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Anita Almeida Damke 2º PERÍODO DE MEDICNA

Apg 1
06/02/24

Introdução ao sistema nervoso, neurônios, PA e SINAPSE


Objetivos:

1. Compreender aspectos gerais, anatomia, citologia e histologia do sistema nervoso (SNP e SNC)
2. Entender a sinapse do sistema nervoso e o potencial de ação dos neurônios
3. Explicar os principais neurotransmissores e suas funções.

COMPREENDER ASPECOTOS GERIAS, ANATOMIA, CITOLOGIA E HISTOLOGIA DO SISTEMA


NERVOSO(SNP E SNC)
↠O sistema nervoso é o principal sistema de controle e comunicação do corpo. Cada pensamento, ação, instinto e emoção
refletem a sua atividade. Suas células comunicam-se por meio de sinais elétricos, que são rápidos e específicos e,
normalmente, produzem respostas quase imediatas.
↠ Com apenas 2 kg de peso, cerca de 3% do peso corporal total, o sistema nervoso é um dos menores, porém mais
complexos, dos 11 sistemas corporais. Esta rede intrincada de bilhões de neurônios e de um número ainda maior de
células da neuroglia está organizada em duas subdivisões principais: o sistema nervoso central e o sistema nervoso
periférico.
- Sistema Nervoso Central:
- Encéfalo (dentro do crânio, 85 bilhões de neurônios)
- Medula espinal (envolvida pelas vértebras);
- Conexão pelo forame magno do osso occipital;
- Informações sensitivas, pensamentos, emoções, memórias, motoras...
-Sistema Nervoso Periférico:
- Nervos, gânglios, plexos entéricos e receptores sensitivos;
- Dividido em Somático, Autônomo e Entérico.
- Funções do SN:
- Sensitiva (aporte);
- Integradora (processamento);
- Motora (saída).
Anita Almeida Damke 2º PERÍODO DE MEDICNA

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)


↠ O sistema nervoso central, ou parte central do sistema nervoso, (SNC) é formado pelo encéfalo e pela medula espinal,
que ocupam o crânio e o canal vertebral, respectivamente
↠ O encéfalo é a parte do SNC que está localizada no crânio e contém cerca de 85 bilhões de neurônios. A medula espinal
conecta-se com o encéfalo por meio do forame magno do occipital e está envolvida pelos ossos da coluna vertebral. A
medula espinal possui cerca de 100 milhões de neurônios
↠ O encéfalo e a medula espinal são contínuos entre si no forame magno
↠ O SNC é o centro de integração e comando do sistema nervoso, pois recebe sinais sensitivos, interpretaos e determina
as respostas motoras com base em experiências pregressas, reflexos e condições atuais
↠ O SNC processa muitos tipos diferentes de informações sensitivas. Também é a fonte dos pensamentos, das emoções e
das memórias. A maioria dos sinais que estimulam a contração muscular e a liberação das secreções glandulares se
origina no SNC
ENCÉFALO
↠ O encéfalo é a parte do sistema nervoso central (SNC) que está contida no interior da cavidade craniana Os anatomistas
costumam classificar o encéfalo em quatro partes: tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo), cerebelo, diencéfalo e
telencéfalo (cérebro), composto de dois hemisférios cerebrais
↠ O encéfalo humano adulto médio pesa aproximadamente 1.500 g . As funções do encéfalo variam de atividades comuns
(porém essenciais) de manutenção da vida até funções neurais mais complexas. O encéfalo controla a frequência cardíaca,
a frequência respiratória e a pressão arterial - e mantém o ambiente interno por meio do controle da divisão autônoma do
sistema nervoso e do sistema endócrino. Sobretudo, o encéfalo executa tarefas de alto nível - aquelas associadas a
inteligência, consciência, memória, integração sensório-motora, emoção, comportamento e socialização.

. O encéfalo e a medula espinal são derivados do tubo neural, que por sua vez se origina do ectoderma. A parte anterior do
tubo neural se expande, junto com o tecido da crista neural, desenvolvendo constrições que determinam o aparecimento
de três regiões chamadas de vesículas encefálicas primárias: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Tanto o
prosencéfalo quanto o rombencéfalo se subdividem, formando as vesículas encefálicas secundárias. O prosencéfalo dá
origem ao telencéfalo e ao diencéfalo; o rombencéfalo, ao metencéfalo e ao mielencéfalo. As diversas vesículas encefálicas
originam as seguintes estruturas no adulto:
• O telencéfalo forma o cérebro e os ventrículos laterais
• O diencéfalo dá origem ao tálamo, ao hipotálamo, ao epitálamo e ao terceiro ventrículo
• O mesencéfalo forma estrutura de mesmo nome e o aqueduto do mesencéfalo
• O metencéfalo dá origem à ponte, ao cerebelo e à parte superior do quarto ventrículo
• O mielencéfalo forma o bulbo (medula oblonga) e a parte inferior do quarto ventrículo
↠ O tronco encefálico é contínuo com a medula espinal e é composto pelo bulbo, pela ponte e pelo mesencéfalo.
Posteriormente ao tronco encefálico se encontra o cerebelo. Superiormente ao tronco encefálico se localiza o diencéfalo,
formado pelo tálamo, pelo hipotálamo e pelo epitálamo. Apoiado no diencéfalo está o telencéfalo (cérebro), a maior parte
do encéfalo.

