NERVOS

PERIFÉRICO CRANIANOS OU ENCEFÁLICOS

GÂNGLIOS RAQUIDIANOS OU ESPINHAIS


NERVOSOS

Fig.02 – Anatomia do Encéfalo. (Fonte:


https://www.auladeanatomia.com/ -
consultado em 19.09.2021)

1.3. NEURÓNIOS
O neurónio é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso. Estas células são responsáveis pela transmissão
dos impulsos nervosos.
Axónio Bainha de Corpo Núcleo Dendrites
celular
mielina

Telodendrites

Fig.03 – Constituição de um neurónio .


(Costa, I. et al, 2015)

Os neurónios associam-se formando fibras nervosas, que se agrupam em feixes, dando origem a nervos.

Fig.04 – Representação de uma fibra nervosa . (Costa, I. et al, 2015)

Os Neurónios podem ser:


Neurónio motor Neurónio sensitivo
 sensitivos ou aferentes: têm Neurónios de associação Dendrites
Células
como função transportar as recetoras

mensagens nervosas de
Dendrites

Corpo Corpo
celular celular

Corpo
celular
Nódulo de
Ranvier

Axónio

Telodendrites Músculo Telodendrites

Fig.05 – Representação dos diferentes tipos de neurónios .


(Costa, I. et al, 2015)
1.4. IMPULSO NERVOSO

O Impulso Nervoso é um sinal eletroquímico que atravessa os neurónios em resposta a um estímulo.

A transmissão do impulso nervoso de um neurónio para outro ocorre através das Sinapses, estruturas localizadas
entre a arborização terminal de um neurónio (telodendrites) e as dendrites do neurónio seguinte.
Fig.06 – Transmissão do impulso nervoso. (Costa, I. et al, 2015)

1.4 COMO É CONSTITUÍDO O SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)?

Como foi esquematizado atrás, o Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal.

1.4.1 ENCÉFALO

No encéfalo, encontramos o cérebro, o tronco encefálico e o cerebelo. O encéfalo está protegido por membranas,
as meninges (dura-máter; aracnoide e pia-máter) e pela caixa craniana. O líquido cefalorraquidiano encontra-se
entre a aracnoide e a pia-máter e funciona como um amortecedor de choques.
Fig.07 – Representação esquemática do encéfalo. (Costa, I. et al, 2015)

Fig.08 – Representação esquemática das meninges. (Costa, I. et al, 2015)

Osso Frontal - Estrutura da testa que termina na Osso Parietal - Envolvem lateral e superiormente
sobrancelha a caixa
Osso Occipital -
Forma a base

Osso Temporal - Correm ao longo da lateral.


Próximo a eles, ficam os ossículos do ouvido
interno: o martelo, a bigorna e o estribo

Osso esfenoide - Conecta a base


do crânio às cavidades oculares
Osso etmoide - Forma a parte de cima
da cavidade nasal

Fig.09 – Representação esquemática dos ossos da caixa craniana.


(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_craniana - consultado em 19.09.2021)

1.4.2 MEDULA ESPINAL

A medula espinal é uma porção alongada do sistema nervoso central, que se prolonga desde o bolbo raquidiano até
à região lombar. Esta estrutura encontra-se no interior da coluna vertebral, protegida pelas vértebras e pelas
meninges. Efetua a condução do impulso nervoso entre o encéfalo e os órgãos periféricos.

Fig.10 – Representação esquemática das estruturas associadas à medula espinal. (Costa, I. et al, 2015)
1.5 COMO É CONSTITUÍDO O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)?

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é constituído por gânglios nervosos, nervos cranianos e nervos raquidianos.

A sua função é transmitir a informação vinda do exterior e dos órgãos internos ao SNC e transportam as suas
respostas.

• gânglios nervosos: Aglomerados de corpos celulares de neurónios, situados fora do sistema nervoso
central, que têm como função coordenar o impulso nervoso.

