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Mascaramento

Profª Mestranda Taina Maiza Bilinski Nardez


UNIVAG
2/2018
Referência Bibliográfica
 ALVARENGA, K.F.; CORTELETTI,
L.C.B.J. O mascaramento na avaliação
audiológica: um guia prático. São José
dos Campos: Pulso Editorial, 2006.
O que é mascaramento?
 “ Introdução de um sinal (ruído) competitivo no
ouvido não testado (ONT), permitindo que
somente o ouvido testado (OT) seja estimulado
pelo som.”
Russo, (2001)
 Mascaramento é uma técnica utilizada para
piorar a audição de uma orelha quando
testamos a outra.
Fragoso, (2003).
Por que mascarar?
 Para eliminar a participação da orelha
contralateral na avaliação da orelha sob
teste.
 Para manter uma orelha “distraída” para
que ela não responda pela outra orelha,
ou seja , não responda pela pior.
Por que mascarar?
 Em perdas auditivas bilaterais, a orelha
melhor pode responder pela orelha pior,
sendo necessário “distrair” a melhor
orelha para que essa não responda mais
no lugar da pior orelha.
 Em perdas unilaterais/ assimétricas
Conceitos básicos
 Curva sombra: Falso traçado no
audiograma que na verdade representa a
resposta da orelha melhor.
Conceitos básicos
 ONT(Orelha não testada) = orelha mascarada
 OT(Orelha testada) = orelha sob avaliação
 Atenuação interaural: Perda de energia que
ocorre quando um som é apresentado em uma
orelha.
 Atenuação interaural VA: 40 dB
 Atenuação interaural VO: 0 dB estímula 2 cóclea
 Atenuação interaural(fala): 45 dB
Desenho esquemático: atenuação interaural VA =
40 dB

 OD OE

80dB 40dB

80-40
Desenho esquemático: atenuação interaural VO =
0 dB

 OD OE

30dB 30dB
Desenho esquemático: atenuação interaural da
fala
Logoaudiometria= 45 dB

 OD OE

SRT 85dB 40dB

85-45
Ruídos mascarantes
 Banda estreita: NB

 Banda larga: WN,


SN,PN

SN – Speech noise
Quando mascarar?
 VA :Quando houver uma diferença de limiares
auditivos entre VA e VO contralateral for maior
ou igual a 40 dB

 VO: Mascarar SEMPRE, porém há exceções:


 PANS simétricas
 PANS profundas bilaterais

 Logoaudiometria: Quando a intensidade de fala


apresentada a uma orelha atingir também a VO
da orelha contralateral.
Técnica
 Determinar o nível mínimo e nível máximo
de mascaramento
 Mascaramento abaixo do nível mínimo =
mascaramento insuficiente ou
submascaramento
 Mascaramento acima do nível máximo =
supermascaramento
 Supermascaramento
 Nível máximo de mascaramento

Mascaramento
Efetivo

Nível mínimo de mascaramento


 Submascaramento
 Devemos, portanto, mascarar tanto o som
que atinge a orelha por via aérea quanto
por via óssea e Logoaudiometria
 VA
 VO
 SRT-LRF/ LDV / IRF
Mascaramento via aérea
 1. Estabelecer o limiar por via aérea sem
mascaramento nas duas orelhas e melhor óssea
 2. Comparar os limiares e verificar se há uma
diferença entre VA OT e VO ONT maior ou igual a 40
dB
 3. Selecionar o nível de mascaramento mínimo
 4. Restabelecer o limiar VA –
 5. Fazer checagem do mascaramento – ver
> >> >
>
Mascaramento mínimo efetivo
Via aérea
 Menor quantidade de mascaramento necessária para
impedir a ONT de responder ao sinal apresentado à OT
 Mascaramento mínimo:

sensação que atinge a VA ONT


+ 10dB
+ diferença entre o limiar aéreo – ósseo da ONT
Mascaramento máximo
Via aérea
 Máxima quantidade de energia que pode ser utilizada na
ONT sem provocar mudanças no limiar da OT.

