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NEUROANATOMOFISIOLOGIA

CHARLES CAPELLA COSTA


INTRODUÇÃO
- Origem;

- Neuron;

- Por que estamos vivos?

- Neurogênese, existe?
FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
FOLHETOS EMBRIONÁRIOS:
- Ectoderma;
- Mesoderma;
- Endoderma.
FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Neurulação
FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Vesículas Primárias e Medula Espinhal
FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Desenvolvimento
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

*meninges
Divisão do SNC
• Encéfalo:
(tecido nervoso localizado no
interior da cavidade craniana)
– Cérebro
• Telencéfalo
• Diencéfalo
– Cerebelo
– Tronco Encefálico
• Mesencéfalo
• Ponte
• Bulbo
• Medula Espinal
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Encéfalo
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Substância Cinzenta e Substância Branca
Medula Espinal
Conceito
É uma estrutura nervosa do
SNC, de forma cilíndrica
localizada dentro do canal
vertebral da coluna vertebral.
Estruturas da Medula Espinal
Na medula espinal:
SC em forma de “H” ou borboleta
• Coluna Anterior (corno ventral) Saída
do estímulo motor.
• Coluna Posterior (corno dorsal)
Entrada do estímulo sensitivo.
• Coluna Lateral
• Funículo Posterior
• Funículo Lateral
• Funículo Anterior
Meninges
O SNC está envolvido por membranas
de tecido conjuntivo denominados
meninges. Elas são classificadas por
dura-máter, aracnóide e pia-máter.

Dura-Máter
Meninge mais superficial, resistente que
contém vasos e nervos,

• Existem duas meninges: espinal e


encefálica.
Meninge Encefálica: Aracnóide
Mais delicada, sendo separada por um espaço virtual (espaço
subdural) existente entre a dura-máter e aracnóide.
Meninge Encefálica: Pia-máter
Mais interna das meninges, aderindo à superfície do encéfalo.
Auxilia na sustentação do tecido nervoso. Presença do espaço
subaracnóideo (conteúdo líquor).
Meninge Espinal
• Espaço Epidural

Limite: entre canal vertebral e a


dura máter.
• Espaço Subdural

Limite: entre dura máter e


aracnoide.
• Espaço Subaracnoide

Limite: entre aracnóide e pia


máter. Presença de líquor.
Divisão do SNP
• Nervos cranianos: 12 pares,
• Nervos espinais:
– 31 pares

– Sempre misto

– Raiz ventral (motoras) + Raiz dorsal


(sensitiva)
– Ramo ventral (inervação dos
membros e porção ântero-lateral do
tronco)
– Ramo dorsal (inervação da pele e
músculos do dorso)
Tipos de Estímulos
Neurônio aferente (sensitivo): surgiu com a
função de levar ao SNC informações sobre as
modificações ocorridas no meio externo, com a
evolução, este neurônio sensitivo se interioriza,
melhorando a condução do estímulo para o SNC.
Estímulo sensitivo ou aferente.

Neurônio eferente (motor): Sua função está


associada a conduzir o impulso nervoso ao órgão
efetuador. O corpo do nervo motor possui a
particularidade de permanecer no SNC, todavia, a
inervação de músculos lisos, cardíacos ou
glândulas têm seu corpo fora do SNC. Estímulo
motor ou eferente.

* SOMÁTICA E VISCERAL
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Medula Espinhal e Nervos
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
COMPLICAÇÕES

Traumatismo Cranioencefálico
Ventrículos Encefálicos

O estudo dos ventrículos facilita a


observação da produção e fluxo do
líquido cefalorraquidiano (LCR) /
líquor.
1
• Ventrículos laterais 1 2 3
(I e II Ventrículos)
4
• Forame interventricular 2 5
• III ventrículo 3
• Aqueduto do mesencéfalo 4

• IV ventrículo 5
Líquido cefalorraquidiano (Líquor)
• Produzidos nos plexos coróides nos
ventrículos laterais, 3° e 4°.
• Estão presentes no espaço
subaracnóideo.
• Proteção do SNC : contra invasão de
micro-organismos e células
neoplásicas, diminuição do peso
específico do encéfalo e proteção
contra choque mecânicos.
VENTRÍCULOS LATERAIS (I E II VENTRÍCULOS)

