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MANUEL DOMINGOS

UNIDADE DE NEUROPSICOLOGIA/CHPL (LISBOA)


UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA
ORGANIZACÃO
ANATÓMICA E
FUNCIONAL
DO SISTEMA NERVOSO
NEUROCIÊNCIAS

I. VÁRIOS NÍVEIS DE ANÁLISE ENVOLVENDO VÁRIAS


DISCIPLINAS

A. Nível de análise
1. Cognitivo – comportamental
2. Sistemas – interações entre vários tipos de unidades celulares 
3. Celular – propriedade de um único neurônio
4. Subcelular – propriedade das estruturas subcelulares como canais iônicos
5. Molecular - mecanismos de ação de moléculas
 

B. Disciplinas

1. Clinicas
Neurologia, Psiquiatria e Neurocirurgia
2. Pesquisa Básica ou Experimental
Fisiologia, Anatomia, Farmacologia, Neuroquimica, Psicologia, Biologia Molecular

3. Teórica
Neurociência computacional e Redes Neurais (inteligência artificial)
Níveis de análise do SN

1) Cognitivo:
comportamental

2) Sistema: interação entre


varias unidades celulares

3) Celular: propriedades de
células unitárias

4) Subcelular: biofísica de
canais iônicos

5) Molecular: mecanismos
de ação das proteínas e
neurotransmissores
O estudo dos diferentes níveis de análise requer ferramentas amplificadoras dos
sentidos humanos: microscopia, ressonância, eletrofisiologia, etc.

Estrutura Tamanho Unidade de Aumento


Medida

Extensão:
Encéfalo 1cm = 0,1m 1
15 cm

Córtex Espessura
cerebral 1mm = 0,001m X 10
3mm

Unidade Corpo celular


0,1mm = 100 m X 100
Celular 0,1mm

Estrutura Axónio e dendrito


subcelular 0,01mm = 10 m X 1.000
10 m

Terminação sináptica
Sinapse 1 m = 10m X 10.000.
1 m

Fenda Fenda
sináptica 0,1 m = 100 m X 100.000
20 m

Espessura
Membrana 10 m X 1.000.000
5 m

Diâmetro do canal
Canal iónico 1 m X 10.000.000
0,5 m
Divisão funcional do SISTEMA NERVOSO
SISTEMA NERVOSO MOTOR
- Conjunto de neurônios relacionados com as funções
motoras somáticas e viscerais

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL


- Conjunto de neurônios relacionadas com as funções de
SISTEMA decodificação e interpretação dos estímulos originados
NERVOSO nos órgãos sensoriais somáticos e viscerais

SISTEMA NERVOSO INTEGRATIVO


- Conjunto de neurônios que realizam a integração
sensorial e motora, além de interpretar e elaborar
comandos motores
Planos referenciais do corpo

Plano coronal ou frontal

Plano sagital

Linha média
Plano transversal
superio
r

inferio
Revisão: anatomia topográfica
O Sistema Nervoso é dividido anatomicamente
em:

SISTEMA NERVOSO CENTRAL


Encéfalo
Medula

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO


Nervos espinhais e cranianos
Gânglios Sensitivos
Sistema nervoso autônomo
Receptores Sensoriais
Plexo Entérico

O tecido nervoso é formado


basicamente de dois tipos de células:
- Neurônios
- Gliócitos
Os mamíferos tenderam ao aumento progressivo do encéfalo, variando e
preservando estruturas homólogas filogeneticamente antigas.
A MEDULA situa-se dentro do canal vertebral. Assim como o encéfalo,
está envolta por membranas. Os nervos espinhais emergem aos pares de
cada forame vertebral.
O ENCÉFALO situa-se
dentro do crânio
MEDULA
Nervos espinais
A MEDULA é dividida em 4 regiões topográficas. O seu
comprimento total é menor do que canal vertebral, mas os
nervos espinhais guardam correlação topográfica com os
respectivas vértebras.
MEDULA
SUBSTÂNCIA CINZENTA
Fibras descendentes Fibras ascendentes
(motoras) (sensitivas)

MEDULA
SUBSTÂNCIA BRANCA

A substancia branca é a região de tráfego


de fibras nervosas mielinizadas

1) do encéfalo para a medula


(Vias descendentes)

2) da medula para o encéfalo


(Vias ascendentes)

