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Seu papel é acalmar os nervos do sistema nervoso central. Altos níveis de GABA
melhoram o foco mental e o relaxamento; enquanto níveis baixos podem causar
ansiedade e também têm sido associados a epilepsia. A função principal do GABA
como neurotransmissor inibidor é desacelerar a atividade cerebral. Além disso,
também está envolvido na visão, no sono, no tônus muscular e no controle motor. É
amplamente distribuído tanto dentro quanto fora do sistema nervoso central.
Neurotransmissor que controla nossas emoções.
GABA, principal neurotransmissor inibitório do cérebro, sendo sintetizado a partir do
aminoácido glutamato por meio de ações da enzima ácido glutâmico descarboxilase.
Receptores gabaérgicos: Existem basicamente dois tipos de receptores
gabaérgicos: GABA A e GABA B. Os receptores de GABA B apresentam localização
pré e pós-sináptica, enquanto o GABA A tem sua localização pós-sináptica.
Atuam duas importantes classes de fármacos, conhecidas como benzodiazepínicos
e barbitúricos.
Fármacos que atuam sobre a transmissão GABA.
Ansiedade e Depressão
Ansiedade
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por
tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou
estranho. A ansiedade e o medo estão intimamente relacionados. O medo é uma resposta
adaptativa a situações de perigo, sendo expresso pela resposta de luta-ou-fuga mediada
pela divisão simpática do sistema nervoso autônomo.
A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são
exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo. Interferindo:
❏ Com a qualidade de vida;
❏ O conforto emocional; e
❏ O desempenho diário do indivíduo.
Os distúrbios da ansiedade ocorrem em qualquer idade, sendo associados a vários
sintomas estressantes, como guerra, ameaças corporais, nervosismo, insônia e queixas
somáticas.
Outros fatores de estresse podem ser medicações ou condições médicas gerais, mas o
início é geralmente espontâneo.
Clinicamente, é útil considerar tais distúrbios em algumas síndromes diferentes, as quais
incluem:
❏ Transtorno de pânico (TP) e agorafobia;
❏ Fobias específicas e fobia social;
❏ Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT);
❏ Transtorno de ansiedade generalizada (TAG); e
❏ Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
A característica dos transtornos de ansiedade é a resposta inadequada ao estresse,
regulada pelo sistema nervoso.
É caracterizada por comportamento de esquiva, aumento da vigilância e do alerta,
ativação da divisão simpática do sistema nervoso e liberação de cortisol pelas glândulas
adrenais.
Esta resposta é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA).
Depressão
Síndrome na qual há episódios persistentes de humor negativo ou anedonia + sintomas
de origem somática e emocional.
Diversas teorias foram desenvolvidas com o intuito de esclarecer a fisiopatologia da
depressão.
A mais aceita no meio científico postula que a diminuição dos neurotransmissores
dopamina, serotonina e noradrenalina está diretamente relacionada com o desenvolvimento
da doença.
Os sintomas relacionados com o humor podem ser caracterizados por sua expressão
afetiva.
Tabela 9 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por tipo e acesso
ao serviço de reabilitação indicado. Salvador, 2005 a 2015.
Doença de Parkinson:
Revisão Bibliográfica
Eduardo Matias dos Santos Steidl, Juliana Ramos Ziegler e Fernanda Vargas Ferreira
RESUMO
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, idiopática, que afeta
principalmente pessoas acima dos 60 anos. O objetivo, neste artigo, foi rever os principais
aspectos etiopatogênicos, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos, cujo impacto ocorre no
parkinsoniano devido às limitações funcionais, como rigidez, bradicinesia, tremor e
alterações posturais. Além disso, a doença atinge as estruturas econômicas e sociais.
Palavras-chave: transtornos parkinsonianos, envelhecimento, tratamento.
Doença de Parkinson
Os fatores emocionais têm forte influência na descoberta e tratamento da DP tanto para
o paciente quanto para os familiares e cuidadores, pois influencia diretamente sobre o
tratamento.
O diagnóstico da doença de Parkinson é um trauma muito forte para o portador, pois
além de aprender a lidar com os aspectos físicos da doença, deve estar preparado
emocionalmente para o rotineiro tratamento da doença. É comum pacientes com DP
entrarem em conflitos emocionais com seu mal e em constantes fases de depressão.
Cerca de 40% dos portadores de DP entram em depressão, ocorrendo de forma bimodal,
ou seja, no início e final da doença. Quando passa o estado inicial da doença e aumenta o
comprometimento físico do portador, a depressão tende a progredir.
Doença de Parkinson
❏ Descrita por James Parkinson em 1817;
❏ É um distúrbio degenerativo do movimento; e
❏ É a segunda doença neurodegenerativa mais comum (perdendo somente para o
Alzheimer).
