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UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

CURSO DE MEDICINA

NEUROCIRURGIA DESDE A PRÉ HISTORIA e MODERNA

CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ; PARES


CRANIANOS E GRANDES VIAS

Autor : Dr. David Sila


(Neurocirurgião)
Objectivo Geral :

 Propiciar conhecimentos apartir da disciplina de


Neurocirurgia a abordagem das principais
afecções neurológicas e
 a consolidação das bases semiológicas e
cirúrgica no tratamento das doenças
neurológicas.
NEUROCIRURGIA DESDE A PRÉ HISTORIA e
MODERNA

• Existem muitas evidencias de que o homem


começou a realizar procedimentos cirúrgicos no
crânio cerca de 12 mil anos antes de Cristo

• Foram encontrados :
• Crânios Pré históricas com orifício feito pelo
homem;
• Com objectivo de tratar algumas enfermidades
NEUROCIRURGIA DESDE A PRÉ HISTORIA e
MODERNA

• O termo CIRURGIA vem do latim’’Chirurgiae”


significa trabalho manual..

• /ou procedimento no qual cirurgião realiza uma


intervenção manual ou instrumental no corpo do
paciente para diagnosticar, tratar enfermidades.
NEUROCIRURGIA DESDE A PRÉ HISTORIA e
MODERNA

• A NEUROCIRURGIA moderna foi desenvolvida


na estreia de três(3) eventos importantes:

Surgimento da anestesia geral


Controle de infecção
Desenvolvimento das técnicas de localização
da lesão cerebral
• Cirurgião Frances
• Estudou anatomia e
cirurgia

• Introduziu várias
inovações na
prática médica no
Tratamento das
feridas de armas de
fogo .(1536)

• 1510-1590
• Inglês-Londres (1857-1916)

• Especializou se em cirurgia
e fisiologia

• Pioneiro no estudo das


funções cerebrais em
animais e humanos.

• Cirurgia esterotáxica
(1908- Aparelho Horsley-
Clarke)
• Americano(1869- 1939)

• Neurocirurgião ,escritor
Patologista e desenhista

• No início do século 20, Cushing


desenvolveu muitas das
técnicas cirúrgicas básicas para
operar o cérebro
• Considerado pioneiro da
neurocirurgia.
• Mahmut Gazi Yasargil

• Neurocirurgião , Turco.
Nascido 06/07/1925

• Desenvolvimento das
técnicas de cirurgia
cerebrovascular-
Microneurocirurgia.
Classificação Anatómica do Sistema
Nervoso
• O sistema Nervoso é dividido em:

• Sistema Nervoso Central (SNC): derivado do tubo neural;


consiste em encéfalo e
medula espinhal

• Sistema Nervoso Periférico (SNP): derivado da crista


neural; consiste em neurônios fora do SNC e nervos
cranianos e espinhais, que unem o encéfalo e a medula
espinhal às estruturas periféricas;

• Sistema Nervoso Autônomo: possui partes tanto do SNC


como do SNP, consiste em neurônios que inervam músculo
liso, músculo cardíaco
Classificação Anatómica do Sistema
Nervoso
Estudo Sumario dos Nervos Cranianos
• I. Nervo Olfatório-
contêm numerosos
pequenos feixes nervoso,
originando na região
olfatória de cada fossa
nasal..... Lamina crivosa(
osso etmoide)....
Terminando no Bulbo
Olfatório

• Caracter sensitivo

• Suas fibras – aferentes


viscerais especiais
Nervos Cranianos
• II. Nervo Óptico –
constituído por feixe de
fibra nervosa....Retina,
passando pelo canal
óptico;
• Une-se ..... Quiasma
óptico; continuando no
trato óptico..... Corpo
Geniculado lateral

• Fibras aferentes
somáticos especiais
Nervos Cranianos

• III- Nervo oculomotor – Complexo oculomotor ( origem


no mesencefalo) fibras motoras para músculos
extraoculares..... Fibras parasimpaticas para a Pupila e
corpo ciliar;

• Fossa interpeduncular, relação anatômica com Art,


Cerebral posterior e cerebelar superior..... Art.
Comunicante posterior..... Seio cavernoso / Art,Carotida;

