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Testes acumétricos

Avaliação Audiológica Básica


Wesley Rayan S. Conceição
Carlos Kazuo Taguchi
Por onde escutamos?

Por Via Aérea: Cóclea ativa


Por Via Óssea
Mecanismos de condução
óssea

 As vibrações que a energia sonora provoca nos ossos do


crânio pode estimular as estruturas da orelha interna.
 Quanto mais grave o som, mais fácil de perceber as
vibrações.
Mecanismo de condução óssea

 Compressão e descompressão do crânio:


- Neste mecanismo de vibração, o crânio vibra de forma diferente para
cada frequência de estímulo sonoro.
Mecanismo de condução óssea

Inércia da cadeia ossicular:


- Por influência da vibração do crânio, a platina do estribo
acaba se movendo sobre a janela oval por conta da
cadeia ossicular estar suspensa dentro da cavidade
timpânica na orelha média, assim, acaba movimentando e
alterando a dinâmica dos líquidos da orelha interna.
Mecanismo de condução óssea

 Mecanismo da mandíbula:
- Ao mesmo tempo em que o crânio vibra, a mandíbula também vibra,
porém, em fases diferentes. A vibração da mandíbula provoca
deslocamentos no mesmo padrão vibratório das estruturas cartilaginosas,
consequentemente, gera ondas sonoras dentro do conduto auditivo
externo.
Tipos de Perdas Auditivas
• Para compreender os testes acumétricos será importante ter
como base que a avaliação audiológica é topológica, ou
seja, será classificada de acordo com o local da lesão.
• Trataremos apenas, nesse momento, das lesões periféricas que
podem acometer orelha externa, média e interna.
GAP aéreo-ósseo

 Este é outro conceito importante em Audiologia.


 Como escutamos tanto por VA quanto por VO, pode
ser que em algumas afecções do sistema auditivo
destas duas vias possam ter limiares diferentes.
 Assim, utilizamos a palavra GAP para indicar a diferença
entre os limiares aéreos quando comparados com os
ósseos.
Tipos de Perda auditiva
Via Aérea Via Óssea

30 dB 30 dB

Gap = 0

30 dB 10 dB

Gap = 20dB

30 dB 25 dB

Gap = 05 dB
Tipos de Perda auditiva

 Perda auditiva condutiva: VO preservada e GAP > 10dB


Tipos de Perda auditiva

 Perda auditiva neurossensorial: GAP ≤ 10dB


Tipos de Perda auditiva

 Perda auditiva mista: VO rebaixada e GAP > 10 dB


Tipos de Perda auditiva
Critérios de classificação
Audição Normal: Audição por VA = VO e ambas
com limiares normais

Perda auditiva condutiva: Audição por VA é pior


do que por VO e VO com limiares normais

Perda Auditiva neurossensorial: Audição por VA


= VO e ambas com limiares igualmente alterados

Perda Auditiva Mista: Audição por VA é pior do


que por VO e ambas com limiares alterados.
DIAPASÃO

 O diapasão é uma das únicas fontes sonoras mecânicas


capazes de produzir o som que é um tom puro.
 Giovanni Philippo Ingrassia – descobridor do ossículo estribo
e da condução sonora por via óssea.
 A utilização de diapasões para avaliação é denominada
ACUMETRIA
DIAPASÃO

 Intervalos de oitava: 128, 256, 512, 1024, 2056 e 4096 Hz.


Testes acumétricos

 Teste de Weber
- Objetivo: comparar a audição óssea bilateral.
- Melhor teste para identificar perda condutiva – Efeito de Oclusão
- Aplicação: a base do diapasão após a vibração das hastes é
colocada na linha média do crânio ou fronte/glabela.
Testes acumétricos

 Teste de Weber
- O sinal do Weber vai para o maior problema de condução
(maior GAP) e/ou para a melhor cóclea.
- Resultados:
Weber Indiferente: quando não ocorre a lateralização
do som.
Weber Lateralizado: quando o som lateraliza para
uma das orelhas.
TESTE DE WEBER

Sempre lateraliza para o lado de maior gap aéreo/ósseo


ou
Lateraliza para a melhor reserva coclear.
 Teste de Weber Audiométrico
- Também pode ser realizado com o vibrador ósseo
substituindo o diapasão.

(LVO OD) + (LVO OE) / 2 + 15 dB


Testes acumétricos

 Teste de Weber
- Exemplos:

Limiares dentro dos Neurossensorial


padrões de
leve
normalidade
Testes acumétricos

 Teste de Weber
- Exemplos:

Condutivo leve Perda mista


Testes acumétricos

 Teste de Weber
- Exemplos:

Neurossensorial Condutivo
leve moderado
Testes acumétricos

 Teste de Weber
- Exemplos:

Anacusia Perda
neurossensorial
profunda
Testes acumétricos

 Teste de Rinne
- Objetivo: comparar a audição pela via óssea e a via aérea.
- Aplicação: o diapasão é colocado na mastóide e depois
próximo da abertura do meato acústico externo.
Testes acumétricos

 Teste de Rinne
- Resultados:
Rinne positivo (ou normal): VA > VO.
Rinne negativo: VA < VO.
Rinne encurtado: VA > VO (tempos diminuídos).
Testes acumétricos

 Teste de Rinne
- Exemplos:

Limiares dentro dos Neurossensorial


padrões de moderado
normalidade
Rinne Encurtado
Rinne Positivo
Testes acumétricos

 Teste de Rinne
- Exemplos:

Condutivo Perda mista


moderado
Rinne Negativo Rinne Negativo
Testes acumétricos

 Teste de Schwabach
- Objetivo: comparar o tempo de percepção sonora por via
óssea do paciente com a do examinador (um ouvinte normal).
- Aplicação: o diapasão após vibração é colocado na
mastóide e o tempo de percepção sonora é cronometrado.
Testes acumétricos

 Teste de Schwabach

- Resultados:
Schwabach Prolongado (ou alargado): quando o paciente ouve por
mais tempo que o examinador.
Schwabach Encurtado: quando o examinador ouve por mais tempo
que o paciente.
Schwabach Normal: quando o tempo de percepção é igual ou
semelhante.
Testes acumétricos

 Teste de Bing
- Objetivo: comparar o tempo de percepção sonora por via
óssea com o meato acústico externo aberto e depois ocluído.
- COR: condução óssea relativa
- COA: condução óssea absoluta
Testes acumétricos

 Teste de Bing

- Resultados:
Bing Positivo: COA > COR
Bing Negativo: COA = COR
Referências

 Momensohn-Santos, TM. Prática de Audiologia Clínica.


8. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

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