TRONCO ENCEFÁLICO
↠ O tronco encefálico conecta a medula espinal ao restante do encéfalo
↠ A mais caudal das quatro partes principais do encéfalo é o tronco encefálico. Da posição caudal para a rostral, as três
regiões do tronco encefálico são o bulbo, a ponte e o mesencéfalo.
↠ O tronco encefálico tem o mesmo plano estrutural da medula espinal, com substância branca externa circundando uma
região interna de substância cinzenta. No entanto, os núcleos de substância cinzenta também estão situados na substância
branca do tronco encefálico.
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BULBO (MEDULA OBLONGA)
↠ O bulbo é contínuo com a parte superior da medula espinal; ele forma a parte inferior do tronco encefálico. O bulbo se
inicia na altura do forame magno e se estende até a margem inferior da ponte por uma distância de aproximadamente 3
cm
↠ A substância branca do bulbo contém todos os tratos sensitivos e motores que se projetam entre a medula espinal e
outras partes do encéfalo. Parte da substância branca forma protrusões na parte anterior do bulbo. Estas protrusões,
chamadas de pirâmides, são formadas pelos tratos corticospinais que passam do Telê encéfalo (cérebro) para a medula
espinal. Os tratos corticospinais são responsáveis pelos movimentos voluntários dos quatro membros e do tronco.

IMPORTANTE: Logo acima da junção do bulbo com a medula espinal, 90% dos axônios da pirâmide esquerda cruzam
para o lado direito, e 90% dos axônios da pirâmide direita cruzam para o lado esquerdo. Este cruzamento é conhecido
como decussação das pirâmides e explica por que cada lado do encéfalo é responsável pelos movimentos voluntários do
lado oposto do corpo
↠ O bulbo também apresenta diversos núcleos. (Lembre-se de que núcleo é um agrupamento de corpos celulares
neuronais no SNC.) Seguindo pelo centro do tronco encefálico, há um agrupamento de pequenos núcleos que constituem
a formação reticular. Os núcleos da formação reticular compõem três colunas em cada lado, que se estendem por todo o
comprimento do tronco encefálico: os núcleos da rafe adjacente à linha média, que são ladeados pelo grupo nuclear
mediano e depois pelo grupo nuclear lateral (coluna medial e coluna lateral.
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↠ Alguns destes núcleos controlam funções vitais, como o centro cardiovascular e a área respiratória rítmica. O centro
cardiovascular regula a frequência e a intensidade do batimento cardíaco, bem como o diâmetro dos vasos sanguíneos. O
centro respiratório bulbar ajusta o ritmo basal da respiração.
↠ lateralmente a cada pirâmide encontra-se uma protuberância oval chamada de oliva. Na oliva se localiza o núcleo olivar
inferior, que recebe eferências do córtex cerebral, do núcleo rubro do mesencéfalo e da medula espinal. Neurônios do
núcleo olivar inferior projetam seus axônios para o cerebelo, onde regulam a atividade dos neurônios cerebelares. Ao
influenciar a atividade neuronal cerebelar, o núcleo fornece instruções que o cerebelo utiliza para ajustar a atividade
muscular, à medida que você aprende novas habilidades motoras.

↠ Os núcleos associados a tato, pressão, vibração e propriocepção consciente estão localizados na região posterior do
bulbo: são os núcleos grácil e cuneiforme
↠ O bulbo também apresenta núcleos que compõem as vias sensitivas responsáveis pela gustação, pela audição e pelo
equilíbrio. O núcleo gustativo faz parte da via gustativa, que se estende da língua até o encéfalo; ela recebe aferências dos
calículos gustatórios da língua. Os núcleos cocleares pertencem à via auditiva, que se estende da orelha interna até o
encéfalo; eles recebem aferências da cóclea, situada na orelha interna. Os núcleos vestibulares do bulbo e da ponte fazem
parte das vias do equilíbrio, que se estendem da orelha interna para o encéfalo; eles recebem informações sensitivas de
proprioceptores do aparelho vestibular da orelha interna por fim, o bulbo contém núcleos associados aos cinco pares de
nervos cranianos.
PONTE
↠ A ponte está logo acima do bulbo e anterior ao cerebelo, com cerca de 2,5 cm de comprimento. Assim como o bulbo, a
ponte é formada por núcleos e tratos. Como diz o próprio nome, a ponte liga partes do encéfalo entre si. Estas conexões
são possíveis graças a feixes de axônios
↠ A ponte é dividida em duas estruturas principais: uma região ventral e outra dorsal. A região ventral da ponte forma
uma grande estação de transmissão sináptica composta por centros dispersos de substância cinzenta conhecidos como
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núcleos pontinhos. Vários tratos de substância branca entram e saem destes núcleos, e cada um deles conecta o córtex de
um hemisfério cerebral com o córtex do hemisfério do cerebelo contralateral.
↠ A região dorsal da ponte é semelhante às demais regiões do tronco encefálico – bulbo e mesencéfalo. Ela contém tratos
ascendentes e descendentes e núcleos de nervos cranianos.
↠ Também na ponte está localizado o centro respiratório pontinho. Junto com o centro respiratório bulbar, ele auxilia no
controle da respiração. Além disso, a ponte contém núcleos associados a alguns pares de nervos cranianos .

MESENCÉFALO
↠ O mesencéfalo se estende da ponte ao diencéfalo e tem cerca de 2,5 cm de comprimento. O aqueduto do mesencéfalo
(aqueduto de Silvio) passa pelo mesencéfalo, conectando o terceiro ventrículo (acima) com o quarto ventrículo (abaixo).
Da mesma forma que o bulbo e a ponte, o mesencéfalo contém núcleos e tratos
↠ A cavidade central do mesencéfalo é o aqueduto do mesencéfalo, que divide o mesencéfalo em teto, posteriormente, e
pedúnculos cerebrais, anteriormente
↠ O teto do mesencéfalo consiste em quatro núcleos que formam saliências na superfície dorsal, coletivamente
denominados corpos quadrigêmeos. Cada saliência, por sua vez, é denominada colículo; as duas saliências superiores são
os colículos superiores, e as duas inferiores, os colículos inferiore.

