Você está na página 1de 146

Cinesiologia:

um manual do movimento humano


Dr. Danilo de Almeida Vasconcelos
Jadson Macedo Maximiano
Ivna Santos Rocha
Carla Sousa Fernandes

Campina Grande
2023
AUTORES
Dr. Danilo de Almeida Vasconcelos
Professor Doutor do departamento de Fisioterapia
na Universidade Estadual da Paraíba - UEPB;
Coordenador do laboratório de Motricidade
Humana e Neurociências; Professor titular dos
componentes de Cinesiologia e Biomecânica
Funcional no curso de graduação em Fisioterapia
da UEPB.
Jadson Macedo Maximiano
Graduando em Fisioterapia pela Universidade
Estadual da Paraíba - UEPB; Voluntário com projeto
pelo Programa Institucional de Iniciação Científica
UEPB/CNPq (PIVIC) Cota 2022/2023; Monitor
voluntário no curso de Fisioterapia da UEPB na
disciplina de Cinesiologia (2022.1 e 2022.2);
Participante de Projeto de Extensão Universitária
em Hipnoterapia e Práticas Psicofósicas.

Ivna Santos Rocha


Graduanda em Fisioterapia pela Universidade
Estadual da Paraíba - UEPB; Colaboradora de
projeto do Programa Institucional de Iniciação
Científica - UEPB/CNPq, Cota 2019/2020;
Monitora voluntária no curso de Fisioterapia da
UEPB na disciplina de Cinesiologia (2022.1 e
2022.2).
Carla Sousa Fernandes
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual da
Paraíba - UEPB (2022); Monitora voluntária no curso de
Fisioterapia da UEPB nas disciplinas de RTM (2019.2) PICS
(2020.1) e Cinesiologia (2022.1 e 2022.2); Participou dos
projetos de extensão: Grupo de Assistência Neurofuncional
ao Parkinsoniano (GANP), Grupo de Assistência
Interdisciplinar ao Paciente Hemiparético (GAIPH); Bolsista
do Programa Institucional de Iniciação Científica pela
UEPB/CNPq cota 2021/2022; mestranda no programa de
pós graduação em Saúde Pública pela UEPB
SUMÁRIO
Apresentação ....................................................................................................................... 1

Capítulo 1. Anatomia Geral .......................................................................................... 2


1.1. Conceito de Anatomia ..................................................................................................3
1.2. Posição Anatômica ...................................................................................................... 3
1.3. Termos de Relação Anatômica .................................................................................... 4
1.4. Divisão do Corpo Humano ........................................................................................... 9

Capítulo 2. Estudo Cinesiológico ................................................................................. 11


2.1. Conceito de Cinesiologia .......................................................................................... 12
2.2. Tipos de Movimento .................................................................................................. 13
2.3. Planos Anatômicos e Eixos de Movimento ................................................................ 15
2.4. Movimentos do Corpo Humano ................................................................................. 17
2.5. Amplitudes de Movimento (ADM) ............................................................................. 20

Capítulo 3. Principais Movimentos Corporais .......................................................... 23


3.1. Cervical ..................................................................................................................... 24
3.2. Mandíbula ................................................................................................................ 24
3.3. Tronco ........................................................................................................................25
3.4. Escápula ................................................................................................................... 25
3.5. Ombro ....................................................................................................................... 26
3.6. Cotovelo .................................................................................................................... 26
3.7. Punho ......................................................................................................................... 27
3.8. Dedos da Mão ........................................................................................................... 27
3.9. Quadril ...................................................................................................................... 28
3.10. Joelho ....................................................................................................................... 28
3.11. Tornozelo .................................................................................................................. 29

Capítulo 4: Sistema Esquelético ................................................................................ 30


4.1. Funções do Esqueleto Humano e Composição Óssea ............................................... 31
4.2. Divisão do Esqueleto ................................................................................................ 33
4.3. Tipos de Ossos .......................................................................................................... 34
4.4. Ossos do Esqueleto Axial ......................................................................................... 35
4.4.1. Crânio ................................................................................................................... 35
4.4.2. Coluna Vertebral ................................................................................................. 37
4.4.2.1. Vértebras Típicas e Atípicas .............................................................................. 37
4.4.2.2. Curvaturas da Coluna Vertebral ...................................................................... 39
4.4.3. Ossos do Tórax .................................................................................................... 40
4.5. Ossos do Esqueleto Apendicular (parte superior) ..................................................... 41
4.5.1. Clavícula ................................................................................................................ 41
SUMÁRIO
4.5.2. Escápula ............................................................................................................. 42
4.5.3. Úmero .................................................................................................................. 42
4.5.4. Rádio e Ulna ........................................................................................................ 43
4.5.5. Ossos da Mão ..................................................................................................... 44
4.6. Ossos do Esqueleto Apendicular (parte inferior) ..................................................... 46
4.6.1. Cintura Pélvica ..................................................................................................... 46
4.6.2. Fêmur e Patela .................................................................................................... 46
4.6.3. Tíbia e Fíbula ........................................................................................................ 47
4.6.4.Ossos do Pé .......................................................................................................... 48

Capítulo 5: Sistema Articular .................................................................................... 50


5.1. Graus de liberdade ..................................................................................................... 51
5.2. Cadeias cinemáticas ................................................................................................ 52
5.3. Classificação das articulações ................................................................................ 52
5.4. Articulações sinoviais ................................................................................................ 56
5.5. Neurofisiologia articular ............................................................................................ 62
5.6. Artrocinemática ......................................................................................................... 63
5.7. Regra côncavo-convexo ........................................................................................... 65
5.8. Articulações e superfícies articulares ....................................................................... 67

Capítulo 6: Sistema Nervoso ...................................................................................... 70


6.1. Sistema nervoso sensorial ........................................................................................... 71
6.2. Sistema nervoso motor .............................................................................................. 73
6.2.1. Neurônio motor periférico ..................................................................................... 74
6.2.2. Fusos musculares ................................................................................................. 77
6.2.3. Reflexos ................................................................................................................ 77
6.2.4. Órgão tendinoso de Golgi .................................................................................. 80
6.3. Sistema nervoso periférico ......................................................................................... 81
6.3.1. Nervos cranianos ................................................................................................... 82
6.3.2. Nervos espinhais ................................................................................................... 83
6.3.3. Formação dos plexos nervosos ............................................................................ 83
6.3.4. Plexo cervical ....................................................................................................... 84
6.3.5. Plexo braquial ...................................................................................................... 85
6.3.6. Plexo lombar ......................................................................................................... 90
6.3.7. Plexo sacral .......................................................................................................... 92
6.3.8. Plexo coccígeo ..................................................................................................... 94

Capítulo 7: Sistema Muscular .................................................................................... 95


7.1. Fixação muscular ....................................................................................................... 95
7.2. Contrações musculares ............................................................................................. 98
7.3. Ação muscular conjunta ........................................................................................... 100
SUMÁRIO
7.4. Músculos da cabeça e pescoço .............................................................................. 103
7.5. Músculos do ombro ................................................................................................... 107
7.6. Músculos do braço ................................................................................................... 108
7.7. Músculos do antebraço ............................................................................................ 109
7.8. Músculos da parede torácica, diafragma e parede abdominal ............................... 112
7.9. Músculos do dorso ..................................................................................................... 116
7.10. Músculos do quadril ................................................................................................. 121
7.11. Músculos da coxa .................................................................................................... 123
7.12. Músculos da perna ................................................................................................. 124
7.13. Músculos do pé ....................................................................................................... 126
7.14. Músculos e seus respectivos movimentos ............................................................... 127

Referências ................................................................................................................ 137


APRESENTAÇÃO
Este livro de Cinesiologia Humana destina-se aos estudantes do curso da área de
Fisioterapia como uma ferramenta de aprendizado e ao mesmo tempo proporciona uma
melhor compreensão dos sistemas que constituem o corpo humano.
Acreditamos que esta disciplina é fundamental para a qualificação do acadêmico de
Fisioterapia, pois apresenta um conteúdo essencial e de base. que integrado aos
conteúdos das demais disciplinas do curso, servirá de alicerce para a formação
profissional.
Neste livro, as figuras foram didaticamente aprimoradas e ricamente legendadas,
ilustrando bem os aspectos morfológicos de cada sistema que devem ser comparados com
o conteúdo prático de laboratório a fim de completar o aprendizado. Procuramos expor os
sistemas de maneira compreensível, dispensando os detalhes, sem que ferisse a qualidade
do conteúdo. Desta forma, ao descrever os vários assuntos, procuramos empregar uma
linguagem acessível e prática.
No primeiro capítulo de Introdução ao estudo da Anatomia, estão os conceitos
necessários para o entendimento dos demais capítulos, tais como conceitos anatômicos,
divisão do corpo humano. termos de relação anatômicas, termos de posição e localização.
No segundo capítulo do livro, abordamos o estudo cinesiológico propriamente dito, bem
como os conceitos de cinética e cinemática, planos e eixos, movimentos do corpo humano
e ADM. No capítulo 3 de descrição e demonstração dos principais movimentos corporais
por regiões, é trazido um apanhado geral dos principais movimentos de cada segmento
corporal. No capítulo 4 será abordado o aparelho locomotor. Nele identificaremos os ossos
do corpo humano, suas principais características e as principais conexões existentes entre
eles e a realização dos movimentos. No capítulo 5 expomos conceitos básicos da
sindesmologia, artrocinemática, as classificações fundamentais das articulações,
neurofisiologia articular e um estudo mais aprofundado das articulações sinoviais e seus
componentes.
No capítulo 6 distinguimos as divisões do sistema nervoso e em seguida formamos um
apanhado geral dos sistema nervoso sensorial e motor destacando seus principais
componentes e características. Logo em seguida, esmiuçamos o estudo sistema nervoso
periférico e seus plexos nervosos. No capítulo 7 abordamos o sistema muscular, explanando
os tipos de fixações musculares, tipos de contração e ação muscular. Além disso,
trouxemos um resumo sobre origem, inserção, ação e inervação dos músculos dos membros
superiores e inferiores.
Este material foi pensado para que você tenha um entendimento dessa engenharia
que é o nosso corpo. Acreditamos que este é o momento ideal para que você conheça e
reflita sobre o funcionamento do seu próprio corpo. Sinta-se convidado a adentrar nesse
mundo fantástico que é a Cinesiologia Humana.

1
CAPÍTULO 1
ANATOMIA GERAL

2
1 ANATOMIA GERAL
Jadson M. Maximiano

1.1. CONCEITO DE ANATOMIA


A Anatomia, em seu sentido amplo, é a ciência que estuda a constituição e o
desenvolvimento dos seres organizados. O termo anatomia deriva do grego “Ana” que
significa em partes, e “Tomein” que significa cortar/separar, ou seja, levando em
consideração seu sentido restrito, a anatomia nada mais é que o estudo microscópico ou
macroscópico de toda e qualquer estrutura física do corpo humano, levando em
consideração a forma e a disposição dos seus órgãos, separando-as em suas respectivas
partes. Neste livro nos deteremos aos achados anatômicos considerados fundamentais para
o reconhecimento do sistema esquelético, articular, nervoso e muscular humano, bem como
suas estruturas externas e internas, assim mantendo o foco para o conhecimento nas áreas
da cinesiologia e biomecânica.
Para que possamos avançar nos estudos, é importante primeiramente entendermos os
conceitos básicos de anatomia, portanto, essa parte inicial compõe uma série de
informações básicas para guiar seus estudos cinesiológicos.

1.2. POSIÇÃO ANATÔMICA


A anatomia é uma ciência descritiva e assertiva, que precisa de termos referenciais
para fazermos as descrições do posicionamento das estruturas do corpo de maneira
adequada. A posição anatômica é uma posição padronizada e de referência no mundo
inteiro. No que diz respeito a tal posição, o corpo está numa postura ereta (em pé, posição
ortostática ou bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as
palmas das mãos voltadas para frente. A cabeça e os pés também estão apontados para
frente e o olhar para o horizonte. Pode ser observada na vista anterior, posterior e lateral
(como observa-se na figura 1).

Figura 1: Posição anatômica do


corpo humano na vista anterior
(parte da frente do corpo) = A,
posterior (parte de trás do corpo)
= B e lateral (parte vista de lado) =
C.

3
1.3. TERMOS DE RELAÇÃO ANATÔMICA
Os termos anatômicos são usados para descrever a posição e a relação entre várias
estruturas, como partes do corpo, ossos, acidentes anatômicos, órgãos, etc. Além dos
termos de localização, também existem os termos de posição, que são importantes para
orientação clínica de um paciente, como o ato de sentar, ficar em pé e deitar-se de
variadas formas. A seguir observa-se as figuras demonstrativas de cada aspecto.

F ig u ra 2 : Te rmo s de re laç ão e m a n atomi a (l ocali z açã o) . Ob s: A li nh a


pon ti lh ad a i n di ca a li nh a me di an a do corpo ..

O r t o s ta se

D e c ú b i to d o r s a l

D e c ú b i to v e n t r a l
Se d e s ta ç ã o

D e c ú b i to l a te r a l

Figura 3: Termos de posição anatômica.

4
T a b e l a 1: Tabe la descri ti va dos te rmo s de re lação anatô mi cos
(l ocali z ação e posi ção) .

T e rm os d e r e la ç ã o a n a t ô m i c os ( l o c a liz a çã o e p o s i ç ã o ) .

Na frente, a frente do corpo, mais próximo da frente do


Anterior (ventral)
corpo

Posterior (dorsal) Parte de trás do corpo, no dorso

Acima (supra), em relação a outra estrutura, indica


Superior
também a extremidade cefálica ou cranial

Abaixo (infra), em relação a outra estrutura; indica também


Inferior
a extremidade caudal

Mediano Situada no plano mediano do corpo

Relativo ao meio ou centro, mais próximo do plano


Medial
mediano do que outra (interno)

Estrutura ou órgão interposto entre um superior e um


Médio
inferior ou entre anterior e posterior

Intermédio Fica entre o medial e o lateral

Refere-se à do lado de fora, mais distante do plano


Lateral
mediano do que outra (externo)

Mais perto do tronco ou do ponto de origem, ou mais


Proximal
próximo a raiz do membro

Cranial Para cima, para o extremo cranial ou cefálico (superior)

Distal Significa mais afastado do centro ou do ponto de origem

Caudal Para o extremo caudal do corpo ou Inferior

Decúbito Dorsal (DD) O corpo deitado de costas para baixo

Decúbito Ventral (DV) O corpo deitado com a face anterior para baixo

Decúbito Lateral (DL) O corpo é deitado de lado

Ântero-superior Na frente e em cima

Ântero-inferior Na frente e embaixo

Ântero-Lateral Na frente e no lado externo

5
Ântero-medial Na frente e no lado interno

Póstero-superior Situado atrás e na parte de cima (cranial)

Póstero-inferior Atrás e embaixo (caudal)

Póstero-lateral Atrás e do lado externo

Decúbito Ventral (DV) O corpo deitado com a face anterior para baixo

Decúbito Lateral (DL) O corpo é deitado de lado

Ântero-superior Na frente e em cima

Ântero-inferior Na frente e embaixo

Ântero-Lateral Na frente e no lado externo

Ântero-medial Na frente e no lado interno

Póstero-superior Situado atrás e na parte de cima (cranial)

Póstero-inferior Atrás e embaixo (caudal)

Póstero-lateral Atrás e do lado externo

Póstero-medial Atrás e do lado interno

Central Mais próximo do centro ou em direção ao centro

Periférico Mais distante ou afastado do centro

Ortostase Indivíduo completamente em pé e equilibrado

Sedestação Indivíduo sentado

Homolateral/Ipsilateral Do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura

Contralateral Do lado oposto do corpo ou de outra estrutura

Mobilidade das articulações sinoviais maiores do que o


Hipermobilidade
considerado normal

Hipomobilidade A perda da mobilidade de uma determinada articulação

6
A ba ix o s eg ue a lgun s exemp l os referen t es a o us o d os t erm os:

P
A
O
N
S E xe m p l o 1 : A s car ti l ag e ns c os tai s e o e xt ern o
T
T e ncon tr am- se ant eri orme nt e e m re lação ao
E
E coraçã o, bem como, o s g ra nde s v asos e a
R
R
I col un a v erte bral e st ão local i zados
I
O poste ri orme n te e m re lação a o coraçã o.
O
R
R

Su p e r io r / C r a n i a l

E xe mp l o 2 : O s gr a nd e s va so s est ã o
su p e ri o r me nt e l o ca l i z a d o s e m r e l a ç ã o a o
c ora çã o en q u a n t o que o di a f ra g m a
l o ca l i za - se i n fer i or m en t e a o c ora ç ã o.

In f e r io r /C au d a l

E xe m p l o 3 : Os lig ame n tos


col ate rai s do j oelho . O
Li n h a ligam e nt o col ate ral
s a g i ta l
mediana fibul ar es tá locali zado
L M late ral me nte enqu anto
que o lig ame n to cola te ral
tibi al es tá locali zado
me di alme n te , ou sej a,
m ais próxi mo à linh a
La t e r a l - M e d ia l
Lateral - Medial - Lateral
sagi tal me di ana .

7
A ba ix o s eg ue a lgun s exemp l os referen t es a o us o d os t erm os:

Va s t o
In te r m é d i o
Ex e m p l o 4 : O mús c ulo Quá dri ce ps F emo ral
te m quat ro por çõ e s a q ue e st á e n t re a
Va s t o porção (v as to ) med i al e late ral den o mi na-
La t e r a l
se i n te rme di a

Va s t o
M e d ia l

Lo b o
Su p e r i o r
E xe m p l o 5 : O pul mão di re i t o apres en ta t rês
lobos supe ri or i n fe ri or e o lobo m édi o.
Lo b o
Médio

Lo b o
In f e r i o r

P P

E xe m p l o 6 : O b ra ço é con si de rado pro xi mal (P )


D D quan do comparad o ao ant e braço, qu e é di s tal
(D ) , poi s o braço e st á mai s p ró xi mo da rai z de
i mplant ação d o me mbro (ci n t u ra e scapu lar) .

E xe m p l o 8 : Se con si de ra rmo s a m ã o di re i t a
como re fer ên ci a, o me mb ro i n fe ri or di re i t o é
con si de rad o h omo/i psi lat er al , poi s e st á
local i zado do me smo la do. J á o me mb ro
i n fe ri or e sque rdo é con si de rad o c on tr al at eral ,
poi s e st á local i zad o n o lado o po st o à mão de Homo Contra
re fe rên ci a (mã o di re i t a) .

8
1.4. DIVISÃO DO CORPO HUMANO

O corpo h u mano é di v i di do e m: c abe ça, pe scoço, t ron c o e me mbro s. A


cabe ça e st á lo c al i zada n a e x t re mi dade su peri o r do corpo e e st á
con e ct ad a ao tron co pel o pesco ço. O tron c o é di vi di do e m tórax e
abdome . O s me mbro s são ó rg ãos pare s di v i di dos e m ó rg ãos su peri o re s
(t o ráci co s) e ó rg ão s i n fe ri ores (p élv i cos).

Os me mb ro s p os su e m u ma rai z (ci n t u ra ) que se con e ct a ao t ron co e


u ma parte li vre. N os me mbros su pe ri ore s, a rai z ( ci n tu ra e scap u lar) é o
ombr o, e a p arte l i vre é sub di vi di da e m b raço, a nt eb ra ço e mã o. E nt re o
braço e o a nt eb ra ço e st á o cot ov el o, e e nt re o a nt eb ra ço e a mão e st á o
pul so.

Nas e x t re mi da des i n fe ri ore s, a rai z (ci n tu ra p él vi ca) são as n áde gas, e


a par te li vre é su bdi vi di da e m cox as, pan tu rri lh as e p és. H á o s j oe lh os
e nt re a s c ox as e as pe rna s e t orn o ze los e nt re a s per nas e os p és . N a
v ersã o poste ri or d a posi ç ão a natô mi ca, c or re sp on dem o s à re g i ão g lú te a
n a parte de t rá s d o corpo, o pes co ço, o pe scoço, o d orso n as cost as e a s
n áde gas. V ej a a di v i são do cor po h um ano n a fi gu ra a se g ui r:

P e lv e
Nuca
Pescoço

Dorso

Nádeg a

Dorso do Pé
F a c e Pl a n t a r

Palma Dorso

Fig u ra 4 : A pre se n t a a c abe ça, tr onc o e me mb ro s e m su a s v i st as an t eri o re s


e poste ri ore s. O s me mb ros s ão di v i di dos e m se g men tos, o nde e n t re a
arti cu l ação do o m bro e o cot ov el o, te mos o b raço, d o cot ov el o ao pun h o,
o ant eb ra ço, e e m seg ui da te mo s a mão. Os me mb ro s i n fe ri ore s tam bém
pos su em seu s seg m en tos, sen do e nt re a a rt i cu lação d o quadri l e o j oe lh o,
te mos a cox a, e nt re o j oe lh o e o tor noze lo, te mo s a pern a, e por fi m , o
pé. A lém di s so, ta m bém t e mo s a pel ve , que comp or ta os ó rg ão s g en i t ai s.

9
Cefálica (cabeça)
Cranial
Frontal (fronte) (envolvendo o encéfalo)
Nasal (nariz)
Orbital (olho)
Bucal Occipital
Oral (boca) (posterior da cabeça)
(bochecha) posterior
Cervical (pescoço) Mentual (queixo)
Cervical posterior
Pré-esternal
Deltóidea
Deltóidea
Região
Axilar (axila) peitoral (tórax) Vertebral
(coluna vertebral)
Mamária (mama)
Cubital Braquial posterior (braço)
Braquial anterior
anterior (braço) (fossa cubital) Abdominal
Cubital anterior Cubital posterior
(anterior do cotovelo) (cotovelo)
Inguinal
Abdominal (virilha)
(Abdome) Lombar
Quadril (dorsal inferior)
Antebraquial (coxa)
(antebraço) Sacral
Glútea (nádega)
Carpal (punho)
Dorso da mão
Palmar (palma)
Digital
(dedo da mão) Perineal
Femoral Região Femoral posterior
Anterior (coxa) Púbica (coxa)

Joelho Fossa poplítea


(genicular posterior)

Crural Crural posterior


anterior (perna) (perna)

Tarsal
(tornozelo)
Dorso
do pé
Plantar (sola)

Fig u ra 5 : te rmo s u sados para i n di car áre as e specí fi cas n a v i st a ant e ri o r e


poste ri or.

10
CAPÍTULO 2
ESTUDO
CINESIOLÓGICO

11
2 ESTUDO CINESIOLÓGICO
Jadson M. Maximiano

2.1. CONCEITO DA CINESIOLOGIA


P ri me i ro, a pal av ra "ci n e si olog i a" v e m da p al av ra g re g a " ki n e si s ", que
si g ni fi ca mov i me n t o. A p ar ti r di sso, a ci n e si ologi a se re v el a c omo a
ci ênci a do m ovi me nt o. E m c on cl us ão, pode mos di z er q ue n o camp o da
saú de , a ci n esi olo gi a e st uda o mov i me nt o do corpo h uman o. Qu an do
falamo s de m ovi m e nt o h uma no, que re mos di z er os mú sculo s, c on t raçõe s
mu sc ul ares e e st ru tu ras arti cu la re s que o corpo h um ano u sa para se
move r, e nt ão basi came n t e a nali sa-s e todos o s c om pon e nt es do corpo,
i n di vi du almen te ou e m g ru po,a fi m de e nt en de r su as con tri bui ções p ar a a
re ali z ação de movi me nt os si mpl es e comple x os. P ort an t o, para
comp re en der (e e st udar ) o corpo h u m ano, é n e ces sári o e nt en der a fu n çã o
de oss os, a rti cu laç õe s, mú scul os, a çõ e s de movi me nt o, i n e rvaç õe s, pla no s
e e i x os de movi m e nt o, e t c. A ssi m, o movi me nt o por se r a e ss ên ci a da
ci n esi ologi a, u sa doi s te rmos para del i n ear e st e e st u do, se n do e le s a
ci n ét i ca e ci n e máti ca.

CINÉTICA E CINEMÁTICA
C in e m á t ic a : de s cr ev e os mov i me n t os , a par ti r d a posi ç ão, v el oci dade e
ace le raç ão, pode n do ser e le s li ne a re s ou ang ul are s. É o e st u do d os
movi me nt os, des pr ez ando a s força s que atu am sobre o si st e ma s e cau sa
e st e mov i me n t o;

C in é t ic a : e st ud a as c au sa s do m ovi me nt o, pode nd o e st es serem li ne are s


(e spe ci fi camen te re laci onad o à força apl i cada) ou ang u lare s
(e spe ci fi camen te re laci onado ao to rqu e) . O u sej a, é o e st u do das fo rça s
que cau sa m o movi me nt o d o si st em a.

A ci n emáti ca é s u bdi vi di da e m doi s g ru po s, de a co rdo com o foco de


e st ud o: a o st e oci ne máti ca e a art roci n e m át i ca. D e mane i ra g eral , a
ost eo ci ne má ti ca ( f oco de s te capí t ul o) , se pre ocu pa com o movi me nt o
propri amen te di to, que a con te ce n os seg men to s corpo rai s bem com o s ua s
parte s ó sse as e mus cula re s, ou sej a, o movi me nt o v i sí ve l da e st ru tu ra
corpo ral.
Já a artrocine mática foca nos pequenos movimentos que acontecem
simultaneamente ao osteocinemático, nas articulações e superfícies

12
art i cu l are s, ou sej a , o movi me nt o que aco n te ce de n tr o d as art i cu la çõe s e
n ão é v i sí ve l.
Est e capí t ul o de s crev e o s e le me n t o s g e rai s da o st e o ci ne mát i c a be m
como v i sa e st udá -los e c omp re en dê-los, anali sando o m ov i me nt o h um ano
de aco rdo com su a li ng u ag em descri t i va.

2.2. TIPOS DE MOVIMENTO


D e forma g eral , o s movi me nt os pode m se r classi fi ca dos n as p ri n ci pai s
classe s, sen do e las: li ne are s ou t ra nsl ató ri o s, ang u lare s ou rot at óri o s, e
combi n ados (mi sto s ) ou g er ai s.

1- O s m o vi m en t o s l in e a re s o u tra n s l a tó r ios :
Ocor re m e m u ma li nh a re ta de u m pon to a out ro, com me sma di s tân ci a,
di re ção e te mp o. A apl i cação de u ma força n o cen tr o de ma ssa de u m
corpo de qualq u e r di me nsão faz todos o s pon t o s des se obj et o s e
desloca re m e m u ma di re ção e magn i t ude, con st i tu i n d o o movi me nt o de
tran sla ção o u li ne ar. E sse p ode se r s u bcl as si fi cado s e m 2 ti pos:
R et il ín e o : o movi me nt o pe rco rre u ma li nh a re t a e a di re ção n ão é
modi fi cada;
C u r v il ín eo : o movi me nt o o co rre e m li nh a re ta, p or ém e m traj et ó ri a de
curva, e a di re ção muda con st an te me n te .

F ig u ra 6 : Exe m pl os de movi me nt os re t i lí n e os.

F ig u ra 7 : Exe mpl os de mov i me nt os cur vi lí n eos.

13
2 - O s m o v im en t o s A n g u l a res :
Mov i me nt o e m to rn o de u m pon t o f i xo. O obj et o se move n um me smo
âng ul o, n a mes ma di re ção, ao me smo te mp o, por ém n ão per correm a
mesma di stâ nci a.

Fig u ra 8 : Exe m pl os de movi me nt os a n g u lare s.

O b s .: A g ran de m ai ori a dos m ov i me nt os d o corpo s ão ang u la re s,


sal vo alg uma s pou cas e xceçõe s c omo a d o mov i me nt o d a e scápu l a
e m e le vação/de pr essão e p rot raçã o/ re t raç ão que são li ne are s.
Os movi me n t os fu n ci on ai s do di a di a são c ombi n açõe s e nt re o s
doi s ti po s (l i n ea re s e rota t óri os), c om o v emos n a fi gu ra a seg ui r:

P1 P2

Movimento Linear

Movimento Angular

F ig u ra 9 : Movi me nt os com bi n ado s (mi st os) ou g e rai s do c orpo


h uman o. N a c ami nh ada, o corpo se m ov e e m li nh a re ta ( movi men t o
li ne ar). P orém, e sse movi me n t o é produ z i do pel os ( movi men t o s
ang u lare s) que o co rre m n as a rt i cu laçõe s do quad ri l , j oe lho e
torn oze lo.