3) fibras próprias da medula


(Tratos proprioespinhais)
COMPONENTES FUNCIONAIS DE UM NERVO ESPINHAL
Fibras sensitivas somáticas gerais Fibras motoras somáticas
Pele, músculos, tendões e articulação Músculos estriados esqueléticos
Fibras sensitivas viscerais Fibras motoras viscerais
Músculos lisos, cardíaco e glândulas
ENCÉFALO
Cérebro
Tronco encefálico
Nervos cranianos
O ENCÉFALO
SNC ENCEFALO MEDULA

Cerebelo

Telencéfalo Diencéfalo Mesencéfalo Ponte Bulbo Medula

TRONCO
CÉREBRO
ENCEFÁLICO
2 pares de nervos 10 pares de nervos
ENCEFÁLO MEDULA
Ventrículos cerebrais

As cavidades ventriculares conservam a


Telencéfalo Diencéfalo Tronco encefálico mesma relação em todos os vertebrados.
TRONCO ENCEFÁLICO

Haste em que o cérebro e o cerebelo se


apóiam

Núcleos motores e sensoriais dos nervos


cranianos

Formação reticular: complexa rede de


neurônios que em parte servem de estações
de retransmissão do cérebro para o
cerebelo e medula e vice-versa.

Sítio de controle de funções vitais


(respiração, estado de consciência e ciclo
sono-vigilia, controle cárdio-vascular, etc).
ÁRVORE DA
VIDA

Cerebelo: dele não emerge nenhum nervo;


recebe várias aferências sensoriais e
cerebrais mas está, exclusivamente, a
serviço da motricudade
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
TRONCO ENCEFÁLICO DOS NERVOS CRANIANOS

Emergência de 10 dos 12 pares cranianos

A substancia branca e cinzenta do tronco


encefálico difere da medula.

N. motores somáticos
N. motores viscerais
N. motores viscerais especiais

N. sensoriais somáticos gerais


N. sensoriais somáticos especiais
N. Sensoriais viscerais
N. Sensoriais viscerais especiais

Vias de passagem de fibras nervosas


Formação reticular (áreas associativas)
NUCLEOS DO TRONCO ENCEFÁLICO

XI
FORMAÇAO RETICULAR

Área onde ocorre uma difusa rede de neurônios de projeção ascendente e


descendente e circuitos locais de integração.
Do tronco originam-se dos seus
respectivos núcleos, os tratos que
descem em direção à medula
espinhal onde influenciam os
núcleos de neurônios motores e os
circuitos medulares locais.

-T. rubro espinhal


-T. teto-espinhal
-T. reticulo espinhal
-T. vestíbulo espinhal

+ - - +

Neurônios motores medulares


CÉREBRO Diencéfalo

Telencéfalo

Principal região do
encéfalo.
Telencéfalo
Dois hemisférios separados
incompletamente pela fissura
longitudinal, cujo assoalho é
formado pelo corpo caloso.

Sulcos
Giros e circunvoluções

Corpo caloso
CÓRTEX CEREBRAL

LOBO FRONTAL: processamentos complexos


(cognição, planejamento e iniciação dos
movimentos voluntários)
LOBO PARIETAL: área de projeção e
processamento somestésico
LOBO TEMPORAL: área de projeção e
processamento auditivo.
LOBO OCCIPITAL: área de projeção e
processamento visual
INSULA: fica oculto sob os lobos frontais e
temporal

Cada hemisfério é dividido em 5 lobos


Ressonância magnética funcional
enquanto se pensa sobre Ética e Moral
No interior do cérebro há uma grande massa
branca e, em sua base, uma massa cinzenta basal.
-Telencéfalo: Núcleos da Base
-Diencéfalo:Tálamo e Hipotálamo
SUBSTANCIAS CINZENTA
Córtex cerebral
Núcleos da base

SUBSTANCIA BRANCA
Córtex Cerebral massa medular interna

Substância branca

NUCLEOS DA BASE
Intimamente associado ao córtex motor e o tálamo
Controle da motricidade somática voluntária
DIENCEFÁLO

TÁLAMO
Núcleos funcionalmente distintos
Principal relê de retransmissão cerebral
- Sensorial
- Motora
- Sistema Límbico

HIPOTÁLAMO
Muitos núcleos funcionalmente distintos
Coordenação das funções autonômicas e
neuroendócrinas
Expressões das emoções

