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DESCOMPLICANDO

O AASI
Guia rápido
Introdução

Para devolver a “capacidade auditiva" de pessoas com deficiência


auditiva, a intervenção através da implementação de próteses auditivas ou
aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) é fundamental, quando
indicado.
O objetivo desses dispositivos é oferecer ao usuário um sinal sonoro
amplificado (audível), que seja confortável em todas as frequências e
intensidades, favoreça a inteligibilidade da fala e se adeque às suas
necessidades auditivas e, também, aos aspectos sociais, emocionais, dentre
outros (Almeida e Iorio, 2003). Portanto, é essencial conhecer mais sobre essa
tecnologia e, assim, realizar uma intervenção adequada. Vamos lá?
Este recurso foi pensado e elaborado para auxiliar na prática clínica do
ingressantes dos estágios de fonoaudiologia - UFES. Foi proposto e orientado
pela profa. Laura Franco Chiriboga e confeccionado pela discente Bianca de
Souza Conceição.
Neste Guia Rápido sobre AASI,
você verá:

01 Compreendendo conceitos básicos

02 Quem são os candidatos ao AASI?

Características físicas e
03 eletroacústicas

04 Tipos de AASIs e adaptações

Como saber se o AASI está atendendo


05 as necessidades do usuário?

Itens essenciais que o terapeuta deve


06 estar atento
Fique
ligado!
A Resolução CFFA Nº 591, de 5 de novembro de
2020 dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na
seleção, indicação e adaptação de aparelho de
amplificação sonora individual (AASI), prótese
auditiva ancorada no osso e prótese de orelha média.
Para mais detalhes, acesse: gov.br.
01
Compreendendo conceitos básicos
Antes de entrar nos aspectos de funcionamento dos dispositivos de
amplificação sonora individual, é importante compreender a manifestação da
perda auditiva através das características audiológicas. Por isso, deve-se ter em
mente esses conceitos:

- Limiares auditivos: consiste no menor nível de pressão sonora


(intensidade) que o indivíduo consegue detectar o som (tom puro) em
determinadas frequências. É determinado pela Audiometria Tonal Limiar.
- Limiares de desconforto: é obtido, também, pela Audiometria Tonal
Limiar, em que consiste no nível máximo de pressão sonora (intensidade)
que o indivíduo consegue experimentar sem haver desconforto, em
determinadas frequências. Não é utilizado na rotina clínica, mas é uma
medida que traz informações valiosas para adaptação do AASI.
- Área dinâmica da audição: é a área compreendida entre os limiares
auditivos e de desconforto do indivíduo, na qual ele experimenta ou tem
acesso aos sons.
- Audiograma de sons familiares: popularmente conhecido como “BANANA
DA FALA”, é uma representação de vários eventos sonoros e,
principalmente, dos fonemas do PT-BR, de acordo com a sua intensidade
e frequência.
Área dinâmica da audição x audiograma de sons familiares

A PA causa uma redução na área dinâmica da audição, através do aumento dos


limiares auditivos do indivíduo, aproximando-os do limiar de desconforto. O que
isso significa?
Além da perda na percepção e na qualidade dos sons, o portador da DA poderá
ter sensibilidade aos sons de alta intensidade (fenômeno do recrutamento
auditivo). Por esse motivo, na configuração do aparelho auditivo, o profissional
deverá tomar alguns cuidados para não ultrapassar esse limiar e, assim, causar
desconforto.
Uma forma de visualizar o prejuízo auditivo, é comparar a sua área dinâmica
(após a obtenção de seus limiares) com a banana da fala e observar em quais
frequências/intensidades e quais tipos de sons que a pessoa terá maior
dificuldade em perceber. Além da diminuição da acuidade auditiva, também há
perda na qualidade sonora em perdas auditivas sensorioneurais. Além disso, a
literatura também traz outros aspectos, como: diminuição da seletividade de
frequência, redução da resolução temporal, diminuição do processamento
binaural e mudança na percepção de intensidade (Naylor, 1997 apud Almeida e
Iorio, 2003). Ao analisar esses pontos, poderá ser feita a escolha do aparelho,
obedecendo às necessidades auditivas e não auditivas de cada candidato.
Área dinâmica da audição x
Audiograma dos sons familiares