14
2.3.PLANOS ANATÔMICOS E EIXOS DE
MOVIMENTO
Os plano s ana tô mi cos são corte s i m agi nári os q ue atrav e s sam n os so
corpo e aj u dam a descrev e r o corpo h uman o tri di me n si o nalme nt e, alé m de
que são ú te i s n o e st ud o e m anato mi a, para o e nt en di men t o dos
movi me nt os e até e m e xames como a t omog rafi a com put ado ri z ada ,
servi n d o c omo re ferên ci a de c oo rde nada s. Tai s pla nos de ação são
descri t os fu n ci on al men te e m re lação à posi ção anat ômi ca e obj et i v am
di v i di r o c orpo h u mano e m 3 di men s õe s, assi m, te mo s os 3 plano s, sen do
e le s: s ag i t al , fr on t al o u coron al e t ran sve rsal ou h ori z on tal. E xi ste m
tamb ém 3 e i x os a os quai s fav orece m os mov i me n t os so b os plano s, sen do
e le s o e i xo x (l át ero-late ral) , y (e i x o lon gi tu di nal) e z (e i x o ant e ro-
poste ri or) .

O e i x o x o co rre d e u ma late ral a o ut ra d o corpo, se local i zan do n o


plano fr on t al. O e i x o y o co rre sup eri or-i n fe ri o rme nt e e e st á n o plano
tran sve rs o. O e i x o z oco rre d a fren t e par a atr ás d o c or po e se loc al i za n o
plano sag i t al . Tod os o s m ovi me nt os cor porai s p ode m ser de scri t os pel a
oco rr ên ci a ao lon go dos planos sob re se u s re spe ct i v os e i xos de
mov i me nt o. O b se rv e a re pre se nt açã o n a fi gu ra a seg ui r:
E ixo Y

Pl a n o
s a g i ta l

C e n t ro d e
gravidade
Pl a n o
tr a n s v e r s o E ixo Z

E ixo X

Pl a n o
f ro n ta l

F ig u ra 10 : plano s e e i xos de m ovi me nt o do cor po h uman o .

15
Fig u ra 11 - P lan o S ag i t al : cha mad o d essa forma
Plano
s a g it a l por pas sa r e xatame n te pel a li nh a sag i t al
me di an a do corpo, di v i di ndo e le n os lados
di re i t o e e sque rdo . O s m ovi me nt os qu e oco rrem
Ei x o
lá te r o - l a t e r a l n este pla no são os de fl ex ão e e xt en são de
todos o s se g men t o s, além de flex ã o plant ar e
dor si fle xã o (t orn oz el o) , de aco rdo com o e i x o x .

Ei xo
lo n g i tu di n a l

F ig u ra 1 2 - P la n o T ran sve rso o u H ori z on tal:


chamado a ssi m por se for ma r paral el ame nt e ao
solo, di v i de o corpo n a parte superi o r e i n fe ri or.
Os m ovi me nt os per mi ti do s por e sse plano e seu
re spe ct i v o e i x o y , são o s de ro taç õe s me di al e
late ral ( qu adri l e pé) , p rona ção e su pi n aç ão
(an te braço) e e ve rs ão e i n ve rsã o (p é) .
P la n o
h o riz on t a l

Fig u ra 13 - P lano C oron al ou F ro nt al : é assi m


P la n o
fr on t a l
chamado por se lo cal i zar paral el ame nt e a o o ss o
fro nt al da sut ur a cor on al do c râni o. Esse plano
Ei xo â n te r o -
p o st erio r di v i de o corpo n as parte s an t eri o r e pos te ri or,
faz en d o e nc ont ro com o e i x o z . O s movi me nt os
permi ti do s aqu i são os de adu ç ão e abdu ção
(qu ad ri l, ombro e dedo s) , de svi o u ln ar e ra di al
(pu nh o) e fl ex ã o la te ral (pe scoço e t r on co) .

T a b e l a 2 : Tabel a descri t i va dos plano s e e i xo s e seu s mov i me nt os .

Plano de secção Eixo de movimento Movimentos

Sagital Latero-lateral Flexão, Extensão, Dorsiflexão e Flexão Plantar

Abdução, Adução, Elevação e Depressão, Inversão


Frontal Ântero-posterior
e Eversão, Desvio Radial e Ulnar

Transversal Longitudinal Rotação Medial e Lateral, Pronação e Supinação

16
2.4. MOVIMENTOS DO CORPO HUMANO
D e form a g e ral , o con cei t o de movi m e nt o e nv ol ve m ove r u ma e nt i d ad e
do pon t o A para o pon to B li vre me nt e. O movi me nt o é re ali z ado den t ro de
u m plan o ao re dor de seu e i xo fi x o e possu i u ma di re ção . Import an t e
le mbra r que cada arti cu l ação te m s u a dev i da ampli t u de de mov i me nt o (o
movi me nt o comple t o e n ormal que u m a art i cu laç ão te m a capa ci dade de
re ali z ar - A DM) , a n ali sado a p ar ti r dos g ra us q ue cad a a rti cu lação ati n g e,
fu n ci on al men te . A pren da mai s sobre os t ermo s di re ci o nai s de movi me nt o
abai x o:

FL EX Ã O E E XT E NS Ã O
Esses m ovi me nt os aco n te ce m n o plano sag i t al e ao re d or do e i xo lá te ro-
late ral. A fl ex ão pode se r defi n i da como o mov i me n t o que di mi n ui o
âng u lo de u ma a rti cu la ção, aprox i mando o s o ssos da me sma. Já a
e xt en são pode ser defi n i da como o m ovi me nt o que a um e nt a o âng u lo d as
art i cu l açõe s, a fa st an do o s o ss os da m e sma.

A D U Ç ÃO E A B D U Ç Ã O
Os mov i me n t os de abdu ção e a du ção e st ão i n ti m ame n t e re laci o nado s a o
plano me di an o. A mbo s o correm g e r al men te n o plano fron t al e se d ão a o
re dor do e i x o a nt e r opost e ri or. A du ç ão h ori zon tal
A a du ção h ori zon tal ocorre n o pl ano t ra nsve rs o, e sse movi me nt o é
re ali z ado pel os mú sculo s pei to ral m ai or e del tói de ( pa rt e clavi cu lar), e sse
movi me nt o aco nt e ce com o ombro a 9 0 º de abdu ção.

P RO T R U S Ã O E R ET RU S Ã O
Os mov i me n t os de pro tru s ão e re t ru são acon te ce m n o plano sag i t al . Ele s
tamb ém são re la ci onados a o e i x o tr an sve rs o, ma s a o i n vés de some n t e
movi me nt ar ao re d or del e, e sse s mov i me nt os t ambém ocorrem paral el os a
e le .
- A prot rus ão e nv ol ve u m mov i me nt o re t o n a di re ção ant eri or.
- A re t rus ão é o mov i me n t o opo st o, ou sej a, n a d i re ção poste ri or.
Est ru tu ra s ana tô mi cas cap aze s de t ai s açõe s são a lí ng u a, o que i x o
(man dí b u la) e o s lá bi os.

D EP R E S SÃ O E E L EV A Ç Ã O
Enqu an t o a p ro t ru são e re t ru sã o m ovi me nt am u ma e st ru tu ra ana tô mi ca
para fre nt e e par a tr ás, a dep re ssã o e e le vação m ov i me nt am e las para
bai xo e par a ci ma, re s pe ct i v ame nt e.

17
P RO T RA Ç Ã O E R ET RA Ç Ã O
P rot ração n ão é some nt e o mov i me nt o ant e ri o r, mas u m movi me nt o
ant er ol at er al . Isso si g ni fi ca que a e st ru t u ra se move ant eri o r e
late ralme nt e . D e man e i ra se me lhan t e , a re tração t am bém con si st e de u m
movi me nt o pos te ro medi al. A e scápu l a é o e xe mpl o padrã o de e st ru tu ra
que re ali z a os movi me nt os de p ro tr ação e re t raçã o.

D EP R E S SÃ O E EL EV A Ç Ã O
Enqu an t o a prot ru são e re t rus ão m ovi me nt am u ma e st ru tu ra anat ômi c a
para fren te e p ar a tr ás, a depre ssã o e e le vação m ovi me nt am e la s p ar a
bai xo e par a ci ma, re s pe ct i v ame nt e.

R O TA Ç Ã O LA T E R A L E M ED I A L
A rota ção acon t e ce n o plano tran sve rs o ao re dor de u m e i x o
super oi n feri or (l on g i tu di nal) q ue aco n te ce e m re la ção ao plano me di a n o.
A rot aç ão medi al e nv ol ve t raze r a e st ru t u ra anat ômi ca para p róxi mo do
plano medi an o, e n quan t o a ro ta ção late ral e nv ol ve mo vê-la par a lon ge .
A pe sar de mui to se me lh an te s, a ro t aç ão é di fe ren te d a abdu ção e adu ção,
dev i do aos plano s e m que o s movi me n t os a co nt e ce m.

CIRCUNDUÇÃO
É u m ti po e speci a l de movi me nt o q ue n a v erda de é a combi n açã o de
mu i to s out ros. O m ovi me nt o g er al se i n i ci a c om fl ex ão, se g ui da de
abdu ção, e xt en sã o e fi nalme n t e adu ç ão. A o rdem dev e ser seque n ci al m as
pode se i n i ci ar ta n to da fl ex ão qu an t o da adu ção . O re sul t ado é u m
movi me nt o ci rcu lar . D ev i do a os múl t i plos mov i me n t os, a ci rcu nduç ão é
re st ri t a à s a rti cu laçõe s do ti po e sfer oi de (bola e s oque te ), como a
art i cu l ação do o mb ro e do quad ri l .

D ES V I O
É u m ti po e spe ci al de movi me nt o que é re st ri t o à a rti cu lação do p un h o. O
movi me nt o o co rre e m u m plan o lon gi tu di nal ao lon g o do pun ho, re lati vo a o
e i x o pas san do de p al mar p ara dorsal atrav és do pu n ho .

O P O S IÇ ÃO E R E P O S IÇ ÃO
Esses d oi s m ov i me nt os e st ão re st ri t os aos dedo s da m ã o. E ssen ci al men te ,
e le s e nv ol ve m movi me nt os de pi n ça, como qu an do se e spal ha u ma pi tad a
de sal sobre a comi da ou se e st al a os ded os. A nat omi came n t e falan do, a
oposi ção e nv ol ve t ocar a pon ta de u m dos seu s dedo s com o p ol eg ar da
me sma mão. Rep o si ção é o opost o, qu e con si st e e m se parar os dedo s.

18
P RO N A Ç Ã O E S U PI N A Ç Ã O
E st ri t a m e n t e fa l a n do , a p ro n a ç ão e a s u p i n aç ã o s ão c on si de r a d os d oi s
t i p o s e sp e c i a i s d e ro t a ç ã o . E l e s s ã o re s t ri t o s a o a n t e b ra ç o e e n v ol v e m o
r á d i o d ob ra n d o - s e s ob re a u l n a.

INVERSÃO E EVERSÃO
O s m ov i m e n t o s d e i n v e r sã o e e v e r s ão a co n t e ce m e m re l a ç ão à l i n h a
m e di a n a e s ã o e s p e cí f i c o s d o p é . N a e v e rs ão , a f ac e p l a n t a r d o p é s e
m o v e p ar a l o n g e d o p l a n o m e di an o, d e fo rm a q u e e l a g i ra l a t e ra l m e n t e .
N a i n v e r sã o, a f a c e p l a n t a r s e m o v e e m d i re ç ã o a o p l a n o m e di an o,
re s u l t a n d o e m u m g i ro m e di al .

ANTEVERSÃO E RETROVERSÃO
A n t e v e r s ã o é o m o v i m e n t o n o p l a n o s ag i t al , o n d e a e st ru t u r a i n c l i n a - s e
p ar a a fr e n t e , l o g o a e s p i n h a i l í a ca â n t e r o - s u p e r i o r a n t e r i o ri z a - s e à
s í n f i s e p ú b i c a . R e t r o v e r s ã o é o m o v i m e n t o n o p l a n o s ag i t al , o n d e a
e st ru t u ra i n c l i n a- s e p ar a t r á s, l o g o a e sp i n h a i l í a ca â n t e r o - su p e r i o r
p os t e ri or i z a- se à s í n f i s e p ú b i c a .

HIPERFLEXÃO E HIPEREXTENSÃO/ HIPERADUÇÃO E HIPERABDUÇÃO


S ão o s m o v i m e n t o s re s pe c t i v os d e f l e x ã o, e x t e n s ã o , a du ç ão e a bd u ç ã o
q u e u l t r ap a s s a m o l i m i t e n or m al f u n ci on a l d o c o r po , o u s e j a , u l t r ap a s s am
a A D M c om u m .

T a b e l a 3 : D esc ri ção si mpl i fi ca da dos movi me nt os do cor po.

Movimento Descrição Simplificada

Flexão Dobrar

Estender Esticar

Abdução Afastar-se do eixo de referência

Adução Aproximar-se do eixo de referência

Protusão Para frente

Abdução Afastar-se do eixo de referência

Adução Aproximar-se do eixo de referência

Retrusão Para trás

19
Elevação Superiormente ao eixo de referência

Depressão Inferiormente ao eixo de referência

Rotação Lateral Afastar-se do plano medial

Rotação Medial Aproximar-se do plano medial

Pronação Rotação medial do rádio

Supinação Rotação lateral do rádio

Circundução Combinação de: flexão, abdução, extensão e adução

Desvio Flexão ulnar e radial

Oposição Aproximação dos dedos

Reposição Separação dos dedos

Inversão Lado plantar do pé em direção ao plano medial

Eversão Lado plantar do pé afastado do plano medial

2.5. AMPLITUDES DE MOVIMENTO (ADM)


A ampl i tu de de mo vi me nt o comp re en d e o g rau de ampli t u de ati n g i do
por u ma a rt i cu laç ão si n ov i al. O u se j a, e la é o movi m e nt o c omple t o e
n orm al que u ma art i cu lação te m a capa ci dade de re ali z ar. O t e rmo
ampl i tu de de m ovi me nt o, t am bém con he ci do pel a si g la A DM, é b as tan te
u ti l i z ada n o di a a di a da fi si ot er api a. C om te ste s de A D M se t e m o i n t u i t o
de avali ar de mane i ra fu n ci on al , u m membro e u ma a rt i cu lação. A posi ção
i n i ci al para se me di r a ampli tu de de mov i me nt o de t odas as art i cu laç õe s,
com e x ceção do m ovi me nt o de ro t aç ão é a posi ção ana t ômi ca.
F al ar da ampli tu de de mov i me nt o e d e su a i mpo rtân ci a, só se rá possí ve l
se comp re en de rmos de ma ne i ra mai s ade qua da a c on tr ação mu scula r e a
re lação do o sso e da arti cu laç ão d ur an te o m ovi me nt o.
D e fo rma si mpl e s, a c on tração mu sc u lar a con te ce com o desli z ame n to
de e st ru tu ra s, que são c hamada s d e act i n a e mi osi n a. Qu an t o mai or a
ampl i tu de d o mo vi me nt o, den tr o d os li mi te s de seg uran ça de cad a
art i cu l ação, mai o r ser á o desli z ame n to de s tas e st ru tu ra s. A o mes mo
t empo, u m m ovi me nt o ade qua do t ambém s ó se rá e xe cu ta do se a s
e st ru t u ras a rt i cu lare s (cá ps ul as, si n óv i a, e demai s) e st ej am e m e st ado
h ome ost áti co .

20
D essa fo rma, p ode mo s e nt en de r que o bom fu n ci on ame n to d o si st e ma
mu sc ul oe sque léti co i rá det ermi na r u ma boa A DM do i n diví du o, bem como
pos sí ve i s h i per e h i pomobi li dade s.

Tab el a 4: Tabel a de g oni omet ri a das art iculações de MMSS, T ronco e MMII.

Articulação da coluna cervical

Movimento ADM (Graus)

Flexão 0-65º

Extensão 0-50º

Inclinação Lateral 0-40º

Rotação 0-55º

Articulação da coluna Lombar

Flexão 0-95º

Extensão 0-35º

Inclinação Lateral 0-40

Rotação 0-35º

Articulação do Ombro

Flexão 0-180º

Extensão 0-50º

Adução 0-180º

Abdução 0-40º

Rotação Medial ou Interna 0-90º

Rotação Lateral ou Externa 0-90º

Articulação do Cotovelo

Flexão 0-145º

Extensão 145-0º

Pronação 0-90º

Supinação 0-90º

21
Articulação do Punho

Flexão 0-90º

Extensão 0-70º

Desvio radial /Abdução 0-20º

Desvio ulnar /Adução 0-45º

Articulação do Quadril

Flexão 0°-125°

Extensão 0°-10°

Abdução 0°-45°

Adução 0°-15°

Rotação Medial ou Interna 0°-45°

Rotação Lateral ou Externa 0°-45°

Articulação do joelho

Flexão 0-140º

Extensão 140-0º

Articulação do tornozelo

Dorsiflexão 0-20º

Flexão Plantar 0-45º

Inversão 0°-40°

Eversão 0°-20°

22
CAPÍTULO 3
PRINCIPAIS MOVIMENTOS
CORPORAIS

23
PRINCIPAIS MOVIMENTOS
3 CORPORAIS
Jadson M. Maximiano

3.1. CERVICAL
A c e rv i ca l p er m i te o s s eg u in te s m o v im e n t o s :
Ext en sã o da cabe ça ou pe sco ço
F le xão da c abe ça ou pes co ço
Rot açã o late ral da cabe ça o u pes coç o
In cli n ação late ral d a cabe ça ou pe sco ço (l at e rali z açã o)
C i rcu nd u çã o

Ne utr o Fl e xã o Exte n s ã o

Ro ta çã o La te r a l iza ç ã o Cir cu n d u çã o

Fig u ra 14 : Movi me n t os da col un a cervi cal.

3.2. MANDÍBULA
A m a n d íb u l a p er m ite ta is m o v im en t o s :
Ret ru são e P ro tru s ão da ma ndí bul a
D esvi o late ral d a m andí bul a
Ele vaçã o e abai x ame n to d a man dí bul a

E le v a ç ão e A b a ix a m e n to Pr o tr u s ã o e Re tru s ã o D e s v io l a t e r a l

Figura 15: Movimentos da mandíbula.

24
3.3. TRONCO
O tr o n c o p e r m it e e s s es m o v i m en to s :
H i perex te n são e F l e xão do tro nc o
D esvi o/ F le xão late ral à e sq ue rda e di re i t a do tron co
Rot açã o late ral à e sque rda e di re i t a d o tr onc o
C i rcu nd u çã o do tr on co

F l e x ão e E x te n s ão F l e x ão l a te r a l Ro ta ç ão C ir c u n d u ç ã o

Fig u ra 16 : Movi me n t os do tr onc o.

3.4. ESCÁPULA
A e s c á p u l a p er m i t e o s s e g u in t e s m o vi m en t o s :
A . A bdu ção ou P rot ração da e scápu la
B . A du ç ão ou Re t ra ção da e scápu la
C . Rot ação su pe ri o r ou la te ral da e sc ápu la (b ásc ul a late ral)
D . Rot ação i n fe ri or ou me di al da e scápu la (bá scul a medi al)
E. Ele vaçã o da e sc ápu la
F . D epre ssã o o u abai x ame n t o da e scápu la
A B C D

E F

F ig u ra 17 : M ovi me n t o e scápu la.

25
3.5. OMBRO
O c o m p l e xo a rt i c u l a r d o o m b ro p e rm ite o s m o vi m en t o s d e:
A . F le xão do ombro ou braço
B . Ex t en sã o do o mb ro ou braço
C . H i perex te n sã o
D . A bdu ção do ombro o u b raço
E. A du ção do o mbr o ou b ra ço
F . C i rcu ndu ção do ombro ou b raço
G. Rot ação la te ral ou e xt e rn a do o mbr o ou b ra ço
H . Rot ação me di al ou i n te rn a d o ombr o ou b ra ço
I. A bdu çã o h ori z on t al do o mbr o ou bra ço
J. A du ç ão h ori z on t al do ombro

A B C

D E F G H I J
Figura 18: Movimentos do ombro.

3.6. COTOVELO
A e s c á p u l a p er m i t e o s s eg u in t e s m o vi m en t o s :
1. A bduç ão ou P rot r ação da e scápu la
2 . A dução ou Ret ra ção da e scápu la
3. R ot aç ão su pe ri or ou late ral da e scápu la (bá sc ul a late ral)
4 . Rot açã o i n fe ri or ou me di al da e scáp u la (bá scul a medi al)
5. Ele vaçã o da e sc ápu la
6. D epre ssão ou abai x ame n t o da e scápu la

Supinação

Flexão
Pronação

Extensão

Figura 19: Movimentos do cotovelo.

26
3.7. PUNHO
O s m o vi m en to s a r tic ul a r e s d o p un h o s ã o :
F le xão do pu n h o ou da mão
Ext en sã o (M ão n eu tra)
H i perex te n são do p un h o o u da m ão
D esvi o ra di al ou abdu ção do pu n ho
D esvi o u ln ar ou adu ção d o pun h o
C i rcu nd u çã o do pu n ho
Flexão

Extensão

Hiperextensão
Flexão Desvio Ulnar Desvio Radial

Circundução

Figura 20: Movimentos do punho.

Circundução

3.8. DEDOS DA MÃO


O s m o vi m en to s d o d ed o s s ã o :
F le xão dos dedo s
Flexão
Ext en sã o dos ded os
Oposi ção dos ded o s
Repo si çã o dos ded os
Extensão Oposição Reposição
A du ção do pol eg a r
A bdu çã o do p ol eg a r
C i rcu nd u çã o do dedo
Adução

Abdução Circundução

Figura 21: Movimentos dos dedos da mão.

27
3.9. QUADRIL
O s m o vi m en to s d o q ua d ril s ã o :
A . F le xão d o quad ri l ou da c ox a
B . Ex t en sã o do qu a dri l ou da c ox a
C . H i perex te n sã o d o quad ri l ou da cox a
D . A bdu ção do qua dri l ou da c ox a
F . A du ç ão do qua d ri l ou da cox a
G. H i pe radu çã o do quad ri l ou da cox aI .
I. Rot aç ão e xt e rna ou me di al da
cox a ou d o quad ri l
J . Rot ação i n te rn a ou late ral da
cox a ou d o quad ri l
K. C i r cu n du çã o do quad ri l
L . A nt ev e rsã o da p el ve
M. Re t rove rsão da pel ve
N. Ele va ção la te ral da pel ve

Figura 22: Movimentos do quadril.

3.10. JOELHO
O s p rin c ip a is m o v im e n t o s d o j o el h o s ã o :
1. Fl ex ão da per na ou do j oe lh o
2 . Ext en sã o da pern a ou d o j oe lh o

O jo el h o ta m b é m p os s u i p eq u en a s r o ta ç õ e s d e a m p l i t ud e n ul a
1. Rot aç ão medi al ou i n te rn a da pe rna ou do j oe lh o
2 . Rot açã o late ral ou e xt e rna da per n a ou d o j oe lh o

Rotação Rotação
Lateral Medial

Flexão

Extensão

Figura 23: Movimentos do joelho.

28
Observação C in es i op a tol ó g i ca ! - E x is t e m algumas
va r ia ç õ e s e m u m a p a r c e l a d e p e s s o a s q u e a p r es en ta m
a l ter a ç õ es n o e i x o d os m e m b ro s in f er i o re s , fa z e n d o c o m
q ue a s s i m p os s u a m o j o el h o e m v a r o (p re s s ã o m e d ia l
a um en ta d a n os c o m p a rt im e n tos d o j o el h o ) o u j o el h o
va l g o (p r e s s ã o l a te r a l a um en ta d a n os c o m p a rt im en t os d o
jo el h o ), c o m o d e m on s t ra d o a s eg u ir :

Valgo Normal Varo

3.11. TORNOZELO
O s m o vi m en to s d o to r n o z el o s ã o :
A . D or si fle xão
B . F le xão plan t ar
C . Eve rs ão
Dorsiflexão Eversão Inversão
D . In ve rs ão
E. C i r cu n du çã o do to rnoze lo Flexão plantar
,

Circundução

Figura 24: Movimentos do tornozelo.

29
CAPÍTULO 4
SISTEMA
ESQUELÉTICO

30
4 SISTEMA ESQUELÉTICO
Jadson M. Maximiano

P ri me i rame nt e, dev e mos sabe r que , do pon t o de v i st a da sob re vi vênci a,


locomo çã o e mov i me nt o, são o s p ri n ci pai s i n st ru me n t os fu n ci on ai s do
org an i smo e d o s i st ema de o ssos, mús culo s e a rt i cu laçõe s que j u n t o s
comp õe m o m ovi me nt o.
Nos v er te br ado s, o si st em a e sque lé ti co é con si de rad o o e le me n to
pas si vo do m ovi me nt o, e nqua n t o, como v e remo s m ai s adi an te , o si st em a
mu sc ul ar é con si de rado o e le me n to a ti v o do movi me nt o, e as art i cu laç õe s
que e st ão l ocal i z adas e nt re os o ssos, si st ema e sse, que permi ti rá o
movi me nt o. A ssi m, cada com pon e n t e des se s e xe rce s ua fu n ção p ri mo rdi al
e i n di spe nsáv e l, forma n do a ssi m a i n te rde pe n dên ci a si st êmi ca d o corpo
h uman o. O s o ssos são ri j os com v ari açã o de fo rma, col oração e n úme ro,
g eral men te u ni dos por art i cu la çõe s e li gamen tos (f o rman do o e sque le t o
art i cu l ado) ou i sol ados, d os quai s o s ú ni co s e xe m pl os s ão o o sso h í ó de o e
os se samói des .
C erca de u m qui nt o do peso t ot al de u ma pes soa sau dáv el é compos to
de ossos (a proxi m adame n te 2 06 ossos). O e sque le t o h uman o é u ma
e st ru t u ra fort e , v i va, di n âmi ca e fl ex í v el , compost o por cél ula s q ue
re sponde m a e st í mul os, e p re ci sam de oxi gêni o e n ut ri e n te s para se
mant e rem v i vas. P ara i s so os o ssos pos su e m v asos san gu í n e os, e xi ste n te s
n os c an ai s do seu t e ci do.
Reali zamos i n ú me ras a çõe s fí si ca s d u ran te o di a: le v an t amos da cam a,
t oma mo s b an h o, e scov a mo s os de n t e s e le vamos com i da à boca. T odos
e sses e ou t ro s pro grama s de m ovi me nt o n ão se ri am possí ve i s sem n os so
si st em a e sque lé ti co. O o ss o h um an o é u m ó rg ão q ue re spon de aos
e st í mul os, tai s com o u so e desu so, t ra ção, c omp re ssão, i mpac to s, e tc .

4.1. FUNÇÕES DO ESQUELETO HUMANO E


COMPOSIÇÃO ÓSSEA
P ode mo s faz e r u m bre ve re s umo sob re o si st ema e squ e léti co, ci tan do
v ári as fu n çõe s i mp ortan te s d o e sque l e to h u mano, comp osi ção dos o ss os e
seu s ti po s, para a ssi m e nt en de rmos m e lhor a fi si ol og i a d este si st ema .

I n ic ia n d o p el a s p r in c ip a is f u n ç õ es :

S up o r t e : fo rn e ce a o co r po u ma ba se e st ru t u ra l, s up ort a t e ci d os m o le s

31
e forma pontos de ancoragem para vários tendões dos músculos
e sque léti co s;
P ro te ç ã o : P ro te ge os órg ão s n obre s (cé re bro, coração, pul mõe s,
me du la, e tc) de t ra umas e xt ern o s;
S is t e m a d e a l a v a n c a s (m o v im en tos ): j u n to c om mú sc ulos o s oss os
move m o c or po o u parte do cor po;
H em a t op o i es e : p rodu ção de cél ula s san g u í n e as a p ar ti r da me du la
ósse a v erme lh a ;
H o m e o s ta s e m in e ra l (d ep ó s it o d e í o n s ): a rmaze na u ma v ari e dade de
mi n erai s, pri n ci pal me n te cál ci o fós fo ro e magn ési o C aso h aj a
n ece ssi dade de re posi ção des se í o n s n o s an gu e , u mas das fo rma s
fi si ol óg i cas do cor po re corre r para man te r os n í v ei s e m h ome os ta se ,
seri a o org an i sm o re corre r a e sse arm aze namen to dos o ssos para a ssi m
re g ul ar e sse s c omp on e nt e s n o san gu e .
A rm a z en a m en t o d e e n e rg ia : a rm aze na li pí di os n a me du la óssea
amarel a.

E xis t e m 3 tip os d e c él u l a n os o s s os :
O s teo b l a s tos : produ ze m o s com pon e nt e s d a m at ri z e xt ra ce lu lar,
re n ov an do o te ci do ósse o;
O s teo c la s tos : P ar ti ci pam d a re abso rç ão ó ssea, des tr u i ndo o te ci do
ósse o v el ho
O s teó c it os : Ost e o blast os a mad ureci dos, p ar ti ci pam n a mi n eral i z ação
da m at ri z ó ssea; si nt e t i z a a p ar te org ân i ca da m at ri z e x t race lu lar
(com o as g li co prot eí nas, p rote og li ca nos e col ág e n o I) e con ce n t ra o
fos fa to de cál ci o.
O b s .: o s o s t e o b l a s t os e o s o s te o cl a s to s a g e m e m e q u il íb r io
e fo r m a m j u n t o s o p r o c e s s o d e r e m o d el a çã o ó s s ea .