EPITÁLAMO
Integra funções olfativas
Telencéfalo

Corpo caloso

Diencefálo

Mesencéfalo

Ponte

Cerebelo

Bulbo

Medula
MAMIFEROS: tendência ao
Homologia de estruturas aumento do telencéfalo,
anatômicas principalmente do córtex cerebral.
NERVOS
Espinhais
Cranianos
MORFOLOGIA DOS NERVOS
As fibras nervosas variam no calibre e possuem
bainha de mielina ou não

Nervos: cordões esbranquiçados


constituídos de fibras nervosas
reforçados por tecido conjuntivo.
NERVOS ESPINAIS

Nervos espinhais: União de uma raíz


ventral (motora) e dorsal (sensorial).

O tronco do nervo espinhal é


funcionalmente misto e deixa o canal
vertebral pelo forame intervertebral.

Ramo dorsal : inerva a pele e músculos da


região dorsal do tronco, da nuca e região
occipital da cabeça.

Ramo ventral: inerva a pele, musculatura,


ossos e vasos dos membros e região
antero-lateral do pescoço e tronco.
Quando atingem o sitio de
inervação, as fibras nervosas
se ramificam em
terminações nervosas.

Fibras motoras: terminações


motoras que formam as
junções neuro-musculares.

Fibras sensoriais:
terminações sensitivas que
possuem a capacidade de
converter diferentes formas
de energia física ou química
em impulso nervoso.
Os nervos afastam-se do SNC, ramificam-se e atingem os respectivos
campos de inervação sensorial ou motora.
NERVOS ESPINHAIS
1) Unissegmentar: derivados de um
segmento medular

2) Plurissegmentar: derivados de vários


segmentos medulares

Os nervos espinhais torácicos são todos


unissegmentares
Vários nervos espinhais são plurissegmentares, i.e. derivados de plexos
PLEXOS: formação
anatômica onde as
fibras dos ramos
ventrais se entrelaçam
sem perder a
funcionalidade
individual das suas
fibras

Há 4 plexos nervosos
CERVICAL
BRAQUIAL
LOMBAR
SACRAL
Dermátomo: território cutâneo de inervação sensorial da pele por uma única raiz
dorsal

O dermátomo é
identificado pelo nome
da raiz que o inerva.
Campo radicular motor:
território de inervação
muscular de uma única raiz
ventral. A inervação de um
músculo pode ser
unirradicular (intercostais) ou
pluriradicular (a maioria).
NERVOS CRANIANOS
Nervo Craniano Emergência Principal função
I. Olfatório Telencéfalo Sentido especial (Olfação)
II. Óptico Diencéfalo Sentido especial (Visão)
III. Óculo-motor Mesencéfalo Motricidade somática
IV. Troclear Mesencéfalo Motricidade somática
V. Trigêmeo Ponte Sensibilidade e motricidade
somáticas
VI. Abducente Bulbo/ponte Motricidade somática
VII. Facial Bulbo/ponte Motricidade somática e
sentido especial (Gustação)

VIII. Acústico- Bulbo Sentido especial


vestibular (Audição/Equilíbrio)
IX. Bulbo Sensibilidade e motricidade
Glossofaríngeo somáticas
X. Vago Bulbo Sensibilidade visceral e
motricidade visceral
XI. Acessório Bulbo e medula Motricidade somática
XII. Hipoglosso Bulbo Motricidade somática
Glossário neuroanâtomico

Substância branca: região do SNC constituída de fibras mielinizadas e neuroglia


Tratos, fascículos, lemniscos: feixe de fibras nervosas situados dentro do SNC (substância branca) que
interligam regiões diferentes do SNC.

Substância cinzenta: região do SNC constituída de corpos células, fibras nervosas sem mielina e
neuroglia
Núcleos:assembléia de corpos neuronais funcionalmente relacionados situados na substancia cinzenta.
Córtex: fina camada de substancia cinzenta que recobre o cérebro e o cerebelo.

Formação reticular: rede difusa de neurônios de tamanhos diferentes que ocupa a parte ventral do
tronco encefálico.

Vias: cadeias de vários neurônios funcionalmente relacionados.