Fig.11 – Representação esquemática de um nervo. (Fonte: http://www.notapositiva.com/- consultado em 19.09.2021)

• nervos cranianos: Nervos que transmitem a informação de e para o encéfalo e localizam-se,


preferencialmente, nos órgãos dos sentidos da cabeça e face;
Fig.12 – Representação esquemática dos nervos cranianos. (Costa, I. et al, 2015)

FUNÇÃO DE ALGUNS DOS NERVOS CRANIANOS


NERVO FUNÇÃO
Nervo olfativo Olfato
Nervo óptico Visão
Controle dos movimentos da mastigação.
Nervo trigémeo
Percepções sensoriais da face e dentes.
Controle dos músculos faciais: mímica facial, liberação de lágrimas e saliva.
Nervo facial
Percepção gustativa nos dois terços anteriores da língua.
Nervo
Vestibular: orientação e movimento. Coclear: audição
vestibulococlear
Nervo Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e
glossofaríngeo palato.
Nervo Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras
pneumogástrico torácicas e abdominais.
Nervo acessório Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternocleidomastóideu e trapézio.

• nervos raquidianos: Nervos que transmitem o influxo nervoso de e para a medula espinal,
ramificando-se pelo organismo.

Fig.13 – Representação esquemática dos nervos raquidianos.


(Costa, I. et al, 2015)
Fig.14 – Esquema representativo da divisão do SNP, em S. N. Somático e S. N. Autónomo. (Costa, I. et al, 2015)
Fig.15 – Esquema representativo de algumas ações do S. N. Simpático e S. N. Parassimpático. (Costa, I. et al, 2015)

1.6 ESTESIOLOGIA (órgãos dos sentidos)

O sistema sensorial, além das terminações nervosas, é composto pelos órgãos dos sentidos. Neste caso, apesar de
serem estruturados por tipos diferentes de células, possuem semelhanças quanto à sua funcionalidade. Assim, os
órgãos dos sentidos são compostos pelos sentidos do tato, olfato, paladar, visão e audição.

Córtex Somato-sensitivo
Fig.16 – Estrutura do córtex cerebral.
(Fonte: https://www.passeidireto.com –
1.6.1 TACTO
consultado em 19.09.2021)

O sentido do tacto é desempenhado por recetores sensitivos microscópicos na pele ou em tecidos mais profundos.
Alguns recetores estão inseridos em cápsulas de tecido conjuntivo, enquanto outros permanecem descobertos.
Recetores com formas e tamanhos diferentes detetam uma variedade de estímulos, como o toque leve, calor, frio,
pressão e dor. Estes recetores, transmitem os seus sinais através da medula espinal e da parte inferior do encéfalo
para uma faixa curva à volta do córtex cerebral, conhecido por córtex somato-sensitivo ou “centro do tacto”.

Fig.17 – Mapa do tacto – cada parte do córtex


somato-sensitivo (fig.16) recebe mensagens do
tacto da pele de todo o corpo, como este corte
transversal do cérebro (à esquerda) indica . (Fonte:
https://psicologosenlinea.net/7577-homunculo-cortical.html
– consultado em 19.09.2021)

1.6.2 OLFATO

O sentido do olfato é proporcionado pelas narinas. Ou seja, é a região onde se localiza o epitélio olfativo
caracterizado pela presença de milhares de células olfativas. Dessa forma, as células olfativas são responsáveis por
captar moléculas que estão dissolvidas no ar.

