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SLIDES

 Os slides não abrigam todo o conteúdo,


sendo responsabilidade do aluno
complementar com as informações discutidas
em sala de aula e com a bibliografia proposta
no plano de ensino (entregue na primeira
aula)
AVALIAÇÃO
AUDIOLÓGICA II
NP2
Marlene Escher
MORFOFISIOLOGIA
DA AUDIÇÃO
Revisando...
EMISSÕES
OTOACÚSTICAS
Noções básicas...
O QUE É?
 Energia mecânica gerada nas CCE’s que são
transmitidas para a orelha média e para o
MAE (Contrações rápidas)
PESQUISA DAS EOA
 Procedimento objetivo, não invasivo, rápido
e aplicável em locais sem tratamento
acústico

 Importante na definição do topodiagnóstico:


PASN  A maioria das PA periféricas tem
origem nas CC’s
EMISSÕES OTOACÚSTICAS

 PRESENTES: Indica integridade de CCE’s e OM

 AUSENTES: Alteração de CCE’s e/ou OM

Importância da realização da
imitanciometria
EMISSÕES OTOACÚSTICAS
 Estímulo sonoro
 As ondas sonoras (RESPOSTA) são submetida a
uma análise espectral  amplitude e
frequência
 A estimativa do ruído de fundo também é
realizada
 Relação sinal/ruído

Reprodutibilidade da resposta: Uma estimativa de quão


similares são as ondas. Verificado em %
Alto falante

TIPOS DE EOA
Microfone

Espontânea Evocada
• São medidas na • Provocada por
ausência de um estímulo
estimulação • Transiente
acústica • Produto de
distorção
EOA ESPONTÂNEA
 Sinal fixo  banda estreita
 Presentes em 40% dos indivíduos com audição
normal
 Parece estar mais presente em mulheres
 Não tem valor diagnóstico
EOA TRANSIENTE
 Uma série de estímulos cliques são
apresentados, em geral, em intensidade de
80 e 85 dB NPS
 Ocorrem normalmente após 4 ms, após a
apresentação dos estímulos e continua
aproximadamente por 10 ms

 Limiares de até 30dB


EOAT

Intensidade do estímulo

Frequência

Resposta

Ruído

Relação sinal/ruído
EOA PRODUTO DE DISTORÇÃO
 Quando dois tons são percebidos
simultâneamente, ocorre a produção de
outros tons com frequências que não estão
presentes no estímulo  Permite que a
resposta seja analisada por frequência
 Ocorrem como resultado de um processo não
linear da cóclea
 Pares de tons na faixa de 1000 a 6000 Hz
 Geralmente das frequencias baixas para altas
EOA PRODUTO DE DISTORÇÃO
 Possui maior especificidade de frequência do
que a EOA-T (embora não avalie a frequência
exata)
 Detecta perdas auditivas a partir de 45/50dB
EOA PRODUTO DE DISTORÇÃO
 F1 e F2  Frequências primárias
 f2/f1=1,22
 Intensidade:
L1= L2=70
EOA PRODUTO DE DISTORÇÃO
 DP-Gram ou Cocleograma
 Observar a relação
Sinal/ruído

Sinal

Ruído
EOAT E EOAPD

 Provêm uma avaliação da integridade funcão


das CCE
 Ambas têm sido usadas na clínica como
indicadores objetivos da função coclear

 EOAT – Triagens
 EOAPD - Monitoramento da função coclear
(Frequências altas)
APLICAÇÕES CLÍNICAS
Triagens em recém • Teste da orelhinha
nascidos

• Forma de direcionar a intensidade inicial na


Avaliação infantil audiometria tonal

• Incompatibilidade de resposta entre EOA e


Pseudo-hipoacusia audiometria

Monitoramento da • Doenças degenerativas, infecto-contagiosas,


função coclear ruído ocupacional, medicação ototóxica, etc

Diagnóstico de • PASN/EOA normal: lesão ou distúrbio neurológico


doenças • Pode ocorrer das EOA também estarem ausentes
retrococleares pois a lesão afetou o suprimento sanguineo das
(tumor do VIII par CCE
ou lesão no TE)
Clique no ícone para adicionarPOTENCIAIS
uma imagem
EVOCADOS
AUDITIVOS DE
TRONCO
ENCEFÁLICO
Noções básicas...
SINÔNIMOS