Decussassâo:formação anatômica cujas fibras cruzam obliquamente a linha média e que tem a mesma
direção.
Comissura: coleção de axônios que conecta perpendicularmente a linha média e tem direções
diametralmente opostas
Cápsula, uma coleção de axônios que conecta o cérebro e o tronco encefálico.

Gânglios: assembléia de corpos neuronais funcionalmente relacionados situados fora do SNC


Nervos: feixes de fibras nervosas situados fora do SNC
Plexos nervosos: entrelaçamento de fibras nervosas sem perder a individualidade
NEUROCIÊNCIAS CLÍNICAS

da
COGNIÇÃO
NEUROCIÊNCIAS COGNITIVAS

00
História do que?
Do que se trata essa tal de Neurociências?

ESTUDO das RELAÇÕES


entre
capacidades/habilidades
comportamento, percepção,
organismo pensamento, memória, funções
FUNÇÕES motoras, cognitivas, afetivas etc..

e as
ESTRUTURAS SISTEMA NERVOSO

do organismo
responsáveis por tais funções

00
Egito Antigo (aproximadamente 5000 anos atrás)
o coração sede da alma (consciência e pensamento) e um repositório das
memórias.
memórias
permaneceu
inalterada

Os gregos,
gregos século IV A.C.

1.Hipócrates (460 – 379 A.C), pai da medicina ocidental,


cérebro responsável pelas sensações,
sensações sede da inteligência.
inteligência

2. O filósofo Aristóteles (384 – 322 A.C)


coração centro da inteligência; aquecedor do sangue
cérebro radiador para esfriar o sangue
capacidade de resfriamento do cérebro  temperamento racional

00
Império Romano

Galeno (130 – 200 D.C.)


- médico dos gladiadores: observava as conseqüências
de danos na espinha e no cérebro.
- dissecações de animais

Adotou a visão de Hipócrates de funcionamento do


cérebro.

Duas partes mais evidentes:


Cérebro: + macio, recipiente das sensações/memórias
Cerebelo: +consistente, comando dos músculos

CÉREBRO COMPORTAMENTO

Por 1500 anos

00
Séc. XVII,
XVII matemático e filósofo francês René Descartes (1596 –
1650).

era inconcebível que isso fosse capaz de explicar o


comportamento humano em toda sua amplitude.

Ao contrário dos animais, as pessoas possuíam


intelecto e a alma dada por Deus.

CÉREBRO comportamento ≈ ao dos


animais.
animais

MENTE capacidades mentais


entidade espiritual humanas
localizada fora do
corpo

00
Séc. XVII,
XVII matemático e filósofo francês René Descartes (1596 –
1650).
CÉREBRO MENTE

Desenvolvimento SEPARADA e
de uma nova INDEPENDENTE da
forma de Filosofia e Religião
conheciment Reforça o
o dualismo

CIÊNCIA e do CÉREBRO MENTE


Método
Cientifico Mais adiante
retomaremos essa
Do conhecimento questão
humano acerca do
mundo/universo
00
Século XVIII Benjamin Franklin  nova compreensão do fenômeno elétrico.
O cientista italiano Luigi Galvani e o biólogo alemão Emil
du Bois-Reymond mostraram que:
os músculos se contraem quando os nervos são estimulados
eletricamente, e
 o cérebro em si é capaz de gerar eletricidade.

Século XIX Emil Du-Bois-Reymond,


Du-Bois-Reymond Johannes Müller e Hermann von Helmholtz
a atividade elétrica em uma célula neural afeta as células adjacentes

médico italiano Camillo Golgi e o histologista espanhol Santiago Ramón y


Cajal,
Cajal
a estrutura das células neurais foram descritas em detalhes.

Claude Bernard (FR), Paul Ehrlich (ALE) e John Langley (ING)


demonstraram que substâncias químicas interagem com receptores
específicos nas células  a base do estudo sobre a natureza química da
comunicação entre as células neurais.
00
Século XIX
Os estudos de Charles Darwin sobre a evolução  a observação
sistemática da ação e do comportamento.
comportamento
Esse novo enfoque originou a psicologia experimental,
experimental
a Ciência do Comportamento,
Comportamento o estudo do comportamento.

As técnicas de imageamento (PET-scanning e fMRI):


Século XX a visualização de estruturas cerebrais humanas na pessoa viva.
territórios neurais funções específicas.