↠ O tegmento do mesencéfalo é composto por tratos ascendentes, como o espinotalâmico e o lemnisco medial, que levam
informações sensoriais da medula espinal ao encéfalo. O tegmento também contém o núcleo rubro, os pedúnculos
cerebrais e a substância negra
↠ O núcleo rubro recebe essa denominação porque as amostras de tecido cerebral fresco aparecem em tonalidade rósea,
como resultado do abundante suprimento sanguíneo local. Ele auxilia na regulação e coordenação das atividades motoras.
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CEREBELO
↠ O cerebelo, com sua forma de couve-flor, a segunda maior parte do encéfalo, conforme prosseguimos da direção caudal
para a rostral, corresponde a até 11% da massa do encéfalo
↠ O cerebelo está situado em posição dorsal à ponte e ao bulbo, dos quais está separado pelo quarto ventrículo
↠ O cerebelo, segunda maior estrutura encefálica (perdendo apenas para o telencéfalo [cérebro]), ocupa as regiões
inferior e posterior da cavidade craniana. Assim como o telencéfalo (cérebro), o cerebelo tem uma superfície com vários
giros que aumenta muito a área do córtex (substância cinzenta), permitindo a presença de um número maior de
neurônios
↠ Nas vistas superior e inferior, o cerebelo tem um formato que lembra o de uma borboleta. A área central menor é
conhecida como verme do cerebelo, e as “asas” ou lobos laterais, como hemisférios do cerebelo. Cada hemisfério é
composto por lobos separados por profundas e distintas fissuras. Os lobos anterior e posterior controlam aspectos
subconscientes dos movimentos da musculatura esquelética. O lobo floculonodular da parte inferior contribui com o
equilíbrio.

↠ A camada superficial do cerebelo, chamada de córtex do cerebelo, é formada por substância cinzenta disposta em uma
série de dobras finas e paralelas conhecidas como folhas do cerebelo. Abaixo da substância cinzenta encontram-se tratos
de substância branca chamados de árvore da vida, que se assemelham a galhos de uma árvore. Na substância branca estão
localizados os núcleos do cerebelo, regiões de substância cinzenta onde se situam os neurônios que conduzem impulsos
nervosos do cerebelo para outros centros encefálicos

Diencéfalo ↠ O diencéfalo forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo. Ele é quase completamente
circundado pelos hemisférios cerebrais e contém vários núcleos envolvidos com processamento sensitivo e motor entre os
centros encefálicos superiores e inferiores. O diencéfalo se estende do tronco encefálico até o telencéfalo (cérebro) e
circunda o terceiro ventrículo; ele inclui o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo
TÁLAMO
↠ O tálamo é uma estrutura oval que corresponde a até 80% do diencéfalo e forma as paredes superolaterais do terceiro
ventrículo. Tálamo, palavra grega que significa “recinto interno”, descreve bem essa região cerebral profunda.
Normalmente os tálamos direito e esquerdo são unidos por uma conexão pequena na linha média, a aderência
intertalâmica
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↠ Uma lâmina em forma de Y composta de substância branca, a lâmina medular, divide os núcleos do tálamo em três
grupos: grupo anterior, grupo mediano e grande grupo lateral. Os impulsos aferentes de todos os sentidos conscientes,
exceto o olfato, convergem no tálamo e comunicam-se por sinapses em pelo menos um de seus núcleos Por esta razão, o
tálamo é considerado o centro de retransmissão sensorial do encéfalo
SUBTÁLAMO
↠ O subtálamo é uma pequena área imediatamente inferior ao tálamo. Essa estrutura contém diversos tratos
ascendentes e descendentes, bem como núcleos subtalâmicos
HIPOTÁLAMO
↠ O hipotálamo (“abaixo do tálamo”) é a parte inferior do diencéfalo e forma as paredes inferolaterais do terceiro
ventrículo. Na face inferior do encéfalo, o hipotálamo está situado entre o quiasma óptico (ponto de cruzamento dos
nervos cranianos II, os nervos ópticos) e a margem posterior dos corpos mamilares (mamilar = “pequena mama”),
protuberâncias arredondadas que se projetam no assoalho do hipotálamo. No lado inferior do hipotálamo, projeta-se a
hipófise
↠ Ele é composto por cerca de doze núcleos agrupados em quatro regiões principais
• A região mamilar (área hipotalâmica posterior), adjacente ao mesencéfalo, é a parte mais posterior do hipotálamo. Ela
inclui os corpos mamilares e os núcleos hipotalâmicos posteriores. Os corpos mamilares são duas projeções pequenas e
arredondadas que funcionam como estações de transmissão para reflexos relacionados com o olfato.
• A região tuberal (área hipotalâmica intermédia), a maior porção do hipotálamo, inclui os núcleos dorsomedial,
ventromedial e arqueado, além do infundíbulo, que conecta a hipófise com hipotálamo. A eminência mediana é uma
região levemente elevada que circunda o infundíbulo.
• A região supraóptica (área hipotalâmica rostral) está situada acima do quiasma óptico (ponto de cruzamento dos nervos
ópticos) e contém os núcleos paraventricular, supraóptico, hipotalâmico anterior e supraquiasmático
• A região préóptica, anterior à região supraóptica, é geralmente considerada como parte do hipotálamo porque ela
participa, junto com ele, na regulação de certas atividades autônoma.

