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Neuroanatomofisiologia

Glossário – Termos aplicados na neuroanatomia e neurofisiologia


❏ Crânio - o Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e medula espinal.
Podemos dizer que ele localiza-se dentro do esqueleto axial, mesmo que alguns
nervos penetrem no crânio ou na coluna vertebral. O encéfalo é resguardado pelo
crânio e a medula espinal pela coluna vertebral.
❏ Medula espinal - juntamente com o cérebro, a medula espinal forma o sistema
nervoso central (SNC). Ela é responsável por conduzir informações de diversas
partes do organismo para o cérebro e deste para outras regiões, sendo responsável
também pelos atos reflexos. A medula espinal fica localizada dentro do canal
vertebral da coluna vertebral. Como a parede do canal vertebral é essencialmente
um anel ósseo, a medula está bem protegida. Os ligamentos vertebrais, as
meninges e líquido cerebrospinal (LCS) fornecem proteção adicional. Tratos de
substâncias brancas propagam impulsos sensoriais provenientes dos receptores
para o èncefalo e impulsos motores do encéfalo para os efetores. A substância
cinzenta recebe e integra informações recebidas e fornecidas.
❏ Encéfalo - o encéfalo é um dos maiores órgãos do corpo, consistindo de
aproximadamente 85 bilhões de neurônios e 10-50 trilhões de neuroglias. As quatro
principais partes do encéfalo são o tronco encefálico, o diencéfalo, o cerebelo e o
telencéfalo.
❏ Tronco encefálico - o tronco encefálico é a parte do encéfalo entre a medula espinal
e o diencéfalo. Ele consiste em três regiões: Bulbo; Ponte; e Mesencéfalo.
Estendendo-se pelo tronco encefálico está a formação reticular, uma região onde a
substância branca e a substância cinzenta estão misturadas.
❏ Mesencéfalo - conhecido também como encéfalo médio, essa região é relacionada à
postura corporal, atividade motora, movimentos de busca dos olhos, entre outras
funções. O mesencéfalo conecta a ponte ao diencéfalo. A parte anterior do
mesencéfalo consiste em um par de grandes tratos chamados pedúnculos cerebrais
- Eles contêm axônios de neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos
do telencéfalo para a medula espinal, o bulbo e a ponte.
❏ Ponte encefálica - a ponte está acima do bulbo e anterior ao cerebelo. Como o
bulbo, a ponte consiste em núcleos e tratos. Conecta partes do encéfalo umas com
as outras. Essas conexões são feixes de axônios. Alguns axônios da ponte
conectam os lados direito e esquerdo do cerebelo. Outros são partes dos tratos
sensoriais ascendentes e dos tratos motores descendentes. Vários núcleos, na
ponte, são os locais onde os sinais para os movimentos involuntários, que se
originam no córtex cerebral, são retransmitidos para o cerebelo. A ponte irá atuar no
controle da respiração. É o centro de transmissão de impulsos para o cerebelo e a
passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro até a medula. Essa estrutura
faz uma conexão com diversas partes do encéfalo. A ponte participa de algumas
funções do bulbo.
❏ Bulbo encefálico - é também conhecido por bulbo raquídeo ou medula oblonga. O
bulbo é uma continuação da medula espinal. Ele forma a parte inferior do tronco
encefálico. É a parte mais caudal do tronco encefálico. Sua parte inferior está ligada
à medula espinal e a parte superior à ponte. Dentro da substância branca do bulbo
estão todos os tratos sensoriais (ascendentes) e motores (descendentes) que se
estendem entre a medula espinal e outras partes do encéfalo. Contém diversos
núcleos, que são massas de substância cinzenta onde os neurônios formam
sinapses uns com os outros. Controla funções autônomas e retransmite sinais entre
o cérebro e a medula espinal. Também é responsável por controlar diversas funções
autonômicas para o corpo como batimento cardíaco, respiração e pressão arterial.
São importantes na coordenação de reflexos de tosse, espirro, salivação e
deglutição. Os dois principais núcleos do bulbo: centro cardiovascular regula a
frequência e a força dos batimentos cardíacos e o diâmetro dos vasos sanguíneos
área de ritmicidade bulbar regula o ritmo básico da respiração.
