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Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso será originado do espessamento do ectoderma, situado acima da notocorda (em
vertebrados superiores, é uma estrutura transitória e segmentos da coluna vertebral irão se desenvolver em torno
dela, em vertebrados inferiores, é a espinha dorsal de sustentação), formando assim, a chamada Placa Neural, que
cresce com a importante ação indutora da notocorda. A Placa Neural torna-se mais espessa e adquire o sulco neural
(sulco longitudinal), que se aprofunda e forma a Goteira Neural. Os lábios da Goteira Neural se fundem para formar
o Tubo Neural. O ectoderma então se fecha sobre o Tubo Neural o isolando do meio externo. Este ectoderma
encontra os lábios da Goteira Neural e desenvolvem-se células que formam de cada lado da Lamina Longitudinal,
denominada Crista Neural.
Obs.: Tubo Neural origina elementos do Sistema Nervoso Central. Crista Neural origina elementos do Sistema
Nervoso Periférico, além de elementos não pertencentes ao Sistema Nervoso.
Crista Neural
Após a sua formação, as Cristas Neurais são contínuas no sentido craniocaudal, se dividindo rapidamente
dando, assim, origem a diversos fragmentos, que formarão os gânglios espinhais, situados na raiz dorsal.
Várias células da Crista Neural se migram e dão origem a células em tecidos situados longe do Sistema
Nervoso Central, esses elementos são: gânglios sensitivos; gânglios do sistema nervoso autônomo (viscerais);
medula da glândula suprarrenal; melanócitos; células de Schwann; anficitos; ondontoblastos. Também são derivadas
as meninges, dura-máter e aracnoide.
Tubo Neural
Após sua formação, lenta e equivalente a aproximadamente 23 dias, temos o Tubo Neural no meio do
embrião e goteiras nas extremidades. E mesmo em fases adiantadas, o Tubo Neural permanece, em suas
extremidades, com orifícios que são denominados neuróporo rostral e caudal, sendo as últimas partes do Sistema
Nervoso a se fechar.
E desde o início dessa formação o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial se dilata e forma o
encéfalo primitivo (aquencéfalo), e a parte caudal permanece com calibre uniforme e forma a medula primitiva do
embrião.
A luz do Tubo Neural (que seria a cavidade) pertence ao Sistema Nervoso do adulto. A luz da medula
primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. As
cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o III ventrículo. A luz do mesencéfalo permanece
estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telecefálicas laterais forma,
de cada lado, os ventrículos laterais unidos ao III ventrículo. Todas estas cavidades são revestidas por um epitélio
cuboidal denominado epêndima, exceto o canal central da medula, que contém o liquido cérebro-espinhal.
Encefalocele: uma malformação que ocorre por um defeito no fechamento do tubo neural durante a fase
de desenvolvimento embrionário. Sendo uma protrusão do conteúdo do crânio além dos seus limites
normais, através de uma falha óssea congênita, causando a saída de tecido cerebral ou meninges por esse
local. (Bolsa do lado de fora da cabeça da criança).
Espinhais Bulbo
Nervos
Cranianos
Sistema Nervoso
Ganglios
Periférico
Terminações
Nervosas
Sistema Nervoso Central: se localiza dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral).
Encéfalo: se localiza dentro do crânio. Temos no encéfalo o cérebro, cerebelo e tronco encefálico
(constituído por mesencéfalo, ponte e bulbo).
Sistema Nervoso Periférico: se localiza fora do esqueleto axial. Mesmo que obviamente alguns nervos e
raízes nervosas penetrem o crânio para que seja realizada a conexão com o SNC.
Nervos: cordões esbranquiçados que tem por função unir o SNC e os órgão periféricos.
a. Espinhais: responsável pela união com a medula.
b. Cranianos: responsável pela união com o encéfalo.
Gânglios: são dilatações em alguns nervos e raízes nervosas, constituídas de corpos de neurônios.
Podendo ser gânglios sensitivos ou motores viscerais (do SN Autônomo).
Terminações nervosas: localizadas na extremidade das fibras que constituem os nervos. Podendo ser
sensitivas (aferentes) e motoras (eferentes).
Telencéfalo Cérebro
Prosencéfalo
Diencéfalo Cérebro
Mesencéfalo
Cerebelo
Metencéfalo
Ponte
Rombencéfalo
Mielencéfalo Bulbo
Com base em critérios FUNCIONAIS: essa divisão não se aplica a áreas de associação terciaria do córtex cerebral,
relacionadas às funções cognitivas como linguagem e pensamentos abstratos.