FIGURA 1 - banana da fala. FIGURA 2 - Exemplo da área dinâmica


(linhas verticais azuis) da audição
representando os limiares auditivos
(linha superior, com círculos) e os
limiares de desconforto (linha inferior,
com símbolos “U”).
A realização do processo de seleção e adaptação de um
aparelho auditivo deve seguir as diretrizes de boas práticas
propostas pelos órgãos, como a ASHA, AAA, ABA e o próprio
SUS, que recomendam algumas etapas necessárias para
garantir a satisfação do usuário. São elas: a avaliação do
candidato; a seleção das características da amplificação; a
verificação do desempenho e a adaptação dos dispositivos; a
orientação e o aconselhamento ao usuário; e a avaliação dos
resultados ou validação do uso da amplificação.
02
Quem são os candidatos ao
uso de AASI?
Para realizar a adaptação de AASI, alguns aspectos devem ser levados
em consideração, como anatomia da orelha externa, do pavilhão auditivo, além
dos aspectos motivacionais (família) e sociais daquele indivíduo. São
considerados bons candidatos ao uso desses dispositivos:
- Adultos que possuem perda auditiva demonstrada em exames
audiométricos e, que também tenham uma autopercepção de sua
desvantagem auditiva e que essa está interferindo em seu desempenho
comunicativo e, consequentemente, em várias esferas da vida. Indivíduos
com perdas auditivas leves ou profundas podem apresentar dificuldades
no processo de adaptação.
- Crianças que possuem qualquer tipo de perda auditiva, visto que a
audição é fundamental para o desenvolvimento da linguagem oral.
Portanto, o diagnóstico em período oportuno (TAN) é essencial para que
seja iniciado o processo de adaptação da prótese auditiva.
03
Características físicas e
eletroacústicas
Características físicas

Os aparelhos de amplificação sonora individual são dispositivos eletrônicos


compostos, basicamente, por microfones, amplificador, receptor e a fonte de energia
(bateria/pilha).

Microfones: tem por função captar a onda sonora do ambiente e transformá-la em


sinal elétrico, que será transmitido às outras partes do aparelho. Os mais comuns
atualmente são os de eletreto que, por sua vez, é composto por duas placas
paralelas, diafragma e black plate. A onda sonora em contato com o microfone faz
com que essas placas vibrem e se aproximem, gerando uma corrente elétrica
equivalente ao sinal sonoro de entrada. Os microfones podem ser omnidireccionais,
direcionais fixos ou direcionais adaptativos:
- Omnidirecionais: captam os sons num campo de 360°, ou seja, de todos os
ângulos do ambiente.
- Direcionais fixos: captam os sons numa angulação de 180°, ou seja, de apenas
uma direção. Geralmente a preferência é por sons que vem da região anterior,
com o intuito de melhorar a relação sinal/ruído.
- Direcional adaptativo: tem a capacidade de captar os sons vindos de diferentes
direção automaticamente, se adaptando a direção do estímulo.
Observação: os sinais de entrada do dispositivo de amplificação sonora individual
podem se dar através de outros meios, como é o caso do sistema FM (frequência
modulada) e por telefone celular. O desempenho da direcionalidade do microfone vai
depender do ambiente.
Amplificador: sua função é aumentar/amplificar o sinal elétrico enviado pelo microfone.
Ele pode fazer isso de duas formas:
- Analógica: quando ele aumenta o sinal de entrada, sem modificar as suas
características iniciais (atualmente, poucos aparelhos utilizam essa tecnologia).
- Híbrido: a amplificação ocorre da mesma forma que a analógica, porém o sinal
passa por um processador programado digitalmente, que busca trazer melhoras
na qualidade do sinal.
- Digital: o sinal elétrico é transformado em digital a partir de um conversor de sinal
analógico/digital, para que possa ser processado pelo programa do dispositivo.
Nessa fase, há modificação do sinal de entrada, no qual pode ser amplificado ou
atenuado, trabalhando de acordo com a necessidade do paciente. Após esse
processo, o sinal digital é revertido em analógico.
Eles podem ser considerados lineares e não lineares:
- Lineares: amplificam todo o sinal de entrada da mesma forma, independente da
sua característica, e geram uma onda (sinal de saída) semelhante à original. As
modificações no sinal são feitas através de cortes de picos ou compressão de
limitação. Esse sistema pode ser encontrado tanto nos amplificadores analógicos,
quanto nos digitais.
- Não lineares: essa forma de funcionamento tenta imitar o funcionamento da cóclea
e, assim, faz a modificação do sinal de entrada de acordo com sua característica.
Por exemplo, se um sinal é fraco, ele irá dar maior amplificação e, se o sinal for
forte, ele irá amplificar menor. Ou seja, a onda (sinal de saída) gerada é diferente
da que foi captada pelo microfone. Para fazer essas alterações, eles utilizam os
sistemas de compressão dinâmica ampla (WRDC) e de expansão, nos quais
preservam a qualidade do sinal e buscam minimizar o ruído.
Receptor: tem por função, transformar o sinal elétrico vindo do amplificador em onda
sonora sonora audível no MAE do usuário.