O olfato, assim como o paladar, é um químico-sentido, ou seja, um


sentido que consegue identificar substâncias químicas. O sentido do
olfato consegue identificar tipos de odores diferentes que flutuam
no ar. Assim, são sete tipos principais, sendo: podre, azedo, menta,
flores, cânfora, almíscar e éter.
Fig.18 – Epitélio olfativo – os impulsos
nervosos são estimulados pelas moléculas
olfativas que têm contato com os cílios nas
células recetoras do olfato. Estes impulsos
viajam ao longo das fibras nervosas e sobem
por pequenos orifícios no osso etmoide. (O
´Rourke, R., et al, 2007)

1.6.3 PALADAR

O paladar é o sentido responsável por perceber os sabores básicos dos alimentos. Como ele está intimamente
relacionado com o olfato, quando estamos engripados, os gostos não são tão acentuados.
A perceção dos sabores é possível graças à presença das papilas gustativas, estruturas que contêm em seu interior
células sensoriais quimiorreceptoras, que se encontram dissolvidas na saliva. As papilas estão distribuídas
principalmente na superfície superior da língua, mas podem ser encontradas no palato (céu da boca), faringe,
epiglote e laringe.

Fig.19 – Papilas e nervos da língua. (O


´Rourke, R., et al, 2007)

1.6.4 VISÃO

A visão é o sentido responsável por captar o estímulo luminoso e promover a perceção de imagens. O órgão
responsável por receber esse estímulo é o olho, que possui células fotossensíveis na retina.
As células fotorreceptoras do olho humano são chamadas de cones e bastonetes. Esses últimos encontram-se em
maior quantidade que os cones e são responsáveis pela perceção das formas. Estas convertem a energia luminosa
que os atinge em sinais nervosos. Os cones, por sua vez, relacionam-se com a perceção de cores. As fibras nervosas
dos bastonetes e dos cones ligam através de células intermédias da retina para as fibras que formam o nervo ótico.
Através deste, a imagem é transmitida para o córtex visual no cérebro, onde é revertida para a posição normal.

1.6.5 AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO


Fig.20 – O olho e estruturas associadas. (O´Rourke, R., et al, 2007)
Os ouvidos proporcionam-nos o sentido da audição. Também detetam a posição e os movimentos da cabeça, por
isso, são essenciais ao equilíbrio. As partes responsáveis pela audição e pelo equilíbrio localizam-se em zonas
diferentes do ouvido, mas a função de ambas baseia-se nos recetores de células ciliares. O ouvido divide-se em 3
partes:

 O ouvido externo
O som chega ao pavilhão auricular normalmente designado por orelha. O pavilhão auricular tem como
função conduzir as ondas sonoras pelo canal auditivo externo até à membrana timpânica. Em conjunto, o
pavilhão auricular e o canal auditivo externo, constituem o ouvido externo.

 O ouvido médio
O ouvido médio é constituído pela membrana timpânica e uma cadeia de ossículos ligados entre si. As ondas
sonoras provenientes do ouvido externo atingem o tímpano fazendo-o vibrar. Este movimento vibratório
propaga-se aos ossículos, sendo posteriormente transmitido ao ouvido interno. 

 O ouvido interno
A cóclea – o órgão da nossa audição e do nosso equilíbrio – juntamente com o nervo auditivo formam o
ouvido interno. O som transmite-se ao ouvido interno pelas vibrações dos ossículos do ouvido médio, os
quais estão ligados à cóclea. Células microscópicas e sensíveis convertem essas vibrações num sinal
eletroquímico que é transportado pelo nervo auditivo para o cérebro, onde o som é finalmente ouvido e
reconhecido.

O Processo do equilíbrio

O equilíbrio não é apenas um sentido, mas um processo que envolve diversas informações sensitivas, análise pelo
cérebro e respostas motoras. Os órgãos do equilíbrio do ouvido são o vestíbulo e os canais semicirculares. Estes
órgãos, são preenchidos por um fluído que pressiona as diferentes terminações nervosas de cada canal sempre que
mudamos de posição, e esse sinal é enviado à parte central do sistema nervoso. É por isso que ficamos tontos se
girarmos a cabeça muito rapidamente.

Fig.21 – Anatomia da orelha. (Fonte: https://www.infoescola.com – consultado em 19/09/2021)

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