❏ Telencéfalo - o Telencéfalo forma a maior porção do encéfalo. Juntamente com o
Diencéfalo, constitui o Prosencéfalo durante o desenvolvimento embrionário. O
telencéfalo nos proporciona a capacidade para ler, escrever, falar, fazer cálculos,
compor músicas, lembrar-se do passado, planejar o futuro e criar. A fissura
longitudinal do cérebro separa o telencéfalo em metades direita e esquerda,
chamadas de hemisférios cerebrais. Cada hemisfério cerebral tem quatro lobos que
são nomeados de acordo com os ossos que os recobrem: lobo frontal, lobo parietal,
lobo temporal e lobo occipital. Os tipos específicos de sinais sensoriais, motores e
integradores são processados em determinadas regiões do córtex cerebral.
Geralmente, áreas sensoriais recebem informação sensorial e estão envolvidas na
percepção a consciência de uma sensação; áreas motoras iniciam movimentos; e
áreas de associação ocupam-se de funções integradoras mais complexas, como
memória, emoções, raciocínio, vontade, julgamento, traços de personalidade e
inteligência.
❏ Lóbulo da Ínsula - faz parte e fica escondido dentro do telencéfalo. Se
localiza dentro do telencéfalo, na parte superior do dincefalo e é responsável
pelo processo de gostar ou não gostar de algo.
❏ Diencéfalo - o Diencéfalo é a porção posterior do encéfalo embrionário. É a região
central do cérebro, recoberto pelos hemisférios e dividido em grande parte pelo
terceiro ventrículo em esquerdo e direito, ambos os hemisférios cerebrais. As
principais regiões do diencéfalo incluem o tálamo, o hipotálamo e a glândula pineal.
❏ Tálamo - o tálamo é a principal estação de retransmissão para muitos impulsos
sensoriais que alcançam o córtex cerebral, provenientes da medula espinal e do
tronco encefálico. Contribui para as funções motoras, transmitindo informações do
cerebelo e dos núcleos da base para áreas motoras do córtex cerebral. Retransmite
impulsos nervosos entre áreas diferentes do telencéfalo e desempenha uma função
na manutenção da consciência.
❏ Hipotálamo - o hipotálamo é uma região do diencéfalo localizada abaixo do tálamo e
acima da hipófise. Essa estrutura constitui um centro de controle do organismo e sua
principal função é manter a homeostase, ou seja, manter o organismo funcionando
em equilíbrio. Embora seja de tamanho pequeno, o hipotálamo controla muitas
atividades corporais importantes, como: Controle da divisão autônoma do sistema
nervoso (SNA); Controle da hipófise e produção de hormônios; Regulação dos
padrões emocionais e comportamentais; Regulação da ingestão de alimentos e de
líquidos; Controle da temperatura corporal; Regulação dos ritmos circadianos e dos
estados de consciência.
❏ Glândula pineal - a glândula pineal, ou epífise, é uma glândula endócrina, ou seja,
ela produz hormônios que são liberados e transportados na corrente sanguínea a
diversos órgãos-alvo. Essa glândula é um transdutor neuroendócrino, pois converte
impulsos nervosos em descargas hormonais e participa do ciclo circadiano (que
variam ao longo de 24 horas – circadiano vem do latim e significa “cerca de um dia”),
bem como de outros ciclos biológicos. Alguns estudos sugerem ainda que a glândula
pineal teria uma ação maior sobre as outras glândulas endócrinas. A glândula pineal
tem o tamanho aproximado de uma ervilha. A glândula pineal secreta o hormônio
melatonina, a melatonina promove a sonolência e contribui para o estabelecimento
do relógio biológico do corpo.
❏ Cerebelo - o cerebelo consiste em dois hemisférios do cérebro, localizados
posteriormente ao bulbo e à ponte e abaixo do telencéfalo. O cerebelo mantém o
equilíbrio e a postura, controla o tônus muscular e os movimentos voluntários. O
cerebelo compara os movimentos pretendidos, programados pelo córtex cerebral,
com os que estão realmente acontecendo. Constantemente recebe impulsos
sensoriais de músculos, tendões, articulações, receptores do equilíbrio e receptores
visuais. Ajuda a suavizar e a coordenar as sequências complexas de contrações do
músculo esquelético. Regula a postura e o equilíbrio e é essencial para todas as
atividades motoras finas, desde apanhar uma bola de beisebol até dançar.
❏ SNC - sistema nervoso central (SNC), ou neuroeixo, ao conjunto do encéfalo e da
medula espinal dos vertebrados. Forma, junto com o sistema nervoso periférico, o
sistema nervoso, e tem um papel fundamental no controle do corpo. O SNC
processa inúmeras espécies diferentes de informações sensoriais aferentes. É a
fonte de pensamentos, emoções e memórias. A maioria dos impulsos nervosos que
estimulam os músculos a se contraírem e as glândulas a secretarem se originam no
SNC.