Se obse rva rmo s o s o ss os i n te rn a men te , te re m os 2 ti po s de comp osi ção


di fe re n te s:
S ub s tâ n c ia c om p a c ta : mai s rí gi da e sóli da, se con ce n t ra n a camada
mai s s uper fi ci al do oss o, c ompon do o se u c orpo (e pí fi se ) .
S ub s tâ n c ia e s p o n jo s a ( tra b e c u la r ): Se c on ce n t ra n a par te mai s
i n te rn a da mai o ri a dos o ss os e se local i za n as e xt re mi dad es (di á fi se ) .
Os ossos lon g os p ossu e m u ma c av i dad e medu la r cen t ral ( n a di áfi se ) e
aloj am a me du la óssea a marel a ri ca e m te ci do adi poso e n ão produ z
cél ulas san gu í n e as . Nas e pí fi se s se e ncon t ra a medu la s óssea v erme lh a ,
que são pequ en os ri co s e m h emá ci as, re sponsáve i s pel a pro du ç ão de
cél ulas san gu í n e as par a oxi ge naç ão e n ut ri çã o.

32
Periósteo: membrana vascularizada que recobre todos os ossos do nosso corpo, com
exceção das superfícies articulares, onde essas, terão presença de cartilagem;
Endósteo: cama fina e profunda do osso que reveste a cavidade óssea.
E pí f i s e C ar ti lage m ar t i c u lar

M e t áfi s e O ss o e s po nj o s o
( tr abe cu la r ) - c o n té m
me du la ó s s e a v e r me l h a

E n dó st e o
O ss o c o mpac t o ( de ns o)
Pe ri ó s t e o

C av i d ade me du l ar
D i áf i se
( c on t é m me du la ó s s e a
am ar e la n o adu lt o )

F ig u ra 2 5 : dem on st ração e m e sque ma das camada s ó sseas.

4.2. DIVISÃO DO ESQUELETO HUMANO


O esqueleto humano está didaticamente dividido em duas grandes partes:
Esqueleto Axial: Forma o eixo do nosso corpo, a parte central do esqueleto, composto
por: ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e o osso esterno. Do latim axis igual a
eixo, está formado por 80 ossos, sendo 28 ossos entre crânio e face. E 26 ossos da
coluna vertebral, 24 costelas, um osso esterno e um osso hióide.
Esqueleto Apendicular: Formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores e os
cíngulos (cintura escapular e cintura pélvica) que unem os membros ao eixo .
Vista anterior Vista posterior Vista anterior Vista posterior

Esqueleto Apendicular Esqueleto Axial


Fig u ra 2 6 : di v i são do e sque le to

33
4.3. TIPOS DE OSSOS
Exi ste m v ári a s ma ne i ras de cla ssi fi car o s ossos, u ma das quai s é
i de nt i fi ca r os o ss os axi ai s e apê n di ce s c om base e m sua lo cal i zação
t opog rá fi ca. N o e nt an to, as cla ssi fi caçõe s mai s con h e ci das são aqu e la s
que con si de ram a fo rma óssea, cla ssi fi can do o s ossos de aco rdo com a
re lação e nt re s ua s di men sõe s li ne are s ( po r e xe mpl o, c ompri me n to, la rg u ra
e /ou e spe ssu ra ) e m lo n go s, cu rto s, p lanos ou lami n are s, pne u máti co s, n ão
re g ul are s e se sam o i des:

O s s o s l o n g o s : O compri me n t o é mui to mai o r que a larg u ra e a


e spes su ra, e pode mos v e r ambas as e xt re mi dades, c ha mada s de di áfi se
e e pí fi se ( u ma d i stal, o ut ra proxi mal) . Os o ss os l on gos t êm u ma
cav i dade que con t ém a me du la ch a mada O can al me du lar, e m o ssos
que ai n da n ão e st ão to t alme n te o ssi fi cados, pode Ima g i ne u m di sc re t o
di sco de c arti l ag e m e nt re a e pí fi se e a di áfi se , cham ado A car ti l ag e m
e pi fi sári a e st á di re tame nt e re laci on ada ao cre sci me nt o da car ti l ag e m
e pi fi sári a me smo o c omp ri me n t o. P or e xe m pl o: fê mu r, tí bi a, fí bu la,
falan ge , ú me ro e rádi o.

O s s o l a m in a r: i g u al e m comp ri me n to e larg u ra, domi n ant e su a


e spes su ra . E st e t i po de oss o ta mbém é i n ade quadame n t e cha mado de
" os so" por e xe mpl o: quad ri l , e scápu la e occi pi t al.

O s s o s C u rt o s : C o mpri men to, larg u ra e e spessu ra são mostr ado s c omo


i g u ai s. P or e xe mpl o: ossos d o carpo e met a ca rpo.

O s s o ir re g ul a r: A presen t a u ma fo rma com ple xa e i r re gu lar. Exe mpl o:


v érte bras da col u n a e spi n al e o o ss o t e mpor al .

O s s o p n e u m á ti c o : Nesse osso, u ma ou mai s cav i dade s, re v esti das de


muco sa, de v olu me v ari áve l e con te ndo a r. E st as cav i dade s são
chamada s de sei o s . Exe m pl os: e tm oi de, e sfen oi de , f ro nt al , te mporal e
maxi l ar.

O s s o s es a m ó id e : e ncon tr a-se i n se ri do e m alg un s te n dõe s ou


car ti l ag e ns, on de sua fun çã o pri n ci pal é aux i li ar n o desli z ame n t o.
C omo e xe mpl o t em os a p at el a.

34
Osso longo Osso curso Osso plano
Fêmur Ossos do carpo Escápula

Osso irregular Sesamóide Pneumático


Vértebras Patela Osso etmóide

F ig u ra 2 7 : Mo rfol o g i a dos o ssos.

4.4.OSSOS DO ESQUELETO AXIAL


A gora v amo s e st u dar o e sq ue le to que compõe o e i x o do corpo
(e squ el et o axi al ), a nali sand o as pri n ci pai s caracte rí st i cas de se u s ossos. O
e sque le to axi al adu lt o te m 8 0 o ssos, i n clui ndo o c râni o, a col un a v er te bral ,
as cos te las e o e st erno.

4.4.1. Crânio
In i ci ando o n os so e st udo pel a cabe ça, que é di v i di da e m crâni o e fa ce,
ou n eu rocrâ ni o e v i sce rocrân i o. A cal ot a c rani an a e st á n a par te supe ri or e
pos su i t rês s ut u ras:
• S u tu ra C o r o n a l : e nt re o s o ssos fron tai s e pari e tai s .
• S u tu ra S a g ita l : e nt re os ossos pari e t ai s (l i n ha sag i t al m e di an a) . •
S ut u ra La m b d o id e : e nt re os o ssos p ari e tai s e o occi pi t al .
Vista lateral Vista anterior
Osso esfenóide Fontanela anterior
Osso parietal
Osso frontal

Osso frontal

Osso nasal Fontanela esfenoidal


Osso temporal Osso esfenóide
Osso zigomático
Cavidade orbital Septo nasal

Osso occipital Osso nasal


Maxilar

Meato acústico externo Maxilar


Mandíbula

Mandíbula

F ig u ra 2 8 : C rân i o e m v i st a la te ral e a nt er o superi o r

35
C hamamo s de B re gma o p on to de e n c on tr o das su t u ras c or on al e s ag i t al e
de L ambda o pon t o de e ncon t ro das s ut ur as sag i t al e la mbdoi de.

V al e le mbrar que o n eu ro crâni o é fo r mado por 8 ossos, com o pode mos v e r


n a F i g ura 2 8, a ssi m den omi nados :
1. O sso f ront al
2 . Oss o pari e tal (di rei to e e sque rdo )
3. O ss o te mporal (d i rei to e e sque rdo )
4 . Os so e sfen ói de
5. O sso e t moi de
6. Osso o cci pi t al

J á a fa ce ou v i sce rocrân i o é c on st i t u í da por 14 o ss os :


1. O sso maxi l ar: forma do pel as maxi l as, di re i t a e e squ e rda, ocu pan do
quase tod a fa ce.
2 . Oss o pal at i n o (di rei to e e sque rdo)
3. O ss o z i g omáti co (di rei to e e sque rdo )
4 . Os so n asal : (di rei to e e sque rdo )
5. O s so lac ri mal ( di rei to e e sq ue rdo)
6. C on c ha s n asai s i n fe ri ore s (di rei to e e sque rdo )
7. Oss o v ôme r
8 . Mandí bul a: o ú ni co o sso m óv e l da face
9. Osso h i oi de

O b s .: C o m e xc e ç ã o d a s v é r t e b ra s c e r v ica is , o o s s o h i o id e é o
ú n i c o o s s o l o ca l i z a d o n a p or çã o a n t e r i o r d o p es c o ç o . A o c on trá r i o
d e o u tr a s e s tr u t u ra s ó s s ea s , n ã o s e a rti c ul a d i r e ta m en te c o m
o u tr os o s s os , e e s tá c on e cta d o a os o s s os v iz in h o s a t ra v é s d e
a n e x o s m u s c u la r e s e l ig a m en ta re s . O b s e r v e:
M. digástrico (ventre anterior)
Glândula parótida M. milo-hiódeo
Glândula submandibular

M. plástima (cortado) intermédio do m. digástrico

Processo mastoide
M. estilo-hióideo

Osso hioide (ventre posterior)

Bainha carótica Artéria carótida externa


Veia jugular interna
Fáscia dos mm. infra-hióideos
(lâmina pré-traqueal) e M. tireo-hióideo
margem cortada
(ventre superior)
Cartilagem tireóidea
M. esterno-hióideo
Fig u ra 2 9 : O ss o h i oi de e sua lo cal i zação n o corpo.

36
4.4.2 Coluna Vertebral
A col un a v e rte bral é c on si de rad a u m pi lar ó sseo do e sq ue le to h uman o
e e st á lo cal i zada n o e i xo medi an o do corpo, a rti cu lan do-se com o crâni o,
as coste la s e o s cí n gu los me mbros s uperi o re s e i n fe ri ore s ( ci n t u ra
e scap u lar e pél vi c a). N o que di z re s pe i t o à s ua s fu n çõ es, pode mo s ci ta r:
prote ge r a medu la e spi n hal, g ân g li os e n ervos e spi n ai s, v asos s an gu í n e os,
con fe ri nd o m obi li dade para o t ron c o; suport ar o pe s o d o t ron co e o
di stri bu i r para os m e mbro s i n fe ri ores .

Região Cervical
(C1 a C7)
7 vértebras cervicais

Região Torácica
(T1 a T12)
12 vértebras torácicas

Região Lombar
5 vértebras lombares (L1 a L5)
Sacro (5 vértebras fundidas
SI - SV)
Cóccix (4 vértebras fundidas Região do Sacro
CoI - CoIV) (S1 a S5)
Cóccix
Fig u ra 3 0 : V i s ta p os te ri or F ig u ra 3 1: V i s ta lat e ral
da col un a v erte br al . da col un a v erte br al .

A comp osi ção da c ol un a v erte br al se dá da se g ui nt e for ma:


V érte bra s ce rvi cai s (7);
V érte bra s T or áci c as (1 2) ;
V érte bra s L ombare s (5);
Osso Sacro (1 ) te n do ci n co v ér te br as fu n di das;
O o ss o c ócci x (1 ) t e m de quat ro a ci n co v érte bras, ta mb ém fu n di da s.

4.4.2 .1. V ÉRT EBRA S TÍPICA S E A TÍ PIC AS


A pe sar das c ar ac t e rí st i cas par ti cu la re s e m c ada re g i ão das v ér te br as de
cada u ma das re g i ões da c ol un a, e l as pos su e m u ma e st ru t u ra tí pi ca, o u
sej a, comu m . E st as e st ru tu ra s de u ma v érte bra tí pi ca (c e rv i cal [c 3 a c6],
t oráci ca e lom ba r) são : corpo v e rte bral , pedí cul o v erte bral , fo rame
v erte bral , pro ce ss o tran sve rs o, proce sso a rt i cu lar sup eri or e i n fe ri or e
fóv ea s, lâmi n a v er t e bral e pro ce ss o e spi n hoso. Ob se rv e a fi gu ra 32.

37
Processo e face superior
Corpo vertebral Fóvea costal superior
Pedículo
Corpo
Fóvea costal transversa
vertebral

Pedículo Processo transverso

transverso acessório
Processo articular

Processo articular Fóvea costal inferior

Processo mamilar Lâmina Incisura vertebral inferior


Processo espinhoso
Processo espinhoso

F ig u ra 3 2 : V i sta su peri or da 2 º v ér te bra lombar e v i st a la te ral da 6 º


v érte bra to ráci ca, re spe ct i v ame nt e .

Exi ste a e x ceçã o das v ér te br as C 1, C 2 e C 7, n a re g i ão ce rvi cal, que


pos su e m carac te rí st i cas p rópri a s e ú ni cas q ue di st i n gu e m das de mai s, e
por i s so são den o mi nadas de v ér te br as atí pi cas:
O a tl a s (C 1) fo rma u m ane l ó sseo c om dua s m assas lat e rai s e m ambo s
os lad os, on de o proce ss o a rt i cu la r se e n con t ra. Não e xi ste corpo
v erte bral n es sa v ér te bra, os p ro ce sso s a rt i cu lare s s ão o s ú ni co s
e le me n tos q ue sup orta m o pes o da c abe ça. A i n e xi st ên ci a do proce ss o
e spi n ho so dá a li be rdade de u m e le vado g ra u de fl ex ã o n esse n í v el.
O á xis ( C 2 ) te m u ma morfolog i a ú n i ca e a s ua caracte rí st i ca mai s
i mport an t e é a p re se nça do p ro ce sso odon tói de .

A art i cu lação C 1-C 2 é re sponsáve l por p ra ti camen te 70% da ro taç ão to tal


re ali z ada pel a col u n a cervi cal. O bse rv e n a i mag em:
Processo
odontóide
Forame transverso

F ig u ra 3 3: demo ns t ração do atla s ( c1) e áxi s (c2 ), re spe ct i v ame nt e.

J á a C 7 é be m p areci da com a s d emai s, porém pos su i u m p roce ss o


e spi n ho so lo n go e bem p roemi ne n t e, sen do e st a s ua c ar acte rí st i ca
e speci al. P or i s so tamb ém re cebe o n ome de v ér te br a p roemi ne n t e.
Ob se rv e n a i mag em 34.

38
Processo transverso
Corpo
Tubérculo Corpo
nervo espinhal Tubérculo anterior

transverso
posterior Pedículo posterior

articular

Processo articular inferior Lâmina


Lâmina
(canal vertebral)

Processo espinhoso

4ª vértebra cervical: vista superior 7ª vértebra cervical: vista superior


F ig u ra 3 4: C ompa ração de v érte br a tí pi ca da ce rvi cal (C 4 )
com v ér te bra atí pi c a (C 7 ).

4.4.2.2. CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL


A col un a v er te bral e m âng u lo an t eri or ou poste ri or dev e se r li ne ar,
sem de svi os o u c u rvatu ra s (e s coli ose s), n o e n t an to, an ali sada e m v i st a
late ral dev e a pre s e nt ar cu rvat u ra s fi si ol óg i cas . E st as c urva tu ras se rve m
para aume n t ar a re si st ên ci a da c ol un a, me lhora r a di st ri bu i ção de carga e
e vi tar comp re ssõe s. Recon h ece mos a curv at u ra cervi c al e sac ral como
pri má ri as e com o t emp o, o u sej a, a postu ra bí ped e desen v olv e as
curva tu ra s sec un d ári as ( ce rv i cal e lombar ), que s ó são desen volv i da s por
comple t o n a i dade adu lt a. Quan do e xi ste u ma a ce n tu ação das curv at u ras,
onde e las u ltr apa ssam o n í ve l fi si ol óg i co, chamamo s d e h i perlordose e
h i peres coli ose. A i mag em abai x o i l u st ra bem tai s si tu a çõ es do c orpo:

Curvatura cervical

Curvatura torácica

Figura 35: Curvaturas da


coluna vertebral em um adulto.
Curvatura lombar

Curvatura sacral/coccígea

Centro de gravidade

39
4.4.3. Ossos do Tórax
O tó ra x e st á c on st i t uí do por u m e squ e le to ost e ocart i l ag í n eo fo rmad o
poste ri orme n te por doz e v érte bras, 12 pare s de cost e las e pel o o ss o
e st er no, local i zad o ant eri o rmen te . Em con j u nt o e st e s o ss os for mam a cai xa
t oráci ca. A cai xa torá ci ca de sempe n h a pape l n a me câ ni ca re s pi ra tóri a e
n a prote ção dos órg ãos i n te rn o s toráci cos. A bai x o seg ue u ma fi gu ra
demon st rat i v a d o t órax e su as e st ru t u ras:

Incisura jugular
Esc ápula
Manúbrio
Acrômio
Ângulo
coracoide
Esterno
Corpo
glenoidal Processo
Escápula
escápula
Incisura da

subescapular

Clavícula

verdadeiras (I-VII)

Cartilagens costais

(espúrias) (VII-XII)
Costelas flutuantes (XI-XII)

F ig u ra 3 6 : V i sta an t eri o r da cai xa torá ci ca.

D e forma si m pl es a s coste la s e st ão cl assi fi cad as e m :


C o s t e l a s ve rd a d e i ra s : V ão d o p ri me i ro ao s ét i m o p ar d e coste las, são
as q ue t êm s ua s car ti l ag e ns a rti cu ladas di re tame nt e com o oss o
e st er no.
C o s t e l a s fa l s a s : V ão do oi tav o ao déci mo par de coste l as, são as que
t êm sua s car ti l ag e ns a rt i cu ladas com as coste la s su praj ace n te . C o s t e l a s
fl u t ua n t es : tamb ém den omi nadas v erte brai s ou li vres,
cor re spo nde ao d éci mo p ri me i ro e déci mo seg un do p ar de cos te la s

O e st er no é u m oss o cha to, lami n ar e pode mos i de n t i fi cá -l o local i zado


n a parte me di an a ant eri o r da c ai xa t oráci ca. É fo rmado por t rê s por çõe s:
manú bri o, q ue c or re sp onde à par te superi or e di latad a; o corpo, par te
médi a; e o pro ce ss o x i foi de , par te i n fe ri or, como pode se r v i su ali z ado n a
fi gu ra a seg ui r: Enc ont ra -se a rt i cu lado com as clav í cu las e com a s
car ti l ag e ns c os tai s dos se t e pri me i r os pare s de c os te las.

40
clavicular
Manúbrio do esterno

Incisura Ângulo do esterno


manubrioesternal)

costal II

F ig u ra 3 7: O sso e st ern o. Enc on t ra-


se art i cu lado com as claví c u las e
transversas
com a s c arti l ag e n s costai s dos se t e
pri me i ros pares de coste la s.
Incisuras
o
III-VI esterno

costal VII Processo

A gora v amo s e st u dar o e sq ue le to que comp õe m os cí n gu los (ci n tu ra


e scap u lar e pél vi ca) e memb ro s do cor po (e squ el et o ape n di cu lar) ,
anali sand o as pri n c i pai s caracte rí st i cas de seu s ossos.

4.5. OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR


(PARTE SUPERIOR)

4.5.1 Clavícula
A cintura escapular é composta por 2 pares de ossos (clavícula e escápula).
A clavícula é um osso par, longo em formato de “S”, de fácil localização e palpação por se
encontrar próxima à tela subcutânea. Articulam-se com esterno e escápulas.

Corpo da clavícula

Tubérculo conóide Extremidade acromial


Extremidade Esternal

Impressão do ligamento costoclavicular


Linha trapezóide

Figura 38: Clavícula na vista superior.

41
4.5.2 Escápula
A lg umas parte s, a ssi m c omo a claví cu la e de fáci l local i zação e pal paç ão
por e ncon tr a r-se t ambém p róxi ma a te la s ubcu tân e a. A rt i cu lam-se c om
ú me ro e claví cu las.
Processo coracóide superior
Incisura

Fossa supra espinhal

Acrômio
Face anterior

Fossa infra espinhal

glenóide
Espinha

inferior

Figura 39: Escápulas na vista posterior.

4.5.3 Úmero
Osso par, sendo o mais longo e maior osso do membro superior. se articula pelo ombro com
a cavidade glenoide da omoplata, e pelo cotovelo com a cavidade sigmoide do cúbito e
com a apófise do rádio.
Cabeça
Tubérculo

intertubercular Colo

Tubérculo

Fossa coronóide

Fossa radial
Capítulo
olecraneana

Epicôndilos
Tróclea

Figura 40: Osso úmero em suas vistas laterais.

42
4.5.4 Rádio e Ulna
R á d io : O sso p ar, lon go, local i zad o late ralme nt e n o ant eb raç o e
paral el o a u ln a.
Fóvea
Cabeça
Colo

Tuberosidade

Tubérculo

Incisura
extensores

Face anterior estilóide

Figura 41: Osso úmero em suas vistas laterais.

U l n a : Osso par, lon go, local i zado med i alme nt e n o a nt eb raço, a rt i cu la-
se com o ú me ro e o rádi o o nde forma a arti cu laç ão d o c ot ov el o.

Olécrano
Incisura troclear Olécrano
Processo coronóide
coronóide
Incisura

Corpo da ulna

posterior

Face medial

posterior

Cabeça da ulna
da ulna Proc. estilóide
l Proc. estilóide
l

F ig u ra 4 2 : Osso u l n a n as v i st as poste ri or e late ral, re spe ct i v ame n t e.

43
4.5.5 Ossos da Mão
O s s o s C a rp a is o u c á r p i c os : F ormado por oi to oss os cur to s,
e ncon t ramo s di spost os e m du as fi le i ras e m c ada mão. Na fi le i ra
proxi mal (de late ral para me di al) t e mos o e scafoi de , o semi l un ar, o
pi rami dal e o pi si fo rme , j á n a fi le i ra di st al (de late ral para me di al)
faz em p arte o t rapézi o, o t rape zoi de , o capi t at o e o h am ato.

1- Trapézio
2- Trapezóide
3- Capitato
4- Hamato
5- Pisiforme
6- Piramidal
7- Semilunar
8- Escafóide

F ig u ra 4 3: O ss os d o carpo da m ão e sque rda, v i st a supe r i or.

O s s o s M e ta c a rp a is o u m e ta cá rp ic os : C lassi fi ca dos como o ssos


lon gos e c on ve n ci on al men te n u me ra dos de I, II , II I, IV e V de late ral
para medi al, arti cu la-se p roxi malm e nt e c om o s oss os carpai s e
di stalmen te com a s falan ge s.

V IV III II I

Fig u ra 4 4 : O sso s me ta cá rpi cos, mã o e sque rda, v i st a sup eri or.

44
Fa l a n g e s : Tamb ém classi fi cadas c omo o ssos lon go s, cada ded o é
comp os to por t rês falan ge s (p r ox i mal , médi a e di stal), c om e xceçã o d o
dedo pol eg ar, que só p ossu i as falan g e s proxi mal e di s tal.

Falanges Distais

Falanges Mediais

Falanges Proximais

Falange Distal

Falange Proximal

Fig u ra 4 5 : F al an ge s das m ãos .

A seg ui r, v ej a a re pre se nt ação do e sque le to a pe n di cu la r (p art e supe ri o r


comple t a):
Clavícula

Escápula

Braço
Úmero

Antebraço
Ulna

Rádio

Ossos cárpicos
Ossos metacárpicos
Mão
Falanges

Fig u ra 4 6 : E sq ue le to a pe n di cu la r ( me mbr os supe ri o re s) .

45
4.6. OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR
(PARTE INFERIOR)

4.6.1. Cintura Pélvica


C in t u ra p él v ica : F or ma a rai z de i m plant a ção d os me mbro s i n fe ri ores .
Est a E st ru t u ra e st á fo rm ada pel os o ss os d o quad ri l (e squ erdo e di re i t o) ,
que se u ne m n o e sque le to axi al d ev i do às a rt i cu laç õe s sac roi lí acas
(os so sac ro ). A pe s ar de se rem n ome ados e m 3 e st ru tu ra s (í le o, í squi o e
púbi s), sã o con tab i li zados como ape n as 1 oss o, o u sej a, ape n as com o
pel ve .
1 - Sacro

2 - Ílio

3 - Cóccix

4 - Púbis

5 - Isquio

F ig u ra 4 7: Rep re se n ta ção da pel ve (cí n g ulo dos mem bro s


i n fe ri ores), v i st a a n t eri or.

4.6.2. Fêmur e Patela


Fê m u r: o sso par, lon go, o mai or e m ai s forte osso d o corpo h u man o,
local i za- -se n a cox a e seu ta ma nh o é re fe re n te a u m te rço do
taman h o d o i n di ví du o adu lt o.
Fóvea
Cabeça

Colo Trocanter maior

Trocanter
intertrocantérica

intercondilar

Fóvea

Côndilos
patelar

Fig u ra 4 8 : Re pre se n ta ção d o o ss o fê mu r.

46
P a te l a : o ss o p ar, cu rt o, t ri ang u lar, com aprox i m ada men te 5 cm de
di âmet ro n o i n di ví du o adu lt o.

F ig u ra 4 9 : Repre se n ta ção d o o ss o pat el a v i st a an t eri o r.

4.6.3. Tíbia e Fíbula

T íb ia : O ss o p ar, lon go, que lo cal i za-se n a par te me di al da pern a .


Supe ri orme nt e a rt i cu la-se c om o s côn di los fe mo ra i s, fo rma n do a
art i cu l ação do j o e lh o e i n fe ri or men te com o tálu s ( osso do ta rso),
for man do de s sa man e i ra a a rt i cu lação do to rnoze l o (a rt i c ul açã o
taloc ru ral).

Tuberosidade Intercondilar

Tuberosidade

Côndilos

Incisura
Maléolo

Fig u ra 5 0 : Repre se n ta ção do o ss o tí bi a, v i st a a nt e ri or, la te ral e su pe ri or.

47
F íb u l a : oss o par, lon go, que loc al i za- se n a re g i ão lat e ral da pe rna .
Esse osso n ão faz parte da arti cu la ção proxi mal do joe lh o, mas e st á
di re tame nt e li gado n a for ma ção da arti cu l ação do torn oze lo
(arti cul açã o t aloc ru ral).

Cabeça

Incisura Tibial
Fossa Maleolar

Fig u ra 5 1: Rep re sen ta ção do o ss o fí bu la, v i st a a nt e ri or e pos te ri or.

4.6.4. Ossos do Pé

O e sq ue le to do pé, assi m como o da mão, con st i t ui -se de oss os c ur to s


arti cu l ados e nt re si chamado s t ar sai s, ossos lon go s q ue são o s met a ta rsai s
e falan ge s

O s s o s T a rs a is : for mad o por oss os cur to s, pares . Nos tarsai s


e ncon t ramo s se t e ossos e m cada p é e e st ão di v i di dos e m dua s fi le i ras,
u ma p roxi mal e o ut ra di st al.

Ossos Me ta ta rs a is : classi fi cados como oss os lon gos e


con ve n ci on al men te n ume rados n o se n ti d o me di al p ara late ral do
pri me i ro ao qui n t o.

48
Fa l a n g es : classi fi cadas como o sso s l o n g o s, ca da de do é compost o p or
t rê s fal a n g e s. Est ão di v i di d as e m fa lan g e s p rox i mai s, fal an g e s méd i as
e fal an g e s di st ai s.
1
2

(14) Falanges 3
-Pododáctilos
(dedos do pé) 4

5
Falange distal
Falange média
Falange proximal
(5) Metatarsos 1 Cabeça
2
3
4
Corpo (diáfise)
5

Base

Tuberosidade

(7) Ossos do tarso

Total de 26 ossos

Medial Lateral

Figura 52: Anatomia do pé direito em visão superior.

A se g u i r, ve j a a re pre se n t ação d o e sq u e l e t o a pe n di cu l ar ( pa rt e in fe ri or
co mpl e t a) :
Ílio

Púbis
Ísquio

Fêmur

Patela

Tíbia
Fíbula

Ossos társicos
Ossos metatársicos

Falanges

Fig ura 5 3 : Esqu e let o a pe n d i cu l ar ( memb ros i n fe ri ore s) .