Fonte de energia: as baterias utilizadas atualmente são as de Zinco-Ar. Existem


diferentes tamanhos para cada tipo de aparelho:
- 675: retroauriculares (BTE);
- 13: mini-retroauriculares (miniBTE);
- 312: intra-auriculares;
- 10: intracanais e alguns modelos de retroauriculares, como o RITE (receptor no
canal) e/ou os com adaptação aberta.

Características eletroacústicas
As características eletroacústicas dos dispositivos de amplificação sonora irão garantir
o acesso aos sons da fala e aos sons do ambiente. São elas:
- O ganho é, basicamente, a amplificação do som que o aparelho fornece para a
orelha do indivíduo. Em termos técnicos, é a diferença, em dB, entre o som que
entra no microfone e o som que sai no receptor, podendo ser analisado por
frequência ou pela média de várias frequências, tendo assim o ganho geral que
aquele aparelho gera. A medida de ganho está intimamente associada ao grau
da perda auditiva, em que quanto maior o limiar da perda, maior deverá ser o
valor do ganho. Essa medida é expressa em dB NPS. O ganho por frequência é
definido por regras prescritivas, que serão selecionadas de acordo com o perfil
audiológico e comunicativo do paciente.
- A faixa de frequência de um dispositivo pode ser observada nas fichas
técnicas das empresas, nas quais mostram a amplitude mínima e máxima que o
aparelho trabalha. As respostas por frequências podem ser observadas através
de software, que demonstram o valor de ganho em cada frequência
programada.
- A saída máxima representa a saturação do aparelho auditivo, ou seja, o
máximo de intensidade (dB NPS) que ele produz. Portanto, ele deve ser
ajustado de acordo com o limiar de desconforto do usuário (pesquisado através
da audiometria), para não produzir uma super-amplificação e, dessa forma, ter
perda na qualidade do som, uma vez que trará desconforto. A saída máxima
tem relação com o ganho, visto que sua é feita pelos mesmo sistemas:
compressão de limitação, cortes de pico ou compressão WRDC/ expansão.

COMPRESSÃO: consiste na diminuição automática do ganho com o aumento


“Conceitos importantes para
entender o funcionamento

da intensidade do sinal de entrada. Ou seja, amortiza os sons fortes, para


evitar desconforto e dá maior ganho aos sinais de entrada de fraca intensidade.
do AASI!”

Esse sistema é ativado quando o sinal atinge o limiar de compressão (<40 dB


NPS).

EXPANSÃO: redutora de ruídos ambientais, funciona de forma contrária à


compressão. Fornece maior ganho com o aumento da intensidade e, dá menor
ganho com a diminuição da intensidade. Funciona abaixo de 35 dB NPS.

Esses sistemas buscam evitar a distorção e desconforto, aumentar o conforto,


normalizar a sensação da intensidade e maximizar a inteligibilidade de fala.
04
Tipos de AASIs e
adaptações
Atualmente existem inúmeros modelos de aparelhos auditivos, devido a grande
variedade de marcas e, também, pela evolução tecnológica. A escolha do melhor tipo
de prótese irá depender de alguns fatores, como: as características audiológicas (tipo,
grau e configuração da PA), necessidades não-auditivas, destreza manual do usuário,
anatomia do pavilhão auricular e do MAE, indicações médicas, estética dentre outros.
Os principais tipos são os retroauriculares e os intra-aurais (intra-auriculares,
intra-canais e peri-timpânicas). O primeiro tipo supracitado contém seus componentes
eletrônicos contidos numa caixa em formato de vírgula, que é encaixada atrás da
orelha e o som é conduzido a MT através de um tubo conectado ao molde. Já o
segundo tipo, contém seus componentes localizados numa caixa que é encaixada
dentro do pavilhão auricular e/ou no MAE e o som é transmitido diretamente para a
MT. Também há outro tipo de adaptação, que é a openfit, em que o tubo tradicional do
BTE dá lugar a um tubo fino e flexível que é conectado a uma oliva. Outros tipos de
aparelhos são a convencional ou caixa, na qual seus recursos estão localizadas numa
caixa que é conectada à orelha através de um fio que encaixa no molde e, tem as
próteses localizadas nas hastes de óculos. Ambas citadas não são tão comuns
atualmente. A seguir, podem ser observados os principais tipos de aparelhos e suas
possíveis indicações:
Retroauricular ou BTE: localiza-se atrás da orelha e é conectado
ao molde auditivo através de um tubo plástico. É indicado para
perdas moderadas a profundas.