00
objeto de estudo COMPORTAMENTO

o que é É um processo de interação entre o


comportamento organismo e o ambiente.
ambiente
?

não é apenas o organismo ou o que ele


faz; Não há
não é apenas
ou fluxo, não permanece fixo e o ambientecomportamento
sem um
imutável; organismo vivo
é algo em constante mudança.
mudança presente.

00
objeto de estudo COMPORTAMENTO

o que é É um processo de interação entre o


comportamento organismo e o ambiente.
ambiente
?

é caracterizado tanto pelos aspectos:


 físicos
sociais (outros organismos que estejam presentes e suas
atuações)
e, também, pelo próprio corpo do organismo.

00
objeto de estudo COMPORTAMENTO
ÚNICO
Seu estudo pode ser abordado por diferentes perspectivas ou
abordagens.
abordagens
Vamos primeiramente apresentar
uma breve descrição de duas abordagens

mais adiante,
alguns exemplos de como cada uma delas define alguns
conceitos.
00
Comportamento é um
processo de interação entre
o organismo e o ambiente.
ambiente

O comportamento é caracterizado
pelas relações estabelecidas entre
aspectos do ambiente
do organismo

Conseqüências
das respostas
sobre o ambiente
a ação do organismo

00
Luz (estímulo
discriminativo) Evento
ambiental

marcador da ocasião na qual


existirá tal relação entre resposta
e conseqüência

Ambiente alterado
pela resposta.

Pressionar uma
Liberação de barra
Resposta do
água organismo
Produz uma
conseqüência

00
Luz acessa Luz apagada
(SD)

Pressão na barra (R)

Liberação de
água (ER)

Editado de
http://video.google.com.br/videoplay?
docid=1125124652929197179&ei=zTV7S6fQKaf6qg
KA2b2XDQ&q=reinforcement+learning+rat&hl
Afirma que o comportamento pode
ser entendido/compreendido
Por meio do estudo das os objetivos:
relações, a identificação e
relações simples ou complexas,
a descrição
entre
os estímulos (antecedentes e conseqüentes)
e
as respostas de um organismo.
IMPORTÂNCI
A
Formam um conjunto de Tipo de aprendizagem
conhecimento extenso e valoroso fundamental para pessoas que
acerca da aprendizagem associativa: apresentem deficiências no
condicionamento clássico e operante processamento cognitivo.
00
Não basta estudar as relações
entre ESTÍMULOS e RESPOSTAS
Abordagem Comportamentalista

Esta abordgem assume que:


1) somente pelo estudo dosprocessos
processos mentais podemos
compreender plenamente os processos de interação entre os
mentais
organismos e o ambiente, ou seja, o comportamento;
comportamento

PROCESSOS
 Processos realizadosMENTAIS
pelo
Sistema Nervoso dos
organismos. Processos
Como o organismo produz, Neurofisiológicos do
gera o comportamento SN
Como o SN 
comportamento
Como o SN gera, No que está interessada?
participa desse processo
de interação.
00
PROCESSOS
MENTAIS Aquilo que está
ORGANIZAÇÃO dos elementos informações, presente no
ambiente e com
que estímulos,
o qual o
participam do comportamento respostas
organismo
interage

gera determinado comportamento


determinada interação
organismo
ambiente

1) Quais elementos são necessários; processamento


2) Como estes elementos são de informações
organizados. associam,
associam interagem
00
 Ênfase na COGNIÇÃO
Processo de 3
ato ou processo de conhecer; etapas:
1) as informações chegam ao
sistema nervoso central por meio
dos órgões dos sentidos (incluindo
2) são processadas de os proprioceptores)
diversas formas: elas são
selecionadas, comparadas
e combinadas com outras
informações que já estão
armazenadas (memória),
transformadas, 3) são geradas as
reorganizadas. respostas do
00 organismo
SISTEMA NERVOSO COMPORTAMENTO

Ciências da Saúde:
investigações dos mecanismos
neurofisiológicos
Identificando e
subjacentes ao comportamento.
comportamento descrevendo as
relações entre os
Ciência do Comportamento:
estímulos e
respostas
Processamento e a
organização das
informações que
geram o
comportamento