49
CAPÍTULO 5
SISTEMA
ARTICULAR

50
5 SISTEMA ARTICULAR
Ivna Santos Rocha

A si nde sm ologi a, t ambém con he ci da com o art rologi a, é a parte da


anato mi a que e st uda a s a rti cu la çõe s. P ara dar i n í ci o a o e st udo des t e
capí t ul o é i mporta n te re le mbra r alg un s fat ore s:
U ma arti cu laç ão é a con ex ão e n t re doi s ou mai s ossos ;
A s art i cu laçõe s pe r mi te m a re ali z açã o de di ve rsos ti po s de mov i me nt os ;
A e xt e n sã o e o ti po de movi me n t o det ermi n am o n om e at ri buí do à
art i cu l ação ;
A e st ru tu ra óssea li mi ta o ti po e a q uan ti da de de m ovi me nt o de cada
art i cu l ação .

5.1. GRAUS DE LIBERDADE


P ar a que p os sa mos re ali z ar, p or e x e m pl o, u m mo vi me n t o li ne ar a p ar ti r
de movi me nt o s a ng u lare s é n e ce ssári o e st abel ec e r o s g rau s de li be rd ade .
O s g ra us de li be rd ade det er mi n am a s cla ssi fi caç õe s d as a rti cu la çõe s, e le s
são de fi n i d os p or me i o do n úme ro d e plan os e e i x os d e u ma art i cu laç ão
n os quai s mov e m se u s seg me n t os. Na tabel a abai x o p ode mo s v e r o s t i pos
de art i cu laçõe s de aco rdo com o s g ra us de li be rdade :

T a b e l a 5 : C lassi fi caç ão d as a rt i cu la çõe s di a rt r ose s q u an t o aos g rau s de


li be rda de , plan o, e i x o e qu an ti dade d e mov i me nt os re ali z ado s.

GRAU DE
ARTICULAÇÃO PLANO EIXO MOVIMENTO TIPO
LIBERDADE

Uniaxial Pivô e
01 01 01 02
(Monoaxial) Gínglimo

Condilar e
Biaxial 02 02 02 04
Selar

Triaxial
03 03 03 06 Esferoide
(Multiaxial)

O b s .: a s a rt ic ul a ç õ e s n ã o -a x ia is o u a n a x ia is s ó p er m it e m
o s m o v im en t o s d e d es l i za m e n t os o u t o rç ã o . E x .: P l a n a
(in te r c a rp ia n a s , i n te rs ia n a s ) .

51
5.2. CADEIAS CINEMÁTICAS
Uma cadeia cinemática é constituída por um compilado de arti culações e
seus re spectivos segmentos, capazes de realizar movi ment os de variadas
combinaçõe s. As cadeias cinemáticas podem ser:
A b er ta : o seg m en t o di st al é li vre ( mó ve l) e o seg men t o pro xi mal é fi x o .
Nel a, pou c as a rt i cu laçõe s se movi m e nt am. Ex . : le va r u m ali me nt o à
boc a.
F e c h a d a : o seg m en t o di s tal é fi x o e o se g men to p roxi mal é li vre
(móve l) . Nel a, h á u m t rabalh o g l o bal de v ári as art i cu laç õe s. E x. :
agach ame n t o.

5.3. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES


A s arti cu laçõe s pode m se r cla ssi fi ca d as de aco rdo c om a su a e st ru tu ra e
fu n çã o.
E s t ru t u ra : fi br osa, carti l ag i n osa ou si nov i ai s.
F un çã o : si na rt ro se , an fi art ro se e di a rt ro se .

SINARTROSE
É mi n i m ame n te m ó ve l, com post a p or te ci d o fi br oso den so i n te rpo st o a os
ossos. S ão sub di vi di das e m 3 t i po s:

S ut u ra : mí n i m a m o vi me nt açã o, e x . : o ssos d o c râ ni o.

F ig u ra 5 4: Su t u ra s ag i t al .

S in d e s m o s e : com di sc re t a mov i me nt ação, pos su e m u ma me mb ra n a


li gamen tosa i n te rós se a, e x. : a rti cu lação rá di o-u ln ar me di al.

F ig u ra 5 5 : Me mb ra n a i n te rós se a do a nt eb raç o.

52
G o n f os e : m ovi me n t ação mí n i ma, e x . : den te .

F ig u ra 5 6 : A rt i cula ção do den te com o alv éolo


den tal n o a rc o alv e olar da mandí bul a.

ANFIARTROSE
São semi m óve i s, for ma das por t eci d o carti l ag i n oso ou fi br oc arti lagi no so
i n te rp o st o aos o ss os. Se sub di vi de m e m:

S in c o n d r o s e : le v e movi me n t ação, fo rmada p or car ti l ag e m h i ali n a ; e x . :


pri me i ra a rti cu la ção e st e rno cos tal.

F ig u ra 5 7: Si n con d rose cost al I.

S ín f is e : le ve movi me n t aç ão, fo rm ada por u m di sco fi br oca rt i lagi no so;


e x. : sí n fi se púbi c a e as art i cu laç õe s i n te rv e rte b rai s da c ol un a.

Fig u ra 5 8 : P el ve e Sí n fi se púbi ca ( ci r cu lada) .

DIARTROSE
São m óve i s e de g ra nde am pli tu de , for mad as p or me mb ra n a, lí qu i do
si nov i al e c áp su la art i cu la r. Se su bdi v i de m e m:

G ín g l i m o / D ob ra d i ça / T r oc l e a r t ros e (U n ia x ia l ): supe r fí ci e s
art i cu la re s e m fo r ma de p ol i a ou t ró cle a, e x. : a rt . U merou ln ar, a rt .
In te rf al ân g i ca.

53
F ig u ra 5 9 : A rt i cu la ção u me rou ln ar .

T r oc ó id e a / P i v ô (U n ia x ia l ): m ov i me nt o de rot aç ão e m t orn o do e i x o
lon gi tu di n al, e x. : a rt . Rádi o-u ln a r P ro xi mal, a rt . A tlan to -a xi al Medi an a.

F ig u ra 6 0 : A rt i cula ção rádi o -u ln ar p ro xi mal.

C o n d il a r / E l ip s ó i d e a / C o n d il a rt r o s e (B ia x ia l ): C ôn di lo + C avi dade
ra sa o u Gle n ói de ; e x. : art . F êmu r- ti bi al, art . Me t acarpo falâng i ca.

Fig u ra 6 1: A rt i cu la ção me tacarpo falâ ng i ca.

S el a r / Em S el a (B ia x ia l ) : Supe rfí ci e côn cav o- con v e x a + Su pe rfí ci e


con ve x a-côn cava; e x. : art. C arp ome ta ca rpi an a do pol eg ar, art.
E st e rn ocl av i c ul ar.

F ig u ra 6 2 : A rt i cu lação car pome t a carp i ana do p ol eg ar.

54
P l a n a / P la n a rtr o s e / A rt r ó d ia s (T r ia x ia l) : su per fí ci e s a rti cu la re s
li ge i rame nt e p lana s, e x . : a rt . In te rc arpi ana s.

F ig u ra 6 3 : A rt i cu la ção i n te rc arpi anas.

E s fe r ó i d e / E s f e r ó id e a / E n a rt r o s e ( T r ia x ia l): s upe rfí ci e e sféri ca e m


supe r fí ci e c ôn cav a, e x. : art . Q uad ri l.

F ig u ra 6 4: A rt i cu la ção cox ofe mu ral.

A s art i cu laç õe s d i art rodi ai s p or possu í re m g ra nde a mpli tu de de


movi me n t o, n e ces si tam m ant er u m e qu i l í bri o e nt re s ua e st abi l i da de e
mobi li dade para que n ão h aj a u ma i n te rco rrê n ci a n a re ali z a çã o do
movi me n t o (e x . u ma lu xação ). En t ão, quan to mai or a e st abi li dade
art i cu la r, men or s erá s ua m obi li dad e /f un ci o nali da de . Quan to mai or su a
mobi li dade , men or ser á su a e st abi l i dade.

D essa fo rma, para as a rti cu laç õe s di a rt rodi ai s e xe rce re m sua fu n ção


sem c om prome t er su a e st abi l i dade, além d os seu s e le me n to s e st át i cos
(o ssos, c ar ti l ag e n s e li gamen t os ) e n t ram p ri n ci pal me n t e e m açã o seu s
e le me n to s di n âmi c os: fo r ça, re si st ên ci a e fl ex i bi l i dade dos mú s culo s;
pro pri oce pçã o e c on t rol e mo to r.

55
5.4. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
A s a rti cu la çõe s si nov i ai s são as que n os pe rmi te re ali z ar u ma g ra nde
mov i me n t ação. C omo v i st o an t eri orm e nt e, e las se s ubdi vi de m e m se i s ( 6)
ti po s: g í n gl i mo, tr oc ói dea, se lar, con di lar, plana e e sfe rói de a. A s
arti cu la çõe s si nov i ai s são c on st i t uí da s p or di v e r sa s e st ru t u ras, são e las: o s
ossos, a cápsu la a rti cu la r, li gamen t os e o li qu i do si nov i al.

Osso

Cápsula articular

Cartilagem articular

Membrana sinovial Cavidade articular


com sinóvia

Osso

F ig u ra 6 5 : A rt i cu la ção si nov i al e seu s com pon e n t es


e st ru t u rai s, com e x ceção dos li gamen tos .

CÁPSULA ARTICULAR
É u ma me mbran a c on j u nt i v a q ue e nv ol ve as a rt i cu la çõe s si nov i ai s como
u m m ang ui to e te m fu n çã o de g ar an ti r p rote ção p ar a a s face s a rt i cu la re s
dos o ss os. C on s ti t u í da por:

M e m b ra n a / C á p s u la F ib r o s a (c a m a d a e xte rn a ): se u te ci d o fi bro so
man t êm as e x t re mi dade s d os doi s ossos n a o ri e n t a ção cor re ta, é mai s
re si st e n te , pode e st ar re fo rçada por fe i x e s fi bro sos q ue con st i t ue m o s
li gamen to s cap su la re s (g a ra nt i n do mai or re si st ên ci a e e st abi l i dade) .

C u ri os id a d e ! - A l g um a s a r t i c ul a ç õ e s s in o v ia is p o s s u e m
l ig a m en t o s in d e p en d en te s d a c á p s ul a a r ti c ul a r: l ig a m en to s
e x tra -c a p s ul a re s / a ce s s ór io s e l ig a m en to s in t ra -a r t i cu l a r es
(e x. : a r t ic ul a çã o d o j o el h o ) .

56
M e m b ra n a S in o via l (c a m a d a in t e rn a ) : com post a por te ci do
con j u n t i v o que fo r ma u ma b ol sa fe c hada, ch am ada c av i dade si nov i al .
E ss a e st ru tu ra é bas tan te v as cu la ri zada e i n e rva da, com f un ção de
pro du z i r e se c re t ar o lí qu i do si nov i al ( si n óvi a ).

C u ri os id a d e ! – é c o m u m n a m e m b r a n a s in o v ia l a fo rm a ç ã o
d e p re g a s s in o v ia is d er iv a d a s d e m i c ro t ra u m a s o u
m a c ro t ra u m a s , ta m b é m s ã o c h a m a d a s d e “ p l ic a s ”,
o ca s io n a l m en t e p od e m s e t o rn a r p a t ol ó g ic a s .

Plica sinovial

F ig u ra 6 6 : P li ca si nov i al do j oe lh o.

S in ó via : é u ma s ec re çã o/u l t rafi l tr ado d o plasma ( sa ng ue ) li be rad a


pel a me mb ran a si nov i al. Sua com posi ç ão con si st e e m áci do
h i alu rôni c o, lu b ri c i n a, pro te i n ase e col ag e na se s que g aran te u ma
v i sco si d ade se me l h an te a clara de ovo . D i s põe de fu n çõe s com o
lu bri fi car e n u t ri r a a rt i cu la ção, além de faci li ta r o mo vi me nt o
art i cu la r.

C a r til a g e m a rt i c u l a r: é u m re v e sti me nt o e x t er no su a ve (se m a tri to )


das e x t re mi da des óssea s que de sli z am e n t re si , fo rmado p or t e ci d o
con j u n t i v o fi br oso den so. L esõe s des sa e st ru tu ra le v a à dor,
deg e ne raçã o o u di sf u n ção. P ode se r de doi s ti po s: h i ali n a e fi br osa.

1 - C a rt il a g e m h i a l in a : p re se nt e e m car ti l ag e ns a rti cu la r das


arti cu la çõe s si nov i ai s e c ar ti l ag e m e pi fi si al. Sua s upe rfí ci e é li sa,
maci a e desli z a nt e re v es ti n do a s e x t re mi da de s d os oss os que se
arti cu la m. Sua e st ru t u ra é c ompost a por águ a (8 0%) , col ág e no d o
ti po II (g aran t e a re si st ên ci a a t ra çã o) , prote og li can o s (g a ra nt e
re si st ên ci a a c ompre ssão ), c on d ró ci t o s (g a ra nt e s u ste n t açã o,
pro du ção de col ág en o e pro te og li can os ). Não pos su i
v as cu la ri zação (av as cu la r) , i n e rv ação e d re n ag em li n fát i ca, sen do
e nt ão n ut ri da p or mei o d a si n óv i a. É formada por ci n co ( 5)
cam ada s: s upe rfi ci al - fi br as paral el as à su per fí ci e , re si st e ao

57
ci salh ame n to ; i n te rme di ári a - fi br as com ori e n t a ção
ale at óri a/ oblí qu a; pro fu n da - fi bra s com o ri e n t a ção v er ti cal e
re si st e n te s à com pre ssão ; li nh a de marcação - li nh a u ltr a fi na
que separa a z on a pro fu nda da z on a cal ci fi c ada ; z on a
cal ci fi cada – z on a de t ran si ção que fi xa a carti l ag e m ao o sso
sub co n dral .

Zona Superficial
Zona Intermediária

Zona Profunda

Linha de marcação

Zona Calcificada

Fig u ra 6 7 : C amad as d a carti l ag e m h i ali n a.

2 - C a r t il a g e m f ib ro s a : p re se n t e n os men i scos, di sco s v er te br ai s


e di sc os art i cu la re s. É u ma e st ru tu ra fo rte com açã o
amorte ce dor a de cho que s, além de mel horar a adap ta ção d as
supe r fí ci e s que se art i cu l am . P os su i e m sua c on st i t ui çã o col ág e no
do ti po I e se n ut re m a tr av és do movi me n t o de c omp ri mi r e
re lax ar alte ra n do a p re ss ão e bomb e an do águ a e de t ri t o s para
fo ra e águ a e n u t ri e n te s para den tr o.

O b s .: e m d et e rm i n a d a s s it ua ç õ e s c l ín i c a s
p od e o c o r r e r a l e s ã o e s t ru tu ra l d os d is c os
e m e n is c os . N os d is c os v e rt e b ra is p od e
o c o rr e r a c h a m a d a p r o t rus ã o d i s c a l , o
d is c o n ã o r o m p e o a n e l f ib r o s o ; já n a
h érn ia d is c a l o c o rr e ru p tu ra d o a n e l
f ib r o s o e m v ol ta d o d is c o in te r v e r t eb ra l , e
p ro j eç ã o d o d is c o a l é m d es s e a n e l,
s a in d o d a c a v id a d e q ue o c on t é m . N o s
m e n is c os , p od e o c o r r e r a ru p tu ra d es s a s
e s t ru tu ra s e m d i f er en t e s n í ve is .

58
protusão discal Protusão discal Hérnia de disco

Fig u ra 6 8 : Evolu çã o da le são e st ru tu ral do di sc o v er te br al .

Le s ã o h o r iz o n t al Le s ã o e m " fl a p " Le s ã o e m " al ç a


ou asa de balde"

Le s ã o Le s ã o r a d ia l Le s ã o
d e g e ne r a t iv a lo n g it u d in a l

F ig u ra 6 9 : Ti pos de ru p tu ra de me ni sc o.

OSSOS
Normal me n te , doi s ossos se con e ct am para fo rmar u ma art i cu la ção.
Sua fa ce a rt i cu la r e e xt re mi da de s di st al e p roxi mal s ão re spo ns áve i s por
defi n i r a ampli t u de de mov i me n t o e e m qual se n ti do se rá re ali z ado, a
depe nde r da caracte rí st i c a de c ada u ma. O osso su b con dr al é u m o ss o
den so de su ste n t aç ão que se apre sen t a abai x o d a c ar ti l ag e m art i cu lar, e m
radi og r afi a s e le a pa re ce c om o u m si nal radi o de n so e e m re s son ân ci as
mag n ét i c as te m si n al bai xo (p re t o) .

59
LIGAMENTOS
O s li gamen to s são re s po ns áve i s por u ni r d oi s o ss os e nt re si , g eral men te
n a arti cu la ção (e x .: li gamen to cru zado ant e ri o r) ou e nt re dua s
proe mi n ê nci a s (e x .: li gamen t o s up rae s capul ar) . Os li ga m en to s e a cáp su la
pro mov e m e st abi l i dade a u ma a rti cu laç ão pe rmi ti n do a ampli tu de de
mov i me n t o fi si ol óg i ca (A D M ), e ssas dua s e st ru tu ra s u ni das são
den omi n ad as de e s ta b il iza d o re s p a s s iv o s e s tá ti c os d a s a rti c ul a ç õ e s .
O s e st abi l i zad or es di n âmi c os são o s mú scul os p ro fu n d os. Gran de par te
dos li gamen to s s ão e spe s same nt os da me mb ran a fi br o sa da cáp su la
arti cu la r, e st es são cha mad o s de li gamen t os i n t raca ps ul are s (e x . : o
li gamen to fi bu lo tal ar a n t eri o r - L FTA ) , os li ga men t os q ue n ão se soma m a
cáp su la a rti cu la r s ão os e x t ra cap su l a re s.

I n s e rçã o d os l ig a m en t o :
Tecido ligamentar Fibrocartilagem Fibrocartilagem Calcificada Osso/Periósteo

O b s .: n a p rá ti ca c l ín ic a é c o m u m n os d ep a ra rm o s c o m l e s õ es
l ig a m en ta res . As l e s õ es l ig a m en ta res p er ia r t i c u la r e s ,
c h a m a d a s d e “ en t o rs e ” s ã o c l a s s i f i c a d a s e m 3 g ra us :
G ra u 1 - e s t i ra m e n to d o l ig a m en t o ;
G ra u 2 - r u p t u ra p a rc ia l d o l ig a m en t o ;
G ra u 3 - ru p t u ra c om p l e ta d o l ig a m en t o .

Saudável Grau 1 Grau 2 Grau 3

F ig u ra 7 0 : L i g ame nt o col at e ral medi al sau dáv el e os


g raus de e volu çã o das le sõe s.

N o s a d u l to s s ã o m a is c om un s a s l e s õ es c o m r u p t u ra d a s
f ib ra s l ig a m en ta r e s , já e m c r ia n ç a s a s l e s õ es o c o r re m p o r
a vu l s ã o e n ã o h á r o m p im e n t o d a s f i b ra s .

60
BAINHA SINOVIAL DOS TENDÕES
A lg un s m ús cul os n eces si t am pe rme a r u ma art i cu l aç ão p ara que pos sa
e xe rce r a con t raçã o que i rá forn e ce r o movi me nt o n aque la art i cu la ção . O s
te n dõe s pe r mi te m a i n se r çã o dos m ú sculo s n os o ssos. A lg un s te n dõe s são
e nv ol t os p or b ai n h as te n dí ne as, e st as s ão re spo ns áve i s por f aci li tar o
desli z ame n to de t e n dõe s q ue p as sa m a tr av és de t ú n ei s fi bro so s e ó sseo s
(e x .: re ti ná cul o dos fl ex o re s de pun ho ) .
Tendão normal e
bainha tendínea

Tenossinovite
de Quervain
Tendão inflamado
e bainha tendínea
Fig u ra 7 1: Est ru tu ra da bai nh a si n ov i al dos te n dõe s e su a
aprese n t ação du ran te o p ro ce sso i n fl amat óri o da me sma e do
ã
O b s .: a in fl a m a ç ã o d a b a in h a d os te n d õ es é c h a m a d a d e
T en o s s in o v it e . J á a in fl a m a ç ã o p r o p r ia m e n te d o t e n d ã o é
c h a m a d a d e T en d i n i te .

BOLSAS SINOVIAIS (BURSAS)


São sac os fe ch ad os de re v e s ti me n to pre e n chi do s por lí qu i do si nov i al
pre se nt es e n t re os mú s culo s, te n dõe s, li gamen t o s e ossos. A s bu r sa s te m
fu n çã o de fa ci li ta r o de sli z ame n to de mú s culo s ou de te n sões s ob re
proe mi n ê nci a s ó sse as o u li gamen t o s, a lém de am orte ce r c hoq ue s e n t re s as
su pe r fí ci e s que se arti cu la m.
Bursa pré-patelar Bursas do
joelho

Fêmur

Patela

Tíbia
Fig u ra 7 2 : P osi ci on amen to das bu rsas e m toda a a rt i cu la ção do j oe lh o

61
O b s .: a i n fl a m a ç ã o d a b ol s a s in o v ia l é c h a m a d a d e B u rs i t e .
S ua c a u s a é d ev id o a u m p ro ce s s o l e s i v o n es s a r e g iã o .

Inflamação
na bursa

Bursa normal

Fig u ra 7 3: C on for maç ão da b ur sa d u ran te o p ro ce sso i n fl ama tó ri o.

5.5. NEUROFISIOLOGIA ARTICULAR


D i v ersos ti pos de re cep to re s ci n e sté si co s a rt i cu la re s e st ão p re se nt es
n o i n te ri or e e m to rno das cáp su las a rt i cu la re s das art i cu laç õe s si nov i ai s.
Nas cápsu la s a rt i cu la re s e nc ont ram-se te rmi na çõe s n erv osas li vres e
mecan o rr ece pt ore s cu t ân e os ti po II que re spo nde m à p re ss ão . Já n o
te ci do con j u nt i v o do e xt e ri or das cápsu la s art i cu lare s e st ão pre se nt e s o s
corpú sc u lo s l ame lados q ue re s pon de m à ace le ra ção e a desace le ração
dur an te o m ov i m e nt o. A lém di sso, o s li gamen t os a rt i cu la re s con tê m
re cep to re s se me lh an te s a os ó rg ão s te n dí ne os, que a j u st am a i n i bi ç ão
re fl ex a d os mú s cu los a dj ace n t es q u ando é e xe rci da te n são e xce ssi va
sob re a a rt i cu la ção .

T I PO S D E R EC E P T O R ES A R TI C U LA R ES :
T ip o I – C o rp ú s c u l os d e R u f in i: re spo nde m ao e st i ra men to da c áp su la .
T ip o I I – C o rp ús cu l os d e P a c in i: re s ponde m aos e st í mu l os me câni cos
rápi d os e re pet i ti v os.
T ip o I I I – C o rp ús c u l os d e G o l g i - M a z z on i : re sponde m ao e st i ra men to
e xt re mo de A DM (A mpli t u de do Movi m e nt o ) e c omp re ssão cap su lar. T ip o
I V – T er m in a ç õ e s N e r v o s a s Li v r e s : re s po nde m à s def or maç õe s
me câni ca s o u al te raçõe s do lí qu i d o si nov i al.

62
5.6. ARTROCINEMÁTICA
A art ro ci n e mát i c a é o e st u do dos mo vi me nt os que a con te ce m den t ro
da a rti cu la ção, e nt re a s su per fí ci e s a rt i cu la re s. P ara que o corram os
mov i me n t os re ali z ado s pel as e st ru t u ra s ó ssea s m ai o re s a o re dor dos
plano s e e i x os o st eoci ne m át i c os, dev e ocorre r si m ul t an e ame n te pequ e n os
mov i me n t os e n t re as su per fí ci e s a rt i cu lare s. A a rt i cu la ç ão q ue aprese n t a
a pre di sposi ção a os mo vi me nt o s a rt roci n e m át i cos sã o as arti cu laç õe s
si nov i ai s.

O s movi me n t os a rt roci n e mát i cos são defi n i dos de aco rdo com a
man e i ra e m que as face s art i cu la re s adj ace nt e s se move m du ran te o
mov i me n t o a rt i cu l ar ost eo ci ne mát i c o. D e f orma g e r al , o s m ovi me n t os
artr oci n e má t i co são t rê s:
R ol a m e n t o : múl ti p los p on to s q ue i r ão e n t rar e m c on ta to com o s
múl ti pl os p on to s d a ou t ra s upe r fí ci e a rti cu la r.
D es l i za m e n t o : u m me smo pon to de u ma su per fí ci e a rt i cu la r que i rá
e ncon t ra r com di fe re n t e s pon to s da o ut ra su pe rfí ci e arti cu la r.
G i r o : u m me smo p on t o de u ma s upe r fí ci e a rti cu l a r i rá e nco nt ra r c om o
me sm o p on to d a ou t ra s upe r fí ci e a rt i cu lar.

P on t os i m p o rta n te s s ob re c a d a m o vi m en to a rt ro c in e m á tic o :

R O LA M E N TO :
Nov o s p on t os de u ma s uper fí ci e e n con t ram n ov os pon t os da su per fí ci e
opo st a.
Res ul ta e m mov i me nt o a ng u la r do o ss o. A a rt i cu la ç ão n e ces si ta t er u ma
cu rva, ora côn cav a, ora c on ve x a.
O se n ti d o n o q ua l o rolame nt o ocorre depe nde da supe rfí ci e e m
mov i me n t o.

Fig u ra 7 4: Enco nt ro dos pon to s e nt re dua s su per fí ci e s, fo rma n do u m


âng u lo di fe re n te e m casa fase con fo rme oco rre o rolame nt o.

63
D ES L IZ A M E N TO :
O me smo p on to de u ma su per fí ci e e n t ra e m con t ato c om n ov os pon t o s
da s upe r fí ci e opost a.
O se n ti do n o qu al o desli z ame n to o co rre depe nde de a supe r fí ci e e m
mov i me n t o ser c ôn cav a ou con ve x a. P ode n do t am b ém oco rre r e m
su pe r fí ci e pla na.

Fig u ra 7 5 : En cont ro de u m ú ni co pon t o com os demai s p on t os da


out ra super fí ci es, c on fo rme oco rre o rolame nt o.

GIRO:
Rot ação de u m s eg men t o e m to rn o de u m e i x o mecâ ni co e st aci o ná ri o. O
mes mo p on to de u ma su per fí ci e cri a o a rco de u m cí rc u lo à me di da
que o o ss o g i ra .
Rarame nt e oco rre s oz i n ho .
Ex . : a rti cu la ção g l e nou me ral, arti cu l ação ra di ou me ral, art i cu la ç ão do
quad ri l .

Giro

Fig u ra 7 6 : F ormaç ão de u m ci rcu lo c on fo rme ocorre o g i ro.

Observação Cinesiopatológica: quando o rolamento ocorre sozinho (sem a


presença do deslizamento) ocorre a compressão das superfícies articulares
no lado no qual o osso está oscilando e uma separação no outro. Uma
disfunção da atividade de contração muscular pode levar à perda da
mecânica articular normal e pode conduzir à microtraumas e disfunção
articular. Técnicas de deslizamento artrocinemático são utilizadas para
restaurar a mobilidade intra-articular e reverter a hipomobilidade articular
(ganhando mais amplitude de movimento).

64
5.7. REGRA CÔNCAVO-CONVEXO
O s movi me nt os a rt ro ci n e m át i c o e ost eoci ne m át i c o são depe nde n te s
do pri n cí pi o da re g ra c ôn cav o-con ve xo, te n do e m v i st a que as face s
arti cu la re s det e rmi n am os movi me n t os do n os so cor po. P ar a e st u darm os
e ss a re g ra n ec es si t amos anali sa r a for ma das su per fí ci e s art i cu la re s.

REGRA CONVEXO
Mov i me n t o da e st ru tu ra con ve x a s ob re a e st ru t u ra c ôn c av a. Qu an do a
supe r fí ci e m óv e l for con ve x a o sen ti do de R ol ame n t o s erá e m di re ção d o
movi me n t o o st eo ci ne mát i co e o se n t i do de D e sli zamen to se rá o o po st o
des se mov i me n t o. O se n ti d o do Gi ro é o mesm o do movi me n t o
ost eoci ne mát i co
S up e r f í c i e C o n v ex a = Mó v el
S up e r f í c ie C ô n c a v a = F ix a

Fig u ra 7 7 : A rt i cul ação t í bi o- fe moral - n a i mage m,


o fêm u r e st á se mov e nd o sobre a tí bi a p or
e xt en são e m cade i a fe chad a. O s c ôn di los fem orai s
pos su em supe rfí ci e art i cu lar con ve x a. O se n ti do do
mov i me nt o é ant e ri or com mecani smo de rolame nt o
cri an do u ma ang u l ação, ao me sm o t empo que h á
u m movi me nt o de desli z ame n to n o sen ti do
poste ri or.