• NC IV , V e VI...... Fissura orbitaria superior para


enervação Musc. Extraoculares( R.sup; R.medial;
R.Inferior ; Obliq.Inferior; Elevador da palpebra)
Nervos Cranianos

• IV NervoTroclear- origina-se do Núcleo


Troclear ( Colículo Inferior) .....trajecto
posterior e circular , decussação saída através
do Teto;
• Tronco cerebral espirala-se .... Seio cavernoso
próximo do NC III ... Fissura orbitaria
superior......M. Obliquo Superior.
Nervos Cranianos

• V. Nervo Trigêmeo – Origina-se no Núcleo motor ( Fibras


motoras) na porção media da ponte..... Atravessam
Gânglio de Gasser(Trigeminal ).... Seguem com o ramo
sensorial Mandibular..... Sai do crânio Forame oval
• Fibras motoras- Músculos Masseter, Temporal e
Pterigóideo;
• Fibras sensoriais- origem ( Oftálmica, Maxilar,
mandibular) entram no crânio em trajectos diferentes-
fissura orbitaria superior, forame redondo e oval.

• Fibras sensoriais terminam ... Núcleo sensorial ( ponte) e


trato espinal .... Parte superior da Medula cervical.
Nervos Cranianos

• VI. Nervo Abducente- Origem das células na ponte,


centro pontino do olhar lateral....

• axônios seguem entrelaçados com as fibras


corticoespinal descendentes ...ascende no clivo, seio
cavernoso NC III , IV e V

• Fissura orbitária superior .... Músculo Reto Lateral


Nervos Cranianos

• VII. Nervo Facial- Núcleo Facial no tegumento pontino...


Para trás , cima e redor do NC VI
• Com o NC VIII cruza o ângulo ponto cerebeloso...meato
acustico interno
• Depois de atravessar osso petroso sai pelo forame
estilomastoideo, passa pela gandula parótida.....divisões
superiores e inferiores para os Músculos da expressão
facial

• O NC VII com nervo intermédio, seu principal


componente / corda do timpano....responsavel pela
sensibilidade Gustativa 2/3 anterior da língua
Nervos Cranianos
• VIII Nervo Vestibulococlear- Nervo vestibular origina-
se do gânglio vestibular( de Scarpa),
• Processos periféricos de seus neurônios bipolares
recebem impulsos ...utrículo, sáculo e canais
semicirculares(porção vestibular do VIII)

• As fibras nervosas que suprem as células pilosas(


neuronios- gânglios espiral no centro da coclea..... Os
processos centrais forma o Nervo Coclear;

• Segue trajecto do MAI, APC, tronco encefálico e faz


sinapse com os núcleos cocleares.
Nervos Cranianos
• IX.Nervo Glossofaríngeo-
O Núcleo ambíguo envia
axônios para inervar o plexo
faríngeo

• Inerva o Músculo
estilofaríngeo; fibras
gustativas do 1 terço
posterior da língua , fibras
parassimpatica para
Glândula parótida

• Com o NC X, XI sai do
crânio pelo forame jugular.
Nervos Cranianos

• X. Nervo Vago- Conduz fibras


motoras do Núcleo ambíguo
até o palato , faringe e laringe,

• Outro componente origina-se


no nucleo motor posterior do
nervo vago, contém fibras
parassimpaticas,

• Inervação de vísceras do tórax


e abdome

• Conduz fibras aferentes


viscerais e gustativas
Nervos Cranianos
• XI. Nervo Acessório- Tem
duas partes.
• 1) Porção espinal- origina-se
dos neurônios motores
inferiores na porção superior
da medula cervical( arco
branquial),

• Entra no crânio pelo forame


magno e ascende forame
jugular..... Músculo
Esternocleidomastóideo e
trapézio

• 2) Porção Craniana- origina-


se do núcleo ambíguo, une-
se a raiz espinal e aos NC IX
e X.
Nervos Cranianos
• XII. Nervo Hipoglosso-
origina-se dos neurôios
motores no núcleo do
Nervo hipoglosso

• No bulbo sai
anteriormente no sulco
entre a pirâmide e a
Oliva, deixa o crânio pelo
forame do Hipoglosso

• Segue para frente para


inervar a língua
AS GRANDES VIAS

• AS GRANDES VIAS SÃO: Cadeias neuronais que


unem os receptores ao cortéx e de igual modo do
cortex para os orgãos efetores .

