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TECIDO NERVOSO contém 85 bilhões de neurônios (85 milhões no

encéfalo e 100 milhões na medula espinal)


É um conjunto de órgãos responsáveis pela
coordenação e integração dos demais sistemas
orgânicos, relacionado o organismo com as
MORFOLOGIA
variações do meio externo e contribuindo, desta
forma, para a manutenção da homeostase. Além
disso, o sistema nervoso ainda atua no controle das DIVISÃO ANATÔMICA
funções motoras, na percepção de sensações e na
coordenação das funções vitais.

Medula espinal
Sistema Nervoso
central (SNC)
Encéfalo

SISTEMA
Nervos
NERVOSO (SN)

Gânglios
Sistema Nervoso
Periférico (SNP)
plexos entéricos

receptores
sensitivos

 Nervo: é um feixe composto por centenas de milhares de axônios, associados a seu tecido conjuntivo e
seus vasos sanguíneos

Nervos cranianos: 12 pares


Nervos espinais 32 pares

 Gânglios: agrupamento de corpos celulares fora do SNC


 Plexos entéricos: são extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do sistema digestório.
 Receptores sensitivos: detectam estímulos internos, como elevação da pressão arterial, ou estímulos
externos
Tálamo

Hipotálamo

Diencéfalo

Subtálamo

Epitálamo

Ponte
ENCÉFALO

Tronco encefálico
Mesencéfalo

Telencéfalo Bulbo

Cerebeloe

DIVISÃO FUNCIONAL

Simpático
Sistema Nervoso
Autônomo
SISTEMA
Parassimpático
NERVOSO
Sistema Nervoso
Somático

ORIGEM EMBRIONÁRIA
O sistema nervoso tem origem no folheto embrionário ectoderma.

Crista neural (dobra no ectoderma): se separa para originar o SNP


Tubo neural: Origina o SNC

A notocorda orienta a organização do SN, mas não participa do mesmo.

Correlação clínica

Espinha bífida: doença causada pelo não fechamento do tubo neural, devido a deficiência de ácido fólico.

ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

ENCÉFALO
Integra e coordena os sinais neurais que chegam e saem; Realiza funções mentais superiores, como o raciocínio,
memória e o aprendizado.
- - Maior parte do SNC
- o potencial de ação permite a cominicação rápida entre as células nervosas

1. Cérebro:
composto por telencéfalo e dialiencéfalo

2. Tronco Encefálico:
formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo

3. Cerebelo
CÉLULAS DO TECIDO NERVOSO

NEURÔNIOS

- Células que possuem a capacidade de gerar, receber e transmitir impulsos nervosos


- Formado por dendritos, corpo celular e axônio.

Dendritos:
 Parte Receptora dos impulsos
 Múltiplos prolongamentos
 Pode se apresentar em diferentes morfologias
 Rico em Mitocôndrias

Corpo celular (pericárdio):


 Unidade central
 núcleo central, grande e esférico
 Abundante RER – Corpúsculos de Nissl
 Inclusões citoplasma – lipofucsina (envelhecidos)
 Acúmulo de lipídeos

Axônio
- prolongamento celular único mielinizado ou amielinizado.

- Mielinizado- com bainha de mielina, com a presença de células de Shwan/ nódulos, que permitem que o
potencial seja conduzido por saltos e de forma mais rápida.
- Amielinizado- sem bainha de mielina, sem células ou nódulos, sendo a transmissão de potencial mais lenta

- parte em que ocorre a transmissão de impulsos


- Ramos Colaterais
- Terminal axônico– ou telodendro
- Curtos ou longos (nervo ciático)

Correlação clínica

Costridium Tetani- essa toxina desencadeia o excesso de impulsos nervosos


Herpes e raiva- as bactérias se depositam no axônio dos neurônios.

Classificação morfológica dos neurônios

Multipolar: vários polos de chegada e saída do impulso nervoso


Unipolar: Uma entrada e a mesma saída para os impulsos nervosos
Bipolar: duas entradas e duas saídas de impulsos nervosos.

Classificação funcional dos neurônios

Sensitivos: levam o impulso nervoso para um receptor sensitivo de um órgão efetor.