Tíbia
Sen ti do D esli za men to ≠ Ost eoci n em át i co
estática
Sen ti do Rol ame nt o = Ost eo ci n emáti c o

F ig u ra 7 8 : A rt i cu lação g le noume ral - n a


i mag em, o ú me ro se movi me n t a p or abdu ção
e m cade i a abe rt a. A cav i dade g le nóide pos su i Face articular convexa
se move inferiormente

su per fí ci e art i cu la r côn cav a, j á a cabe ça do


ú me ro possu i u ma fa ce c on ve xa. O m ovi me nt o
de abdu ção é e m sen ti do superi or com o Segmento
mecani smo de rol ame nt o e desli z ame n to n o corporal se
move
superiormente
se n ti do opo st o (i n f eri or) .

65
REGRA CÔNCAVO
Movi me n t o d a e st ru t u ra c ôn c av a sobre a s uper fí ci e con v e x a. Qu an do
a s upe r fí ci e móv e l fo r côn cav a o sen ti do de rol ame n t o e de sli z ame n to
se r á o mes mo, e m di re ç ão d o m ovi me nt o o st e oci ne mát i c o.

S up e r f í c i e C ô n c a v a = Mó v el
S up e r f í c i e C o n v ex a = F i xa

Fêmur
estático
Fig u ra 7 9 : A rt i cu lação ti bi o-fe m oral - n a
i mage m, a tí bi a se mov i me nt a sob re o fêm u r por
e xt en são e m cade i a abe rt a. O s côn di los ti bi ai s
pos su e m su perfí ci e art i cu la r côn cav a. A tí bi a s e
proj e ta ant eri o rme nt e, o mecani smo de rolame n t o
e desli z amen to será n o me smo sen ti do do
movi me nt o de e xt e n são do j oe lh o.

Sen ti do D esli z a men to = O st eo ci n emá ti co


Sen ti do Rol ame nt o = Ost eo ci n emáti c o

POSIÇÕES ARTICULARES
Lo o s e -p a c k e d : qu ando a s su per fí ci e s se e n con t ram m ai s re lax ada s,
u ti l i z ada n as té cni cas d a m obi li z ação art i cu lar.

F ig u ra 8 0 : A fast ame nt o das su per fí ci e s que se arti cu lam .

C l o s e -p a c k e d : qu an do posi ci ona mos a s supe rfí ci es arti cu lare s e m


mai or con t at o, u ti l i z ada e m qua ndo h á si nt omatolog i a i n t ra-a rti cu la r.

Fig u ra 8 1: A pr ox i m açã o das su per fí ci e s que se arti cu lam .

66
5.7. ARTICULAÇÕES E SUPERFÍCIES ARTICULARES

T a b e l a 6 : A rt i cu la çõe s, su per fí ci e s arti cu la re s, posi ção de re p ou so da


arti cu la ção e o pla no de t rat ame n t o d el as.

SUPERFÍCIE SUPERFÍCIE POSIÇÃO DE PLANO DE


ARTICULAÇÃO
CONVEXA CÔNCAVA REPOUSO TRATAMENTO

Posição
Esternoclavicular Clavícula* Esterno* No esterno.
anatômica.

Posição
anatômica, 60°
Acromioclavicular Clavícula Acrômio no plano No acrômio.
horizontal para o
plano sagital.

Ombro abduzido
em 55°, aduzido
em 30°, Na fossa
rotacionado de glenóide no
Glenoumeral Úmero Glenóide
forma que o plano
antebraço esteja escapular.
no plano
horizonta.

Na cabeça do
Cotovelo rádio
estendido, perpendicular
Umerorradial Úmero Rádio
antebraço ao eixo
supinado. longitudinal do
rádio.

Na fossa do
Cotovelo
olecrano, 45°
flexionado em
Umeroulnar Úmero Ulna para o eixo
70°, antebraço
longitudinal da
supinado em 10°.
ulna.

67
SUPERFÍCIE SUPERFÍCIE POSIÇÃO DE PLANO DE
ARTICULAÇÃO
CONVEXA CÔNCAVA REPOUSO TRATAMENTO

Cotovelo Na incisura da
flexionado em radial da ulna,
Radioulnar
Rádio Ulna 70°, antebraço paralela ao eixo
(proximal)
supinado em longitudinal da
35°. ulna.

No rádio,
Supinado em paralelo a seu
Radioulnar (distal) Ulna Rádio
10°. eixo
longitudinal.

Linha através do No rádio,


Ossos
rádio e do perpendicular
Radiocarpal carpais Rádio
terceiro ao seu eixo
proximais
metacarpal. longitudinal

Metacarpofalângi Falange Na falange


Metacárpica Ligeira flexão.
ca proximal proximal.

Falange Falange Na falange


Interfalângica Ligeira flexão.
proximal distal proximal.

Quadril
flexionado em
Coxofemural Fêmur Acetábulo 30°, abduzido No acetábulo.
em 30°, ligeira
rotação externa.

Flexionado em Na superfície do
Tibiofemural Fêmur Tíbia
25°. platô tibial.

Joelho em Ao longo do
Femoropatelar Patela Fêmur
extensão total. sulco femoral.

No encaixe na
Flexão plantar
Talocrural Tálus Encaixe direção ântero-
em 10°.
posterior.

68
SUPERFÍCIE SUPERFÍCIE POSIÇÃO DE PLANO DE
ARTICULAÇÃO
CONVEXA CÔNCAVA REPOUSO TRATAMENTO

Subtalar neutra No tálus,


Subtalar Calcâneo Tálus entre a inversão paralelo à
e a eversão. superfície do pé.

Superfície Superfície
Transversa do No segmento
articular articular Pé relaxado.
tarso distal.
proxima dista

Metatarsofalângi Falange Na falange


Osso tarsal Ligeira extensão.
ca proximal proximal.

Falange Falange Na falange


Interfalângica Ligeira flexão.
proximal distal distal.

O b s .: n a a rt ic ul a çã o e s t e rn o c l a v ic u l a r, a s u p er f íci e d a c l a v í cu l a é
c on ve xa n a d i re ç ã o s up er i o r/ in f er io r e c ôn ca v a n a d i r e çã o â n t e ro -
p os te r io r

69
CAPÍTULO 6
SISTEMA
NERVOSO

70
6 SISTEMA NERVOSO
Ivna Santos Rocha

O si st ema n erv o so t em g ran de at ri bu i ção n a fu n ção d o movi me n t o d o


corpo h um an o, le van do e m con si de ra ção q ue e st e é re spo ns áve l por
e st i mul ar, con tr ol ar e coorde na r os demai s si st ema s do n os so cor po . O
te ci do n e rvo so é c omp os t o p or n eu rô ni os (i n clu i n do se u s p rolo ng ame n to s -
den d ri t os e a xôni os) e g li ó ci to s. O s i st e ma n e rv o so pode ser di v i di do de
aco rd o com a s ua anat omi a e su a fu n ção .

D iv is ã o a n a tô m ic a :
S is t e m a N e r vo s o C e n t r a l (S N C ): e nc éfalo e me du la .
S is t e m a N e r v o s o P e r i fé r i c o ( S N P): re cept ore s sen so ri ai s e mo to re s;
n ervo s e spi n h ai s e cra ni an os; g ân g li os ass oci a dos; s i st e ma n e rv oso
aut ôn o mo ( SNA) .

D iv is ã o fu n c i o n a l :
S is t e m a N e r v o s o M o t o r : n eu rôni os com fu n çõe s mo to ras som áti ca s e
v i sce rai s.
S is t e m a N er v o s o S en s o ria l : n eu rôni os com fu n çõe s de codi fi c ação e
i n te rp re t ação dos e st í mul os d os ó rg ãos s omá ti c os e v i sc e rai s .
S is t e m a N e r v o s o I n teg ra t i v o : n e u rô ni os q ue re ali z am a i n te g raçã o
sen so ri al e mot ora, i n te rpre t am e e la bora m c omand o s mo to re s.

6.1. SISTEMA NERVOSO SENSORIAL


No e st ud o do si st e ma n er vo so se n so ri al e nt ra e m v i g or a se n sa ção d o
n os so cor po, que e st á di re ta me nt e re laci ona da aos ó rg ãos sen sori ai s. N o
si st ema n e rvo so se n sori al h á d oi s t i po s de sen ti d os: o somá ti co e o
v i sce ral.

S en t id o s om á ti c o g er a l : ta t o, d or, t e mper at u ra e p ropri oce pçã o.


S en t id o s o m á ti c o e s p e c ia l : v i são, audi ção, olfa to, g ust ação e
e qu i l í bri o.
S en t id o v is c e ra l : i n te ro cepção e se n saçã o d as v í sce ra s.

A sen saç ão s om áti ca é re spon s áve l por g rande a ti v i da de do si st e ma


n ervo so, se n do e nt ão i n i ci ada pel a e xci t açã o d os re cep to re s se n sori ai s. A
depe nde r do e st í m ul o p ode se r p rov o ca da u ma re spo st a i n st ant ân ea o u a
i n fo rma ç ão se rá tr an sfo rma da e m m e mó ri a e é armaz e nada n o c ére bro
par a e st abel ece r fu t u ras re a çõe s do c or po, como por e xe mpl o, o s
me cani smo s de de f esa.

71
O QUE SÃO OS RECEPTORES SENSORIAIS?
O s re cep t ore s se n so ri ai s são cél ul as e pi te li ai s e speci ali zada s ou
n eu rôni os p re se nt e s e m to do o n os so c or po, e st e s re ali z am o p ro ce ss o de
tr an sdu çã o se n so ri al , ou sej a, con ve rt em o s si n ai s ambi e n tai s e m si n ai s
n eu rai s . Os re c ep to re s sen sori ai s p ode m se r cla ssi fi cad os qua n t o a o
e st í mul o de t ec ta do, caracte rí st i cas mi croscó pi ca s e lo cal do e st í m ul o.

C LA S S I FI C A Ç Ã O D E A C O R D O C O M O E ST Í MU L O D ET EC T A D O :

M e c a n o rr e c e p t or es - tat o, pre ssão, v i braçã o, propri o ce pção, audi ção


e e qu i l í bri o, al ém de mon i t or are m o e st i ra men to dos v asos sa n gu í n e os
e órg ãos i n te rn o s.
T e rm o rr e c e p to r e s - te mpe rat u ra.
F o t o r r e ce p to r es - lu z que a ti n g e a re t i na .
Q u i m i o r re c e p t or e s - sub st ân ci as quí mi ca s n a boca (pal ada r) , n o n ari z
(olf at o) e n os lí qu i do s c or porai s.
N o c ic ep t o r es - re spo st a a e st í mul os de le sã o fí si ca o u quí mi ca ao
te ci do.
O s m o r re c e p t o re s - p re ss ão o smó ti ca dos lí qu i dos cor po rai s .

C L AS S I FI C A Ç Ã O D E A C O R D O C O M A S C A R AC T E RÍ S TI C A S
MICROSCÓPICAS:

T e rm in a ç õ e s n er v os a s l iv r es - den d ri t os se m re v es ti me n t os,
g eral me n te e st ão re laci o nad os a se n sa çõe s de d or , te mpe rat u ra,
cóce g as, cocei ra e alg uma s sen sa çõe s de ta t o ( di s cos d e Me rke l) .
T e rm in a ç õ e s n er v o s a s e n c a p s ul a d a s - den d ri t os e ncap s ul ados p or
te ci do con j u nt i v o, e st ão a ssoci ad os a sen sa çõe s de pre ssão, v i bra çã o
e alg uma s sen sa çõ e s de ta t o ( c orpú scu lo s de Me i ss ne r) .
C é l ul a s s e p a ra d a s - faz e m si nap se s com n eu rô n i os de pri me i ra o rdem,
com o p or e xe mpl o o s fot or re ce pt ore s, c él ul as pi lo sa s e c él ul as
re cep to ras g us ta ti v as.

C L AS S I FI C A Ç Ã O D E A C O R D O C O M O L O C A L D E E ST Í M U LO :

E x te r o c e p to r e s - pre se n t e s n a der m e e n o m áxi mo d a t ra nsi ç ão e n t re


a de rme e e pi de rme . T ra ns mi te m i n fo rmaç õe s do a m bi e n te e xt er no,
se j a v i su ai s, olfa t i va s, g ust ati v as, tát ei s, pre ss óri cas, v i brat ó ri a s,
té rmi ca s e /ou dol orosas . S ão e le s o s di s co s de Me rke l, c orpú sc u los de

72
Meissner, corpúsculos de Pacini, corpúsculos de Ruffini e as
te rmi na çõe s n e rvo sas li vre s.
I n te ro c ep t o re s - pre se n t es n os v as os san gu í n e os, órg ãos v i sce rai s e
si st ema n e rv oso. Trans mi te m i n fo rma ç õe s d o ambi en te i n te rn o, como a
sen si bi li dade ci n es té si ca, pos tu ral, v i bra tó ri a, pre ssão pro fu n da, dor
v i sce ral e e st e reog nosi a.
P r op r i o ce p t o res - pre se nt e s n os m ú sculo s, te n dõe s, art i cu la çõe s e
ore lh a i n t e rn a. T ra nsmi te m i n fo rma ç õe s re laci o na da s ao comp ri me n to e
te n são dos m ús cul os, p osi ção e m ovi me n t o das a rt i cu la çõe s e e qu i l í bri o
que pode m se r con sci e nt e s e i n con sci e nt e s. São e le s os fu sos
mus cula re s, c or pú scu lo s de P aci n i , ó rg ãos n eu ro te ndí n e os e re cep to re s
art i cu la re s

COMO A SENSAÇÃO SOMÁTICA


CHEGA AO ENCÉFALO?
O s re ce pto re s sen si ti v os são c on e ct ados a fi br as n e rv osa s a fe re nt e s
dos n e rvo s pe ri féri co s onde o i mpul so se n si ti v o s obe e e nt ra pel o s ulc o
late ral p oste ri or da me du la e a sc en de pas san do p el o bul bo, pon te ,
mese n céf al o, tálam o e te rmi na n as áre as e specí fi cas do córte x
so me sté si c o (C ó rt e x P ari e tal) .

6.2. SISTEMA NERVOSO MOTOR


O si st e ma n e rvo so mot o r é re s po ns á ve l pel o con t r ol e da c on t raç ão
dos mú scul os e sq u e léti co s e dos m ú scul os li sos d os ó rg ãos i n te rn o s, bem
com o con tr ol am as g lândul as e xócri n as e e ndócri n as . O s órg ãos
e fe tu ad ore s são n ece ssá ri os para qu e o si st e ma n erv oso m ot or e n t re e m
açã o, os e fe tu ado re s s ão a ti v a do s por me i o de e le me n to s d o S NP a p ar ti r
da li be ra ção de n eu ro t ran smi ssore s n as te rmi n açõe s m ot oras, que s ão a s
j u n ções n eu ro mu scu lare s e a s v ari c osi d ade s dos m ú scul os li so s e d as
g lândul as.

M ú s c u l os e s q u e l é t ic o s ( s is te m a n er v o s o m o t o r s o m á t ic o ): age como
v i a de i n te ra ç ão do org an i s mo com o me i o ambi en te e xt er no,
re s pon s áve l por e xe cu t a r pos tu ra s e mov i me n t os do c or po. Ex . :
mús culo s do seg me n to axi al e a pe n di c u lar.

73
Ó rg ã os v is ce ra is (s is te m a n e rv os o a ut ô n om o ): con st i t ue m o me i o
ambi en te i n te rn o e são re spon sáve i s pel os aj u st e s h ome ost áti co s d o
org an i smo. Ex . : mu scula t u ra li sa d os ó rg ão s v i sce rai s e a s g lândul as.

O si st em a mot or somá ti co é re s pon sáve l pel a coo rde nação de e m


médi a 7 00 mú sc ulos e sque léti co s, c on ce den do a re ali z ação de v ári as
açõe s e m di v er sa s ci rcu ns tân ci as. A faci li dade que o n osso c or po te m
para re ali z a r mo vi me nt os v ol un tá ri os sem n ece ssi ta r prog rama r qu al
músc ulo i rá c on t rai r é a carac te rí st i ca mai s con si de rá v el sobre o si st e m a
mot o r somá ti co. P ara que i sso oco rra, h á t rês n í ve i s de con trol e mo to r que
obe decem u ma h i e rarq ui a:

N í ve l p ré - c o m a n d o : fo rm ado pel as áre as de a ssoci aç ão do n eocórt e x


e n úcle os da base. Tem fu n ção de e st abel ece r u ma e st ratégi a, ou sej a,
para q ual propósi t o aqu e le movi me nt o e st á sen do e xe cu tad o e o plan o
de movi me nt o ma i s ade quado par a e st e pro pó si to . A lém di sso, é
re spon sáve l por re g ul ar a ati v i dade moto ra, i n i ci ar ou parar
movi me nt os com pre ci sã o, coorde n ar m ovi me nt os com destrez a,
bloqu e ar mov i me n t os i n de sej ados e m oni t or a r o t ôn u s mu scula r.

N í ve l d e p r o je ç ã o : fo rmad o pel as e st ru tu ra s d o c ór te x m ot o r e
cerebe lo. Su a fu n ção e st á re laci ona da com a té cni ca d e e xe cu ção, ou
sej a, a quan ti da de , te mpo e di men são das con t rações mu sc ul ares q ue
me lhor alc an ce m a e st rat égi a de man e i ra le v e e ape rf ei çoada. A lé m
di sso, aj u da a con t rol ar a a ti v i dade re fl ex a e de pad rã o fi xo.

N í ve l s eg m e n ta r: for mad o pel o tr on co e n ce fáli co e m e du la e spi n hal .


Sua fu n ção e st á di re ta me nt e a ssoci a da à e xe cu ção, o u sej a, e st i mul a o
n eu rô ni o mot o r e o s i n te rn e ur ôn i o s re spon sáve i s por g er ar o movi me nt o
da e st ra tégi a.

6.2.1. Neurônio Motor Periférico (NMP)


O s n eu rôn i os m ot ore s pe ri fé ri co s, t ambém ch am ado s de n eu rô n i os
mot ore s i n fe ri ore s, ori g i n a m- se n a s ubst ân ci a ci n ze n t a do corn o an t eri or
da med u la, o nde fi cam se u s cor po s. A i n da n a me du la se u s p rolo ng ame n to s
se g ue m pel a rai z ant e ri o r d os n erv os fo r man do a su bst ân ci a bran ca e se
e st en de m at é a placa mo to ra s ob re o m ú scul o e st ri ado. O s NM P são
v eí cu lo s fi nai s de: a to s mo to re s v olu n tá ri o s e i n v ol u n tá ri o s ( re fle xo s) ;
i mpul so s to n í g en o s; e man u te n çã o do tr ofi sm o. Na re g i ão te r mi nal d o N MP
h á li be ração de ace ti lcol i na, i n i ci and o o p roce ss o de con t ração mu scula r.

74
A fo rm ação dos N MP ocorre a par ti r dos ra mo s a nt e ri o re s da me du la
e spi n hal que se une m com os ra mo s pos te ri ore s (fi b ra s sen si ti v as ) para
e st ru t u rar o n e rvo e spi n hal. A quan ti dade de n e rvo s e spi n hai s é a mes ma
dos seg men to s m e du lare s, t otali za n do 31 pares : 8 pares de n erv o s
cervi cai s, 12 to rá ci cos, 5 lomba re s, 5 sac rai s e 1 coccí g e o.

Raiz ventral
Corno ventral
Neurônios
inferiores espinhal
muscular

F ig u ra 8 2 : F or ma ç ão dos n eu rôni os m oto re s i n fe ri ores do corn o


v en tral d a medu la e spi n hal até a i n e rvação mu scula r e sq ue léti ca.

H á doi s ti po s de n eu rôni os mo to re s peri féri cos : os mot one ur ôn i o s al fa e


g ama. Ju n to s são re spon sáve i s p or re ali z ar u m movi me nt o h ar môn i c o.

M ot o n e u rôn io s A l f a : di ri ge m-se às fi bra s mu s cula res (e x tra fu sai s), sua


fu n ção é de g erar força/c ont ra ção d o mús culo. A lém di sso, é fo rmad o
por fi bras sen si ti v as, a s fi br as A l fa pode m se r de doi s ti pos : fi bras
sen sori ai s i A - le v a i n forma çõe s ao m ov i me nt o re fl ex o ; f i bra s se n so ri ai s
i 2 - le va i n forma çõe s a o mov i me n t o t ôn i c o. Su a f un ção se n sori al é
e xpli cada dev i do e st e se r re spon sáve l por e nv i ar i n fo rma çõe s ao
céreb ro comu ni can do que o mú sc ul o c on t rai u . Os mo t one ur ôn i o s alfa
pode m se r coma nd ado s por 3 fon te s: (1 ª ) cél ulas dos g ân g li os d o c orno
dor sal com p rolon g ame n to s v i ndo s dos fu s os mu scula re s; (2 ª ) córte x e
tron co e n ce fáli co por mei o de n eu rô ni os mo to re s supe ri ore s; ( 3 ª )
i n te rn e u rôn i o s da me du la e spi n hal. O s mot one ur ôn i os alfa pode m se r
classi fi cados quan t o a su a re spost a com o: alfa tôn i c o (A T) - i mp ul so s
e fe re n t es p ar a dar t on i ci dade; alfa fási co (A F ) - i m pul so s e fe re n t es
mai s tardi os para re ali z ar o m ovi me n t o; alfa i n i bi t óri o (A I ) - re la x a a
musc ulat ura ant ag oni sta e agon i st a.

75
M ot o n e u rôn io s G a m a : são men o re s que os mo tone u r ôn i os alfa e se
re laci ona m com os fu s os i n t ramu scul ares, sen do c on t rol ado pel o
si st em a e xt rapi ra mi dal. São re spo nsáve i s por re g ul ar a ati v i dade
musc ula r agi nd o s obre o s fu sos e p or con t rol ar o re fl ex o e o t ôn u s,
org an i z an d o e re g ul an do o s m ovi me n t os . D e modo g eral , sua fu n ção é
re lax ar o mú s culo, e quan do i sso aco n te ce o fu so mu s c ular se con tr ai .
H á doi s ti pos de fi br as Gama : g am a di n âmi co - cor ri g e atos mai s
rápi dos, com o o s re flex os; g am a e st át i co - a ume nt a a força mus cula r
sem mo di fi ca r mui t o a fi bra, ou sej a, o tôn u s.

motor alfa

motor gama

Fibras
extrafusais
Fibras
intrafusais

Axônios motores gama


Fig u ra 8 3 : Neu rôn i o mot o r alfa i n e rv an do fi bras m us culare s e xt ra fu sai s e
n eu rô ni o mot o r g ama i n e rv an do fi bras mus cula re s i n t rafu sai s.

O b s .: a u n iã o d e u m m o to n e ur ôn i o a l fa e a s d em a is fib ra s
m u s c u la re s in e r v a d a s p or e s te f o rm a m u m a u n id a d e m o t o ra .
E xis t em d o is tip os d e u n id a d e s m o t o ra s : a u n id a d e m o t o r a
l e n ta - f o r m a d a p or f ib ra s m u s c u l a re s t ip o I (ve r m e l h a s ,
a er ób i ca s , a l ta re s is t ên c ia à fa d ig a ); e a u n id a d e m o t o r a
rá p id a - f o r m a d a p or f ib ra s m u s c u l a re s tip o I I A (b ra n c a s ,
a n a e ró b ic a s , re s i s tên c ia a fa d ig a m o d era d a ) e I I B (b ra n c a s ,
a n a e ró b ic a s e ra p id a m e n te fa d ig á v eis ).

76
6.2.2. Fusos Musculares
Tamb ém cha mad os de re cep to re s d e e st i ramen to, s ão c or pú scu lo s
i n tram u scu lares com fu n ção p ropri o ce pti v a, e st ão loc al i zados n o i n te ri or
das fi br as dos m ú sculo s e st ri ados e det ec tam v ari a çõ es de comp ri me n to
musc ula r ( prop ri oc epção) . Os fu s os musc ula res são c ompos to s por 3 a 1 0
fi bras m us cula re s i n trafu sai s, a s q u ai s n ão pos su e m mi ofi lame n t o s n as
re g i ões cen t rai s ( s e ndo e nt ão n ão con t rát ei s, servi n d o como supe rfí ci e s
re cepti va s) . São e nv ol to s por te r mi n açõe s sen so ri ai s a fe re nt e s p ri má ri as
(fi bras ti po i A ) e s ecun dári a s (fi b ra s ti po i 2 ) que são i n e rv adas por fi br as
e fe re n t es g am a.
Axônios sensoriais do grupo Ia

Fuso
muscular fibrosa

F ig u ra 8 4: F u so mu sc ular e fi bras d o t i po Ia faz en d o sua i n e rvação.

6.2.3. Reflexos
U m re fl ex o é u ma re s po st a m ot ora rá pi da e p re vi sí v el a u m e st í mul o.
Os re flex o s p ode m se r i n a to (i nt rí n s eco) ou adqu i ri do; e nv ol ve r a pe n as
n ervo s pe ri fé ri co s e medu la ou t ambém e nv ol ve r cen t ros cereb rai s
superi ore s. U m arco re fl ex o é compost o por:

Recep t ores - n o lo cal do e st í mul o;


Neu rô n i os se n so ri ai s - le va o i mpul so a fe re n t e par a o SNC ;
C en tr o de i n te g ra ção - re g i ão m on ossi n ápti ca ou pol i ssi n ápt i ca n o
SNC ;
Neurônios motores - levam os impulsos eferentes do centro de

77
i n te g ração para u m órg ão e fe to r;
Efe t o r - fi bra mu sc ular ou g lând ul a qu e re sponde ao i m p ul so e fe re nt e.

Gânglio

Substância

associação

Fibra sensorial
Substância
intramuscular

Músculo
Fibra motora

Placa motora

Patela

Tendão

Fig u ra 8 5 : C o mpo n e nt es d o arco re fl e x o.

O b s .: o re fl e xo fl e xo r é a t iva d o p o r u m e s t í m u l o d ol o r o s o ( r e a l
o u p e r ce b id o ) q u e c a u s a a r e t i ra d a a ut o m á t i c a d a p a r te d o
c o rp o a m e a ça d a .

REFLEXO DE ESTIRAMENTO RÁPIDO

Supo ndo que u m m úsculo é e st i ra do b ru scame nt e h av er á a ati v ação de


u m fu s o i n tr amu sc u lar com fi bras ti po i A , q ue re age m tan to a re fl ex os
quant o a com ando s su peri o re s do SN por me i o do r e fl e xo fá s ic o. O fu s o
i n tram u scul ar ati v a o mot one u r ôn i o alfa -fási c o n a medu la que p rovo ca
u ma rápi da c on t r ação fási ca c om o re s po st a mu s cula r, além di sso, o s
i mpul so s afe re n t es do fu s o dese n cade i am a i n i bi ção do a nt ag oni sta.

U m e xe mpl o de sse re flex o de e st i ra men to rá pi do é o re fl ex o pat el ar.


Quan do u ti l i z amos u m ma rte lo de re fl ex o p ar a bat e r n o te n dão pat el ar
oco rre o e st i rame n to do qu ad rí ce ps femoral e i n i ci a a açã o re fl ex a, ou
se j a, o quad rí ce ps con tr ai e os i s qui ot i bi ai s re lax am.

78
Axônio Ia

Quadríceps

motor alfa

Fuso muscular

quadríceps

F ig u ra 8 6 : Refle x o pat el ar.

O b s .: a c oa t i va ç ã o A L F A + G A M A p ot en c ia l i za a c on t ra çã o
m u s c u la r fá s ic a (rá p id a e b ru s c a ), e m c a s os p a t ol ó g ic o s ,
re s p o n d e p el a h ip e r r e fl e x ia (c on s e q uê n c ia d i re t a d a p er d a d e
c om a n d o m o to r v ol u n tá ri o d o s is t e m a p ira m id a l ). L e s õe s n o s
m o t o n e u rôn i os a l f a p od e m g e r a r p e r d a d e f o r ç a o u a t ro f ia .

REFLEXO DE ESTIRAMENTO TÔNICO


A con t raç ão tôn i ca do mús culo, t ambém cha mada de con tr ação
i somé tri c a, é aqu e la e m que n ão h á aume nt o con si de ráve l do m ú scul o e
si m da s ua força (h i pe rton i a) . E sse ti po de con t raçã o pos si bi li t a que o
músc ulo su porte u m a fo rç a de re si st ên ci a se m modi fi car s eu compri me n to .

Nesse c as o, o fu so i n t ramu scu la r com fi bra s ti po i 2 pode ser


pas si vamen te e st i rado o u pode se r aci on ad o por v i a s supe ri ore s, a mbo s
com a çã o sob re m oto ne ur ôn i o s alfa- t ôni co. A ati v a çã o do fu so re sult a n a
ati v açã o do n eu rôni o alfa-t ôni co n a medu la q ue le v a u ma re spo st a
h i pertô ni ca.