↠ O hipotálamo controla muitas atividades corporais e é um dos principais reguladores da homeostase. Impulsos
sensitivos relacionados com sensações somáticas e viscerais chegam ao hipotálamo, bem como impulsos de receptores
visuais, gustatórios e olfatórios. Entre as funções importantes do hipotálamo estão:
• Controle do SNA: o hipotálamo controla e integra as atividades da divisão autônoma do sistema nervoso, que por sua
vez, regula a contração dos músculos lisos e cardíacos e a secreção de várias glândulas.
• Produção de hormônios: o hipotálamo produz vários hormônios e apresenta dois tipos importantes de conexões com a
hipófise, uma glândula endócrina localizada inferiormente ao hipotálamo.
• Regulação dos padrões emocionais e comportamentais: junto com o sistema límbico, o hipotálamo está relacionado com
a expressão de raiva, agressividade, dor e prazer e com os padrões comportamentais associados aos desejos sexuais.
• Regulação da alimentação: o hipotálamo regula a ingestão de alimento. Ele contém um centro da fome, que estimula a
alimentação, e um centro da saciedade, que promove uma sensação de plenitude e de cessação da ingestão de alimentos.
O hipotálamo também apresenta um centro da sede. Quando determinadas células no hipotálamo são
• estimuladas pela elevação da pressão osmótica do líquido extracelular, elas geram a sensação de sede. A ingestão de água
leva a pressão osmótica de volta a seus níveis habituais, diminuindo o estímulo e aliviando a sede
• Controle da temperatura corporal: hipotálamo também funciona como o termostato do corpo, que percebe a
temperatura corporal e a mantém em um nível desejado. Se a temperatura do sangue que flui no hipotálamo está acima
do normal, o hipotálamo faz com que a divisão autônoma do sistema nervoso estimule atividades que promovam a perda
de calor. Por outro lado, quando a temperatura está abaixo do normal, o hipotálamo gera impulsos que promovem a
produção e a retenção de calor
• Regulação dos ritmos circadianos e níveis de consciência: o núcleo supraquiasmático do hipotálamo funciona como o
relógio biológico do corpo porque ele estabelece ritmos circadianos (diários), padrões de atividade biológica - como o ciclo
sonovigília - que acontecem em um período circadiano (ciclo de cerca de 24 h).
EPITÁLAMO
↠O epitálamo, pequena região superior e posterior ao tálamo, é composto pela glândula pineal e pelos núcleos
habenulares. A glândula pineal tem o tamanho aproximado de uma ervilha e se projeta a partir da linha mediana
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posteriormente ao terceiro ventrículo. A glândula pineal faz parte do sistema endócrino, pois secreta o hormônio
melatonina.
↠ Os núcleos habenulares, estão relacionados com o olfato, especialmente com respostas emocionais a odores
TELENCÉFALO (CÉREBRO)
↠ O cérebro é a parte mais lembrada quando menciona o termo encéfalo. Ele compõe a maior porção da massa total do
encéfalo, que é de aproximadamente 1.200 gramas nas mulheres e 1.400 gramas nos homens. O tamanho do encéfalo está
relacionado ao tamanho corporal

- Integra a informação recebida da medula sobre a posição do corpo, a informação motora do córtex e a informação sobre
o equilíbrio vinda da orelha interna.
- Além disso, o encéfalo é revestido por três membranas (meninges): pia-máter, aracnoide e dura-máter.
CÓRTEX CEREBRAL
↠O córtex cerebral é uma região de substância cinzenta que forma a face externa do telencéfalo (cérebro). Embora tenha
apenas 2 a 4 mm de espessura, ele contém bilhões de neurônios dispostos em camadas. Durante o desenvolvimento
embrionário, quando o encéfalo cresce rapidamente, a substância cinzenta do córtex se desenvolve muito mais rápido que
a substância branca, mais profunda. Consequentemente, o córtex se dobra sobre si mesmo, formando pregas conhecidas
como giros ou circunvoluções. As fendas mais profundas entre os giros são chamadas de fissuras; as mais superficiais, de
sulcos.
↠ A fissura mais proeminente, a fissura longitudinal, separa o telencéfalo (cérebro) em duas metades chamadas de
hemisférios cerebrais. Na fissura longitudinal está localizada a foice do cérebro. Os hemisférios cerebrais são conectados
internamente pelo corpo caloso, uma grande faixa de substância branca contendo axônios que se projetam entre os
hemisférios.

LOBOS CEREBRAIS
↠ Cada hemisfério cerebral pode ser subdividido em vários lobos, que recebem seus nomes de acordo com os ossos que os
recobrem: lobos frontal, parietal, temporal e occipital
↠ O sulco central separa o lobo frontal do lobo parietal. Um giro importante, o giro pré-central - localizado
imediatamente anterior ao sulco central - contém a área motora primária do córtex cerebral. Outro giro importante, o giro
pós-central, o qual se situa imediatamente posterior ao sulco central, contém a área somatossensitiva primária.
↠ O sulco (fissura) cerebral lateral separa o lobo frontal do lobotemporal. O sulco parietoccipital separa o lobo parietal do
lobo occipital. Uma quinta porção do telencéfalo (cérebro), a ínsula, não pode ser vista superficialmente porque se
encontra dentro do sulco cerebral lateral, profundamente aos lobos
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O telencéfalo é dividido em partes denominadas lobos. São cinco lobos anatômicos do telencéfalo e um lobo considerado
funcional.
Dos cinco lobos anatômicos, quatro deles se relacionam com os ossos do crânio, recebendo a mesma denominação. Os
lobos anatômicos do telencéfalo são: Frontal, parietal, temporal, occipital e insular. O lobo insular não se relaciona com os
ossos do crânio. O lobo funcional do telencéfalo é o lobo límbico, que abrange parte dos lobos frontal, parietal e temporal.
Lobo límbico em verde:
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ANATOMIA DO SNC (CÉREBRO)

- Hemisférios ligados entre si ao longo do plano sagital;


- Substância cinzenta, substância branca, vasos sanguíneos, líquido cefalorraquidiano...
- Substância branca: fibras mielínicas (axônios), profundas.
- Tratos = SNC - Nervos = SNP

- Substância cinzenta: corpos dos neurônios (córtex cerebral), amielínicas.