 BERA: Brainstem evoked response


audiometry
 ABR: Auditory brainstem response
 Audiometria de Tronco Encefálico
O QUE SÃO POTENCIAIS
EVOCADOS AUDITIVOS?
 Sinal elétrico gerado pelo SNC em resposta a
diferentes tipos de estimulação sensorial
 São classificados de acordo com suas
latências:

Curta Média Longa


latência latência latência
• 1 a 10ms • 11 a 80ms • 85 a 750ms
• PEATE • MLR • P300
• EcoG
PRINCÍPIOS
ELETROFISIOLÓGICOS
 As fibras nervosas, tratos e núcleos geram
um potencial elétrico que pode ser captado
 Quantidade de energia depende do número
de fibras nervosas
 Quanto mais alto o sítio gerador, maior a
amplitude da onda
PEATE
 Exame objetivo que avalia a integridade bio-
elétrica (atividade eletrofisiológica) da via
auditiva até tronco encefálico, nos primeiros
9ms após a estimulação

 Avaliação objetiva,
não invasiva e não
influenciada pelo sono
ou sedação
PEATE
 Formação de 7 ondas positivas
Lemnisco
Núcleo
lateral
coclear

COS

VIII par Colículo


inferior
O QUE É AVALIADO?
 Latências absolutas: I, III e V Valores para
crianças acima
 Latências interpico: I-III, III-V e I-V de 18 meses

Onda I – 1,5 ms
Onda III – 3,5 ms
Onda V – 5,5 ms

I-III  2 ms
III–V  2 ms
I-V  4 ms

Esses são valores


aproximados que
modificam-se com o
equipamento e idade
O QUE É AVALIADO?
 Amplitude:
 Não tem padrão de normalidade  Grande
variabilidade individual

Quanto maior a
intensidade, maior a
amplitude da onda

Quanto mais alto o sítio


gerador, maior a
amplitude da onda 
Logo, a onda V é a
última a desaparecer
PEATE
 As 5 primeiras ondas possuem maior valor
clínico  maior reprodutibilidade
 Avalia as orelhas separadamente
 Estímulo: Depende do objetivo

Integridade da via Pesquisa do limiar


auditiva eletrofisiológico
• Clique • tone burst ou chirp
• 80dB • Até 30dB
INTEGRIDADE DA VIA AUDITIVA
 Clique  2 a 4kHz
 Permite o desencadeamento de um grande
número de respostas sincrônicas neuronais
 Intensidade: 80 a 100dB

 Análise das latências absolutas


e interpicos
INTEGRIDADE DA VIA AUDITIVA
 Análise das latências absolutas e interpicos
 Possíveis resultados:
 Integridade de via auditiva até TE  Alteração
coclear
 Alteração condutiva
 Latências absolutas e
 Alteração retrococlear
interpicos normais

 Relação entre o limiar


eletrofisiológico e
psicoacústico
INTEGRIDADE DA VIA AUDITIVA
 Análise das latências absolutas e interpicos
 Possíveis resultados:
 Integridade de via auditiva até TE  Alteração
coclear
 Alteração condutiva
 Alteração retrococlear
 Latências absolutas
aumentadas
 Latências interpicos normais
INTEGRIDADE DA VIA AUDITIVA
 Análise das latências absolutas e interpicos
 Possíveis resultados:
 Integridade de via auditiva até TE  Alteração
coclear NORMAL

 Alteração condutiva
 Alteração retrococlear
I-III e I-V aumentadas
Retroco
III-V e I-V aumentadas
clear
I-III, III-V e I-V aumentadas
Somente a onda I ou somente a V
Ausência de respostas
Falta de replicabilidade
PESQUISA DE LIMIAR
 Estímulo:
 tone burst (500, 1000, 2000, 4000Hz)
 Chirp (500, 1000, 2000, 4000Hz)
 Intensidade: Inicia em 80dB (integridade) 
até 30dB
 A diferença entre o limiar eletrofisiológico
para o psicoaúctico é de 10 a 15dB
 Observa-se apenas a onda V
INDICAÇÕES
 Avaliação da integridade retrococlear
 Pesquisa de limiar eletrofisiológico 
Pacientes incapazes de responder à
audiometria tonal ou pouco colaborativos
 Pesquisa da maturação das vias auditivas
 Monitoramento intracirúrgico
 Auxilia no diagnóstico de morte encefáliza
EXERCITANDO...
01
 Resultado?
 Timpanograma?
 Audiograma?
 EOA?
01

 Resultado?  Resultado?
 Timpanograma?  Timpanograma?
 Audiograma?  Audiograma?
 EOA?  EOA?
EXERCITANDO...
01

 Lateralidade? Tipo? Grau? Configuração?