79
O b s .: a c oa t i va ç ã o A L F A + G A M A p ot en cia l i za a c on t ra ç ã o
m u s c u la r t ô n ic a (is o m é tr i c a ), e m c a s os p a tol ó g ic o s , o ca s io n a
h ip e r t o n ia ( e x . l e s ã o n o s is t e m a p ira m id a l - e s p a s t ic id a d e /
l ib era ç ã o p ira m id a l ). Le s õ e s n os m o t o n e u rôn i os tô n i c os
p od e m c a u s a r p e r d a d e tô n u s e o u a tro f ia .

6.2.4. Órgão Tendinoso de Golgi

O ó rg ão te n di n oso de Golgi , tam bém cha mad o de ó rg ão n eu rote ndí n e o.


São re cept o re s p ro pri oce p ti v os q ue e st ão p re se nt e s n a ju n çã o d o mú sculo
com o te n dão . S ua fu n ção é de m oni t ora r a te n são d o músc ulo e tam bém
da su a f orça de c on traçã o.

Seu fu n ci on ame n t o é atr av és de fi br as d o ti po IB que são aci on a da s


di ant e de u m e st i ramen to e x ce ssi vo do te n dã o, le van do os i mpul so s para a
me du la que i rá a gi r i n i bi n do os n eu rôn i os agon i st as (q u e e xci t am o
músc ulo) e ati v and o os n eu rôn i os ant ag oni st as, pe rmi ti n do o re lax ame nt o
do mú sc ul o e nv ol vi do.

O ó rg ão n eu rote n dí n e o n es se sen ti do é u m me cani smo de defes a para


e vi tar o arran ca m en to/ rom pi me n to do te n dão. T amb ém é pro pri oce pti v o,
poi s con st an te me nt e e nv i a i n form a çõe s a re s pe i t o da con t raç ão do
músc ulo (g r au e v e l oci dade de con t ração e a p osi ç ão d os m ús culo s) p ar a
o si st e ma se n si ti v o-se n so ri al do c ére b ro e ce rebe lo.

Órgão tendinoso de Golgi

tensão

Resposta de relaxamento

F ig u ra 8 7 : A rc o re fl ex o da me du la e sp i n hal n o ó rg ão te n di noso de Golg i .

80
6.3. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
C omo v i st o a nt e ri o rme nt e, o si st e ma n erv oso pe ri f éri co é c on st i t uí do
por n erv os e spi n hai s ( su as raí z e s e ra mo s), n e rvo s c ra ni an os (e seu s ram os)
e os compon e nt e s da di v i são a ut ôn oma do si st em a n e rvo so.

O s n e rvo s são e nv ol tos por te ci d o c on j u nt i v o e m t rês cam ada s:


E n d o n e u r o - te ci do con j u n t i v o fr oux o que ci rc u n da os axôni os
i n di vi du almen te ;
P e rin e u r o - te ci do con j u n t i v o g ro sso q ue ag rupa fi bras e m fa s cí cu l os;
E p in e ir o - b ai nh a fi brosa re si st en te ao re dor de u m n erv o, p or çã o
i n te rn a e e x t e rna ( Me son eu ro ).

Vasos linfáticos para o nervo

Epineuro
nervorum

Perineuro

Bainha de mielina da

(vasos nervosos)

Endoneuro
Artéria e veia seguindo
junto com o nervo
Fig u ra 8 8 : Ne rvo e sua s camadas de t eci do c on j u nt i v o,
v asos n e rvosos e n ervo do n ervo .

A lém di ss o, c ad a n ervo pos su i u m si st ema p rópri o de i n e rva ção ( n e rv i


n ervo ru m ) e de v as cu la ri zação (v a sa n ervo ru m) .

Nervi Ne rvo ru m – n ervo d o n e rvo; própri a i n e rva ção. S ão te rmi n aç õe s


n ervo sa s li v res, se n sí ve i s à p re ss ão e ao alo ng ame n to me câ ni co do
n ervo . P ode a pre sen ta r me di ad ore s i n fl am at ó ri os, e v as odi l at aç ão
n eu rog ên i ca, g eran d o dor à pal paç ão e li mi taçã o do arco de
movi me n t o – c ar act e ri zan do sua fu n çã o.

81
6.3.1. Nervos Cranianos
Os n erv os c rani an os s ão ori g i n ado s d o e nc éfalo, e t otal i zam 12 pare s
n ome ad os e n ume rado s e m sequê n ci a crani ocau dal . A lg un s n ervo s
crani an os são ape n as se n sori ai s ou m o tore s, e nqu an t o out ro s são mi sto s.

T a b e l a 7 : Nerv os c ra ni an o s.

NOME NÚMERO TIPO FUNÇÃO

Olfatório I Sensorial Olfação

Óptico II Sensorial Visão

Oculomotor III Motor Músculos do bulbo do olho

Troclear IV Motor Músculos do bulbo do olho

Sensorial - área da face


Trigêmeo V Misto
Motora - músculos da mastigação

Abducente VI Motor Músculos do bulbo do olho

Sensorial - área da língua (gustação)


Facial VII Misto Motora - músculos da face (expressão
facial)

Vestibulococlear VIII Sensorial Audição e equilíbrio

Sensorial e sensitivo - gustação, faringe


Glossofaríngeo IX Misto e orelha média
Motora - músculos da faringe

Sensitivo - coração, pulmões, trato GI e


Vago X Misto orelha
Motora - coração, pulmões e trato GI

Músculos esternocleidomastóideo e
Acessório XI Motor
trapézio

Hipoglosso XII Motor Músculos da língua

82
6.3.2. Nervos Espinhais
D uran te o e st ud o d o n eu rôn i o mot o r p eri fé ri co pu de mo s anali sa r que o
n ervo e spi n hal é u m n ervo mi st o, fo r mado por fi bras se n si ti v as e m ot oras.
Tamb ém v i mos que te m os u m t ot al de 31 pares de n e rvo s e spi n hai s que se
con ec tam à me du la e spi n hal. Ne s ta p arte d o c apí t ul o e st udare mo s s ob re a
forma ção d os ple x os n e rvo sos.

D e acordo c om a le i de H i lt on : qual qu er n e rvo q ue se r ve u m mús cul o


que produ z m ovi me nt o e m u m a a rt i cu lação ta mbém i n e rv a a p ró pri a
arti cu l ação e a p el e sob re a a rti cu lação. E nt ão com u men te d ur an te o
e st ud o dos ple xos n ervo so s i remos n ot ar que u m me smo n ervo é
re spon sáve l por ta mbém i n e rvar e sses seg men t os a dj ace nt es.

6.3.3. Formação dos Plexos Nervosos


Os ram os pos te ri or es d os n e rvo s e spi n hai s i n e rvam o s mú sc ulos e a pel e
da re g i ão poste ri or d o t ro nco. J á o s ra mo s ant e ri o re s se u ne m e /o u se
rami fi c am, f orman do os ple x os p ar a i n e rvar to dos o s mús culo s e áre as
cut ân e as n ão i n e rv adas pel os ram os poste ri ore s. E xcet o o s n e rvo s
torá ci c os que m an t ém su a re lação s eg men ta r e n ão s e u ne m a ou t ro s
n ervo s par a fo rma r u m ple xo .

N e r v o s T orá c i c o s – os ramo s
poste ri ores i n e rva m os mú sculo s d o
dor so (i ne rv a çã o mot o ra ) e a pel e
sob re j ace n te (i ne rv ação sen si ti v a) .
Os ra mo s ant e ri o re s se t orn am o s
n ervo s i n te rco st ai s, i n e rvan do a
parte a nt e ri or d o tr onc o e os m m.
i n te rc ost ai s (m ot or) e a pel e das
parte s ant e ri o r e late ral d o tr on c o
(se n si ti va).

F ig u ra 8 9 : P le x os n ervo so s.

83
6.3.4. Plexo Cervical
O ple xo cervi cal é formad o pel os ramo s an t eri o re s de C 1 a C 4 .
Local i z ado pro fu n damen te no pesco ço sob o músc ulo
Est ern ocl ei dom as tó i de o (EC OM). A s fi br as m oto ra s s ão re fe ri das c om o
A lça C ervi cal, que i n e rva o s mú sc ul os:
Ge ni o -hi ói de o (C 1 );
Ti re o-h i ói deo (C 1 );
Est ern o-h i ói deo (C 1 -C 3) ;
Est ern oti re ói de o (C 1 -C 3) ;
Omo-hi ói de o ( C 1 -C 3).

O p ri n ci pal n erv o d esse ple xo é o N e r vo F r ên i co .

C1 Nervo hipoglosso (XII)

Ramo segmentar Occipital menor

C2 Auricular magno

C3
Cervical transverso

C4 Raiz superior da
alça cervical

Para o plexo
braquial
C5 Raiz inferior da

Supraclavicular
Ramos
Nervos Frênico

Fig u ra 9 0 : F or maç ão do ple xo cervi c al.

N . O c c ip ita l Me n or ( C 2 - C 3) : i n e rvação sen si ti v a da parte la te ral


superi or do pes co ç o e e m torn o d o p roce sso mastói de .
N . A u ri c u l a r Ma g n o ( C 2 - C 3) : i n e rv ação se n si ti v a da o re lh a e pel e da
parte poste ri or d a li nh a da man dí bul a.
N . C e r vi c a l T ra n s v e rs o ( C 2 -C 3) : i n e rv ação sen si ti v a da par te s uperi o r
do pes co ço e nt re a li nh a da mandí b ul a e pel e sobre o m. EC OM.

84
N n . S up ra c l a v i cu l a res ( C 3 - C 4 ): i n e rv ação sen si ti v a d o pe sco ço (m.
EC OM a té a li nh a i n fe ri or d a claví cu la ).
N . F rên i co (C 3 - C 5 ) : i n e rv ação mot o ra do m. D i a frag ma e sen si ti v a da
ple ura pari e tal e d o peri cárdi o fi br os o.
R a m os d e C 2 : m. E st e rn ocl ei odomast ó i deo.
R a m os d e C 3 e C 4 : m. T rapézi o; m . E sc al en o mé di o.
R a m os d e C 3 -C 5 : m. L ev an tad or da E sc ápu la
R a m os d e C 4 : m . E sc al en o A nt e ri o r.

O b s .: n a re g iã o c er v i ca l p os te ri o r, o N e r v o S ub o cc ip i ta l in e r v a
o s m ú s c u l os d o T ríg o n o S ub o c c ip it a l (R e to s p os t e r i o r es m a i o r
e m e n or d a c a b e ç a ; O b l íq u o s in fe r io r e s up e r io r d a c a b e ça ) e
o m ú s c u l o S e m ies p in h a l .

6.3.5. Plexo Braquial

O ple xo b raqu i al é fo rma do pel os ra mos an t e ri ore s de C 5 a T1 . E sse


ple xo é desi g nado e m qua tr o re g i õ es do ra mo a nt e ri or a té che g ar n os
n ervo s te rmi n ai s, con si st i n do e m: ra í z e s, t ron cos, di v i sõe s, fa scí cu los e
n ervo s te rmi nai s .

F a s cí c ul o La t e ra l (F L) : C 5-C 7; n ervo s mus culoc ut ân e o e medi an o.

F a s cí c ul o M ed ia l (F M ): C 8- T1 ; n ervo s medi an o, u ln ar e cut ân e os medi ai s


do braço e ant e rbr aço.

F a s cí c ul o P os t er i o r ( FP ): di v i sõe s p os te ri ores de to dos o s t ron cos; n ervo s


axi lar e radi al.

N E R V O S O R I G I NA D O S D I RE TA M E N T E D A S R AÍ Z ES :
N . D o rs a l d a Es c á p u l a (C 4 e C 5 ) : m m. Rom bói de s .
N . T o rá c ic o L on g o (C 5 - C 7) : m. Se rrá t i l A nt eri or.

N E R V O S D O T RO N C O S U P E RI O R (R A ÍZ E S D E C 5 E C 6 ) :
N . S ub c l á v i o: m . S ubcláv i o.
N . S up ra -e s c a p u l a r: mm . Su pra-e spi n h al e In fr a-e spi n hal .

85
A partir
Nervo dorsal da escápula
C5

Nervo supraescapular
Nervo subclávio C6
Tronco superior
Nervo peitoral lateral
Para o nervo
C7

musculocutâneo
C8
Nervo axilar

Nervo mediano: T1
Raiz lateral

T2
Nervo radial Nervo torácico longo

Nervo peitoral medial


Raiz medial
Nervo ulnar
Nervo subescapular superior
medial do antebraço Nervo toracodorsal

Nervo subescapular
medial do braço Raízes

Troncos

Divisão anterior

Divisão posterior

Fascículos

Ramos

F ig u ra 9 1: F orm ação do ple xo braqu i al.

N E R V O S O R I G I N AD O S D I RE TA M E N T E D O S F AS C Í C U LO S:
N . P e it o ra l L a t e ra l (FL ): m. P ei to ral M ai or.
N . P e it o ra l Me d ia l (F M ): mm . P ei t oral Mai or e Me no r.
N . C u tâ n e o M e d i a l d o B ra ç o ( F M ) : i n e rvação se n si ti v a da pel e da
re g i ão me di al do b raço .
N . C u tâ n e o Me d ia l d o A n teb ra ç o ( F M ) : i n e rva ção sen si ti v a da pel e d a
re g i ão me di al do a nt ebraç o.
N . S ub e s c a p u l a r S up e r i o r (FP ): m. S u be sc apu la r.
N . T o ra c od o rs a l (F P ): m. L at í ssi m o do D or so .
N . S ub e s c a p u l a r I n fe ri o r ( FP ) : m . Re dond o Mai or.

86
N E R V O S T ER MI N A I S D O S FA S C Í C U LO S:

C6
N . M u s cu l oc ut â n e o ( C 5 e
C 6 ): i n e rvaç ão m oto ra dos N. musculocutâneo
mm. C ora cobraq u i al, B í ceps
braqu i al e B raqu i al .
In e rv ação sen si ti v a da
super fí ci e ant er ol at er al do M. coracobraquial
ant eb raç o.
M. bíceps braquial

M. braquial

Fig u ra 9 2 : Nerv o m u scul ocu t ân e o (v i s t a ant e ri or).

C6
N. Me d ia n o (C 6 - T1 ): C7
C8
i n e rv ação mot ora dos mm.
T1
P ron adores, mm . F l e xore s da
mão e dos ded os d a mão n a
re g i ão late ral e a mai ori a
dos mm. do pol eg ar.
In e rv ação sen si ti v a da face
pal mar do p ol eg ar, 2 º , 3 º e
4 º (me tade late ral) dedo s
da mão.

N. mediano
M. pronador redondo
M. flexor radial do carpo
M. palmar longo
M. flexor superficial dos dedos
M. flexor profundo dos dedos

M. flexor longo do polegar


M. pronador quadrado
M. abdutor curto do polegar
M. oponente do polegar
M. flexor curto do polegar

Mm. lumbricais (1° e 2°)

F ig u ra 9 3 : Nerv o m e di an o (v i sta an t eri or) .

87
N. Ulnar (C 8 e T 1): C8
T1
i n e rv ação mot o ra dos m m.
F le xor u lnar do car po, F le xor
pro fu n do d os ded os (pa rt e
me di al) , mm. In te ró s se os,
mm. L umb ri cai s (4 º e 5 º
dedos) . In e rva ção sen si ti v a
do 4º dedo da mão
(me di almen te ) e 5 º dedo da
mão.

N. ulnar

M. flexor ulnar do carpo

M. flexor profundo dos dedos

M. adutor do polegar
M. palmar curto
M. abdutor do dedo mínimo
M. oponente do dedo mínimo
M. flexor do dedo mínimo
M. lumbricais (3° e 4°)
M. interósseos dorsais e

F ig u ra 9 4: Ne rvo u l n ar (v i sta an t eri or).

N. A xil a r (C 5 e C 6 ):
C5 N. axilar
i n e rv ação mot o ra dos m m.
D el toi de e Redo n do me n or.
In e rv ação sen si ti v a parte C6
i n fe ri or do m. D el tói de e a
parte superi o r do m. Trí cep s
braqu i al . M. redondo menor

M. deltoide

Fig u ra 9 5 : Ne rvo a xi lar (v i st a poste ri or) .

88
N . R a d ia l (C 6 -T 1) : i n e rv ação
moto ra dos m m. Trí ce ps
braqu i al, A ncône o,
B raqu i orradi al, Supi n ad o r,
mm. E xt en sore s da mão, dos
C6
dedos e do pol eg ar.
C7
In e rv ação sen si t i v a da
re g i ão poste ri or do braço e N. radial
C8
do an t ebra ço e supe r fí ci e
radi al do dor so da mão. T1

M. tríceps braquial (cabeça lateral)

M. tríceps braquial (cabeça longa)


M. tríceps braquial (cabeça medial)
M. braquiorradial

M. extensor radial longo do carpo


M. extensor radial curto do carpo

M. ancôneo

M. supinador
M. extensor dos dedos
M. extensor do dedo mínimo
M. extensor ulnar do carpo

Mm. extensores longo e curto

M. extensor do indicador

M. adutor longo do polegar

F ig u ra 9 6 : Nerv o radi al (v i sta poste ri or ).

89
6.3.6. Plexo Lombar
O ple xo lo mba r é fo rma do pel os ramo s an t eri o re s d e L 1 a L 4. É
re spon sáve l pel a in e rvaç ão d os mú sc ul os da c ox a, pare de abd omi nal e do
m. psoas.

Os pri n ci pai s n e rvo s são o F e m o ra l e o O b tu ra d o r.


A partir de T12

L1

N. ílio-hipogástrico

L2

N. ilioinguinal
L3
N. genitofemoral

femoral lateral
L4

L5
N. femoral

N. obturatório acessório
da população) Tronco lombossacral

N. obturatório

Raízes

Divisão anterior

Divisão posterior

F ig u ra 9 7 : F orma ç ão do ple xo lo mba r .

N . I l io-h ip og á s t r ic o (L1 ): i n e rv ação mo to ra dos mm. d a parede


abdomi n al. In e rvaç ão sen si ti v a à pel e da p ar te supe ri or do q uad ri l e da
re g i ão i n g ui n al.
N . I l io in g u in a l (L1 ): i n e rv ação mot ora dos m m. d a par ede abdomi nal,
por me i o del e também a ti n g e a re g i ão i n g ui nal e medi al da cox a .
In e rv ação se n si ti v a à pel e do e sc ro to n os h ome n s e lábi os m ai ore s n as
mul he re s.

90
N . G e n it o f e m o ra l (L1 e L2 ): R am o g en i t al – i n e rv ação moto ra do m.
C re maste r ( n o s h ome ns) . In e rvaç ão sen si ti v a à pel e do e sc ro to n os
h ome n s e lábi os mai ore s n as mul he re s. Ramo femo ral – i n e rv ação
sen si ti v a da re g i ão do t rí g on o fe mo ral.
N . C u tâ n e o Fe m o r a l L a te ra l ( L2 e L 3 ): i n e rva ção se n si ti v a par ti ndo d a
e spi n ha i l í aca ânt ero-su peri o r seg ui ndo ao lon go da par te late ral da
cox a.
N . F e m o ra l (L2 - L 4 ): i n e rvação mot ora dos mm . Il í aco, P so as me n or e
mai or, S ar tó ri o, P e ctí ne o e Qu ad rí ce ps fe m oral. In e rva ção sen si ti v a das
re g i ões ant e ri o r e me di al da cox a, re g i ão medi al da per na e pé.
N . O b t u ra tó r io (L2 -L4 ): i n e rv ação mo to ra d os m m. A du t ore s do q uad ri l
e m. O btu rador e x t ern o. In e rv ação s en si ti v a da p ar te médi a d a re g i ão
me di al da cox a.
T ron c o Lo m b o s s a c ra l (L 4 e L5 ): é a u ni ão d os ram o s ant e ri ore s de L 4
e L 5 e m u m tr on co n ervo so que faz p arte d o ple xo sacral para su p ri r o
perí n eo e MMII. Se u ne aos n ervo s e spi n hai s sa crai s para f or ma r o
n ervo i s qui át i co .

anteriores

N. obturatório
M. ilíaco
N. femoral
M. psoas maior
M. obturador
externo
M. sartório
M. adutor curto
M. pectíneo
M. adutor magno
M. adutor longo

M. reto femoral M. grácil

M. vasto medial
M. vasto lateral
M. vasto intermediário

F ig u ra 9 8 : Ne rvo f emoral F ig u ra 9 9 : Nerv o o bt u rat óri o


(v i sta a nt eri o r). (v i sta a nt eri o r).

91
6.3.7. Plexo Sacral
O ple xo sacral é forma do pel os ramo s an t eri o re s de L 4 a S4. In e rva a
re g i ão g lú te a, MMI I, e st ru tu ra s p él vi cas e perí n eo. Todo s, e xce t o o n e rvo
para o m . pi ri fo rm e , e me rge m i me di at ame n te da pel ve atrav és do fo rame
i squ i áti co mai or . Os n ervo s de ste ple xo pode m ser di v i di dos e m doi s
g ru po s: g ru po lo c al - s upre a s e st ru tu ra s p él vi cas e g lú te as; g ru po
mi g rande - sup re o re st an t e do me mbro i n fe ri or.

O p ri n ci pal n e rvo é o I s q u iá t ic o – com pos to pel os n ervo s T ib ia l e


F ib u l a r . É o n e rvo mai s lon g o e e spe s so do corpo .
Contribuição de L4 para o nervo femoral
L4

L5
Tronco lombossacral

S1

N. glúteo superior
S2

N. glúteo inferior
S3

S4
m. piriforme

S5
N. tibial

N. fibular comum Plexo coccígeo

N. anococcígeo

N. isquiático
N. pudendo
N o N. cutâneo perfurante
femoral e gêmeo inferior
N. cutâneo femoral posterior

Nervos para o m. obturador


Raízes

Divisão anterior

Divisão posterior

Fig u ra 10 0 : F ormaç ão dos ple xo s sac ral e coccí ge o

92
R a m os a n te r io r e s d e L4 -S 3 : fo rmam u m ple xo e m di re ção à pel e e aos
mm. da e xt re mi dad e i n fe ri or d o c or po.

R a m os a n t e r i o r e s d e S 2 - S 5 e c o c c íg e o: dedi cados a os mús culo s e à pel e


do perí n eo.

NERVOS DO GRUPO LOCAL:

N . p a ra o m . P ir i fo r m e ( S 1 -S 2 )
N . p a ra o s m m . O b tu ra d o r I n t ern o e G ê m e o S up e ri o r (L 5 -S 2 )
N . p a ra o s m m . Q u a d ra d o F e m o ra l e G ê m e o I n f e ri o r ( L 4 -S 1)
N . G l ú te o S up e r i o r (L 4 -S 1) : i n e rv ação mot ora aos mm. g lú te o médi o,
g lú te o mí n i mo e t e n so r da fá sci a la ta.
N . G l ú t e o I n fe r io r (L5 - S 2 ) : i n e rva ção mot ora do m . g lú te o máx i mo .
N . C u tâ n e o F e m o r a l P os te r io r ( S 1 -S 3 ): i n e rvação sen si ti v a da pel e ao
lon go da re g i ão poste ri or d a cox a, log o abai x o da re g i ão g lú te a.
N . P ud e n d o (S 1- S 5 ): i n e rv ação mot ora dos mm . e sfí n ct eres v ol un t ári o s
da u re t ra e do ânu s e dos mm . que comp ri me m o te ci do e réti l .
In e rvação sen si ti v a da pel e das re g i ões g en i t al e anal.
N . p a ra o m . L e v a n ta d o r d o  n us ( S 3-S 4 )
N . R e ta l I n fe r io r ( S 2 -S 4 ): i n e rv aç ão moto ra do m. e sfí n ct e r e xt e rn o d o
ânu s. In e rva ção se n si ti v a da pel e e m torn o d o ânu s.
N . P er in e a l (S 2 -S 4 ): i n e rvação mo tora dos m m. t ran sve rsos pro fu ndo e
su per fi ci al do perí n eo, m. e sfí n ct er e xt ern o da u re t ra, m.
bul boes pon j oso e o m. i s qu i o cav ern os o. In e rva ção se n si ti v a da pel e
desde o ân u s at é o s órg ão s g en i t ai s e xt ern os.

N E R V O S D O G R U P O M IG RA N TE :

N . I s q u iá t ic o (L 4 - S 3 ): i n e rva os mú sc ulos d a re g i ão p os t e ri or da cox a e


os mú scul os de tod a a pe rna e p é. E st e n ervo c on st i tu i o s n erv o s fi bu lar
comu m e ti bi al .
N . F ib u l a r C o m u m (L4 - S 2 ) : i n e rvaç ão mot o ra à cabe ça cu rta d o m.
bí ceps fe mo ral.
N . Fib u l a r S up e r f ic ia l (L 4 - S 2 ) : i n e rva os mú s culo s fi bu lar lon go e
fi bu lar cur to . In e rv ação sen si ti v a da super fí ci e at é o d orso d a mai o ri a
dos de do s do p é.
N . F ib u l a r P ro f u n d o (L4 -S 2 ): i n e rv ação mot o ra dos mú sculo s ti bi al
ant eri o r, e xt e n so r lon go dos ded o s, e xt en so r cu rto dos de do s e
e xt en sor do h ál ux . In e rvação se n si ti v a aos e spaço s e n t re o p ri me i r o e
se g un do dedo s do pé.

93
N . C u tâ n e o S u r a l La te ra l (L4 -S 2 ): i n e rva ção sen si ti v a par a a re g i ã o
da “p ant ur ri l ha”.
N . S u r a l : i n e rva ç ão sen si ti v a ao l on go d o comp ri m e n to da re g i ão
poste ri or da pe rn a.
N . C u tâ n e o D o r s a l La te ra l : i n e rva ção sen si ti v a da re g i ão dor sal
late ral do p é.
N . T ib ia l ( L4 -S 3 ): i n e rvação m ot ora dos mm . g ast rocnêmi o, sóle o,
plant ar, ti bi al post e ri or, fl ex or lo n go dos dedo s, fl ex o r l on go do h ál ux ,
semi me mbr an á ce o, semi t en dí ne o e a cabe ça l on ga do bí ceps femo ral. N .
P l a n ta r M ed ia l: i n e rvação m ot ora dos m m. a bdu to r do h ál ux , fl ex or
cur to do h ál ux e f lex or cu rt o dos dedos. In e rv ação sen si ti v a par a a
parte medi al da pl ant a do p é, e xt re mi dades e u nh a s dos pri me i ros t r ês
dedos e d a met a de do qua rt o dedo .
N . P la n ta r La t e ra l : i n e rvação mot ora do m. q uad ra do plant ar, fl ex o r
do dedo mí n i mo, a bdu to r d o de do mí n i mo, adu t o r do h ál ux e aos m m.
pro fu n do s da pla nt a do pé.

6.3.8. Plexo Coccígeo


O ple x o c oc cí g eo é for mad o pel os ramo s a nt e ri ore s de S4, S 5 e C o.
Est e ple xo é re spon sáve l por for ne ce r i n e rvação moto ra ao m.
Isqui oc occí ge o, p arte d o g ru po do m. le van ta do r d o ânu s, e i n e rv ação
sen si ti v a à pel e qu e re cob re o c óc ci x.

94
CAPÍTULO 7
SISTEMA
MUSCULAR

95
7 SISTEMA MUSCULAR
Carla Sousa Fernandes

7 .1 FI X A Ç Ã O M U SC U LAR
Os mú sc ul os e sque léti co s ( s omáti co s ou v olu n tá ri os ) cor re sponde m a
aprox i mada men te 4 0% do peso t ot al do cor po h um ano, sen do s ua fu n çã o
pri n ci pal produ z i r mov i me nt o por mei o de sua capaci d a de de con t raç ão e
re lax ame nt o coord e nados. A ori g e m (pont o fi xo ) cor re spon de a u m pon to
re lati vamen te e st áv el cm u m o sso, n o q ual o mú sc ulo se fi xa, tan to
di re tame nt e quan t o p or me i o de u m te n dã o. Qua n do u m mú scul o se
con t rai , t ran smi te a te n são aos ossos c ru za ndo u ma ou mai s a rt i cu laçõe s,
permi ti nd o que o movi me nt o aco n te ça.A e xt re mi da de do mú scul o fi xad a
ao oss o que se mov i me nt a é den omi na da i n se rção( po n t o móve l).

Osso Músculo
Feixe de fibras

Tendão

F ig u ra 10 1: F i xa ção por t en dã o.

T E N DÕE S E AP ON EU ROS ES

A fásci a mu s cula r, que é o compon e nt e de te ci do con j u nt i v o de u m


músc ulo, u ni -se à e xt re mi dade do mú sc ulo e des se pon t o c on ti nu a s ob a
forma de e st ru tu ra s ci lí ndri cas ou e m fo rm a de fi ta den o mi nadas te n dõe s,
ou como e st ru t u ra s la mi n ares de n omi nadas apon eu ro se s. U m te n dã o o u
apon eu rose fi xa o mús culo ao osso ou car ti l ag e m, à f ásci a de ou t ro s
músc ulo s ou ai n da par a formar u m te c i do fi br os o den o mi nado ra fe.