❏ SNP - sistema nervoso periférico é a parte do sistema nervoso que se encontra fora
do sistema nervoso central. É constituído por nervos, fibras, gânglios, plexos
entéricos, receptores sensoriais e órgãos terminais. A função do SNP é conectar o
SNC com as outras partes do corpo humano. As fibras do sistema nervoso periférico
podem ser classificadas em aferentes (transmitem informação), que transmitem as
informações provenientes de estímulos sensoriais e viscerais ao sistema nervoso
central, e eferentes (transmitem reações), que transmitem as informações
provenientes do sistema nervoso periférico, relacionadas com o controle das
musculaturas esquelética lisa e cardíaca, da secreção de glândulas e da função dos
órgãos viscerais. Divisão do sistema nervoso periférico:
❏ Sistema Nervoso Somático (SNS) - consiste em: neurônios sensoriais que
conduzem a informação para o SNC, proveniente dos receptores somáticos
na cabeça, parede do corpo e membros, e proveniente dos receptores para
os sentidos especiais da visão, audição, paladar e olfato; Neurônios motores
que conduzem os impulsos do SNC apenas para os músculos esqueléticos.
Como essas respostas motoras são controladas conscientemente, a ação
dessa parte do SNP é voluntária.
❏ Sistema Nervoso Autônomo (SNA) - consiste em: neurônios sensoriais que
transmitem a informação para o SNC, proveniente dos receptores sensoriais
autônomos, localizados principalmente nos órgãos viscerais, como estômago
e pulmões. Neurônios motores que conduzem impulsos nervosos do SNC
para o músculo liso, músculo cardíaco e glândulas. Como suas respostas
motoras não estão normalmente sujeitas ao controle consciente, a ação do
SNA é involuntária. A porção motora do SNA consiste em dois ramos: a parte
simpática e a parte parassimpática. Com algumas poucas exceções, os
efetores recebem nervos de ambas as partes, e, geralmente, as duas partes
têm ações opostas. Em geral, a parte simpática auxilia o exercício de apoio
ou as ações de emergência, as assim chamadas respostas de “luta ou fuga”,
e a parte parassimpática cuida das atividades de “repouso e digestão”.
❏ Sistema Nervoso Entérico (SNE) - o funcionamento do sistema nervoso
entérico (SNE), o “cérebro do intestino”, é involuntário. Outrora considerado
parte do SNA, o SNE consiste em aproximadamente 100 milhões de
neurônios nos plexos entéricos. Muitos dos neurônios dos plexos entéricos
atuam, até certo ponto, independentemente do SNA e do SNC, embora
também se comuniquem com o SNC.
❏ Meninges - As meninges são três membranas que envolvem o encéfalo e a medula
espinal, protegendo-os. O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela
medula espinal. Todas essas estruturas estão envoltas por três membranas, que são
conhecidas como meninges (dura-máter, aracnoide e pia-máter).
❏ BHE - A barreira hematoencefálica (BHE) é uma estrutura de permeabilidade
altamente seletiva que protege o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias
potencialmente neurotóxicas presentes no sangue e sendo essencial para função
metabólica normal do cérebro.
❏ Tecido nervoso - o tecido nervoso consiste em dois tipos de células: neurônios e
neuroglia. Os neurônios produzem a maioria das funções exclusivas do sistema
nervoso, como percepção, pensamentos, lembranças, controle da atividade
muscular e regulação das secreções glandulares. A neuroglia sustenta, alimenta e
protege os neurônios; além disso, mantém a homeostasia no líquido intersticial.
❏ Neurônio - os neurônios (células nervosas) possuem excitabilidade elétrica, a
capacidade de responder a estímulos e convertê-los em um potencial de ação. Os
neurônios são as principais células do tecido nervoso e são capazes de transmitir o
impulso nervoso para outras células. No Sistema Nervoso Central (SNC), essa parte
do neurônio é localizada na substância cinzenta, enquanto no Sistema Nervoso
Periférico (SNP) está localizada nos gânglios e em órgãos dos sentidos. Nos
neurônios há três partes básicas: os dendritos, o corpo celular e o axônio. Um
neurônio multipolar tem muitos processos se estendendo a partir do corpo celular,
um neurônio bipolar tem dois, e um neurônio unipolar tem um.
❏ Potencial de ação - o potencial de ação ocorre quando o estímulo é suficiente para
atingir o limiar de excitabilidade e dessa forma gerar a despolarização da membrana
e propagação do impulso nervoso, liberação de neurotransmissor. Portanto, fica
claro que se o estímulo não atinge esse limiar, nada ocorre. Potenciais de ação são
essenciais para a vida animal, porque transportam rapidamente informações entre e
dentro dos tecidos. Um potencial de ação ou impulso nervoso é um sinal elétrico que
se propaga (viaja) ao longo da superfície da membrana de um neurônio ou de uma
fibra muscular.