- Núcleos = SNC - Gânglios = SNP
- Córtex Cerebral:
- Região de substância cinzenta que forma a face externa do cérebro;
- Série de pregas (sulcos) e fissuras
(essas dividem o córtex em lobos).
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MEDULA ESPINAL
↠ A medula espinal passa pelo canal vertebral da coluna vertebral. O canal vertebral é formado de forames vertebrais
sucessivos das vértebras articuladas. A medula espinal estende-se do forame magno na base do osso occipital até o nível
da primeira ou segunda vértebra lombar (L I ou L II). Nessa extremidade inferior, a medula espinal afunila no cone
medular (“cone da medula espinal”). Um filamento longo de tecido conjuntivo, o filamento terminal, estende-se do cone
medular e conecta-se ao cóccix inferiormente ancorando a medula espinal de modo a não ser empurrada pelos
movimentos corporais Durante a infância, a medula espinal e a coluna vertebral crescem, se alongando, como parte do
crescimento total do corpo. A medula espinal para de crescer entre 4 e 5 anos de idade, mas a coluna vertebral continua
crescendo. Desse modo, a medula espinal do adulto não acompanha toda a extensão da coluna vertebral. A medula espinal
do adulto varia entre 42 a 45 cm de comprimento. Seu diâmetro máximo é de aproximadamente 1,5 cm na região cervical
inferior e é ainda menor na região torácica e em sua extremidade inferior
↠ Em uma vista externa da medula espinal, são observadas duas intumescências. A superior, a intumescência cervical, se
estende da quarta vértebra cervical (C IV) até a primeira vértebra torácica (T I). Os nervos dos membros superiores são
derivados desta região. A inferior, chamada intumescência lombar, se estende da nona até a décima segunda vértebra
torácica (T XII). Os nervos dos membros inferiores se originam desta região
↠ Abaixo da intumescência lombar, a medula espinal se termina em uma estrutura cônica e afilada conhecida como cone
medular, que se estende até o nível do disco intervertebral entre a primeira e a segunda vértebras lombares (L I–L II) em
adultos. Do cone medular surge o filamento terminal, uma extensão de pia-máter que se estende inferiormente, se funde
com a aracnoide-máter e com a dura-máter, e ancora a medula espinal no cóccix

 A medula espinal dá origem a 31 pares de nervos espinais, que saem da coluna vertebral através dos forames
intervertebrais e sacrais. Cada nervo espinal é constituído de um feixe de axônios, células de Schwann e bainhas
de tecido conectivo.
 A medula espinhal é composta por duas porções: a substância cinzenta e substância branca. A grande diferença
entre a medula e a região cerebral é que, na medula, a região central é composta por substância cinzenta,
enquanto a porção mais externa é composta por substância branca.
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 A substância cinzenta é conhecida como H medular, este que é um resquício da luz do tubo neural, região que
agrupa corpos de neurônicos e células gliais. Dentre os marcos anatômicos importantes da substância cinzenta
estão os cornos, o primeiro, dorsal ou posterior, corno lateral e corno anterior ou ventral.
 Os núcleos do corno posterior são a substância gelatinosa, região conhecida como “portão da dor” e, por fim, o
núcleo dorsal de Clarke que se situa entre C8 e L3, responsável pela propriocepção inconsciente dos membros
inferiores. A substância branca possui os funículos anterior, lateral e posterior.

SISTEMA NERVOSO PERIFERICO(SNP)


↠ O SNP consiste em todos os tecidos nervosos fora do SNC. Isso inclui receptores sensoriais, nervos, gânglios e plexos.
↠ O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS), sistema nervoso autônomo (SNA, divisão autônoma do sistema
nervoso segundo a Terminologia Anatômica) e sistema nervoso entérico (SNE)
↠ O SNP é dividido funcionalmente em sensitivo e motor
↠ As entradas sensitivas e as saídas (motoras) do SNP são subdivididas em somáticas (inervação do tubo externo) ou
viscerais (inervação dos órgãos viscerais ou tubo interno). Dentro da divisão sensitiva, as aferências são diferenciadas em
gerais (disseminadas) ou especiais (localizadas, isto é, sentidos especiais). O componente motor visceral do SNP é a
divisão autônoma do sistema nervoso (SNA), que possui as partes parassimpática e simpática

- NERVOS CRANIANOS:
- Conexão com o encéfalo;
- 12 pares de nervos cranianos que podem ser sensitivos, motores ou mistos;
- Sensitivos x Senroriais (olfatório (I), óptico (II), vestibulococlear (VIII));
- Motores (oculomotor (III), troclear (IV), abducente (VI), acessório (XI) e hipoglosso (XII);
- Mistos (trigêmeo (V), facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X)).

Nervos cranianos: classificações e informações transmitidas por eles


Os pares cranianos fazem, de maneira geral, o suprimento sensitivo e motor da cabeça e do pescoço.
Eles podem ser classificados em:
 Eferentes/motores, quando a informação sai do sistema nervoso central
 Aferentes/sensitivos, quando a informação entra no sistema nervoso central
 MistoS

As informações transmitidas pelos nervos cranianos podem ser:

 Especiais: quando responsáveis pela visão, olfato, paladar, tato e audição


 Somáticas: quando vão em direção ou são originadas pela pele e músculos esqueléticos
 Viscerais: quando são originadas ou vão para os órgãos internos
 Gerais: quando originam-se de exteroceptores e proprioceptores.
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NERVOS ESPINHAIS / RAQUIDIANOS:

Conexão com a medula espinhal;

Raiz dorsal e ventral;


Plexos: quando ramos de diferentes nervos se unem;
O nervo espinhal é a porção que passa para fora das vértebras através do forame intervertebral;
Inervação do tronco, membros superiores e inferiores e partes da cabeça;- 31 pares.