RITE/RIC: é um tipo de aparelho retroauricular, no qual o receptor


se localiza dentro do canal através de uma oliva, que está
conectado ao aparelho por um tubo fino. Indicação para perda
leve a severa.

ITE ou Intra-auricular: ocupa parcialmente ou totalmente o


pavilhão auditivo. É indicado para PAs de leve a severa.

Intracanal ou ITC: são posicionados na porção mais externa do


MAE. Indicado para perdas leves a moderadamente severas.
CIC (completely-in-Canal) ou micro-canal: preenchem
completamente o MAE. São indicadas para para perdas leves a
moderada.

Prótese peritimpânica ou IIC (Invisible-in-Canal): são inseridas


profundamente no conduto auditivo. São discretas e indicadas
para perdas leves a moderadas.

Moldagem, adaptação fechada e adaptação aberta

Os moldes possuem a função de canalizar o som produzido pela prótese


auditiva e conduzi-lo até o MAE. É uma peça personalizada, ou seja, é feita de
acordo com as características anatômicas da orelha do indivíduo. Eles devem
fornecer ao usuário retenção, vedação acústica (evitar microfonia) e conforto. A
confecção é realizada por um fonoaudiólogo treinado, através de materiais
específicos. Os moldes podem ser feitos de silicone ou acrílico, que serão
selecionados de acordo com as necessidades de cada usuário.
Os principais tipos estão destacados na imagem abaixo:
Em determinadas configurações de PAs, há preservação das frequências graves e,
portanto, o vedamento do MAE pode causar desconforto por fornecer maior energia
nessa parte. Já em outros tipos, pode ser necessário dar ênfase nas frequências
agudas. E, por isso, são necessárias algumas modificações acústicas para atingir
esses objetivos e são elas: ventilação, efeito corneta, libby horn e bake Horn.
Nas adaptações abertas, o molde é substituído por olivas, que por sua vez torna a
adaptação mais confortável pela grande ventilação. No entanto, não é indicada para
PA severas ou profundas e pode haver microfonia.
05
Como saber se o AASI está atendendo
as necessidades do usuário?
Métodos Prescritivos

Após conhecer as características físicas dos aparelhos e suas características


eletroacústicas, é essencial selecionar uma programação que forneça ao usuário um
sinal sonora amplificado audível, com destaque dos sons da fala e melhor relação do
sinal ruído. É, para isso, existem os métodos prescritivos.
Eles tem por finalidade definir o ganho da prótese por frequência, seguindo os limiares
auditivos, tipo e grau da PA e os limiares de desconforto de cada usuário. São
divididas de acordo com o tipo de amplificação: linear, em que as principais são as
regras POGO I e II, NAL-R e NAL-RP, que visam a resposta por frequência; e,
não-linear, em que levam em consideração outras características além das
audiológicas, como as necessidades do usuário e o tipo de ambiente. As mais comuns
serão citadas abaixo:
- NAL-NL 1 e NAL-NL 2 tem por objetivo maximizar a inteligibilidade do sinal de
fala em qualquer nível de entrada sonora.
- DSL[i/o] busca fornecer o sinal sonoro mais próximo do normal, ou seja,
maximizar o sinal de fala no ruído, além de prescrever níveis de saída máxima
confortáveis. A DSL apresenta versão para os públicos adultos e infantil.
Essas regras são baseadas em dados científicos e, portanto, são validadas para a
população no geral. As empresas de aparelhos também disponibilizam seus próprios
métodos, no entanto, esses não apresentam validação como o primeiro grupo citado.
Verificação