 Timpanograma?
 Reflexos IPSI?
 EOA-T?
 EOA-PD?
02

 Lateralidade? Tipo? Grau? Configuração?


 Timpanograma?
 Reflexos IPSI?
 EOA-T?
 EOA-PD?
03

 Lateralidade? Tipo? Grau? Configuração?


 Timpanograma?
 Reflexos IPSI?
 EOA-T?
 EOA-PD?
EXERCITANDO...
CASO 1

 OD:  OE:
 Tipo?Grau?  Tipo?Grau?
Configuração? Configuração?
CASO 1

 OD:  OE:
 Timpanometria?  Timpanometria?
 Reflexo IPSI?  Reflexo IPSI?
 Reflexo Contra?  Reflexo Contra?
CASO 1

 OD:  OE:
 EOA-T? EOA-PD?  EOA-T? EOA-PD?
 Porque?  Porque?
CASO 1

 OD:  OE:
 PEATE?  PEATE?
CASO 1

 OD:  OE:
 Topodiagnóstico?  Topodiagnóstico?
TRIAGEM AUDITIVA
NEONATAL
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

2000
Resolução CFFa
2006
n260: Dispõe que o
Parecer CFFa n29:
2010
fonoaudiólogo é o
profissional Dispõe sobre os
Lei N0 12.303:
2012
habilitado para benefício da TAN
implantar e Torna obrigatório a
executar o realização gratuita Segundo diretrizes
Programa da TAN de EOAs em todos do MS a TAN deve
os hospitais e estar integrada à
maternidades, nas Rede de Cuidados à
crianças nascidas Pessoa com
em suas Deficiência e às
dependências ações de
acompanhamento
materno-infantil
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
 Objetivo: Detectar PA de até 35dB ou que
prejudiquem o desenvolvimento, como na
neuropatia auditiva
 Deve ser identificada o quanto antes na
tentativa de minimizar ou eliminar as
dificuldades advindas dela
 Não tem função de diagnóstico mas de
identificação e encaminhamento quando os
resultados estiverem inadequados
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
 Recomenda-se a TANU preferencialmente na
alta hospitalar (24 a 48h de vida, segundo
MS) e no máximo até os 1/3 meses
 Caso detectada uma PA a reabilitação deve
começar imediatamente, preferencialmente
antes dos 6 meses

 Quando não adotada a TAN a média de idade


de identificação da PA é por volta dos 3 anos
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
 O Comitê Multiprofissional em saúde Auditiva
(Comusa) recomenda:
 Cobertura em pelo menos 95% dos nascidos vivos
 TAN antes de 1 mês de IGC ou 3 meses para os PT
ou com longo período de internação
 2 a 4 % de encaminhamento para diagnóstico
 Comparecimento para diagnóstico de 90% dos
encaminhados e fechamento diagnóstico até os 3
meses de vida
 Início de terapia em 95% dos lactentes confirmados
com PA bilateral permanente
 AASI em 95% dos confirmados com PA uni ou
bilateral permanente em 1 mês após diagnóstico
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
 Exames: Pode-se realizar avaliação
eletrofisiológica (EOA e PEATE) ou
comportamental*

 OBS: As EOA não avaliam perdas retrococleares


 OBS: A avaliação eletrofisiológica possui menor
número de falsos-positivos e falsos-negativos. A
partir dos 6 meses a avaliação comportamental
já se torna efetiva e confiável
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