❏ Dendrito - os dendritos são prolongamentos do neurônio que garantem a recepção
dos estímulos, levando o impulso nervoso em direção ao corpo celular. A grande
maioria dos neurônios apresenta uma grande quantidade de dendritos.
Prolongamento que recolhe informações e garante a condução do impulso nervoso.
❏ Corpo Celular - o corpo celular é a parte mais volumosa do neurônio. Nele
encontram-se o núcleo e a maioria dos orgânulos celulares. Recebe a informação
dos dendritos.
❏ Axônio - o axónio ou axônio é uma parte do neurônio responsável pela condução
dos impulsos elétricos que partem do corpo celular, até outro local mais distante,
como um músculo ou outro neurônio. O axônio é um prolongamento longo que parte
do corpo celular e ramifica-se em sua extremidade. Transmite a informação ao
neurônio seguinte (sinapse) ou a outra estrutura (músculo ou glândula). Alguns
axônios de neurônios de um humano adulto podem chegar a mais de um metro de
comprimento.
❏ Bainha de mielina - o bainha de mielina é uma capa de tecido adiposo que protege
suas células nervosas. Estas células são parte do seu sistema nervoso central, que
transporta mensagens entre o seu cérebro e o resto do seu corpo. A bainha de
mielina envolve as fibras que são a parte longa em forma de fio de uma célula
nervosa.
❏ Neuroglia - as células da glia, células gliais ou neuróglia são diversos tipos celulares
presentes no sistema nervoso central. Elas não geram impulsos nervosos, não
formam sinapses e, ao contrário dos neurônios, são capazes de se multiplicar
através do processo de mitose, mesmo em indivíduos adultos. São células que junto
com os neurônios constituem o tecido nervoso. Além de sustentar e produzir mielina,
agem isolando os neurônios uns dos outros, evitando assim interferências na
condução do impulso nervoso. Ex.: astrócitos, micróglias, oligodendrócitos, células
ependimárias, células de Schwann e células satélites.
Tipos de células neurogliais SNC:
❏ Astrócitos - os astrócitos são células da neuroglia, são as mais abundantes do
sistema nervoso central e são as que possuem as maiores dimensões, tendo como
funções Sustentam os neurônios, protegem os neurônios contra substâncias
prejudiciais, ajudam a manter as propriedades químicas do ambiente para a geração
dos impulsos nervosos (nutrição); auxiliam o crescimento e a migração dos
neurônios durante o desenvolvimento do encéfalo; desempenham uma função no
aprendizado e na memória: ajudam a formar a barreira hematencefálica. Dão
suporte ao cérebro. Participam da barreira hemato-encefálica, imunidade e
manutenção da homeostase cerebral.
❏ Células microgliais - micróglia é um tipo de célula do sistema nervoso central que,
entre outros papeis, tem função similar à dos glóbulos brancos na corrente
sanguínea. As micróglias fazem a vigilância ativa do tecido cerebral e da medula. As
micróglias exercem ainda papel nas respostas imunológicas do sistema nervoso.
Protegem as células do SNC contra doenças, ingerindo e digerindo microrganismos
invasores, migram para as áreas de tecido nervoso lesado, no qual limpam restos de
células mortas.
❏ Oligodendrócitos - produzem e mantêm a bainha de mielina em neurônios presentes
no sistema nervoso central.
❏ Células ependimárias - revestem os ventrículos do encéfalo (cavidades preenchidas
com líquido cerebrospinal) e o canal central da medula espinal, formam o líquido
cerebrospinal e auxiliam em sua circulação.
Tipos de células neurogliais SNP:
❏ Células de Schwann - produzem e mantêm a bainha de mielina em torno de um
único axônio de um neurônio do SNP, participam da regeneração dos axônios do
SNP. Essas células se enrolam dezenas de vezes em torno do axônio e formam uma
capa membranosa, chamada bainha de mielina.
❏ Células satélites - sustentam os neurônios nos gânglios do SNP e regulam a troca
de materiais entre os neurônios e o líquido intersticial.
❏ Nódulo de Ranvier - a bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de
membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann.
Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os
nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.
❏ Nervo - um nervo é um feixe de centenas a milhares de axônios associado a tecido
conectivo e vasos sanguíneos, que se encontram fora do encéfalo e da medula
espinal. Cada nervo segue uma via definida e inerva uma região específica do
corpo. Nervo é um feixe de fibras compostas de neurônios. Por isso, os neurônios e
os nervos estão intimamente relacionados.