 Masc máximo= VO OT + 35
Checagem da VA
 Toda vez que o limiar mudar é necessário
fazer a checagem.
 Regra: novo limiar -40 = X +10dB+ #
VA/VO da ONT
Exercícios
1. Reconheça qual orelha deve ser
mascarada em cada audiograma.
2. Determine o valor de mascaramento
mínimo e máximo em cada audiograma.
Menor
> > >> >
limiar
auditivo
Mascaramento
Mínimo VA
1kHz
> 70dB - 40=30
30+10 regra+10
#VAVO ONT

Calculo em 50 dB
cada
frequência Mascaramento
efetivo VA
(Checagem –novo
limiar) 1kHz

100dB – 40= 60dB


60+10+10 # VA/VO

80dB
VO
 VO: Mascarar SEMPRE, porém há
exceções:
 PANS simétricas
 PANS profundas bilaterais
Mascaramento via óssea
 1. Estabelecer os limiares da VO da melhor orelha
 2.Comparar os limiares da VO com VA de ambas as
orelhas, se houver a presença de Gap ( diferença de
15dB ou mais) entre VA e VO respectivamente em
cada freqüência deve ser feito o mascaramento
 3. Comparação deve ser feita somente nas
freqüências de 500Hz a 4kHz - VO
 4. Selecionar o nível de mascaramento mínimo
 5. Restabelecer o limiar VO
 6. Fazer checagem do mascaramento
Mascaramento mínimo efetivo
Via óssea
 Menor quantidade de mascaramento necessária para
impedir a ONT de responder ao sinal apresentado à OT
 Mascaramento mínimo:

Limiar da VA ONT
+ 10dB
> > > > Mascaramento
Mínimo VO
> > 1kHz
30dB
Tem
30+10
diferença
entre VA e 40 dB
VO?
Checagem=

Novo limiar
50+10+#VAVO 5
Total= 65dB
Tem
diferença
entre VA e
VO?
Mascaramento máximo
Via óssea
 Máxima quantidade de energia que pode ser utilizada na
ONT sem provocar mudanças no limiar da OT.

 Masc máximo= VO OT + 35

Atenção
Nunca a via óssea será pior que a via
aérea!!
Checagem da VO
 Toda vez que o limiar mudar é necessário
fazer a checagem.
 Regra: novo limiar +10dB+ # VA/VO da
ONT
1. Reconheça qual orelha deve ser
mascarada em cada audiograma.
2. Determine o valor de mascaramento
mínimo e máximo em cada audiograma.
Menor
limiar
> > >> >
auditivo
>
Mascaramento
Mínimo da VO
1kHz
10 dB do limiar de
1kHz +10 regra=

20dB
>
Mascaramento
efetivo VO
(Checagem) 1kHz

70 dB +10 + 10 #
VA/VO

90dB
Exercícios
Mascaramento de Logoaudiometria
 1. Calcule a intensidade inicial para realização
do exame em ambas as orelhas –IRF
LRF SRT – Utilize o valor obtido

 2. Calcule a média tritonal das VA e VO de cada


orelha

 3. Verifique se a intensidade emitida na OT


atinge a média da VO ONT

 4. Calcule o nível de mascaramento efetivo


Sensorio
 IRF (Intensidade): 90 IRF (Intensidade): 50
 X (VO): 50 X (VO):10 # VA/VO =
0
 X (VA): 60 X (VA):10

OD90 – 45 = 45 +10 = 55 + # VA/VO ONT 0 =55


1. OE 50-45= 05
 SRT (Intensidade): 10 SRT (Intensidade): 70

# VA/VO = X (VO): 5 X (VO):20
5
 X (VA): 10 X (VA):60

Resultado SRT/LRF 70 – 45=25 +10 = 35 + 05 # VA/VO


ONT = 40
Caso 1
 Sic Paciente: OE- Hipoacusia acentuada,
zumbido, dificuldade em compreender a
fala e uso do telefone, piora dos sintomas
a 10 meses. OD não apresenta queixas
auditivas.Nega otalgia e otorréia em
ambas as orelhas. Meatoscopia apresenta
membrana timpânica íntrega
bilateralmente.

< < < <<
CASO 2
 P.Y.L de 43 anos com hipoacusia e otalgia
repentina na OD seguida de otorréia a 2
semanas. Nega tontura e zumbido.Veio
para diagnóstico audiológico.
Menor
11 limiar > > > >>
auditivo

Mascaramento
da Logo
SRT/LRF
Menor
limiar > > > >>
auditivo

Mascaramento
da Logo
SRT/LRF

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