Após a seleção e programação da prótese, o usuário é recomendado que o usuário


passe por um período de aclimatização (são indicado 3 meses) do AASI. Feito isso, o
audiologista deve realizar a verificação da prótese com a finalidade de saber se o
ganho fornecido pela prótese auditiva atingiu os alvos prescritos através dos métodos
já citados anteriormente, se o sinal de fala está audível e confortável, não excedendo
os limiares de desconforto, se o dispositivo está apresentado o desempenho
determinado pelas especificações do fabricante e se as características de
processamento de sinal funcional como esperado.
A verificação também irá “corrigir” as diferenças anatômicas de cada indivíduo, levando
em consideração os diferentes níveis de ressonância do MAE, analisar o ajuste feito
pelo software e, com isso, evitar queixas dos usuários ou até mesmo abandono da
prótese. As medidas podem ser feitas in situ, ou seja, na própria orelha ou em
acopladores (2cc), que imitam as proporções do MAE. Portanto, nessa fase será
observada se a adaptação física e a eletroacústica estão adequadas para aquele
indivíduo. Atualmente, as medidas realizadas com o microfone sonda (in situ) são
consideradas padrão ouro para a verificação do AASI.

VERIFICAÇÃO NA POPULAÇÃO INFANTIL: para esse público, a


sequência é a mesma do adulto, no entanto, algumas características
devem ser resaltadas, como: anatomia do MAE, que por ser menor deverá
ter sua medida corrigida - medida RECD (Real Ear Coupler Difference), o
tipo de molde e a seleção da regra prescritiva de acordo com o indicado.

GANHO FUNCIONAL: “É um procedimento de verificação comportamental, embora


seja considerado por alguns autores como um procedimento de validação da
amplificação, por fornecer uma ideia do desempenho auditivo do paciente com as
próteses auditivas, diferentemente do que ocorre com as medidas de inserção que
avaliam o desempenho do aparelho na orelha do paciente.” (Matas e Iorio apud
Almeida e Iorio, 2003, p. 305 apud Pereira, 2015, p. 21)
Itens essenciais que o
terapeuta deve estar
atento!
❏ Sempre acolher o paciente, escutando com atenção suas queixas e, assim,
tomando providência assertivas;
❏ Compreender o funcionamento do dispositivo e sua associação com a PA de
seu usuário e criar estratégias de reabilitação que vão proporcionar ao usuário
melhor desempenho auditivo;
❏ Saber orientar quanto ao manuseio e limpeza de seu AASI. O que isso
significa? Mostrar para ele os recursos que o aparelho disponibiliza como
bobina telefônica, controle de volume, como ligar e desligar, como limpar a
prótese, o tubo e o molde/oliva.
❏ Prestar atenção ao posicionamento durante a conversação com o paciente,
buscando falar de frente (observando a direcionalidade do microfone), com o
rosto iluminado, para que ele tenha apoio da leitura da fala e, assim,consiga
compreender melhor os comandos. Além disso, prestar atenção no nível de
ruído da sala durante a sessão.
❏ Antes de iniciar o atendimento, é fundamental observar se o aparelho está
ligado. Portanto, verificar retirando e colocando novamente a pilha em seu
compartimento ou, se o aparelho possuir botão liga/desliga, testá-lo e observar
o sinal sonoro emitido por ele. Após isso, testar os sons de Ling.
Fique de olho!!!
A tabela abaixo, demonstra alguns dos principais problemas envolvendo os AASI e
suas possíveis soluções:

Bons estudos!!!
Referências
LOBATO, LAK. Modelos de aparelhos auditivos. Desculpe, não
ouvi, 2019. Disponível em:
<https://desculpenaoouvi.com.br/modelos-de-aparelhos-auditivos-aa
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LORENZI, A; TRIGUEIROS-CUNHA, N. Psicoacústica. COCHELA:
viagem ao mundo do som, 2016. Disponível em:
<http://www.cochlea.eu/po/som/psicoacustica>. Acesso em 04 out
2021.
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Individual: componentes e características físicas e eletroacústicas.
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CAMPOS et al. Indicação, seleção e adaptação de próteses
auditivas: princípios gerais. p. 35-53. In: ALMEIDA, K; IORIO, M. C.
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MENEGOTTO et al. Características físicas e eletroacústicas das
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Campos: Pulso, 2003.
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