PRINCIPAIS PLEXOS NERVOSOS:

Plexo cervical: ramos ventrais dos 4 nervos cervicais (pescoço, diafragma, pele, cabeça, tórax);
Plexo braquial: (C5 – 68 e T1), inerva o membro superior;
Plexo lombar: (L1 – L4), inerva o membro inferior;
Plexo sacral: nervos sacrais e coccígeos.
GÂNGLIOS
Os gânglios são agrupamentos de corpos celulares de neurônios do SNP e constituem acúmulos de corpos de neurônios
fora do SNC, sendo a maioria órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos. Além disso,
pelos gânglios também passam alguns axônios e há o tecido de suporte fibrocolagenoso frouxo.
Podem ser classificados em sensitivos (aferentes) ou autônomos (eferentes), conforme a direção do impulso nervoso. Os
ganglios sensitivos recebem fibras aferentes, que levam impulsos para o SNC. Alguns são associados aos nervos cranianos
(gânglios cranianos) e outros se localizam nas raízes dorsais dos nervos espinhais (gânglios espinais).
Os gânglios autonômicos são formações bulbosas dos nervosos do SNA, localizados no interior de determinados órgãos,
como na parede do tubo digestivo.
Não apresentam cápsula conjuntiva e seu estroma é a continuação do próprio estroma do órgão em que estão situados.
Geralmente esses neurônios são multipolares, aparecendo com aspecto estrelado nos cortes histológicos, com camada
incompleta de células satélites envolvendo o neurônio.
TERMINAÇÕES LIVRES
As terminações nervosas, localizadas na extremidade das fibras constituintes dos nervos, também segue a mesma divisão:
 motora, formada pela placa motora;
 sensitiva, composta pelos exteroceptores (recebem estímulos do meio externo), visceroceptores (recebem
estímulos dos órgãos internos) e proprioceptores (informam o SNC sobre a posição do corpo ou sobre a força
necessária para a coordenação).
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HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

 Os nervos são feixes de fibras nervosas envoltos por tecido conjuntivo;


 O tecido conjuntivo forma três canadas: epineuro, perineuro e endoneuro.
 As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias.
 O tecido conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é chamado de endoneuro.
 Um grupo de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP.
 As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por uma bainha
conjuntiva,denominada perineuro.
 Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo.O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido
conjuntivo, chamada epineuro.

O tecido nervoso é composto principalmente por neurônios e vários tipos de células da glia ou neuroglias. Enquanto os
neurônios são responsáveis por transmitir informações, às células da glia sustentam os neurônios e participam de outras
funções importantes.
Os neurônios são formados basicamente por um corpo celular e prolongamentos, dendritos e axônio. No corpo celular
encontra-se o núcleo.
O axônio pode ou não conter a bainha de mielina, uma camada de tecido adiposo que protege e isola eletricamente suas
células nervosas.
Esta camada é produzida pelos oligodendrócitos no sistema nervoso central e pelas células de Schwann no
sistema periférico. A condução do impulso nervoso se dá sempre na direção dendrito, depois corpo celular e,
por último, no axônio.
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Existem neurônios motores, sensoriais e interneurônios. Os neurônios motores controlam órgãos efetores, tais como
glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares.
Já os neurônios sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. Os interneurônios
estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos.
As células da glia recebem diferentes denominações a depender da função que exercem.
A microglia realiza fagocitose de resíduos, enquanto os oligodendrócitos e células de Schwann fazem o isolamento elétrico
dos axônios produzindo a bainha de mielina. Os astrócitos tem importante função de nutrição, sustentação e proteção.

Responsáveis pela recepção e processamento de informações através da transmissão por meio da liberação de
neurotransmissores;
- Excitabilidade + Condutibilidade
- Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio
- Neurônios multipolares, que apresentam vários dendritos e um axônio
- Neurônios pseudounipolares, que apresentam junto ao corpo celular um prolongamento único que logo se
divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC.
 Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares.
 Sensoriais (aferentes): recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. Interneurônios:
estabelecem conexões entre neurônios, sendo, portanto, fundamentais para a formação de circuitos neuronais
desde os mais simples até os mais complexos.
 Dendritos: principal local para receber os estímulos do ambiente ou de outros neurônios;
- Corpo celular ou Pericário: centro da célula, onde ficam as organelas;
 Axônio: prolongamento único e ramificado na terminação, conduz o impulso para outras células;
 Células da glia: envolvem e nutrem os neurônios.
 Astrócitos: sustentação, composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios;
 Oligodendrócitos: produzem a bainha d mielina para o SNC;
 Bainha de mielina: membrana lipídica que recobre os axônios, isolante elétrico, rápida comunicação.
 Microglia: células fagocitárias.
 Células de Schwann: produzem a bainha de mielina para o SNP / Nódulo de Ranvier.
 Células ependimárias: revestem os ventrículos e o canal central da medula, ajudando na movimentação do
líquido cefalorraquidiano.
 Células Satélites: envolvem os corpos celulares dos neurônios nos gânglios. Suporte e regulação de trocas de
substâncias.
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SINAPSE E POTENCIAL DE AÇÃO