SEM IRDA COM IRDA


• EOA • PEATE
INDICADORES DE RISCO PARA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
 Segundo o Joint Committee (2007)
 Preocupaçãodos pais com a audição, linguagem
e/ou desenvolvimento
 Histórico familiar de PA permanente na infância
 UTIN por mais de 5 dias ou oxigenação por
membrana extracorpórea, ventilação mecânica,
ototóxicos ou diuréticos ou bilirrubinemia que
exige exsanguínea transfusão
INDICADORES DE RISCO PARA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
 Segundo o Joint Committee (2007)
 Infecção intrautero: CMV, herpes, rubéola, sifílis
ou toxoplasmose
 Anomalias craniofaciais: apêndice auricular ou
fístula pré-auricular
INDICADORES DE RISCO PARA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
 Segundo o Joint Committee (2007)
 Síndromes associadas à PA

Waarden
Usher Alport Pendred
burg

 Desordens neurodegenerativas

Sindrome Ataxia de Charcot-


Hunter Friedreich Marrie-Tooth
INDICADORES DE RISCO PARA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
 Segundo o Joint Committee (2007)
 Infecção pós-natal (viral ou bacteriana): herpes,
varicela, meningite
 TCE

 Quimioterapia
INDICADORES DE RISCO PARA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
 Segundo diretrizes do MS (2012)
 Anóxia perinatal grave
 Apgar de 0 a 4 no 10 minuto ou de 0 a 6 no 50
minuto
 Peso ao nascer inferior a 1500g

 Convulsões neonatais
 Hemorragia periventricular
Outros estudos
 PIG
 Alcoolismo materno
 Prematuridade
PROTOCOLO TANU – MS (2012)
PROTOCOLO TANU – MS (2012)
 Teste
 Antes da alta hospitalar
 EOA sem IRDA; PEATE-A com IRDA
 Reteste (caso “falhe” no teste)
 Preferencialmente em 15 dias, até 30 dias
 PEATE-A com IRDA; EOA sem IRDA (caso falhe PEATE-A)
 Conduta
 Sem IRDA: “Passou” acompanhamento; “Falhou”
diagnóstico audiológico
 Com IRDA: “Passou” monitoramento auditivo; “Falhou”
diagnóstico audiológico
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
 Monitoramento audiológico: Deve ser
realizado a cada 6 meses (dos 29 dias aos 3
anos

 Vale lembrar... Uma PA nos primeiros anos de


vida, mesmo em grau leve, embora não
inviabilize a aquisição de linguagem,
compromete o desenvolvimento das
habilidades lingüísticas, com reflexos no
desempenho escolar
DESENVOLVIMENTO
DA FUNÇÃO
AUDITIVA
DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO
AUDITIVA
 Função auditiva  Linguagem/Fala
DESENVOLVIMENTO DA
FUNÇÃO AUDITIVA

 Experiências auditivas apoiam e reforçam


vias neurais específicas
 Embrionário: Muitos neurônios  Os usados
permanecem; os não usados são eliminados

 Até 6 meses  Período crítico para


desenvolvimento das habilidades auditivas
 Até 18 a 24 meses  Neuroplasticidade
HABILIDADES AUDITIVAS
 Detecção: Perceber a presença ou ausência
de som
 Discriminação: Diferenciar dois sons
 Localização: Identificar de onde vem o som
 Reconhecimento: Associação significante-
significado
 Compreensão: Entender a fala
HABILIDADES AUDITIVAS
A partir da 20ª sem  Detectar
Detecção/Discriminação
Discriminar
AI: 20 a 40dB aspectos
principalmente nos
supresegmentares
agudos
e segmentares

4 meses

Localização: 8 meses:
Horizontal  Reconhecimento
Longitudinal  18 meses:
Transversal Compreenssão
AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES
AUDITIVAS
 Respostas (Azevedo, 1995):
 Resposta reflexa: RCP ou Sartle
 Atenção ao som (A)  Parar de sugar, “abrir os
olhos”, “franzir a testa”
 Procura da fonte sonora (PF)  Busca o som, sem
localizar
 Localização lateral (LL) Localização:
• Indireta x Direta
 Localização para baixo (LB) • Depende da
 Localização para cima (LC) intensidade e tempo

 Localização abaixo ou acima do pavilhão


auricular
AVALIAÇÃO DA
FUNÇÃO AUDITIVA

Testes comportamentais
AUDIOLOGIA INFANTIL
 Testes objetivos: EOA, PEATE, PAEE (RAE)
 Devem ser complementares
 Não refletem a forma como a criança reage ao
som
 Nesse período as queixas são inespecíficas
geralmente relacionadas ao desenvolvimento
de fala e linguagem
 Até 3 anos  Atraso na fala
3 anos  Inteligibilidade de fala; trocas
6 anos  Aprendizagem
AUDIOLOGIA INFANTIL
 Anamnese:
 Observar o comportamento linguístico:
 PA precoce/acentuada  voz estridente; vogais
 PA leve  Trocas e distorções fonêmicas