00
SISTEMA NERVOSO COMPORTAMENTO

Ciências da Saúde:
I A
investigações dos mecanismos
N C

neurofisiológicos
Identificando e
subjacentes ao comportamento.
comportamento

C
descrevendo as

O
relações entre os
Ciência do Comportamento:
estímulos e

UR Processamento e a
respostas

NE organização das
informações que
geram o
comportamento

00
Seria possível, então, pensarmos na Ciência do
Comportamento não como uma reunião de diferentes
abordagens,
abordagens mas sim,
sim uma ciência integradora?
integradora

Há alguns anos,
o desenvolvimento científico dessas e de outras áreas
propiciaram o surgimento de uma nova disciplina
científica
integradora de metodologias e conceitos
neurofisiológicos, psicológicos, farmacológicos, bioquímicos,
anatômicos e genéticos:
00
a Neurociência.
Neurociência
Neurociência
O ambiente fornece
estímulos/informaçõe Gerar e controlar as respostas
s vegetativas, motoras e cognitivas.
captados por receptores
sensoriais e convertidos
Essas respostas constituem os
em impulsos elétricos,
padrões comportamentais que
atuam sobre e modificam esse
são analisados e ambiente.
utilizados pelo sistema
nervoso central

00
Neurociência

O resultado final é que o estudo


contemporâneo do
comportamento exige uma
abordagem integrada na qual os
fatores cognitivos,
cognitivos biológicos,
biológicos
bem como os princípios
comportamentalistas sejam
considerados.
01
Muito lindo..muito
fofo... MAS...

00
Proponha idéias....

Como colocar em prática uma ciência integradora,


multi e interdisciplinar?
Criação de pós-graduação em Neurociências: uma
proposta que ainda não alcançou seus objetivos.
Possíveis alternativas?

Redigir um texto com sua(s)


proposta(s)
Enviar para boletimgep@gmail.com
até dia 31 de agosto
00
Por muito tempo
dificultou o diálogo
entre as ciências da
saúde
(neurofisiologia) e as
ciências humanas
(psicologia,
sociologia,
antropologia), até o
surgimento da
Neurociência e sua
proposta
integradora
1 Definição de
conceitos
Saber algo SABER que sabe
Possuir a informação SABER que possui determinada informação
Ter o conhecimento SABER que tem tal conhecimento

Cognição Consciência
Sistemas Cognitivos do verbo conscíre (latim) 'ter
Processos Cognitivos conhecimento de’

2 Integração cérebro
(corpo) e A consciência surge como uma propriedade
mente/consciência emergente do conjunto SN-estrutura-função
(de como o SN está estruturado e da maneira como
(processos mentais)
ele funciona)
00
VISÃO Experimentos de Sperry, 1970
campo visualcampo visual
ESQUERDO DIREITO Pacientes com secção do corpo caloso
(controlar ataques epiléticos)

//

hemisfério hemisfério
00 ESQUERDO DIREITO
Experimentos de Sperry, 1970

voltar

00
Experimentos de Sperry, 1970

00
Experimentos de Sperry, 1970

00
Experimentos de Sperry, 1970

00
Experimentos de Sperry, 1970

00
00
Actividade Nervosa Complexa:
Memória Orientação
Linguagem Cálculo
Atenção Praxia
Raciocínio/ Gnosia
abstracção Funções executivas
Julgamento/insight
Áreas funcionais do córtex cerebral
áreas de projecção
dão origem ou recebem fibras que se relacionam
directamente com a motricidade ou sensibilidade:
 áreas motoras
 áreas sensitivas

áreas de associação
Áreas corticais de associação
área de associação pré-frontal

área de associação límbica

área de associação parieto-occipto-temporal


Área de associação pré-frontal
elaboração de pensamentos
planeamento e execução de “acções”
planeamento de acções (psico) motoras complexas
armazenamento de memória, solidamente
consolidada
memória operacional (working memory)
elaboração e controle de padrões de comportamento
social adequado
linguagem: área de Broca (Pé de F3)
Área de associação límbica
polo temporal, porção ventrobasal do lobo frontal,
giro cingulado
comportamento, emoções, motivação
Área de associação parieto-
occipto-temporal
processamento superior das informações sensoriais
processamento de informações relacionadas a
espaço e corpo
linguagem: área de Wernicke
 1/3 posterior da circunvolução temporal superior ou T1
 relacionada a compreensão da linguagem

linguagem: processamento visual, inicial. da leitura


– circunvolução angular
nomeação: parietal superior (circ. angular e/ou
supramarginal)
Síndroma PRÉ-FRONTAL