96
Músculo Aponeurose

Figura 102: Fixação por aponeurose.

SE P T OS IN T E RMU SC U LAR ES
Em ce rto s c as os, u ma camada plan a de te ci do c on j u nt i v o den so
con he ci da como septo i n te rmu scul ar pen e tra e nt re os músc ulo s,
prom ov en do u ma o ut ra mane i ra de fi x ação de fi br as mu s culare s.

OS SOS SE SA MÓ ID E S
Se u m te n dã o e st á suj e i t o à fri cçã o, e le pode desen volv e r u m oss o
sesamói de n o i n te ri or de seu te ci do, mas i s so n em s empre o co rre . U m
e xe mpl o é o te n dã o do m ú sc ulo fi bu l ar lon go n a plant a do p é. Ent re ta nt o,
os o ss os se samói des pode m se r o bse rvados me sm o e m t en dõe s n ão
subme t i dos à fri c ção.

97
FIX A ÇÕES MÚLT IP LA S
Mu i to s mú sculo s a presen ta m ape n as duas fi xa çõe s, u ma e m cad a
e xt re mi dade. C o nt udo, mui to s m ús cu los comple xo s c os tu mam se r fi xa dos
e m di fe re n te s e st ru tu ras por me i o d e ori g e ns e / ou i n se rções . Se e ssas
fi xaçõe s são sepa radas, o que det e r mi na que doi s o u mai s te n dõe s e /ou
apon eu rose s se i n si ra m e m di fe re n te s lu g are s, di z -se que o mú sc ul o
aprese n t a duas cabe ça s. P or e xe mpl o, o músc ulo bí ceps braqu i al
aprese n t a dua s c abe ça s e m sua o ri g e m; u ma p rove ni en te do p ro ce sso
coracói de da e scápu la e o ut ra do t ubércu lo su prag len oi dal O mú sc ul o
trí cep s braqu i al a pre sen ta trê s c ab e ças, en qu ant o o mús culo qua drí ce ps
fe mo ral possu i qua tro cabe ças.

7 .2 C ON T RA Ç Õ E S M US C U L AR ES

CO N TR AÇÕ E S IS OMÉT RI CAS E I S OT Ô NIC AS


U m músc ulo i rá se con t rai r sob e st i mul açã o, e m u ma te n ta ti v a de u ni r
sua s e xt re mi dades, mas i sso n ão n ece ssa ri ame n te re sult a e m u m
e ncur ta men to do músc ulo. Se a con tração mu sc ular g erar alg um ti po de
movi me nt o d o m ú sculo, a con t raç ã o é ch amad a de i sot ôni ca . Se a
con t raçã o n ão re s ul tar e m n e n hu m ti po de m ovi me nt o, é ch amada de
i somé tri c a.

ISOMÉTRICA

U ma con t ração i s omé tri ca oco rre quand o u m mús culo aume nt a su a
te n sã o, se m al te ra r seu comp ri me n to . Em o ut ra s pal av ra s, ape sa r de o
músc ulo e st ar te n si on ado, a a rt i cu la ção sobre a qual atu a n ão se move .
U m e xe mpl o é seg urar u m obj et o pes ado n as mão s com o cot ov el o parad o
e fl ex i onado e m 9 0°.Te n ta r le van ta r alg o pesad o demai s para se move r é
out ro e xe mpl o. Ob se rv e- se ta mbém que alg un s mús cul os pos tu rai s e st ão
trab alh an d o i n te n samen te de mane i ra i somé t ri ca por re fl ex o. P or e xe m pl o,
n a posi ção e re ta, o c orpo te m a te n dên ci a n at u ral de se i n cli n ar para a
fren te n o to rn oze l o, o que pode se r i mpedi do p or m e i o da con tr açã o
i somé tri c a dos mú s culos da pan tu rri lh a.
D o me sm o mo do, o cen tro de g ravi dade do crâni o f ari a a cabe ça
pen der para a f re n t e se o s mú s culo s da p ar te pos te ri or do pes co ço n ão se
con t raí sse m i some t ri came n t e para m a nt ê-la cen t ral i zada.

98
Bíceps contraído
CARGA posição estática

F ig u ra 10 3: C on tr a ção i somé t ri ca.

I S O TÔ NI C A

Est e ti po de con t ração pe rmi te que o corpo se m ov i me nt e. Su bdi vi de -


se e m doi s ti po s:

C o n c ê n tri c a - as i n se rç ões mu scul are s se aprox i mam, cau san do a


mov i me nt aç ão d a arti cu l ação . U sand o o e xe mpl o de se g urar u m obj et o n as
mãos, se o mú scul o bí cep s b ra qu i al se c on t rai r de man e i ra c on c ên tri ca, a
arti cu l ação do cot ov el o fl ex i onará e a mão i rá se move r n a di re ção d o
ombr o, con t ra a g ravi dade. D e modo se me lhan te , n a re ali z açã o de
e xe rcí ci o s abdomi n ai s, os mú sc ulo s do abdome dev em con t rai r- se
con ce n t ri camen te para e rg ue r o t ron c o.

Fig u ra 10 4: O s mú s culo s abd omi nai s c on t rae m -se para e le var


o corpo de mane i ra con c ên tri ca .

99
E xc ên tr i c a - são aqu e la s e m q ue as fi bra s mu sc ulare s tr abalh am d e
mane i ra c on trol ad a p ar a desace le ra r movi me n t os n os quai s a g ravi dade,
caso n ão sej a i m pe di da, pos sa se r ráp i da demai s. P or e x e mpl o, abai x ar u m
obj et o seg ur ado p el a mão e posi ci on ado n a p arte la te ral do c orpo. Out ro
e xe mpl o si mpl es é sen t ar-se e m u ma cade i ra ou a bai x ar o tron co após u m
e xe rcí ci o abdomi n al. P ort an t o, a di fe re n ça e nt re u ma con t raçã o
con cên tri ca e u ma e xcên t ri ca é que , n a pri me i ra, o m ú sc ulo se e n cu rta, e
n a seg un da, e le se along a

contrai-se excentricamente
controlado do antebraço

Fig u ra 10 5 : C on t ra ção i sotô ni ca e xc ên t ri ca.

7 .3 A ÇÃ O M U S C U LAR C O NJ U NT A

C om a fi nali dade d e re ali z ar v ári o s m ovi me nt os, o s mú sc ulos tr abalh am


j u n tos, ou e m o po si ção. D e sse m odo, e nqu an to u m m ús c ulo t rabalh a e m u m
se n ti do, ou t ro t ra balh a n o sen ti do i n ve rs o. O s mús cul os ta mbém at u am
forn e ce n do su port e adi ci on al ou e st abi l i zação p ar a cer to s movi me n t os
re ali z ado s c om parte s d o cor po à s quai s pode m n ão e st ar re laci on ado s.
Os mú sc ulos são cl assi fi cad os e m qua tro g ru po s fu n ci on ai s:

A gon i st a o u mo to r pri má ri o
A nt ag oni st a
Si n ergi st a
F i x ador

100
AG ONIS T A O U MOT OR P RI MÁRI O

U m agon i st a ( t am b ém ch amad o mot o r p ri má ri o) e u m m úsculo que se


con t rai para p ro du zi r u m movi me nt o e specí fi co. U m e xe mpl o é o mú sc ul o
bí ceps b raqu i al, q ue é o agon i st a da flex ão do cot ov el o. O u t ro s mú sc ulos
pode m aux i li ar o a gon i st a n a e xe cu ç ão do mes mo movi me nt o, e mbo ra c om
men or e fe i to. E ss es mú scul os s ão den omi nad os aux i li ares o u mot ore s
se cun dári os. P or e xe mpl o, o mú sc u lo braqu i al aj u da o mús culo bí cep s
braqu i al n a flex ã o do c ot ov el o, se n do por ta nt o u m au x i li ar.

AN T AG O NIS TA
O mú sc ulo q ue se si tu a n o lado opo st o ao do ago n i st a e que re lax a
e nquan to o ago n i st a c on tr ai é de n omi nado a nt ag oni st a. P or e xe mpl o,
quand o o bí ce ps braqu i al n a re g i ã o ant e ri o r d o braço se con t rai para
fl ex i ona r o cot ov el o, o t rí ceps b ra qu i al n a re g i ão p oste ri or d o braço
re lax a para per mi t i r que e sse mov i m e nt o o co rr a. Quan do o m ovi me nt o é
i n ve rso, i s to é, n a e xt en são d o cot ov el o, o t rí cep s b raqu i al to rna-se o
agon i st a, e o bí cep s braqu i al assu me o pape l de ant ag oni st a.

Bíceps e braquial
(antagonistas relaxam o Tríceps (agonista,
antebraço) contrai o
antebraço)

Deltóide Deltóide (fixador,


(fixador, estabiliza o braço)
estabiliza o
braço)
Bíceps e braquial
Tríceps (agonistas
(antagonista, sinergistas
relaxa o trabalhando em
antebraço) conjunto)

A B

Fig u ra 10 6 : A çã o mus cula r con j u nt a: a) fl ex ão do ant eb raço, e b)


e xt en são do ant e braço ( de mon st ra ndo as açõe s re v er sa s do ago n i st a e
do ant ag oni sta) .

101
SIN E RGI ST AS

Os m úsc ulo s si ne rg i stas e vi tam mov i m e nt os i n desej áv ei s que pode m


oco rre r dur an te a con t raçã o do agon i st a. Is so é e spe ci alme nt e i mpor tan te
quand o o mú sc ulo agon i st a c ru za dua s arti cu laç õe s, u ma v ez que duran t e
a su a c on t ração p ro mov e o movi me n t o de ambas as arti cu laç õe s, a n ão
ser que out ros mú s culo s e st abi l i ze m u ma del as. P or e xe mpl o, os mú sc ulo s
que fl ex i ona m o s dedos n ão c ru z am some nt e as a rti cu laçõe s d os dedo s,
mas t ambém a a rt i cu lação do pu n h o, de modo que te n de m a cau sar
mov i me nt os e m a mbas a s art i cu laç õe s. Ent re ta nt o, i sso oco rre p or qu e
out ro s mú sc ul os a tu am de forma si nérgi ca n a arti cu lação do p un h o,
e st abi li zan do -a para que a fl ex ã o d os dedo s pos sa a con te ce r se m que
e ssa arti cu laç ão n e cessari ame nt e se m ovi me nt e.

C omo u m m ús culo agon i st a pode apr esen ta r mai s de u ma ação, o s


si ne rg i s ta s a tu am par a i mpedi r movi me nt os i n de sej áv ei s. P or e xe mpl o, o
músc ulo bí ceps b ra qu i al pode fl ex i ona r o cot ov el o, assi m como pro mov e r a
supi n ação do ant e bra ço (g i ra r o ant ebra ço, com o n a ação de a pe rt ar u m
parafu so ).Se o mov i me nt o desej ado for o de fl ex ão se m e nv ol vi me n to d e
supi n ação, out ros mú sc ulos dev em con t rai r para i m pedi r a supi n ação.
Nesse con te xt o, tai s si ne rg i sta s são d en omi nados n eu t ral i z adore s.

U m si ne rg i s ta é e speci fi came nt e den omi nado fi xad or ou e st abi li zador


quand o i mobi li z a o oss o e m que se local i za a ori g e m do músculo ago n i st a,
forn e ce n do assi m u ma base e st áv el para a a ção desse m ú sculo . O s
músc ulo s que e st abi l i zam (fi x am) a e scáp u la du ran te os movi me n t os do
membro su peri o r sã o bon s e xe mpl os.

O e xe rcí ci o abd omi nal com fl ex ão d o tron co (si t -u p) é t ambém out ro


bom e xe mpl o: o s m úsculo s abdo mi nai s fi xam-se ta n t o n a pel ve quan to n as
cos te las. Quan do e sses mú sculo s se con tr ae m para per mi ti r a fl ex ã o do
tron co, o s mú s culo s fl ex ore s d o quad ri l se c on tr ae m de mane i ra si né rgi ca
con fo rme o s fi x ad ore s e vi t am q ue os m ús culo s abd o mi nai s i n cli n em a
pel ve , pos si bi li t an d o que o t r on c o se movi me nt e para a fre nt e e nqu an to a
pel ve perman ece e st áv el .

102
7.4 MÚSCULOS DA CABEÇA E PESCOÇO

Músculo Origem Inserção Ação Inervação


Estica a pele do
Pele por baixo
Base da pescoço, forma
Platisma da clavícula, N. facial - VII
mandíbula pregas
fáscia peitoral
longitudinais
Músculo laterais
Origem Inserção Ação Inervação
do pescoço
Ativo unilateral:
vira a cabeça
para o lado
Cabeça
contralateral;
esternal: Tendão
Ativo bilateral:
longo da face
Proc. mastóide, retifica a
ventral do
Esternocleidoma margem lateral cabeça e N. acessório - XI
esternoCabeça
stóideo da linha nucal traciona-a para (Plexo cervical)
clavicular:
superior a frente, flete as
Tendão curto do
vértebras
terço esternal da
cervicais
clavícula
interiores e
estende aos
superiores.
Músculos Supra-
Origem Inserção Ação Inervação
Hióideos
Eleva o assoalho
da boca, abaixa
Linha milo- Rafe milo- N. milo-hióideo -
a mandíbula,
Milo-hióideo hióidea da hióidea, corpo N. mandibular
eleva o hióide
mandíbula do hióide (V3)
durante a
deglutição

Ventre
anterior:N. milo-
hióideo (N.
Incisura
Fossa digástrica Suporta o M. mandibular -V3)
Digástrico mastóidea do
da mandíbula milo-hióideo Ventre
temporal
posterior:R.
digástrico (N.
facial - VII)

103
Corpo do hióide
com duas faixas
Processo parciais que Puxa o hióide
R. estilo-hióideo -N.
Estilo-hióideo estilóide do abarcam o dorso
facial - VII
temporal tendão cranialmente
intermédio do M.
digástrico
Tendão curto
da espinha Suporta o M. Rr. ventrais de C1-
Gênio-hióideo Corpo do hióide
geniana da milo-hióideo C2
mandíbula
Músculos Infra-
Origem Inserção Ação Inervação
Hióideos

Face interna
Puxa o hióide Alça cervical - Plexo
Esterno-hióideo do manúbrio Corpo do hióide
para baixo cervical
do esterno

Linha oblíqua, da
Face interna
lâmina da Puxa a laringe Alça cervical - Plexo
Esternotireóideo do manúbrio
cartilagem para baixo cervical
do esterno
tireóidea
Face externa
Aproxima o
da lâmina da Alça cervical - Plexo
Tireo-hióideo Corpo do hióide hióide e a
cartilagem cervical
laringe
tireóidea
Estica a fáscia
cervical através
da aderência
Ventre inferior: de seu tendão
Margem Ventre superior: intermédio com Alça cervical - Plexo
Omo-hióideo
superior da Corpo do hióide a bainha cervical
escápula carótica,
mantém a V.
jugular interna
aberta

104
Músculos
Origem Inserção Ação Inervação
Escalenos

Coluna
vertebral: Flete a
Tubérculos
Tubérculo do coluna vertebral
anteriores dos
músculo cervical para o
Procc. Ramos diretos do
Escaleno escaleno lado Toráx: Eleva
transversos da Plexo cervical e
Anterior anterior da a primeira
3ª à 6ª Plexo braquial
primeira costela e o tórax
vértebras
costela (Músculo da
cervicais
respiração,
inspiração)

Coluna
vertebral: Flete a
Tubérculos dos Primeira coluna vertebral
Procc. costela, cervical para o
Ramos diretos do
Escaleno transversos da posterior ao lado Toráx: Eleva
Plexo cervical e
Médio 3ª à 7ª sulco da a primeira
Plexo braquial
vértebras artéria costela e o tórax
cervicais subclávia (Músculo da
respiração,
inspiração)

Coluna
vertebral: Flete a
Tubérculos
coluna vertebral
posteriores dos
cervical para o
Procc. Ramos diretos do
Escaleno Segunda lado Toráx: Eleva
transversais da Plexo cervical e
Posterior costela a segunda
5ª e 6ª Plexo braquial
costela e o tórax
vértebras
(Músculo da
cervicais
respiração,
inspiração)

105
Músculos Pré-
Origem Inserção Ação Inervação
Vertebrais

Flete a cabeça
Reto Anterior Processo para o lado e
Ramos ventrais
da Cabeça e transverso e Parte basilar para a frente,
do Plexo
Reto Lateral da massa lateral do occipital gira a cabeça
Cervical
Cabeça do atlas para o lado
(ipsilateral)

Tubérculos
anteriores dos Flete a cabeça
Procc. para a frente, Ramos diretos
Longo da Parte basilar
transversos das gira a cabeça do Plexo
Cabeça do occipital
3ª a 6ª para o lado Cervical
vértebras (ipsilateral)
cervicais

Corpos da 5ª
Procc.
vértebra
transversos da
cervical até a
5ª à 6ª
3ª vértebra
vértebras Flete a cabeça
torácica,
cervicais, para a frente, Ramos diretos
Longo do tubérculos
corpos da 2ª a gira a cabeça do Plexo
Pescoço anteriores dos
4ª vértebras para o lado Cervical
Procc.
cervicais, (ipsilateral)
transversos da
tubérculo
2ª à 5ª
anterior do
vértebras
atlas
cervicais

106
7.5 MÚSCULOS DO OMBRO

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Tubérculo menor do Rotação medial e


Fossa Nervo
Subescapular úmero (manguito adução do
subescapular subescapular
rotador) ombro

Fossa supra Tubérculo maior do


Supra- Abdução do Nervo
espinhal da úmero (manguito
espinhal ombro supraescapular
escápula rotador)

Superfície Tubérculo maior do Rotação lateral e


Nervo
Infra-espinhal posterior da úmero (manguito adução do
supraescapular
escápula rotador) ombro

Escápula Tubérculo maior do Rotação lateral e


Redondo
posterior, úmero (manguito adução do Nervo axilar
menor
borda lateral rotador) ombro

Face
Lábio medial do
posterior do Rotação medial e
Sulco Nervo
Redondo maior ângulo adução do
intertubercular do subescapular
inferior da ombro
úmero
escápula

Terço final da
clavícula, Abdução,
Tuberosidade
Deltóide acrômio e extensão e Nervo axilar
deltóidea do úmero
espinha da flexão
escápula

107
7.6 MÚSCULOS DO BRAÇO

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Tubérculo supra Flexão e


Tuberosidade Nervo
Bíceps braquial glenoidal e supinação do
do rádio musculocutâneo
processo antebraço

Processo Flexão e
Terço médio Nervo
Coracobraquial coracóide da adução do
do úmero musculocutâneo
escápula ombro

Face anterior da Processo


Flexão do Nervo
Braquial metade distal do coronóide da
antebraço musculocutâneo
úmero ulna

Tubérculo
infraglenoidal,
Extensão do
Tríceps braquial face posterior Olécrano Nervo radial
antebraço
do úmero e sulco
radial

108
7.7 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

Músculo Origem Inserção Ação Inervação


Epicôndilo lateral Extensão do
Ancôneo Olécrano Nervo Radial
do úmero antebraço
Epicôndilo medial
do úmero e Pronação e
Metade da face
Pronador redondo processo flexão do Nervo Mediano
lateral do rádio
coronóide da antebraço
ulna
Pronador 1/4 da face 1/4 da face Pronação do
Nervo Mediano
quadrado anterior da ulna anterior do rádio antebraço
Flexão e
Flexor radial do Epicôndilo medial Base do 2º abdução de
Nervo mediano
carpo do úmero metacarpo punho (desvio
radial)
Epicôndilo medial Aponeurose Flexão do
Palmar longo Nervo mediano
do úmero palmar punho
Pele da margem Auxilia o
Aponeurose
Palmar curto medial da palma movimento Nervo ulnar
palmar
da mão em garra
Epicôndilo medial
Base da falange Flexão de
Flexor superficial e processo
média do 2º ao punhos e Nervo mediano
dos dedos coronóide da
5º dedo dedos
ulna
Face anterior da Base da falange Flexão de
Flexor profundo Nervo mediano e
ulna e membrana distal do 2º ao 5º punhos e
dos dedos ulnar
interóssea dedo dedos
Flexão e
Pisiforme,
Flexor ulnar do Epicôndilo medial adução do
hamato e base Nervo ulnar
carpo e olécrano punho (desvio
do 5º metacarpal
ulnar)

109
Músculo Origem Inserção Ação Inervação
Face anterior do
Flexor longo do Falange distal Nervo
rádio e membrana Flexão do polegar
polegar do polegar mediano
interóssea
flexor da
crista supracondilar articulação do
Processo
lateral e septo cotovelo, supina ou
Braquiorradial estilóide do Nervo radial
intermuscular lateral prona o antebraço
rádio
do úmero na posição
anatômica neutra
Crista Extensão do punho
Extensor radial Base do 2º
supraepicondilar e abdução da Nervo radial
longo do carpo metacarpal
lateral do úmero mão(desvio radial)
Extensor radial Epicôndilo lateral Base do 3º metacarpal
Extensão do punho
curto do carpo do úmero metacarpal Nervo radial
Falanges
Extensor dos Epicôndilo lateral médias e distais
Extensão de punho Nervo radial
dedos do úmero do 2º ao 5º
dedo
Tendão
Extensor do Epicôndilo lateral Extensão do 5º
extensor do 5º Nervo radial
dedo mínimo do úmero dedo
dedo
Extensão e adução
Extensor ulnar Epicôndilo lateral Base do 5º
do punho (desvio Nervo radial
do carpo do úmero metacarpal
ulnar)
Face lateral
Epicôndilo lateral Supinação do
Supinador superior do Nervo radial
do úmero antebraço
rádio
Extensor longo Face posterior do Falange distal Extensão do
Nervo radial
do polegar 1/3 médio da ulna do polegar polegar
Tendão
Extensor do Face posterior da Extensão do 2º
extensor do 2º Nervo radial
indicador ulna dedo
dedo
Face posterior do
Abdutor longo rádio e ulna e Base do 1º Abdução do
Nervo radial
do polegar membrana metacarpal polegar
interóssea

110
Músculo Origem Inserção Ação Inervação
Abdutor curto Escafóide e Falange proximal Abdução e flexão Nervo
do polegar trapézio do polegar do polegar mediano
Trapézio,
Flexor curto do Falange proximal Nervo
trapezóide e Flexão do polegar
polegar do polegar mediano
capitato
Oponente do Nervo
Trapézio 1º metacarpal Flexão do polegar
polegar mediano
2 º e 3º
Adutor do Falange proximal Adução do
metacarpal e Nervo ulnar
polegar do polegar polegar
capitato
Oponente do Oposição do
Hamato 5º metacarpal Nervo ulnar
dedo mínimo dedo mínimo
Pele da margem Auxilia o
Aponeurose
Palmar curto medial da palma movimento Nervo ulnar
palmar
da mão emgarra
Flexor curto do Falange proximal Flexão do dedo
Hamato Nervo ulnar
dedo mínimo do dedo mínimo mínimo
Tendões flexores Borda radial no Flexão e extensão Nervo ulnar
Lumbricais
dos dedos dorso dos dedos do 2ºao 5º dedo e mediano
Extensões dos
Interósseos ossos Base da falange
Adução dos dedos Nervo ulnar
palmares metacárpicos dos proximal
dedos
Borda ulnar e
Interósseos Base da falange Abdução dos
radial dos ossos Nervo ulnar
dorsais proximal dedos
metacárpicos

111
7.8 MÚSCULOS DA PAREDE TORÁRICA,
DIAFRAGMA E PAREDE ABDOMINAL

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Borda anterior
da clavícula e Adução, rotação Nervos
Crista do
Peitoral maior face anterior do medial e flexão do peitorais e
tubérculo maior
esterno até a 7ª ombro lateral medial
costela

Depressão do
Face externa da ombro, rotação
Peitoral Processo Nervo peitoral
3ª, 4ª e 5ª inferior da escápula
menor coracóide medial
costelas e elevação das
costelas

Borda superior Face interior da Depressão da Nervo


Subclávio
da 1ª costela clavícula clavícula e do ombro subclávio

Superfícies Ação inspiratória,


Face costal da
Serrátil externas das 8 - rotação, abdução e Nervo
margem medial
anterior 9primeiras depressão da torácico longo
da escápula
costelas escápula

Margem inferior
das costelas, do Margem superior
tubérculo das da costela Nn.
Intercostais Elevam as costelas,
costelas até em adjacente intercostais
externos inspiração
frente ao limite profunda mais (Nn. torácicos)
de cartilagem- próxima
osso

Margem superior
Margem inferior
das costelas, Nn.
Intercostais da costela Abaixam as costelas,
anteriormente intercostais
internos próxima mais expiração
ao ângulo das (Nn. torácicos)
posterior
costelas

Corpo do
Cartilagem Reforçam a parede Nn.
Transverso do esterno, margem
costal das torácica na intercostais
tórax lateral dorsal do
costelas II a VI expiração profunda (Nn. torácicos)
proc. xifóide

112
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Parte esternal:
Face externa do
proc. xifóide,
bainha do músculo
reto do
abdomeParte
costal: Face
externa da
Todas as Respiração
cartilagem costal
partes abdominal N. Frênico
das costelas XII a
Diafragma VIParte lombar:- juntam-se no (inspiração), (Plexo
Parte medial: centro compressão Cervical)
tendíneo abdominal
Corpo da 3ª a 1[
vértebras
lombares- Parte
lateral: Ligamentos
arqueados mediais
e lateral e processo
costal das costelas
I e XII

Flexão do
tronco,
Nn.
Face externa da compressão
Reto do Intercostais
cartilagem costal Sínfise Púbica abdominal,
abdome (Nn.
das costelas V a VII expiração
Torácicos)
(respiração
abdominal)

Nn.
Piramidal Sínfise púbica,
Estica a linha Intercostais
(músculo anterior ao m. reto Linha alba
alba (Nn.
inconstante) do abdome
Torácicos)

113
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Ativo unilateral: gira


o tórax para o lado
contralateral, flete a
coluna vertebral no
Lábio Nn.
Oblíquo lado ipsilateral;
Face externa externo da Intercostai
externo Ativo bilateral:
das costelas V crista s inferiores
do flexão de tronco,
a XII ilíaca, lig. (Nn.
abdome compressão
inguinal Torácicos)
abdominal,
expiração
(respiração
abdominal)

Margem
inferior da
cartilagem
costal das
Ativo unilateral: gira Nn.
costelas IX
o tórax para o lado Intercostai
Lâmina a XII,
ipsilateral, flete a s inferiores
superficial da acima da
coluna para o lado (Nn.
aponeurose linha
Oblíquo ipsilateral; Ativo Torácicos);
toracolombar, arqueada,
interno do bilateral: flexão de N. ílio-
linha forma as
abdome tronco, compressão hipogástric
intermédia da lâminas
abdominal, o; N.
crista ilíaca, anterior e
expiração ilioinguinal
lig. inguinal posterior
(respiração (Plexo
da bainha
abdominal) lombar)
do
músculo
reto do
abdome

114
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Face interna Acima da


da linha
Nn. Intercostais
cartilagem arqueada,
inferiores (Nn.
costal das forma a
Compressão Torácicos);N.
costelas VII- lâmina
Transverso abdominal, ílio-
XII, posterior da
do expiração hipogástrico; N.
aponeurose bainha do
abdome (respiração ilioinguinal
toracolombar músculo reto
abdominal) (Plexo lombar);
, lábio interno do abdome,
N.
da crista abaixo forma
genitofemoral
ilíaca,lig. a lâmina
inguinal anterior

Envolve o
Deriva do m. funículo
oblíquo espermático; Traciona os
N.
Cremaster interno e do nas testículos
genitofemoral
m. transverso mulheres, o para cima
do abdome lig. redondo
do útero

115
7.9 MÚSCULOS DO DORSO

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Linha nucal Borda


Elevação e
superior, posterior da
depressão do
ligamento nucal e clavícula, Nervo
Trapézio ombro, adução e
processos acrômio e acessório
rotação superior
espinhosos da C7 espinha da
das escápulas
a T12 escápula

Processos Adução, extensão


Face
espinhosos das e rotação medial
Latíssimo do proximal e Nervo
vértebras do braço e
dorso distal do toracodorsal
torácicas e depressão do
úmero
lombares ombro

Processo Ângulo Elevação e


Levantador Nervo dorsal
transverso do superior da adução da
da escápula da escápula
atlas até à C4 escápula escápula

Adução e rotação
Processos Borda inferior das
Nervo dorsal
Romboides espinhosos de C7 medial da escápulas e
da escápula
à T5 escápula elevação do
ombro

Proc. espinhoso
Nn.
da 6ª e 7ª
Serrátil intercostais
vértebras Costelas II a Eleva as costelas-
posterior superiores
cervicais e 1ª e 2ª V inspiração
superior (Nn.
vértebras
torácicos)
torácicas

Proc. espinhoso
Abaixa as Nn.
da 11ª e 12ª Margem
Serrátil costelas IX a XII, intercostais
vértebras inferior das
posterior ativo na superiores
torácicas e 1ª e costelas IX a
inferior inspiração (Nn.
2ª vértebras XII
forçada torácicos)
lombares

116
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Procc. espinhosos
das vértebras Ativo unilateral: Rr.
Iliocostal do Ângulo das
lombares, face flexão lateral posteriores
lombo parte costelas da XII
posterior do sacro, Ativo bilateral: dos Nn.
lombar aV
terço posterior da extensão lombares
crista ilíaca

Ativo unilateral: Rr.