Motores: recebem o impulso de neurônios sensitivos para gerar movimento.
Interneurônios: neurônios acessórios.

Formam o arco reflexo

NEURÓGLIA

As células da neuroglia não são capazes de transmitir ou gerar impulsos nervosos, mas tem um importante
papel de sustentação e proteção.

Artrócitos
 Célula estrelada e ramificada
 Função de sustentação, metabolismo, estrutura, e barreira hematocefálica (isola o SNC)

Oligodendrócitos ou célula de Swann


 Células do SNC
 Mielínica ou amielínica
 Função de produção da bainha de mielina, uma substância lipídica que tem a função de ilosamento
elétrico do neurônio e acelerar a transmissão do impulso, devido a presença dos nódulos de Ranvier.
Micróglia
 Macrófagos do tecido nervoso
 Defesa das células nervosas
 Prolongamentos irregulares e curtos
 Fagocitose: remoção de estruturas lesadas do SNC
 Medula Óssea – Sistema Mononuclear Fagocitário
Ependimárias
 Células Colunares Baixas ou Cúbicas
 Reveste os ventrículos e o canal central da medula
 Apresentam cílios que atuam na movimentação do líquido cefalorraquidiano

Correlação clínica

ALD genética- doença recessiva rara ligada ao cromossomo X. Os indivíduos afetados tornam-se incapazes de
degradar os ácidos graxos saturados, fazendo com que eles se acumulem em tecidos como glândulas, testículos
e tecido nervoso – causando danos na bainha de mielina.

Esclerose Lateral (ELA)- é uma desordem neurodegenerativa dos neurônios motores, invariavelmente
progressiva e incapacitante. Causa inicialmente paralisia dos membros e perda dos movimentos. Na fase mais
avançada, leva à paralisia de músculos da deglutição e da respiração (diafragma).

POTENCIAL DE AÇÃO

Para que o potencial de ação ocorra a célula deve estar em repouso.

- Na célula nervosa o meio extracelular da membrana possui uma abundância de íons de Na 2+, enquanto o
meio intramembranar é rico em K+, sendo regulados pelos canais de sódio.
- A Bomba de sódio (transporte ativo) e potássio manda 3 íons de sódio para fora da célula e 2 íons de potássio
para o meio intracelular
- Como são íons positivos, haverá o acúmulo de cargas positivas fora e dentro a carga será negativa.
- No potencial de membrana (-70) a carga interna é negativa e externa é positiva
- Quando se dispara um sinal, acontecem modificações nos canais iônicos de sódio (entrada), ocorrendo
inicialmente a abertura dos canais de sódio (fora/hipotônico), influxo de sódio, invertendo as cargas da
membrana.
-
Potencial de ação (+30): acontece quando há um influxo de sódio, invertendo as cargas (despolarização) da
membrana que ficam negativas fora e positivas dentro e mudando a voltagem. Ocorre de modo mais rápido nas
células mielinizadas. O efluxo de potássio abre os canais de potássio (saída).

- Canais iônicos dependentes de voltagem

SINAPSES

Sinapse é uma região onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula
efetora (célula muscular ou glandular).

Elétricas: Em uma sinapse elétrica, os potenciais de ação (impulsos) são conduzidos diretamente entre as
membranas plasmáticas de neurônios adjacentes por meio de estruturas chamadas junções comunicantes. Cada
junção contém uma centena ou mais de conexinas tubulares, que funcionam como túneis para ligar diretamente
o citosol de duas células.
À medida que os íons fluem de uma célula para a outra por estas conexões, o potencial de ação também se
propaga de uma célula para outra de forma mais rápida.

Químicas: os impulsos nervosos são conduzidos por neurotransmissores.

TIPOS DE SINAPSE

A maioria das sinapses entre neurônios é axodendrítica (entre o axônio e um dendrito), enquanto outras são
axossomáticas (entre um axônio e uma célula) ou axoaxônicas (entre dois axônios).

SUBSTÂNCIAS

Ambas as substâncias estão presentes do Encéfalo e na Medula Espinal.