 OBS: Nos casos de PA tardia a qualidade vocal


pode ser boa
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)
 Avaliação qualitativa, sem reforço, na qual
observa-se mudança no comportamento da
criança desencadeada por estímulo sonoro
 Indicada até 12 meses
 Deve ser realizado nas UBS, PSF e nos follow
ups  Monitoramento auditivo

o Pesquisa dos reflexos


o Sons instrumentais
o Voz familiar
REFLEXO COCLEOPALPEBRAL
 Contração do músculo orbicular do olho em
resposta a estímulo de forte intensidade
 Ocorre desde a vida intra-uterina (25 semanas)
 Avalia a integridade do sistema auditivo
periférico e central (mediada pelo complexo
olivar superior)

Reflexo de habituação: 2
Quanto o RN é
hiperesponsivo ou não se
adapta aos estímulos
deve-se desconfiar de
alteração central
REFLEXO COCLEOPALPEBRAL
 PRESENTE:
 Audição normal
 PASN leve até moderado recrutante
 PERDA UNILATERAL

 AUSENTE:
 PASN
 Condutiva
 Alteração retrococlear
REFLEXO DE SOBRESSALTO
 Também chamado de Stratle
 Reação corporal global
 Pode ou não estar associada ao RCP
 Presente até 3 meses
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

Estímulo fora do
campo de visão 2 avaliadores

Criança alerta, em posição confortável,


com material lúdico silencioso, de fácil
manipulação e pouco atrativo
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

Campo livre
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)
CHOCALHO TAMBOR BLACK-BLACK

PRATO

RECO-RECO

AGOGÔ

SINO COCO GUIZO


AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)
 Pode ser utilizada para avaliar maturação ou
limiar de audibilidade
 Para maturação NÃO precisa usar mais de um tipo
de som; sons tem que ser claramente audíveis
(maiores do que o limiar)
 A intensidade para desencadear resposta está
relacionado à idade da criança, inversamente
proporcional  Deve-se iniciar dos sons mais
fracos

 BOA não substitui os exames eletrofisiológicos,


eles são complementares
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

• Guizo ou sino (70 a 80 dBNPS)/ Fala


(voz materna)
• Plano lateral: 10 a 20 seg, 20cm
0a3 • Atenção ao som
• Black-black ou Agogô (90 a 100dBNPS)
meses • 2 segundos
• Resposta reflexa: habituação na
segunda apresentação
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

• 60 a 70dBNPS/ voz materna


• Plano lateral: 2 seg, 20 cm
3a6 • Procura da fonte sonora (até
5 meses)
meses • Localização lateral direta (6
meses)
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

• 50 a 60dBNPS (guizo
único/campo livre)/ voz materna
e do examinador
6a9 • Plano lateral: nome, 50 cm
• Localização lateral direta (6

meses meses) e localização indireta


abaixo e acima do pavilhão
auricular (7 a 9 meses)
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

• 40 a 50dBNPS (guizo único mais


distante)
• Localização lateral direta e

9 a 12 localização direta abaixo e acima


do pavilhão auricular e para
baixo (10 meses) e para cima (12
meses meses)
• Reconhecimento de comandos
verbais  “dá tchau”, “joga
beijo”, nome (12 meses)
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)

Idade Resposta esperada


Até 3 Automática: atenção ao som, movimentação das
meses pálpebras, alteração da expressão facial,
interrupção ou desencadeamento de sucção
03 a 06 Procura da fonte sonora
meses
06 Localização lateral direta (virada da cabeça e/ou
meses troco)
07 a 09 Localização indireta dos sons acima do nível da
meses orelha no plano lateral
13 Localização direta dos sons acima do nível da
meses orelha no plano lateral
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)
 Sinais de alteração  DPAC
 Respostas exacerbadas
 Ausência do RCP com acuidade auditiva normal
 Ausência de habituação
 Dificuldade de localização com acuidade auditiva
normal
 Necessidade de aumentar a duração do estímulo
para desencadear a resposta
AUDIOMETRIA DE OBSERVAÇÃO
COMPORTAMENTAL (BOA)
 Normal
 As avaliações são normais