distúrbios cognitivos
alterações de personalidade

prejuízo do comportamento social


Síndrome PRÉ-FRONTAL (cont.)
 o padrão específico do síndroma é determinado por:
 tamanho, local, lado, natureza e curso temporal da lesão
 personalidade pré-mórbida
 idade de início

 alterações de personalidade e comportamento mais


importantes que das funções cognitivas
 lesões dorso-laterais - mais associadas com
distúrbios cognitivos;
lesões medianas e orbitárias - mais associadas com
distúrbios emocionais e comportamentais
Síndrome FRONTAL (cont.)
 Alterações de personalidade e comportamento
falta de objectivos e perspectivas
perda do sentido de responsabilidade
perda de auto-crítica e auto-controlo
incapacidade de avaliar as consequências das
atitudes
comportamento de imitação, comportamento de
utilização
impulsividade, perseveração
Síndrome FRONTAL (cont.)
 Alterações de personalidade e comportamento (cont.)
mória
indiscrições sexuais
exibicionismo
perda da iniciativa
dificuldade de tomar decisões
apatia
alentecimento psicomotor e abulia
Síndroma PRÉ-FRONTAL (cont.)
 Distúrbios cognitivos
bom desempenho relativo em testes gerais de
inteligência, memória, linguagem
mau desempenho em testes específicos, como
 atenção/concentração
 comportamento mantido

 inibição de tendências

 sequências motoras

 flexibilidade mental, categorização

dificuldades de raciocínio e abstração


perda da atentividade e curiosidade
Síndroma PRÉ-FRONTAL (conc.)
 Disfunções associadas:
aparência descuidada
reflexos primitivos: grasping, afocinhamento, sucção
incontinência urinária, sem constrangimento
afasia não fluente, apraxia orofacial (lesões
posteriores, hemisfério dominante)
alteraçõesvisuais, anosmia (lesões na superficie
orbital)
paratonias (gegenhalten)
sinais piramidais (lesões posteriores)
apraxia da marcha (lesões posteriores mediais
bilaterais)
Síndroma TEMPORAL
 lesões focais podem ser clinicamente silenciosas (!?)
 lesões no hemisfério direito podem ser, clinicamente,
menos evidentes
 lesões bilaterais ou no hemisfério esquerdo podem
provocar disfunções mais exuberantes
 sintoma predominante nas lesões no hemisfério
esquerdo: afasias (Wernicke ou de condução)
 distúrbio de memória para material verbal (lesões no
hemisfério esquerdo)
 distúrbio da memória para material não verbal (lesões
no hemisfério direito)
Síndroma TEMPORAL (cont.)
 lesões bilaterais podem causar graves distúrbios,
generalizados,da memória
 prosopagnosia (lesões unilaterais no hemisfério
direito ou bilaterais)
 amusia (lesões do hem.direito)
 compromíssos crónicos bilaterais podem causar
graves alterações de personalidade e
comportamento
 quadrantanopsia superior
Síndrome PARIETAL
 apraxia (lesões no hemisfério esquerdo)
 afasia/anómica ou transcortical sensorial (lesões
no hemisfério esquerdo)
 dislexia, disgrafia, acalculia (lesões posteriores no
hemisfério esquerdo)
 síndrome de Gerstmann (lesões da circunvolução
angular no hemisfério esquerdo):
 agnosia digital
 agrafia
 acalculia
 desorientação direita-esquerda
Síndroma PARIETAL (conc.)
 distúrbios da função vísuo-espacial e do esquema
corporal (lesões no hemisfério esquerdo)
 distúrbio da atenção selectiva: hemi-negligência,
anosognosia (lesões no hemisfério direito)
 quadrantanopsia inferior
 perda da discriminacao de dois pontos,
astereognosia, agrafestesia
Síndroma OCCIPTAL
 alterações no campo visual
 nas lesões bilaterais extensas: de distúrbios visuais simples a
cegueira cortical
 síndroma de Anton-Babinski: cegueira cortical com
anosognosia
 síndroma de Balint (lesões bilaterais parieto-occiptais,
extensas):
desorientação visual
incapacidade para dirigir o olhar para o campo
periférico (“paralisia psíquica” do olhar)
ataxia ocular
 acromatopsia
 ilusões e alucinações visuais (lesões no hemisfério esquerdo
ou bilaterais)

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