Aferente
Sistema Nervoso
Somático
Eferente
Aferente
Sistema Nervoso
Parassimpático
Visceral
Eferente = Sistema
Nervoso Autônomo
Simpático
Sistema Nervoso Somático: vai relacionar o organismo com o meio ambiente, apresentando componente
aferente (estímulos para o cérebro, sensitivas), que vai conduzir aos centros nervosos impulsos que se
originam em receptores periféricos, informando o que se passa no meio ambiente; e eferente (estímulos
Sistema Nervoso Visceral: se relaciona com a inervação e controle das estruturas viscerais, é importante
para manutenção da constância do meio interno. Também apresentando componente aferente
(sensitivas), que conduz o impulso nervoso em receptores viscerais a áreas especificas do SNC; e eferente
(motoras), que leva o impulso originado em certos centros nervosos até as vísceras, terminando glândulas,
músculos lisos ou cardíacos. O componente eferente é chamado de SN Autônomo, que pode ser simpático
e parassimpático.
Com base em critérios SEGMENTAIS ou METAMERIA: essa segmentação vai ser evidenciada pela conexão com
os nervos.
Tronco Encefálico
Sistema Nervoso
Medula Espinhal
Segmentar
Nervos
Cérebro
Sistema Nervoso
Suprassegmentar
Cerebelo
Sistema Nervoso Segmentar: todo o sistema nervoso periférico; a medula espinhal e o tronco encefálico,
que são partes do SNC que tem relação direta com os nervos típicos. Não há córtex, e a substância cinzenta
pode se localiza dentro da branca, como ocorre na medula.
Sistema Nervoso Suprassegmentar: o cérebro e o cerebelo. Esses órgãos tem o córtex, que é uma camada
fina de substância cinzenta situada fora da substância branca.
Telencéfalo
Compreende dois hemisférios cerebrais (separados pela fissura longitudinal) e a lamina terminal situada na
porção anterior do III ventrículo (cavidade do diencéfalo é uma estreita fenda impar e mediana). Ambos hemisférios
são unidos por um alarga faixa de fibras comissurais (fibras de associação inter-hemisféricas , que cruzam o plano de
um hemisfério para o outro, formando um ângulo de 90 graus com a linha mediana), o corpo caloso.
Cada hemisfério possui três polos: frontal, occipital e temporal.
E três faces: dorsolateral (convexa), medial (plana), inferior ou base do cérebro (irregular).
Córtex Cerebral
É a parte externa do cérebro, denominada também de massa cinzenta,
sendo responsável pela capacidade de pensamento, movimento voluntário,
linguagem, julgamento e percepção. É uma fina camada que possui cerca de 2 a 4
mm de espessura, contém aproximadamente 20 bilhões de neurônios e apresenta
numerosas e complexas dobras. Suas elevações são chamadas de giros e as
depressões chamadas de sulcos.
Lobo Parietal: está responsável pela integração das informações sensoriais, incluindo toque, temperatura,
pressão e dor. E também influencia em analises lógicas, como interpretação de símbolos.
Lobo Occipital: está responsável pela percepção visual, incluindo cor, forma e movimento.
Lobo Temporal: está responsável com o processamento de informação auditivas e a codificação da memória.
Insula: é uma parte do córtex cerebral (mais interno), tem relação com a linguagem, funções neurovegetativas e
córtex motor suplementar.
Classificação Funcional
Todo o córtex cerebral é organizado em áreas funcionais, que vão assumir tarefas receptivas, integrativas ou
motoras no comportamento. São responsáveis por todo os nossos atos conscientes, nossos pensamentos e pela
capacidade de respondermos a qualquer estimulo ambiental de forma voluntária.
Secundárias
Córtex Cerebral
(unimodais)
Áreas de
Associação
Terciárias
(supramodais)
Áreas Límbicas
Áreas de Projeção: estão relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade, são áreas
primarias.
Áreas Sensitivas: responsável pela sensibilidade geral do corpo.
Somestésica Primária: localizada no giro pós-central (áreas 1, 2, 3). Recebe impulso nervoso relacionado
a dor, temperatura, tato, pressão e propriocepção consciente do corpo. Todo o corpo é representado
por essa área. O homúnculo de Penfield representa essa ideia.
Lesão: perda da ESTEREOGNOSIA (incapacidade de reconhecer diferentes intensidades de estímulos).