SUBSTÂNCIA BRANCA: mais clara e com abundância de axônios mielinizados

SUBSTÂNCIA CINZENTA: mais escura e com abundância de corpos celulares

MENINGES

1. Pele
2. Periósteo
3. Osso
4. Espaço Peridural
5. Dura-máter
6. Espaço Subdural
7. Aracnoide
8. Espaço Subaracnóideo
9. Pia-máter
10. Barreira Hematoencefálica
11. Encéfalo e Medula
Correlação clínica: Meningite

PROCESSO DE SENSIBILIDADE

1. Estímulo interno ou externo


O primeiro passo ocorre quando um estímulo é aplicado ao corpo. Esse estímulo irá ativar um receptor
sensitivo, como luz, som, pressão, temperatura.

2. Receptor
Quando o estímulo é detectado pelo receptor sensitivo, ele é convertido em um impulso elétrico
conhecido como potencial de ação graduado.

3. Neurônio sensitivos
Quando um potencial graduado em um neurônio sensitivo alcança o limiar, ele dispara um ou mais
impulsos nervosos, que, então, se propagam para o SNC. Os neurônios sensitivos que conduzem
impulsos do SNP para o SNC são chamados de neurônios de primeira ordem.

4. Sistema nervoso central


Uma região particular do SNC recebe e integra os impulsos nervosos sensitivos. As sensações
conscientes ou percepções são integradas no córtex cerebral, local em que ocorre a interpretação a
sensação proveniente dos receptores sensitivos estimulados.
TIPOS DE RECEPTORES

Mecanorreceptores: Detectam estímulos mecânicos, sensações táteis, pressóricas, vibratórias, proprioceptivas,


entre outras.
Termorreceptores: Detectam alterações de temperatura, variações de frio e calor.
Nociceptores: Respondem à estímulos resultantes de lesão aos tecidos
Quimiorreceptores: Detectam variações de substância químicas na boca, nariz e líquidos corporais
Fotorreceptores: Detectam os espectros de luz que atingem a Retina
Osmorreceptores: Detectam as pressões osmóticas (concentração) nos líquidos corporais.
Correlação clínica

Hansianíase: Lesões de pele com a destruição das células de Schwann que são parasitadas. Não afeta o SNC. É
caracterizada por Hiperestesia (sensação em queimação, formigamento e coceira e perda da sensibilidade.

SENSAÇÕES TÉRMICAS

- Adaptação rápida
- Ativação dos receptores de Frio: temperatura de 10 a 40 oC.
- Ativação dos receptores de Calor: temperatura de 32 a 48 oC.
- Receptores periféricos
- Receptores Centrais (Hipotálamo)

SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA

Fusos musculares: receptores que inervam a área central das fibras musculares. Captam a sensação de
comprimento muscular.

Ossos tendíneos: terminações nervosas encapsuladas na junção dos músculos com tendões. Percepção da
tensão muscular.

Dor: A dor é um estado psicológico


Nociocepção: Atividade induzida nas vias nociceptivas por um estímulo nociceptivo
VIAS AFERENTES

Neurônios de Primeira Ordem: conduzem impulsos dos receptores somáticos para o tronco encefálico ou a
medula espinal. A partir da face, da boca, dos dentes e dos olhos, os impulsos sensitivos somáticos são
propagados pelos nervos cranianos para o tronco encefálico.

Neurônios de Segunda ordem: conduzem impulsos do tronco encefálico e da medula espinal para o tálamo.
Axônios dos neurônios de segunda ordem fazem decussação no tronco encefálico ou na medula espinal antes de
ascenderem para os núcleos posteriores do tálamo.

Neurônios de terceira ordem: conduzem impulsos do tálamo para a área somatossensorial primária do córtex
no mesmo lado

VIA DA COLUNA POSTERIOR-LEMNISCO MEDIAL

Via de passagem dos impulsos nervosos como tato, pressão, vibração e a propriocepção consciente dos
membros, tronco, pescoço e parte posterior da cabeça.

Pele - Raiz- Corno posterior- fascículo

VIA ESPINOTALÂMICA

- Via de passagem de impulsos nervosos de dor, temperatura, prurido e cócegas provenientes dos membros, do
tronco, do pescoço e da parte posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral.

- Da coluna até o tálamo

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