É o local de comunicação entre dois neurônios;
- A transmissão do impulso nas sinapses ocorre graças aos neurotransmissores;
- Neurônio pré-sináptico → Célula pós-sináptica (pode ser um neurônio ou uma célula efetora);
- Podem ser elétricas ou químicas.
- Sinapse elétrica:
- Impulsos são conduzidos diretamente entre as membranas plasmáticas por meio de junções comunicantes;
- Presença de conexinas tubulares (túneis que ligam o citosol de duas células), que permitem o fluxo de íons;
- Comuns no músculo liso, cardíaco, embrião e encéfalo;
- Vantagens: comunicação mais rápida e sincronização.
- Sinapse química:
- As membranas não se tocam, mas são separadas pela fenda sináptica, preenchida com líquido intersticial;
- Impulso → Neurônio pré-sináptico libera um neurotransmissor → liga-se a receptores no pós-sináptico
→ Sinal químico → Potencial de ação.
- Impulso mais lento que o elétrico
SINAPSES
- Uma sinapse química comum transmite um sinal da seguinte maneira:
1. Um impulso nervoso chega a um botão (varicosidade) sináptico de um neurônio pré-sináptico.
2. A fase de despolarização do impulso nervoso abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que estão presentes na
membrana dos botões sinápticos. Como os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ entra no
botão sináptico pelos canais abertos.
3. O aumento na concentração de Ca2+ dentro do neurônio pré-sináptico serve como um sinal que dispara a exocitose das
vesículas sinápticas. À medida que as membranas vesiculares se fundem com a membrana plasmática, as moléculas de
neurotransmissores que estão dentro das vesículas são liberadas na fenda sináptica. Cada vesícula sináptica contém
milhares de moléculas de neurotransmissores.
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Sinapses Elétricas
• Transmissão: Através de conexões diretas (junções gap).
• Características: Mais rápidas que as sinapses químicas; permitem a comunicação bidirecional.
• Função: Coordenação de atividades em grupos de células, como nos músculos cardíacos.
Sinapses Químicas
• Transmissão: Através de neurotransmissores.
• Mecanismo:
Liberação: O potencial de ação chega à terminação pré-sináptica, causando a liberação de neurotransmissores.
Recepção: Os neurotransmissores se ligam a receptores na membrana pós- sináptica, iniciando uma resposta.
Exemplos: Sinapses glutamatérgicas, GABAérgicas.
POTENCIAL DE AÇÃO
O potencial de ação é uma onda de excitação elétrica que se propaga ao longo da membrana de um neurônio. É o principal
meio de comunicação dentro do sistema nervoso.
1. Despolarização
• Definição: A fase em que a membrana se torna menos negativa em relação ao exterior.
• Potencial de Membrana: Começa em aproximadamente -70 mV (potencial de
repouso) e atinge cerca de +30 mV.
• Mecanismo:
Abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem.
Entrada rápida de Na+ na célula.
Aumento do potencial de membrana em direção a valores positivos.
2. Repolarização
• Definição: A fase em que a membrana retorna ao seu estado de repouso negativo.
• Potencial de Membrana: Diminui de +30 mV para aproximadamente -70 mV.
• Mecanismo:
Fechamento dos canais de sódio.
Abertura dos canais de potássio dependentes de voltagem.
Saída de K+ da célula.
Diminuição do potencial de membrana em direção a valores negativos.
3. Hiperpolarização (se ocorrer)
• Definição: A fase em que a membrana se torna mais negativa do que o potencial de repouso.
• Potencial de Membrana: Pode cair para aproximadamente -80 mV antes de retornar ao potencial de repouso.
• Mecanismo:
Continuação da saída de K+ através dos canais de potássio.
A membrana torna-se temporariamente mais negativa do que o potencial de repouso

A propagação do potencial de ação refere-se ao movimento da onda de excitação elétrica ao longo do axônio. É um
processo coordenado que permite a comunicação rápida e eficiente entre os neurônios.
Mecanismo
• Despolarização Local: O potencial de ação inicia-se em um ponto do axônio (por exemplo, o hillock axonal).
• Propagação Saltatória: Nos axônios mielinizados, o potencial de ação salta entre os nódulos de Ranvier, aumentando a
velocidade de propagação.
• Condução Contínua: Nos axônios não mielinizados, o potencial de ação se move de maneira contínua ao longo do
axônio..

- São sinais que os neurônios geram e conduzem pelos axônios para transmiti-los até os tecidos inervados por eles, que
serão estimulados ou inibidos.
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- É causado por um estímulo em mV, que deve ter um valor suficiente para mudar a carga do neurônio até o limiar.
- O potencial de ação é gerado quando um estímulo muda o potencial de ação da membrana para os valores do potencial
limiar, que geralmente está em torno de -50 a -55 mV.
- Regra do tudo ou nada.

POTENCIAL DE AÇÃO

- Um potencial de ação é causado por alterações temporárias na permeabilidade da membrana à difusão de íons.
- A hipopolarização é o aumento inicial do potencial de membrana até o valor do potencial limiar. O potencial limiar abre
canais voltaicos de sódio e causam um grande influxo de íons sódio. Esta fase é chamada de despolarização. Durante a
despolarização, o interior da célula fica cada vez mais eletropositivo, até que o potencial chegue próximo ao equilíbrio de
sódio de +61mV. Essa fase de extrema positividade é a fase do pico de ultrapassagem.
- Após a ultrapassagem, a permeabilidade do sódio reduz subitamente devido ao fechamento de seus canais.
O valor de ultrapassagem do potencial de ação abre canais voltaicos de potássio, o que causa um efluxo de potássio,
reduzindo a eletropositividade da célula. Essa é a fase de repolarização, cujo propósito é fazer a membrana retornar ao seu
potencial de repouso.
- A repolarização sempre leva primeiro à hiperpolarização, um estado no qual o potencial de membrana é mais negativo
do que o potencial de repouso. Mas logo depois disso, a membrana estabelece novamente o seu potencial de membrana.