Iliocostal do Costelas XII a VII Ângulo das
flexão lateral posteriores
lombo parte mediais ao angulo costelas VII a I
Ativo bilateral: dos Nn.
torácica das costelas
extensão torácicos

Tubérculo
posterior do
Ativo unilateral: Rr.
Costelas VII a III proc.
Iliocostal do flexão lateral posteriores
mediais ao ângulo transverso da
pescoço Ativo bilateral: dos Nn.
das costelas 6ª a 3ª
extensão cervicais
vértebras
cervicais

Proc. mamilar
da 5ª vértebra Ativo unilateral: Rr.
Longuíssimo Longuíssimo do lombar, proc. flexão lateral posteriores
do tórax pescoço costal da 4ª a Ativo bilateral: dos Nn.
1ª vértebras extensão espinhais
lombares

Tubérculo
Proc. transverso da posterior do
Ativo unilateral: Rr.
6ª a 1ª vértebras proc.
Longuíssimo flexão lateral posteriores
torácicas e da 7ª a transverso da
do pescoço Ativo bilateral: dos Nn.
3ª vértebras 5ª a 2ª
extensão espinhais
cervicais vértebras
cervicais

117
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Proc. transverso Margem Ativo unilateral: Rr.


Longuíssimo da 3ª vértebra posterior do flexão lateral posteriores
da cabeça torácica até a 3ª proc. Ativo bilateral: dos Nn.
vértebra cervical mastóide extensão espinhais

Ativo unilateral:
flexão lateral,
Tubérculo
rotação da
posterior do
Proc. espinhoso coluna vertebral Rr.
proc.
Esplênio do da 3ª vértebra cervical e da posteriores
transverso
pescoço torácica até a 6ª cabeça para o dos Nn.
da 2ª a 1ª
vértebra cervical lado ipsilateral cervicais
vértebras
Ativo bilateral:
cervicais
extensão da
coluna vertebral

Ativo unilateral:
flexão lateral,
rotação da
Proc. espinhoso coluna vertebral Rr.
Esplênio da da 3ª a 7ª Proc. cervical e da posteriores
cabeça vértebras mastóide cabeça para o dos Nn.
cervicais lado ipsilateral cervicais
Ativo bilateral:
extensão da
coluna vertebral

Elevam as Rr.
Proc. transverso
costelas, flexão posteriores
Levantadores da 11ª vértebra Costelas XII
lateral e rotação doN.
das costelas torácica ate a 7ª aI
da coluna cervical e do
vértebra cervical
vertebral N. torácico

Proc. espinhoso
Proc.
da 2ª a 1ª Ativo unilateral: Rr.
espinhoso
Espinal do vértebras flexão lateral posteriores
da 9ª a 2
tórax lombares e 12ª a Ativo bilateral: dos Nn.
vértebras
10ª vértebras extensão espinais
torácicas
torácicas

118
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Proc. espinhoso
Proc.
da 3ª a 1ª Ativo unilateral: Rr.
espinhoso
Espinal do vértebras flexão lateral posteriores
da 5ª a 2ª
pescoço torácicas e 7ª a Ativo bilateral: dos Nn.
vértebras
6ª vértebras extensão espinais
cervicais
cervicais

Proc. espinhoso
da 3ª a 1ª Ativo unilateral: Rr.
Espinal da vértebras Escama do flexão lateral posteriores
cabeça torácicas e 7ª a occipital Ativo bilateral: dos Nn.
6ª vértebras extensão espinais
cervicais

Raiz do
proc. Ativo unilateral:
Proc. mamilares
espinhoso flexão lateral
das vértebras Rr.
da 3ª a 1ª segmentar,
lombares e proc. posteriores
Rotadores vértebras rotaçãoAtivo
transversos das dos Nn.
lombares e bilateral:
vértebras espinais
12ª a 1ª extensão
torácicas
vértebras sementar
torácicas

Face posterior do
sacro, porção
Proc.
posterior da
espinhoso
crista ilíaca,
da 5ª a 1ª Ativo unilateral:
procc. mamilares
vértebras flexão lateral
das vértebras Rr.
lombares, segmentar,
lombares e proc. posteriores
Multífidos 12ª a 1ª rotaçãoAtivo
transversos das dos Nn.
vértebras bilateral:
vértebras espinais
torácicas e extensão
torácicas e proc.
articular inferior 7ª a 2ª sementar
vértebras
da 7ª a 4ª
cervicais
vértebras
cervicais

119
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Proc. Ativo unilateral:


espinhoso rotação da
Proc. transverso Rr.
da 3ª coluna vertebral e
Semiespinhal da 11ª a 7ª posteriores
vértebra cabeça para o
do tórax vértebras dos Nn.
torácica até lado contralateral
torácicas espinais
a 6ª vértebra Ativo bilateral:
cervical extensão

Ativo unilateral:
Proc. rotação da
Proc.transverso Rr.
espinhoso coluna vertebral e
Semiespinhal da 6ª vértebras posteriores
da 6ª a 3ª cabeça para o
do pescoço torácicas até a 7ª dos Nn.
vértebras lado contralateral
vértebra cervical espinais
cervicais Ativo bilateral:
extensão

Ativo unilateral:
rotação da
Proc. transverso Rr.
coluna vertebral e
Semiespinhal da 7ª vértebra Escama do posteriores
cabeça para o
da cabeça torácica até a 3ª occipital dos Nn.
lado contralateral
vértebra cervical espinais
Ativo bilateral:
extensão

120
7.10 MÚSCULOS DO QUADRIL

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Coluna vertebral
lombar: Flexão
Trocanter lateralQuadril: flexão Rr. musculares
Ilíaco Fossa ilíaca
menor e rotação medial a (Plexo lombar)
partir da rotação
lateral

Coluna vertebral
Parte lateral dos
lombar: Flexão
corpos da 12ª
Trocanter lateralQuadril: flexão Rr. musculares
Psoas maior vértebra torácica
menor e rotação medial a (Plexo lombar)
até a 4ª vértebra
partir da rotação
lombar
lateral

Parte lateral dos


corpos da 12ª Coluna vertebral
Psoas Arco Rr. musculares
vértebra torácica lombar: Flexão
menor iliopectíneo (Plexo lombar)
e 1ª vértebra lateral
lombar

Quadril: extensão,
Face glútea da Trato ílio
rotação lateral,
Glúteo asa do ílio dorsal tibial e N. glúteo inferior
abdução e
máximo à linha glútea tuberosidade (Plexo sacral)
aduçãoJoelho:
posterior glútea
estabiliza extensão

Face glútea da Quadril: abdução,


Ápice do
Glúteo asa do ílio entre flexão, rotação N. glúteo superior
trocânter
médio as linhas anterior medial e lateral e (Plexo sacral)
maior
e posterior extensão

Face glútea da Quadril: abdução,


Ápice do
Glúteo asa do ílio entre flexão, rotação N. glúteo superior
trocânter
mínimo as linhas anterior medial e lateral e (Plexo sacral)
maior
e inferior extensão

121
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Quadril: flexão,
Tíbia, abaixo
Tensor da Espinha ilíaca abdução, rotação
do côndilo N. glúteo superior
fáscia lata anterosuperior medialJoelho:
lateral
estabiliza flexão

Ápice do N. do músculo
Face pélvica Rotação lateral,
Piriforme trocânter piriforme - Plexo
do sacro abdução
maior sacral

Ápice do N. do músculo
Obturador Forame
trocânter Rotação lateral obturador interno-
interno obturado
maior Plexo sacral

Tendão do
N. do músculo
Gêmeo Espinha músculo
Rotação lateral obturador interno-
superior isquiática obturador
Plexo sacral
interno

Tendão do
N. do músculo
Gêmeo músculo
Túber isquiático Rotação lateral quadrado femoral-
inferior obturador
Plexo sacral
interno

Crista N. do músculo
Quadrado Rotação lateral e
Túber isquiático intertrocanté quadrado femoral-
femoral adução
rica Plexo sacral

Obturador Forame Fossa Rotação lateral, N. obturatório - Plexo


externo obturado trocantérica adução lombar

122
7.11 MÚSCULOS DA COXA

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

M.Reto femoral:
espinha ilíaca ântero
inferior M. Vasto
Medial: Lábio medial
da linha áspera M. Patela,
Quadril:
Vasto Lateral: tuberosidade da
Flexão (só o N. femoral
Quadríceps trocânter maior, lábio tíbia sobre o lig.
reto femoral) (Plexo
femoral lateral da linha patelar e sobre
Joelho: lombar)
áspera M. Vasto os retináculos da
Extensão
intermédio: Face patela
anterior do fêmur M.
Articular do joelho:
quarto distal da face
anterior do fêmur

Quadril:
Flexão, rot.
Face medial da lateral, N. femoral
Espinha ilíaca
Sartório tuberosidade da abdução (Plexo
anterossuperior
tíbia Joelho: lombar)
Flexão, rot.
medial

N. femoral
Quadril:
e
Linha pectínea do Adução,
Pectíneo Trocanter menor obturatóri
púbis flexão, rot.
o (Plexo
lateral
lombar)

Quadril:
Adução, N.
Superficial ao
flexão, rot. obturatóri
Grácil Corpo do púbis côndilo medial
lateral Joelho: o (Plexo
da tíbia
Flexão, rot. lombar)
medial

123
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Terço proximal Quadril: N.


Ramo inferior do do lábio Adução, obturatório
Adutor curto
púbis medial da flexão, rot. (Plexo
linha áspera lateral lombar)

Terço proximal Quadril: N.


do lábio Adução, obturatório
Adutor longo Púbis até a sínfise
medial da flexão, rot. (Plexo
linha áspera lateral lombar)

Lábio medial
N.
Ramo inferior do da linha
Quadril: obturatório
púbis, ramo do áspera,
Adutor magno Adução, rot. (Plexo
ísquio, túber epicôndilo
lateral lombar) eN.
isquiático medial do
isquiático
fêmur

Quadril:
Túber isquiático, Extensão, rot.
N. isquiático
terço medial do Cabeça da lateral,
Bíceps femoral (Plexo
lábio lateral da fíbula adução
sacral)
linha áspera Joelho: Flexão,
rot. lateral

Quadril:
Côndilo Extensão, N. isquiático
Semitendíneo Túber isquiático medial da rot.medialJoel (Plexo
tíbia ho: Flexão, rot. sacral)
medial

Quadril:
Abaixo do Extensão, N. isquiático
Semimembranáceo Túber isquiático côndilo medial rot.medialJoel (Plexo
da tíbia ho: Flexão, rot. sacral)
medial

124
7.12 MÚSCULOS DA PERNA

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Côndilo lateral e Cuneiforme


metade proximal medial e base Dorsiflexão e Nervo fibular
Tibial anterior
da face lateral do 1º inversão do pé profundo
da tíbia metatarsal

3cuneiformes,
cubóide,
Face posterior Plantiflexão e
Tibial posterior navicular e Nervo tibial
da tíbia e fíbula inversão do pé
base do2º ao
4º metatarsais

Face posterior Flexão do hálux,


Flexor longo da fíbula e Falange distal plantiflexão e
Nervo tibial
do hálux membrana do hálux inervação do
interóssea tornozelo

Fíbula anterior e Extensão do hálux,


Extensor longo Falange distal Nervo fibular
membrana dorsiflexão e
do hálux do hálux profundo
interóssea inversão do pé

Côndilo lateral
Falanges média Dorsiflexão, e
Extensor longo da tíbia, fíbula e Nervo fibular
e distal do 2º eversão do pé e
dos dedos membrana profundo
ao 5º dedo extensão dos dedos
interóssea

1/3 distal da
Fibular Base do 5º Nervo fibular
face anterior da Eversão do pé
terceiro metatarsal profundo
fíbula

Côndilo lateral
1ºmetatarsal e
da tíbia e Plantiflexão e Nervo fibular
Fibular longo cuneiforme
cabeça da eversão do pé superficial
medial
fíbula

Face lateral da Base do 5º Plantiflexão e Nervo fibular


Fibular curto
fíbula metatarsal eversão do pé superficial

Flexão do joelho e
Côndilo medial e
Gastrocnêmio Calcâneo plantiflexão do Nervo tibial
lateral do fêmur
tornozelo

124
Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Face posterior
Plantiflexão do
Sóleo da tíbia e Calcâneo Nervo tibial
tornozelo
cabeça da fíbula

Flexão e
Côndilo lateral Faceposterior
Poplíteo rotação medial Nervo tibial
do fêmur da tíbia
do joelho

Falanges Plantiflexão e
Flexor longo Face posterior
distais do 2º inervação do Nervo tibial
dos dedos da tíbia
ao 5º dedo tornozelo

125

8 2 ÚSC OS
7. 13 MÚSCULOS DO PÉ

Músculo Origem Inserção Ação Inervação

Nervo
Quadrado Tendões do flexor
Calcâneo Flexão dos dedos plantar
plantar dos dedos
lateral

Extensor Tendão do 2º, 3º e Nervo


Extensão do 2º, 3º
curto dos Calcâneo 4º extensor longo fibular
e 4º dedo
dedos dos dedos profundo

Extensor Nervo
Falange proximal do
curto do Calcâneo Extensão do hálux fibular
hálux
hálux profundo

Nervo
Abdutor do Falange proximal do Flexão e abdução
Calcâneo plantar
hálux hálux do hálux
medial

Flexor Nervo
Cubóide, cuneiforme Falange proximal do Flexão da falange
curto do plantar
lateral hálux proximal do hálux
hálux medial

3ª a5ª articulações
metatarsofalângicas e
ligamento metatarsal
transverso profundo Abdução do hálux
Nervo
Adutor do (cabeça transversa); Falange proximal do e flexão parcial da
plantar
hálux osso cubóide, hálux falange proximal
lateral
cuneiforme lateral e do hálux
segundo a quarto ossos
metatarsos (cabeça
oblíqua)

Flexor Nervo
Calcâneo e Falange intermédia
curto dos Flexão dos dedos plantar
aponeurose plantar do 2º ao 5º dedo
dedos medial

Nervo
Tendão extensor plantar
Lumbricais Tendão do flexor longo Flexão das
longo dos dedos e medial e
1-7, dos dedos falanges proximais
falanges proximais plantar
lateral

126
7.14 MÚSCULOS E SEUS RESPECTIVOS
MOVIMENTOS

ROTAÇÃO ROTAÇÃO
MÚSCULOS DA COLUNA INCLINAÇÃO
FLEXÃO EXTENSÃO HOMOLATE CONTRALAT
CERVICAL
RAL ERAL
ESTERNOCLEIDOCCIPITOMA
X X X X
STÓIDEO
ESCALENOS (ANT, MÉDIO,
X X X
POST, MÍN)
LONGO DO PESCOÇO X X
LONGO DA CABEÇA X
RETO ANTERIOR DA CABEÇA X
RETO LATERAL DA CABEÇA X X
ESPLÊNIOS DA CABEÇA X X X
ESPLÊNIOS DO PESCOÇO X X X
ILIOCOSTAL DO PESCOÇO X X X
LONGUÍSSIMO DO
X X X
PESCOÇO
LONGUÍSSIMO DA CABEÇA X X X
ESPINAL DO PESCOÇO X X X
SEMI-ESPINAL DO
X X X
PESCOÇO
SEMI-ESPINAL DA CABEÇA X X X
INTERTRANSVERSÁRIOS X X
TRANSVERSOESPINAIS X X
INTERESPINAIS X
ROTADORES
X X X
(CURTO/LONGO)
MULTIFÍDEOS X X X
RETO POSTERIOR MAIOR DA
X X X
CABEÇA
RETO POSTERIOR MENOR
X X X
DA CABEÇA
OBLÍQUO SUPERIOR DA
X X X
CABEÇA
OBLÍQUO INFERIOR DA
X X X
CABEÇA

127
MÚSCULOS DA
INCLINAÇÃO ROTAÇÃO ROTAÇÃO
COLUNA
LATERAL HOMOLATERAL CONTRALATERAL
TORÁCICA/LOMBAR
RETO DO ABDOME X X
OBLÍQUO EXTERNO
X X X
DO ABDOME
OBLÍQUO INTERNO
X X X
DO ABDOME
TRANSVERSO DO
X X
ABDOME
PIRAMIDAL DO
X
ABDOME
ILIOPSOAS (P.MAIOR) X X X X
ILIOPSOAS (P.MENOR) X
QUADRADO DO
X X X
LOMBO
ILIOCOSTAL DO
X X X
TÓRAX
ILIOCOSTAL DO
X X X
LOMBO
LONGUÍSSIMO DO
X X X
TÓRAX
ESPINAL DO TÓRAX X X
SEMIESPINAL DO
X X X
TÓRAX
INTERTRANSVERSÁRIO
X X
S
TRANSVERSOESPINAIS X X
INTERESPINAIS X
ROTADORES
X X X
(CURTO/LONGO)
MULTIFÍDEOS X X X

128
MÚSCULOS
ROTAÇÃO ROTAÇÃO
DA CINTURA ELEVAÇÃO DEPRESSÃO PROTRUSÃO RETRAÇÃO
LATERAL MEDIAL
ESCAPULAR
SUBCLÁVIO X
PEITORAL
X X X
MENOR
SERRÁTIL
X X
ANTERIOR
TRAPÉZIO I X
TRAPÉZIO II X X X
TRAPÉZIO III X
TRAPÉZIO IV X X X
LEVANTADOR
DA X X X
ESCÁPULA
ROMBÓIDE X X X

129
ADU. ABD.
MÚSCULOS DO
FLEX. EXT. ABDU ADU. HORIZO HORIZ
OMBRO MEDIAL LATERAL

DELTÓIDE
ANTERIOR X X X X
(P.Clavicular)
DELTÓIDE MÉDIO
X X X
(P.Acromial) / ANT
DELTÓIDE MÉDIO
X X X
(P.Acromial) / POST
DELTÓIDE
POSTERIOR X X X
(P.Espinal)
SUPRAESPINAL X X
PEITORAL MAIOR
X X X X
(P.CLAVIC)
PEITORAL MAIOR
X X X X
(P. ESTERN)
CORACOBRAQUIAL X X X X
SUBESCAPULAR X X X X X
LATÍSSIMO DO
X X X X
DORSO
REDONDO MAIOR X X X X
INFRAESPINAL X X X
REDONDO MENOR X X
BÍCEPS (P.LONGA) X
BÍCEPS (P.CURTA) X X X X
TRÍCEPS (P.LONGA) X X

F le x: F le xão; Ex t : E xt en são; A BD : A bd u ção; A DU : A du ç ão


Magu i to Mus culo t en di noso ( Rot ado r) = Sup rae spi n al , In fr ae spi nal, Red ond o
Men or, Sube sc apu l ar

130
MÚSCULOS DO
FLEXÃO EXTENSÃO PRONAÇÃO SUPINAÇÃO
COTOVELO
BÍCEPS BRAQUIAL X X
BRAQUIAL X
BRAQUIORRADIAL X X X
PRONADOR REDONDO X X
PRONADOR QUADRADO X
TRÍCEPS BRAQUIAL X
ANCÔNEO X X
SUPINADOR X
FLEXOR RADIAL DO
X X
CARPO
FLEXOR ULNAR DO
X
CARPO
PALMAR LONGO X
EXTENSOR RADIAL
X X
LONGO DO CARPO
EXTENSOR RADIAL
X
CURTO DO CARPO
EXTENSOR ULNAR DO
X
CARPO
FLEXOR SUPERFERCIAL
X
DOS DEDOS
EXTENSOR DOS DEDOS X
EXTENSOR DO
X
DEDO MÍNIMO
EXTENSOR LONGO
X
DO POLEGAR
ABDUTOR LONGO
X
DO POLEGAR

131
MÚSCULOS DO PUNHO FLEXÃO EXTENSÃO DESVIO RADIAL DESVIO ULNAR
FLEXOR RADIAL DO CARPO X X
FLEXOR ULNAR DO CARPO X X
PALMAR LONGO X
EXTENSOR
X X
RADIAL LONGO DO CARPO
EXTENSOR
X X
RADIAL CURTO DO CARPO
EXTENSOR
X X
ULNAR DO CARPO
FLEXOR PROFUNDO
X
DOS DEDOS
FLEXOR SUPERFICIAL
X
DOS DEDOS
EXTENSOR
X
DOS DEDOS
EXTENSOR
X
DO ÍNDEX
EXTENSOR
X
DO DEDO MÍNIMO
EXTENSOR
X
LONGO DO POLEGAR
EXTENSOR CURTO
X X
DO POLEGAR
ABDUTOR LONGO DO
X
POLEGAR
FLEXOR LONGO DO POLEGAR X X

132
MÚSCULOS/INTERFALÂNGICAS FLEXÃO EXTENSÃO ABDUÇÃO ADUÇÃO

FLEXOR PROFUNDO DOS


X X
DEDOS
FLEXOR SUPERFICIAL DOS
X
DEDOS
EXTENSOR DOS DEDOS X X
EXTENSOR DO ÍNDEX X X
EXTENSOR DO DEDO MÍNIMO X X
LUMBRICAIS X X
INTERÓSSEO DORSAL X X
INTERÓSSEO PALMAR X X
EXTENSOR LONGO DO
X
POLEGAR
FLEXOR LONGO DO POLEGAR X

MÚSCULOS DA 1ª
FLEXÃO EXTENSÃO ABDUÇÃO ADUÇÃO OPONÊNCIA
CARPOMETACÁPICA
EXTENSOR LONGO DO
X X
POLEGAR
EXTENSOR CURTO DO
X X
POLEGAR
ABDUTOR LONGO DO
X
POLEGAR
FLEXOR LONGO DO
X X
POLEGAR
FLEXOR CURTO DO POLEGAR X X
OPONENTE DO POLEGAR X
ABDUTOR DO POLEGAR X
ADUTOR DO POLEGAR X X

133
MÚSCULOS DO ROT. ROT.
FLEX EXT ABD ADU ANTE RETRO
QUADRIL MEDIAL LAT
PSOAS X X X
ILÍACO X X X
SARTÓRIO X X X X
RETO FEMORAL X X X
PECTÍNEO X X X X
TENSOR DO TIT X X X X
GLÚTEO MÁXIMO X X X X X
BÍCEPS FEMORAL
X X X
(P.LONGA)
SEMITENDÍNEO X X X X
SEMIMEMBRANÁCEO X X X X
GLÚTEO MÉDIO X X X X X X X
GLÚTEO MÍNIMO X X X X X X
GRÁCIL X X X
ADUTOR LONGO X X X X
ADUTOR BREVE X X X X
ADUTOR MAGNO X X X X X X X
ROTADORES
X X X X
LATERAIS

F le x: F le xão; E xt : Ext en sção; A bd: A bdu çã o; A du : A du ç ão; R ot : Rot aç ão;


Lat : L at e ral ; A n t e: A nt ev e rsão; Re t ro: Ret rove rsão

P i ri fo rme (A bd) ( Re t rov ) , Obt u rado r In te rn o (A bd) (Re t rov ), Obt u rado r
Ext e rn o(A bd) (A n t ev er), Quadrado F emoral( Re t r ov ), Gê me o Supe ri o r,
Gême o In fe ri or; L ombare s (A n te ve r) , A bdomi nai s (Re tr ov )

134
MÚSCULOS DO ROTAÇÃO
FLEXÃO EXTENSÃO ROTAÇÃO MEDIAL
JOELHO LATERAL
SEMITENDÍNEO X X
SEMIMEMBRANÁCEO X X
BÍCEPS FEMORAL X X

RETO FEMORAL X

VASTO LATERAL X

VASTO INTERMÉDIO X
VASTO MEDIAL X
SARTÓRIO X X
GRÁCIL X X
POPLÍTEO X X
GASTROCNÊMIO X
PLANTAR X
Músc ulo d a P at a de Gan s o = Se mi t e ndí n eo, S art óri o e Grá ci l

MÚSCULOS DO FLEXÃO FLEXÃO EXTENSÃO


DORSIFLEXÃO INVERSÃO EVERSÃO
TORNOZELO/PÉ
TIBIAL ANTERIOR X X
EXT LONGO DOS
X X X
DEDOS
FIBULAR TERCEIRO X X
EXT LONGO DO
X X X
HÁLUX
GASTROCNÊMIO X
PLANTAR X
SÓLEO X
FIBULAR LONGO X X
FLEXOR LONGO
X X X
DOS DEDOS
FLEXOR LONGO DO
X X X
HÁLUX
TIBIAL POSTERIOR X X
FIBULAR CURTO X X

135
MÚSCULOS/ARTELHOS FLEXÃO EXTENSÃO ABDUÇÃO ADUÇÃO

FLEXOR LONGO DO HÁLUX X


FLEXOR CURTO DO HÁLUX X
FLEXOR LONGO DOS DEDOS X
FLEXOR CURTO DOS DEDOS X
FLEXOR CURTO DO 5º DEDO X
QUADRADO PLANTAR X
LUMBRICAIS X X
INTERÓSSEOS DORSAIS X X
INTERÓSSEOS PLANTARES X X
EXTENSOR LONGO DOS
X
DEDOS
EXTENSOR CURTO DOS
X
DEDOS
EXTENSOR LONGO DO HÁLUX X
ABDUTOR DO HÁLUX X
ABDUTOR DO 5º DEDO X
ADUTOR DO HÁLUX X

136
REFERÊNCIAS

137
REFERÊNCIAS
1. Gray' s an at omi a: A B ase A natô mi ca da P rá ti ca C lí ni c a. 4 . e d. Ri o de
J an ei ro, Gua n aba ra Koog an , 2 02 1.
2 . NEU MA NN, DA C i n esi ologi a do apare lh o musc uloe sque léti co :
fun da men t os para a re abi li t aç ão fí si ca . Ri o de J an e i ro: Gu an aba ra
Koog an , 2 01 9.
3. K . L . M oore, A . F . D al le y, A . M. R. A g u r: C li ni cally Ori en t e d A nato my, 8 th
e di ti on , L i ppi n cot t Wi l li ams & Wi l ki n s, 2 01 9.
4 . SOB O TTA , J. A tl as de A na tomi a H umana . 2 4. e d. Ri o de Jan ei ro:
Gu an ab ara Koogan , 2 01 8.
5. H A LL , J oh n Edw ard ; GU YT ON, A rt hu r C . Guy t on & H al l t rat ado de
fi si ol og i a médi ca. 1 4 e d. Ri o de J an ei ro: El sev i e r, 2 02 1.
6. N ETTE R: F rank H . Net te r A tlas D e A na tomi a H u man a. 7 e d. Ri o de
J an ei ro, Else v i e r, 2 01 9.
7. N ETTE R : F ran k H . Net te r A tl as D e A nat omi a H um an a. 5 e d. Ri o de
J an ei ro, Else v i e r, 2 01 1.
8 . MA CH A D O, A ng e lo B . M; H A E RTEL, L uci a M .. Ne u ro ana tomi a F u n ci on al.
3 e d. S ão P au lo: E di tora A th en e u, 2 01 4.
9. B EA R, Mark F .; C ONN O RS, B ar ry W.; P ARA DI SO, Mi chae l A ..
Neu ro ci ênci a s: de s ve n dando o si st e m a n e rvo so . 4 e d. P or to A le gre :
A rt me d, 2 01 7.
10. H OU GLU M, P eg g y A .; B ERTO TI, D ol ore s B .. C i n esi ologi a clí n i ca de
B ru nn st rom . 6 e d. B arue ri : Manole , 2 01 4.
11 . J A RMEY, C hri s . M ús culos : u m a abo rd age m con ci sa . 2 00 8 .
12 . LIP P ERT, L yn n S. . C i n esi ologi a clí n i ca e ana tomi a. 5 e d. Ri o de J an ei ro :
Gu an ab ara Koogan , 2 01 3.
13. T O RT O RA , Ge rard J .. P ri n cí pi o s de anato mi a e fi si ol og i a. 14 e d. Ri o de
J an ei ro: Gu an aba ra Kooga n , 2 01 9.
14 . JA RM EY , C h ri s. Mús culo s: u ma abo rdage m con ci sa . 2 008 .

138

Você também pode gostar