FORAME INTERVENTRICULAR (MONRO)

III VENTRÍCULO

AQUEDUTO DO MESENCÉFALO

IV VENTRÍCULO

ABERTURA ABERTURAS
MEDIANA LATERAIS
(MAGENDIE) (LUSCHKA)

MEDULA ESPINHAL CÉREBRO (D e E)


ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Medula Espinhal – É a principal via de informação da pele, articulações e músculos
para o cérebro e vice-versa. Se comunica com o corpo através de nervos periféricos
que são formados pelas raízes ventral e dorsal e deixam a coluna vertebral através
de espaços presentes entre vértebras.
Bulbo – Regulação de funções vitais, tais como a respiração, pressão sanguínea e
digestão.
Ponte – Contém um grande número de neurônios que retransmitem informações dos
hemisférios cerebrais para o cerebelo, principalmente informações sobre os
movimentos.
Mesencéfalo – Controle dos movimentos oculares e controle motor dos músculos
esqueléticos.
Cerebelo – Recebe informações sensoriais da medula, informações motora do
córtex e informação sobre o equilíbrio vinda dos órgãos vestibulares (ouvido interno)
e tônus
Diencéfalo – (Tálamo e Hipotálamo): O tálamo distribui quase toda informação
sensorial e motora para o córtex cerebral. O hipotálamo regula o sistema nervoso
autônomo e a secreção hormonal pela hipófise.
Hemisférios cerebrais – Consistem de córtex cerebral, substância branca, núcleos
da base, formação hipocampal e amigdala. Cada hemisfério tem funções
especializadas e comanda o lado contra-lateral do corpo. Estão envolvidos com
funções perceptivas, cognitivas e motoras superiores, além da emoção e memória.
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SN
CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO
Neurônios – Os neurônios são responsáveis pelas funções mais especializadas,
atribuídas ao sistema nervoso (sensibilidade, pensamentos, lembranças, controle da
atividade muscular e regulação das secreções glandulares). A neuroglia (ou células
gliais) sustenta, nutre e protege os neurônios, mantendo a homeostasia no líquido
intersticial que banha os neurônios.
CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO
TIPOS DE NEURÔNIOS
CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO
Células Gliais
Micróglia – célula imune (participa na fagocitose no SNC e participa de processos inflamatórios).
Astrócitos – Formação da barreira hematoencefálica (BHE), faz a seleção do que passa para o
cérebro. Função de cicatrização, migram para a área de lesão para tamponar íons potássio,
neurotransmissores e reconstituir o tecido.
Oligodendrócitos – Formam a bainha de mielina.
Células de Schwan – Forma a mielina.
FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
As principais funções são:

SNC:
• Reunir e processar informações sobre o ambiente a partir do SNP (função sensorial);
• Organizar respostas reflexas e outras respostas comportamentais (função integrativa);
• Planejar e executar movimentos voluntários (função motora).

SNP:
• Conectar o SNC às diversas áreas do corpo.

SNS:
• Monitora e coordena a atividade dos músculos, e a movimentação dos órgãos. Constrói e
finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano.

SNA:
• Relacionado ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração,
circulação do sangue, controle da temperatura e digestão.
NEUROTRANSMISSÃO
POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA
DEFINIÇÃO:
É a diferença de voltagem elétrica através da membrana. Nas células
excitáveis é chamado potencial de repouso da membrana.
POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA
Definição:
É a rápida ocorrência de sequência de
POTENCIAL eventos que diminuem e,
eventualmente invertem o potencial
DE AÇÃO de membrana e em seguida o
restauram ao seu valor de repouso.
• Princípio do “tudo ou nada”;
• Fase de despolarização;
• Fase de repolarização;
• Período refratário.
POTENCIAL DE AÇÃO
POTENCIAL DE AÇÃO

Passo a Passo:

1º - potencial de repouso da membrana: canais de sódio no estado de


repouso e canais de potássio fechados;
2º - estímulo produz despolarização até o limiar;
3º - canais de sódio se abrem;
4º - canais de potássio se abrem, enquanto os canais de sódio estão sendo
desativados;
5º - canais de potássio continuam abertos, e os canais de sódio voltam ao
estado de repouso.
PROPAGAÇÃO DOS IMPULSOS NERVOSOS
• ORIGEM – Ponto de gatilho
• FEEDBACK POSITIVO
• DIREÇÃO - Anterógrada
CARACTERÍSTICAS DO IMPULSO
CONDUÇÃO:
-Contínua;
-Saltatória.

VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DO IMPULSO:


-Diâmetro do axônio;
-Presença ou não de mielina.
SISTEMA SENSORIAL
TIPOS DE FIBRAS QUE VÃO CONDUZIR O IMPULSO NERVOSO
Axônios da pele A alfa A beta A delta C

Axônios vindos Grupo I II III IV


do músculo

Diâmetro (nm) 13 - 20 6 - 12 1-5 0,2 – 1,5

Velocidade (m\ 80 - 120 35 - 70 5 - 30 0,5 – 2


s)

Receptores Proprioceptor Mecanoceptores Dor e temp. Dor e temp.


sensoriais do músculo da pele
esquelético
SINAPSES
São pontos de união entre as células nervosas e
entre estas e as células efetoras.
•QUANTO A LOCALIZAÇÃO.

CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal


PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras

•QUANTO A FUNÇÃO (neurotransmissores)


EXCITATÓRIAS
INIBITÓRIAS

•QUANTO AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS


AXO-SOMÁTICA
AXO-DENDRÍTICA
AXO-AXÔNICA
SINAPSE ELÉTRICA
Geralmente ocorre entre os neurônios.
SINAPSE ELÉTRICA
Passo a Passo:

1º - célula pré-sináptica envia o sinal;

2º - membrana pré-sináptica recebe o sinal;

3º - transmissão do sinal a membrana pós-sináptica através de canais.


SINAPSE QUÍMICA
Sinapse química, um sinal elétrico pré-sináptico é convertido em sinal químico. Esse sinal
Químico é, então, reconvertido em sinal elétrico (potencial pós-sináptico).
SINAPSE QUÍMICA
Sinapse química, um sinal elétrico pré-sináptico é convertido em sinal químico. Esse sinal
Químico é, então, reconvertido em sinal elétrico (potencial pós-sináptico).

Passo a Passo:
1º - PA despolariza a membrana pré-sináptica;
2º - A despolarização abre canais de cálcio;
3º - cálcio adentra o terminal pré-sináptico;
4º - elava-se a concentração de cálcio no meio;
5º - migração das vesículas pré-sinápticas até a membrana;
6º - liberação de neurotransmissor;
7º - ligação dos neurotransmissores a receptores específicos na membrana
pós-sináptica;
8º - ocorre, então, aumento de íons positivos e despolarização da membrana
pós-sináptica.
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
União de um nervo com a fibra muscular.
Fisiologia Humana

Neurotransmissores

Mensageiros químicos produzidos pelos neurônios. Estão armazenados em vesículas nos botões
sinápticos. Os neurotransmissores são produzidos nas próprias terminações dos axônios por um
complexo de enzimas especializadas e depois são armazenados na vesículas sinápticas.
NEUROTRANSMISSORES
- Dependem de Receptores;

- O mesmo neurotransmissor pode ter diferentes ações


pós-sinápticas, dependendo de qual receptor ele irá
ativar;

Alterações nos sistemas de neurotransmissão:


- Perda de memória;
- Prejuízos cognitivos;
- Alteração de coordenação.
TELENCÉFALO
DIENCÉFALO

- Ventrículos laterais;
- III Ventrículo;
- IV Ventrículo;
- Plexo corióide;
- Septo pelúcido.
SISTEMA LÍMBICO

Memória:
- Declarativa;
- Procedimentos.

A memória está intimamente


Relacionada ao aprendizado,
Sendo o armazenamento
também resultante da
facilitação de vias sinápticas.
HIPOCAMPO
NEUROPLASTICIDADE

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