Visual Primária: localizada no lobo occipital, próximo ao sulco calcarino (área 17). Processa o conteúdo
visual com uma distribuição retinotópica das representações visuais.
Lesão: cegueira (deficiência sensitiva).
Auditiva Primária: localizada no lobo temporal (área 41). Os estímulos nessa área detectam a frequência
e a localização sonora.
Lesão: surdez.
Áreas Motoras: responsável pela motricidade geral do corpo, localizada no giro pré-central (área 4). Essa
região é caracterizada por um baixo limiar de excitação. É responsável pela execução de ordens para iniciar
movimentos voluntários, que em geral são movimentos simples (voluntários).
Lesão: paralisia na região contralateral; crises epilépticas.
Áreas de Associação: são as demais áreas, que ocupam a maior parte da superfície cerebral e que também se
relacionam com alguma modalidade sensitiva ou motora.
Áreas Secundárias: funcionam em união com a área primária de mesma função, recebendo conduções das
áreas primárias e repassando estas informações a outras áreas terciárias do córtex cerebral. Tem, por sua
maioria, a função de identificação/ interpretação.
Visual Secundária: localizada no lobo occipital e temporal (áreas 18 e19). Responsável por relacionar as
informações recebidas pela área visual primária para o reconhecimento e apreciação do que foi visto.
Lesão: AGNOSIA VISUAL.
Auditiva Secundária: localizada no lobo temporal superior (áreas 22 e 42). Responsável pela detecção e
reconhecimento da fala e processamento de informações da área auditiva primária.
Lesão: AGNOSIA AUDITIVA.
Motora Secundária: localizada no lobo frontal (áreas 6, 8, 44). Responsável pelo planejamento motor,
por ter alto limiar de excitação, influencia na organização de sequência de movimento dos grandes
grupos musculares (memoria muscular).
Lesão: APRAXIA (incapacidade de realizar movimentos voluntários); PARESIA (redução
da função do músculo).
Áreas Terciárias: se relaciona com atividades psíquicas superiores, como memória, pensamento abstrato e
comportamento mantendo sua conexão com as áreas primarias e secundárias, sem prejuízo motor ou
sensitivo (paralisia).
Área Pré-Frontal: responsável por associar as experiências necessárias para produzir ideias abstratas.
Diretamente relacionado com funções executivas, personalidade e emoção (áreas 9, 10 e 11).
Lesão: na região medial causa a síndrome da desinibição, uma impulsividade que gera perda da capacidade de
julgamento e de previsão; na região dorsolateral causa um comprometimento na função executiva, gerando uma
perda da iniciativa, da curiosidade e criatividade.
Área Tempoparietal: localizado no lobo parietal inferior (áreas 39 e 40). Responsável por associar
informações visuais, proprioceptivas e táteis para consolidar conceitos de forma, tamanho e textura.
Relacionado a consciência de imagem.
Área Límbica: localizado no giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo (áreas 23, 24, 38, 28 e
11). Responsável por armazenar experiências sensíveis, como memória e comportamento emocionais
(como seguir o ritmo de uma música).
Áreas Relacionadas com a Linguagem: a linguagem vai depender de processos neurais situados no córtex
cerebral e estruturas subcorticais. As duas áreas corticais que estão relacionadas com a linguagem são: a
área de Broca, que se relaciona com os aspectos de expressão de linguagem, situada no lobo frontal; e a
área de Wernicke que se relaciona com a percepção da linguagem, situada na junção temporoparietal.
Afasias:
c. Afasia de Condução: uma lesão no fascículo arqueado (a conexão entre a área de Broca e a área
de Wernicke). A compreensão está relativamente preservada e a fala é fluente e espontânea.
Entretanto, existe incapacidade de repetir palavras corretamente.
FOTO 1 FOTO 2
AMARELO: área pré-frontal / lobo frontal ROSA CLARO: área visual secundária
VERMELHO: área pré- motora ROSA ESCRURO: área visual primária
VERDE: área motora primária / giro pré central
AZUL 1: sulco central
CINZA: área sensorial primaria / giro pós-central
AZUL 2: área sensorial secundária
ROSA: área auditiva primária
ROXO: área auditiva secundária
Diencéfalo
Como visto, o encéfalo é subdividido em classificações. A mais utilizada leva em consideração as vesículas
primordiais que surgem durante o desenvolvimento embrionário, dividindo o encéfalo em: prosencéfalo,
mesencéfalo e rombencéfalo. Neste desenvolvimento, o prosencéfalo se dilata em telencéfalo e diencéfalo.