 Atraso de desenvolvimento
 Atrasonas primeiras avaliações, normalizando na
última (9 a 12 meses)

 Distúrbio do desenvolvimento
 Avaliações alteradas  DPAC
SONS DO LING

Som Frequência (Hz)


/u/ 275
/m/ 250
/a/ 1000
/ch/ 2500
/i/ 3000
/s/ 6000
TÉCNICAS DE
CONDICIONAMENTO OPERANTE
 12 a 48 meses
 Utiliza reforço
 Obtém limiares específicos por orelha e
frequência

Condiciona
mento do Audiometria
Audiometria
reflexo de de reforço Peep-show
lúdica
orientação visual (VRA)
(COR)
CONDICIONAMENTO DO
REFLEXO DE ORIENTAÇÃO (COR)
 6 meses à 3 anos
 Reforço ao reflexo de orientação ou à
localização  Estímulos luminosos ou
brinquedos atrativos
 Tipo de estímulo: Tom puro, tom modulado,
narrow band
 Frequências: 1000, 2000, 4000 e 500Hz
 Apresentação: Fone ou campo livre
 Resposta: virada rápida de cabeça (0,5 a 1,5
seg)
CONDICIONAMENTO DO
REFLEXO DE ORIENTAÇÃO (COR)
 Manter a atenção na linha média
 Controle de tronco
 Técnica: Início estímulo e reforço simultâneos,
em seguida o reforço segue o estímulos
AUDIOMETRIA DE
REFORÇO VISUAL (VRA)
 12 a 30 meses  Ideal
 Tipo de estímulo: Tom puro, tom modulado,
narrow band
 Frequências: 1000, 2000, 4000 e 500Hz
 Apresentação: Fone ou campo livre
 Resposta: É aceita qualquer resposta, não
apenas a localização
 Vantagem: Aproxima-se mais do limiar (cerca
de 10dB)
PEEP-SHOW
 12 a 30 meses
 Baseia-se no princípio de condicionamento de
Pavlov
 Apertar um botão para acender a luz
 Auxílio para apertar o botão após o estímulo
 Utiliza vídeos, autoramas, programas de
computador
AUDIOMETRIA LÚDICA
 A partir de 3 anos
 Também chamada de audiometria tonal
infantil condicionada
 Associar um ato motor ao estímulo sonoro 
Significado ao som
 Ajuda a manter o interesse/atenção
AUDIOMETRIA LÚDICA
 Tipo de estímulo: Tom puro, tom modulado
 Frequências: 1000, 2000, 4000 e 500Hz
 Apresentação: Fone ou campo livre

 Para o condicionamento é essencial iniciar


com um som audível
 Só deve ser iniciada a pesquisa de limiar
quando a criança estiver condicionada
AUDIOMETRIA LÚDICA
 Durante o exame pode ser possível
recondicionar a criança  Cansaço, pressa
 Pode-se propor um desafio
 Mascaramento:

atribuir significado
(chuva)
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

Pesquisa do
Testes com Pesquisa da
recrutamento
diapasão adaptação
auditivo
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Testes com diapasão


 Diapasão: Consegue produzir frequência
específicas que se assemelham ao tom puro (125
a 4096Hz)
 Fontemecânica, logo, diminui a intensidade com
o passar do tempo
 Calibração biológica

Rinne Weber Bing Schwabach


ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Teste de Rinne
 Colocaro diapasão na mastóide (VO), quando o
indivíduo deixar de ouvir apresentar por VA

Resposta VA/VO Significado


Positivo VA>VO Normal
Negativo VO≥VA Alteração OM/OE
Positivo encurtado ou VA>VO Alteração de OI
patológico (valores menores)
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Teste de Weber
 Colocar o diapasão na fronte
 Perguntar onde está ouvindo o som

Resposta Significado
Indiferente Normal ou PA simétrica (tipo e grau)
Lateralizado para a PASN unilateral ou bilateral assimétrica
melhor orelha
Lateralizado para a PA Condutiva unilateral ou bilateral
pior orelha assimétrica
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Teste de Bing
 Coloca-se o diapasão na mastóide
 Mede-seo tempo de audição com o MAE aberto
(condução óssea relativa) e com o MAE ocluído
(condução óssea absoluta)