Fisiopatologia
❏ Desde 1960 observam-se níveis baixos de dopamina em cérebros post mortem de
pacientes com doença de Parkinson.
Marcação com F-DOPA. Visualização por PET-SCAN
Acredita-se que a causa das mortes dos neurônios dopaminérgicos são genéticas e
decorrente de fatores ambientais. O início da patologia ocorre geralmente próximo aos 60
anos de idade.
No que concerne à genética, pacientes que possuem parentes de primeiro grau que
tiveram doença de Parkinson, têm de duas a três vezes mais chances de desenvolver a
mesma doença.
Por se tratar de uma doença degenerativa progressiva, na ausência de tratamento, em
um período de 5 a 10 anos, o paciente passa a apresentar um estado de rigidez e acinesia
debilitantes e deixa de ser capaz de cuidar de si próprio.
Principais Sintomas
❏ Rigidez muscular;
❏ Tremor em repouso;
❏ Hipocinesia;
❏ Acinesia;
❏ Bradicinesia; e
❏ Desequilíbrio postural que resulta em queda.
Doença de Alzheimer
Doença neurodegenerativa progressiva e irreversível, que leva a distúrbios cognitivos e
perda de memória. É a patologia neurodegenerativa mais frequente associada à idade.
A doença afeta aproximadamente 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos e
40% acima de 80 anos.
A Doença de Alzheimer - Aspectos Fisiopatológicos e Farmacológicos
Aspectos Genéticos
O fator genético é considerado como preponderante na etiopatogenia da doença de
Alzheimer. Além do componente genético, foram apontados como agentes etiológicos a
toxicidade a agentes infecciosos, ao alumínio, a substâncias reativas de oxigênio (ROS) e a
aminoácidos neurotóxicos, e a ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas
associadas. É importante também salientar que esses agentes podem ainda atuar por dano
direto no material genético, levando a uma mutação somática nos tecidos.
Uma associação entre a doença de Alzheimer e a síndrome de Down levou à descoberta
do primeiro gene da doença de Alzheimer no cromossomo 21, o qual é o cromossomo extra
envolvido na síndrome de Down. Indivíduos portadores da síndrome de Down apresentaram
envelhecimento prematuro, e praticamente todos apresentaram doença de Alzheimer,
clínica e neuropatologicamente confirmada, entre os 40 e 50 anos de idade.
A presença do gene apoE4 no braço longo do cromossomo 19 esteve associada a
fatores de risco significativos para a doença de Alzheimer. A herança do gene da apoE4
eleva em até quatro vezes o risco para desenvolvimento da doença de Alzheimer, e esse
risco aumenta ainda mais se o paciente herdar o alelo de ambos os pais.
Locais de Neurodegeneração
Espectro da Esquizofrenia
❏ Esquizofrenia;
❏ Transtorno esquizoafetivo (com subtipos);
❏ Transtorno esquizofreniforme;
❏ Transtorno delirante (com subtipos);
❏ Transtorno psicótico breve; e
❏ Transtorno da personalidade esquizotípica.
Sintomas Positivos
Se relacionam com a exacerbação neuronal, estímulo neuronal.
❏ Delírios;
❏ Alucinações;
❏ Distorções da linguagem e comunicação; Áreas cerebrais são
❏ Comportamento catatônico; estimuladas de forma
❏ Comportamento desorganizado; e excessiva.
❏ Agitação.
Sintomas Negativos
❏ Alogia - disfunção da comunicação;
❏ Disfunção do afeto;
❏ Associabilidade;
❏ Anedonia - disfunção da capacidade de Áreas cerebrais são
sentir prazer; pouco estimuladas.
❏ Disfunção da motivação; e
❏ Pobreza de autocuidado.
Associação dos Sintomas com Áreas Cerebrais Disfuncionais
Etiologia
❏ Sua causa definida ainda não é clara.
❏ Sabe-se que envolve fatores ambientais e genéticos.
❏ Teoria dopaminérgica é a mais aceita atualmente.
Desenvolvida por Arvid Carlsson.
Ele evidenciou em experimentos em animais de laboratório que a administração de
fármacos agonistas dopaminérgicos como a apomorfina e a bromocriptina
desencadeia episódios esquizofrênicos agudos, demonstrando que a dopamina tem
papel crucial no desenvolvimento da doença. Outro fator que corrobora a
participação da dopamina é que antagonistas dopaminérgicos são eficazes em
controlar os sintomas da esquizofrenia. Essa não é a única hipótese postulada no
desenvolvimento da doença, porém é a mais difundida e estudada.
Vias Dopaminérgicas
1. Nigroestriatal
2. Mesolímbica
3. Mesocortical
4. Tuberoinfundibular
❏ Há outras teorias menos reconhecidas.
❏ Fatores psicológicos como estresse podem precipitar um episódio agudo, mas não é
a causa fundamental da doença.
Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.