Após o período embrionário, o diencéfalo, que é a região do encéfalo situada entre o tronco encefálico e os
hemisférios cerebrais. É formado pelo conjunto dos Tálamos e as estruturas próximas: Epitálamo, Subtálamo e
Hipotálamo (e a glândula hipófise). A cavidade central do prosencéfalo se desenvolve no III ventrículo, que ocupa a
região central do diencéfalo.
Tálamo
Os tálamos são duas massas volumosas de substancia cinzenta, sua forma é ovoide e é encontrado nas
laterais do diencéfalo, dividida por uma estrutura de substancia branca com a forma de Y, chamada de lâmina
medular interna.
No corpo humano, o tálamo atua como uma estação central de transmissão de impulsos nervosos aferentes
e eferentes do cérebro (passagem para o córtex). Sua posição permite a sua atuação de transmissão e integração de
variados impulsos motores e sensitivos entre o sistema central e periférico. Sendo o elo essencial entre os
receptores sensoriais e o córtex para todas as mobilidades sensitivas (menos olfatória). Todos os núcleos têm
conexão reciproca com o córtex, através de fibras.
Núcleos do Tálamo: grande parte das funções do tálamo são determinadas pelos seus núcleos. Que podem ser
divididos em 5 grupos: anterior, posterior, mediano, medial e lateral.
Núcleo do Grupo Anterior: situado na parte anterior, sendo limitados pela lamina medular interna. Estão
relacionados a memória, com o sistema límbico-comportamento emocional. Recebem fibras do corpo
mamilar e as projetam para o córtex.
Núcleo do Grupo Posterior: situado na parte posterior do tálamo, e compreende pelo pulvinar e os corpos
geniculados lateral e medial.
Pulvinar: o maior núcleo do tálamo, porém suas funções não são bem compreendidas ainda. Parece
estar ligado com processo de atenção seletiva.
Corpos Geniculados Medial: é um componente da via auditiva, com função de projetar fibras para a
área auditiva do córtex, no lobo temporal (não é núcleo, pois é formado de camada concêntrica de
substancia branca e cinzenta).
Corpos Geniculados Lateral: envia fibras pelo trato genículo-calcarino para a área visual primaria do
córtex, situada nas bordas do sulco calcarino (não é núcleo, pois é formado de camada concêntrica de
substancia branca e cinzenta).
Núcleo do Grupo Mediano: situados no plano sagital mediano, na aderência intertalâmica. Fazem conexões
com o hipotálamo, se relacionando, possivelmente com funções viscerais (controle neurovegetativo).
Núcleo do Grupo Medial: recebem fibras da formação reticular e exercem papel ativador sobre o córtex,
integrando o Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). Essa via de ligação proporciona percepção
sensorial, com relações emocionais. Fazendo conexões reciprocas com a área pré-frontal, sua função se
relaciona com a desta área.
Núcleo Ventral Posterolateral: um núcleo das vias sensitivas, ou seja, projeta fibras da área somestésica,
que envolvem estímulos de tato, temperatura e dor (sensibilidade consciente).
Lesões do Tálamo: sendo uma estrutura de funções múltiplas, haverão, assim, múltiplas lesões, como: síndrome
talâmica (envolve alterações da sensibilidade, como dor central, espontânea e pouco localizada (um limiar de
excitabilidade que aumenta); anomalias sensitivas; déficits no campo visual; mudança comportamental; lesões
na área sensitiva (paresia na arte contralateral do corpo e face).
Hipotálamo
O hipotálamo é uma região do cérebro constituída primordialmente por núcleos de substância cinzenta,
estando localizado ao longo das paredes do III ventrículo, localizado abaixo no sulco hipotalâmico. É composto por
vários núcleos de neurônios e age como um centro integrador da homeostase (condição estável em que um
organismo ou objeto de estudo deve permanecer para realizar suas funções adequadamente, de forma a manter-se
em equilíbrio).
Outras estruturas que fazem parte do hipotálamo, inferiormente, são o quiasma óptico, o tuber cinéreo, o
infundíbulo e o corpo mamilar.
Divisão do Hipotálamo: o hipotálamo pode ser dividido por 3 planos frontais em hipotálamo supra-óptico,
tuberal e mamilar.
Núcleo
Núcleo
Arqueado
Paraventricular
(Infundibular)
Supra-óptico:
Núcleo Supra Quiasmático
Núcleo Supra-óptico: Produz o hormônio vasopressina (ADH – regula absorção de água livre pelo ducto
coletor dos rins) e ocitocina (tem papel na lactação e contração uterina durante o parto).