POTENCIAL DE AÇÃO (Período refratário)

- Períodos nos quais as células são incapazes de produzir potenciais de ação normais;
- Período refratário absoluto:
- Durante o potencial de ação;
- Não importa o quão intenso seja o estímulo, outro potencial não pode ser provocado;
- Fechamento das comportas de inativação de Na+, em resposta à despolarização, que ficam fechadas até que a célula seja
novamente repolarizada.
- Período refratário relativo:
- Principalmente durante o pós-potencial hiperpolarizante;
- Pode ser provocado um potencial somente se aplicada uma corrente despolarizante maior do que a usual.
Período Refratário Absoluto
• Definição: Fase imediatamente após um potencial de ação, durante a qual é im-
possível gerar outro potencial de ação, independentemente da força do estímulo.
• Potencial de Membrana: Ocorre durante a despolarização e a maior parte da repolarização, variando de
aproximadamente +30 mV a -70 mV.
• Mecanismo:
Canais de sódio dependentes de voltagem estão inativados.
Canais de potássio dependentes de voltagem estão abertos.
A célula está se recuperando do potencial de ação anterior e não pode ser estimulada novamente.
Período Refratário Relativo
• Definição: Fase após o período refratário absoluto, durante a qual é possível gerar um potencial de ação, mas requer um
estímulo mais forte do que o normal.
• Potencial de Membrana: Ocorre durante a fase de hiperpolarização (se presente), variando de aproximadamente -70 mV
a -80 mV.
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• Mecanismo:
Canais de sódio dependentes de voltagem estão retornando ao estado de repouso.
Canais de potássio dependentes de voltagem ainda podem estar abertos.
A célula está mais negativa do que o potencial de repouso, exigindo um estímulo mais forte para alcançar o limiar.

PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO

- O potencial de ação é gerado no corpo do neurônio e propagado pelo seu axônio;


- A propagação não reduz a qualidade do potencial;
- Ele não se move, mas ele cria um novo potencial no segmento adjacente da membrana neuronal;
- A velocidade de propagação depende da espessura e da mielinização: quando mais espesso, maior a velocidade, além de
ser maior também nos axônios mielinizados;
- A bainha de mielina garante a condução saltatória, o que aumenta a velocidade de transmissão nervosa;
- Ela conserva energia para o axônio, pois somente os Nodos de Ranvier se despolarizam;
- Evita a perda de íons, requerendo menos gasto de energia para restabelecer as diferenças de concentração de sódio e
potássio através da membrana.

NEUROTRANSMISSORES
- Substâncias químicas que estimulam a geração de potenciais de ação alterando a permeabilidade da membrana pós-
sináptica. São produzidos pelos neurônios e armazenados pelas vesículas que estão em maior concentração no terminal
axônico.
- Receptores ionotrópicos (canais iônicos): canais de íons dependentes de ligantes, ou seja, eles precisam que um
mensageiro químico se ligue a sua superfície para permitir que íons passem;
- Receptores metabotrópicos (ligados à proteína G):cascata ativada pelo neurotransmissor.
- Excitatórios: promovem fenômenos de liberação (exaltação funcional de determinados circuitos neuronais). Exemplo:
noradrenalina (estado de alerta, estress), dopamina (humor), acetilcolina (cognição).
- Inibitórios: provocam fenômenos de bloqueio/ inibição.- endorfina( dor)
Exemplo: endorfinas (relacionadas à dor)
 Aminoácidos
 Aminas
 Peptídeos
Aminoácidos e Aminas são armazenados nas vesículas sinápticas
Peptídeos por serem maiores são armazenados e liberados por grânulos secretores
Aminoácido
 glutamato(ácido glutâmico)e aspartato(ácido aspártico) tem potentes efeitos excitatórios.
 A maioria dos neurônios excitatórios no SNC e talvez a metade as sinapses do encéfalo e comunicam por meio do
glutamato.
 ácido gama-aminobutírico(GABA) e glicina são importantes neurotransmissores inibitórios.
 Em muitas sinapses, aligaçãodoGABAareceptoresionotrópicosabrecanaisdel–(cloro).O GABA é encontrado
somente no SNC, onde é o neurotransmissor inibitório mais comum.
Aminas
 ACh(acetilcolina)é um neurotransmissor excitatório algumas sinapses, conjunção neuromuscular, onde a ligação
de ACh a receptores ionotrópicos abre canais catiônicos. Ela também é inibitória em outras sinapses, onde se liga
a receptores metabotrópicos acoplados a proteínas G que abrem canais de K+
 Norepinefrina Atuado Despertar(acordar sono profundo), nos sonhos, na regulação do humor,da pressão
sanguínea e batimentos(excitatória).
 Dopamina Liberada Durante Respostas Emocionais,comportamentos adicionam experiências agradáveis.
(inibitório)
 Além disso, os neurônios dopaminérgicos ajudam a regular o tônus dos músculos esqueléticos e alguns aspectos
dos movimentos gerados por sua contração.
 A rigidez muscular observada na doença de Parkinson é causada pela degeneração de neurônios que liberam
dopamina
 Serotonina, se concentram em neurônios de uma parte do encéfalo conhecida como núcleos da rafe.envolvida nos
processos de percepção sensorial,regulação temperatura corporal, controle do humor, apetite e indução do sono.
(inibitório)
Peptídeos
 Somatostatina: inibe as secreções gástricas diminuindo secreções pancreáticas
 Colecistocinina(CCK):regula a alimentação como sinal para “parar de comer”, regula secreção de enzimas
pancreáticas durante a digestão e a contração do músculo liso no trato gastrintestinal.
Anita Almeida Damke 2º PERÍODO DE MEDICNA

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