Resposta Resultado Significado


Positivo COA > COR Normal
Negativo COA = COR PA condutiva
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Teste de Schwabach
 Medir o tempo de audição por via óssea do
paciente e comparar com o do examinador
(normouvinte)

Resposta Tempos Significado


Normal Iguais Normal
Encurtado Examinador>paciente PASN
Alargado Paciente > examinador PA condutiva
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Testes para pesquisa do recrutamento


auditivo
 Provas de limiar diferencial de intensidade
 Teste SISI
 Prova de Fowler
 Prova de Reger
 Recrutamento: Aumento anormal
da sensação de intensidade
 É um alteração coclear
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Prova de Reger
 Testede balanceamento monoaural da sensação
de intensidade
 São apresentados dois tons em diferentes
frequências e o paciente deve determinar o mais
intenso
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Prova de Fowler (ABLB)


 Testede balanceamento binaural da sensação de
intensidade
 Realizadoem indivíduos com uma orelha normal
e a outra uma PASN
 Apresentar20dBNS em cada orelha e perguntar
se são semelhantes em intensidade
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS
Cuidado: Treino
auditivo
 Teste de SISI
 Índice de sensibilidade a pequenos incrementos
 Inicia-se
em 20dBNS, e são dados 20 incrementos
de 1dB (a cada 5 segundos)

Resposta Significado
>70% Alteração coclear
20 a 70% Duvidoso
<20% Não tem alteração coclear
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Limiar diferencial de Luscher e Zwislocki


 Medir a razão de mudança na sensação de
intensidade (monoaural)

 Limiar diferencial de intensidade: Menor


mudança de limiar que o indivíduo é capaz de
perceber (0,7 a 2dB)
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Testes para pesquisa de adaptação


 Tone decay test
 Índice de rollover

 Adaptação: Diminuição da
sensação de intensidade diante
de estímulo contínuo
 Indica alteração retrococlear
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Tone decay test


 Teste de adaptação a som contínuo
 Realizada com audiômetro
 Inicia-se
por 500 e 4000Hz, se necessário testa-se
1000, 2000, 3000, 4000 e 6000Hz
O paciente permanece com a mão levantada
enquanto estiver ouvindo o som
 Inicia-se
no limiar e vai aumentando de 5 em 5dB
até que ele permaneça 60 segundos com a mão
levantada
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Tone decay test

0 a 5dB Adaptação normal Normal


10 a 15dB Adaptação leve Alteração coclear
20 a 25dB Adaptação moderada Alteração coclear
≥30dB Adaptação acentuada Alteração retrococlear
ESTUDO DAS DISTORÇÕES DAS
SENSAÇÕES SONORAS

 Índice de rollover
 Teste de reconhecimento de fala
 Quantomenor o índice maior a possibilidade de
envolvimento retrococlear
EXERCITANDO...
01
 Resultado?
 Timpanograma?
 Audiograma?
 EOA?
01

 Lateralidade? Tipo? Grau? Configuração?


 Timpanograma?
 Reflexos IPSI?
 EOA-T?
 EOA-PD?
02

 Lateralidade? Tipo? Grau? Configuração?


 Timpanograma?
 Reflexos IPSI?
 EOA-T?
 EOA-PD?
03

 Lateralidade? Tipo? Grau? Configuração?


 Timpanograma?
 Reflexos IPSI?
 EOA-T?
 EOA-PD?
CASO 1

 OD:  OE:
 Tipo?Grau?  Tipo?Grau?
Configuração? Configuração?
CASO 1

 OD:  OE:
 Timpanometria?  Timpanometria?
 Reflexo IPSI?  Reflexo IPSI?
 Reflexo Contra?  Reflexo Contra?
CASO 1

 OD:  OE:
 EOA-T? EOA-PD?  EOA-T? EOA-PD?
 Porque?  Porque?
CASO 1

 OD:  OE:
 PEATE?  PEATE?
CASO 1

 OD:  OE:
 Topodiagnóstico?  Topodiagnóstico?
CASOS
 Presbiacusia

 PAIR

 Schwanoma vestibular

 Otosclerose

 PA condutiva

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