Mamilar
Núcleos Mamilares
Núcleo Posterior
Funções do Hipotálamo:
Regulador do SN Autônomo: a região anterior do hipotálamo controla o sistema nervoso parassimpático, com
um aumento no peristaltismo gastrointestinal, contração da bexiga, diminui o ritmo cardíaco, estreitamento
da pupila. Enquanto a região posterior regula o sistema nervoso simpático., causando resposta opostas.
Regular a Temperatura Corporal: o hipotálamo funciona como um termostato, sendo capaz de detectar as
variações de temperatura do sangue que passa por ele e ativar mecanismos de perda ou conservação de
calor.
Lesões: uma lesão causada no hipotálamo anterior causa febre cerebral.
Regulação da Ingestão de Alimentos: a estimulação do hipotálamo lateral causa fome e incentiva uma
alimentação voraz (estímulo fome) e a estimulação do hipotálamo ventromedial causa uma total saciedade.
Lesões: causam efeitos opostos da estimulação.
Regulação da Ingestão de Água: o centro da sede está localizado na região lateral do hipotálamo, onde
existem neurônios sensíveis a variações locais de pressão osmótica que determinam o aumento ou a
diminuição da sede de acordo com as necessidades de água do indivíduo.
Lesões: morte por desidratação e excitação ou morte por excesso de água.
Regulação do Sistema Endócrino: o hipotálamo vai regular a secreção dos hormônios da adenohipófise,
principalmente do núcleo arqueado e outras regiões do hipotálamo tuberal. Assim, o hipotálamo influencia o
funcionamento da tireoide, o crescimento, a função reprodutiva, as glândulas suprarrenais, dentre outros.
Relação Hipotálamo com Neuro-Hipófise: Neurônio magnocelulares dos núcleos paraventricular e supra-
óptico produzem dois hormônios, vasopressina e ocitocina, que são transportados através dos axônios
do trato hipotálamo-hipofisário, passando pela haste hipofisária até a hipófise posterior (neurohipófise).
Na neurohipófise, esses hormônios são armazenados na extremidade terminal das fibras nervosas e
liberados na circulação conforme a necessidade do organismo.
Geração e Regulação de Ritmos Circadianos: principal centro regulador do ritmo circadiano é o núcleo supra-
quiasmático, considerado o marca-passo biológico. Ele regula os parâmetros fisiológicos e metabólicos de
acordo com o ritmo externo de claro/escuro.
Lesões: abole o ritmo circadiano.
Epitálamo
O epitálamo está localizado na parte superior e posterior do diencéfalo, e contém formações importantes, a
habênula (participa da regulação dos níveis de dopamina na via mesolímbica, principal área de prazer do cérebro) e a
glândula pineal, que é uma pequena estrutura piriforme, localizada junto à parede posterior do III ventrículo. Ela é
uma glândula endócrina formada por células chamadas pinealócitos, que secretam melatonina em resposta à
escuridão.
A melatonina é responsável pelas funções da glândula, e é sintetizada pelos pincalócitos a partir da serotonina
e o processo de síntese é ativado pela noradrenalina, liberadas pelas fibras simpáticas, que tem pouca atividade
durante o dia e são muito ativas durante a noite, obedecendo o ritmo circadiano.
A melatonina vai ter uma ação sincronizadora suplementar sobre o ritmo agindo diretamente sobre neurônios
do núcleo supra-quiasmático, que tem receptores para melatonina, o que é importante quando há mudanças
acentuadas no ciclo natural de dia-noite, exemplo, o jet-lag, em voos intercontinentais. Assim, a glândula funciona com
a sincronização do ritmo circadiano de vigila-sono.
Subtálamo
É uma pequena área situada na parte posterior do diencéfalo. As formações subtalamicas só podem ser vistas
em secções do diencéfalo, uma vez que não se relacionam com sua superfície externa ou com as paredes do III
ventrículo. Contudo, o Subtálamo apresenta algumas formações, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico, que
contém conexões nos dois sentidos com o globo pálido (é uma estrutura subcortical pareada, composta por neurônios
de projeção GABAérgicos inibitórios, que disparam espontânea e irregularmente em alta frequência), importante para
a regulação da motricidade somática.
Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo (movimentos
anormais das extremidades, sendo esses muito violentos e que as vezes não desaparecem no sono, podendo levar o
doente a exaustão).