• CONHECE-SE DUAS GRANDES VIAS :


• VIAS AFERENTES- São as vias que levam aos
centros nervosos supra-segmentares, os impulsos
originados nos receptores periféricos.

• VIAS EFERENTES- comunicam os centos supra-


segmentares do SN com os órgãos efetuadores
VIAS AFERENTES
• Toda via é constituída pelos seguintes elementos.
• 1) Receptor: é sempre uma terminação nervosa
sensível ao estímulo que caracteriza a via.

• 2) Trajecto periférico: Nervo espinhal ou craniano e


gânglio sensitivo.

• 3) Trajecto central: As fibras se agrupam em feixes –


tractos/fascículos/ leminiscos

• 4) Área de projeção cortical: Córtex cerebral


(sensibilidade consciente) ou córtex cerebelar (
sensibilidade inconsciente).
• Vias de Dor e
Temperatura
• Sensação de cocegas
e prurido
• Sensações sexuais
• Sensação de tato e
pressão grosseiras
• Tato epicrítico e
• Via de propriocepção
consciente,

• sensibilidade vibratória
VIAS AFERENTES

• Vias Aferentes que penetram no SNC por Nervos


Cranianos
• Vias Trigeminais
• Via Gustativa
• Via Olfatória
• Via Auditiva
• Vias vestibulares conscientes e inconscientes
• Via óptica
VIAS EFERENTES

• As grandes vias eferentes comunicam os centos supra-


segmentares do SN com os órgãos efetuadores.

• Podem ser somáticas ou viscerais.

• As somáticas permitem a realização de movimentos


voluntários, regulando ainda o tônus e a postura
• Vias Eferentes somáticas
é didaticamente divididas
em:
• 1.Vias piramidais
• 2.Vias Extrapiramidais
VIAS EFERENTES
• 1.Tracto córtico-
espinhal
• Une o córtex cerebral aos
neurônios motores da
medula
• Córtex (área 4) Coroa
radiada Cápsula interna
Base do pedúnculo
cerebral Base da ponte
Pirâmide bulbar
• Decussação das
pirâmides
• Tracto córtico-espinhal
anterior
• Tracto córtico espinhal
lateral
VIAS EFERENTES

• O tracto córtico-nuclear
tem um grande número de
fibras homolaterais.
• Assim, a maioria dos
músculos da cabeça está
representada no córtex
motor dos dois lados Vias
Piramidais, Importância
clínica como a córtico
espinal
VIAS EFERENTES

• Vias Extrapiramidais
• São tractos que não passam pelas pirâmides bulbares.

• 1.Tracto Rubro-espinhal
• Junto com o tracto córtico-espinhal, controla a
motricidade voluntária
• dos músculos distais dos membros.
• 1.Tracto Rubro-
espinhal
• Junto com o tracto
córtico-espinhal,
controla a motricidade
voluntária
• dos músculos distais
dos membros.
• 2 . Tracto Tecto-
espinhal
• Origina-se no colículo
superior, que se
relaciona com a retina
e o córtex visual,
terminando na medula
cervical alta.

• Logo, faz parte dos


reflexos para a
movimentação da
cabeça aos estímulos
visuais
VIAS EFERENTES

• .3 Tracto Vestíbulo-
espinhal
• Núcleos vestibulares
recebem informações do
ouvido e cerebelo,

• envia para os neurônios


motores medulares,
realizando a manutenção
do equilíbrio
VIAS EFERENTES
• 4 . Tracto Retículo-espinhal
• É o mais importante dos
tractos extrapiramidais.
• Interliga várias áreas da
formação reticular com
neurônios motores.

• Envolvem o controle de
movimentos tanto voluntários
como automáticos.

• Coloca o corpo na postura


básica, ou postura de “partida”,
necessária à execução de
movimentos pela musculatura
distal dos membros.
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas

• Neurocirurgiabh.com.br
/historia-e-evolução da
neurocirurgia

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