❏ Substância cinzenta - substância cinzenta, matéria cinzenta ou massa cinzenta é um
importante componente do sistema nervoso central, consistindo de corpos de células
nervosas, células da glia (astroglia e oligodendrócitos), capilares, axônios e
dendritos.
❏ Substância branca - a substância branca é formada por uma porção de
prolongamentos de neurônios, em especial os axônios. Como os axônios de alguns
neurônios apresentam-se envolvidos por mielina, essa substância dá um aspecto
esbranquiçado à substância branca.
❏ Sinapse - transmissão do Impulso Nervoso. Comunicação entre um neurônio e outro
através de estímulo elétrico ou outros tipos de estímulo. O espaço entre as
membranas das células é chamado fenda sináptica. A membrana do axônio que
gera o sinal e libera as vesículas na fenda é chamada pré-sináptica, enquanto que a
membrana que recebe o estímulo através dos neurotransmissores é chamada
pós-sináptica.
❏ Fenda sináptica - essa fenda é um espaço situado entre a membrana pré-sináptica
(membrana que libera os neurotransmissores) e a membrana pós-sináptica
(membrana da célula vizinha). Quando o impulso nervoso chega até os locais onde
estão os neurotransmissores, essas moléculas são liberadas por exocitose e caem
na fenda sináptica.
❏ Neurotransmissor - os neurotransmissores são compostos químicos secretados
pelas células do sistema nervoso, os neurônios, responsáveis por transmitir as
informações necessárias para diversas partes do corpo, exemplo de
neurotransmissores a adrenalina.
❏ Impulso nervoso - Liberação de neurotransmissor

❏ Receptor sensorial - o termo receptor sensorial se refere a uma estrutura do sistema


nervoso que monitora alterações no ambiente externo ou interno. Exemplos: os
receptores de toque na pele, os fotorreceptores no olho e os receptores olfativos no
nariz. (SNP).
❏ Gânglios - gânglios são pequenas massas de tecido nervoso, consistindo
primariamente de corpos celulares de neurônios localizados fora do encéfalo e da
medula. Os gânglios estão intimamente relacionados aos nervos cranianos e
espinais.
❏ Gânglio pós sináptico - acúmulos de neurônios com aspecto esférico localizados fora
do sistema nervoso central. Partem do segundo neurônio para os efetores.
❏ Gânglio pré-sináptico - os gânglios aparecem como pequenas dilatações em certos
nervos. Fazem parte do sistema autônomo.
❏ Plexos entéricos - são extensas redes de neurônios localizadas nas paredes dos
órgãos do trato gastrointestinal. Os neurônios desses plexos ajudam a regular o
sistema digestório. Cada plexo contém 10-100 milhões de neurônios.
❏ Plexo Submucoso - regula a glândula e músculo liso na mucosa.
❏ Plexo Mioentérico - controle da motilidade GI; Ligado ao SNC via arco reflexo
autonômico.
❏ Sulcos parietais - os sulcos cerebrais ajudam a delimitar os lobos e as áreas
cerebrais. Os dois mais importantes são o sulco lateral (ou fissura de Sylvius), que
separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, situados acima,
e o sulco central (ou sulco de Rolando), que separa os lobos frontal e parietal.
❏ Lobos - lobo frontal (localizado a partir do sulco central para a frente) - Responsável
pela elaboração do pensamento, planejamento, programação de necessidades
individuais e emoção. Lobo Parietal (localizado a partir do sulco central para trás ) -
Responsável pela sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão.
❏ Fissura longitudinal - através de uma proeminente ranhura chamada fissura
longitudinal, o cérebro é dividido em duas metades chamadas hemisférios cerebrais
direito e esquerdo. Na base desta fissura encontra-se um espesso feixe de fibras
nervosas, chamado corpo caloso, o qual fornece um elo de comunicação entre os
hemisférios.
❏ Corpo caloso - o corpo caloso é formado por diversos feixes de fibras neurais de
comunicação (conjunto de axônios e dendritos). Ele está localizado na região central
do cérebro, sendo que estes feixes passam de um lado para o outro. Função:
estabelecer a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais.
❏ CPF - córtex pré-frontal (PFC) é a parte anterior do lobo frontal do cérebro,
localizado anteriormente ao córtex motor primário e ao córtex pré-motor.
Responsável por controlar a parte racional e pelo aprendizado.
❏ Núcleos da Rafe - camada fina de células nervosas adjacentes ao plano mediano
(sagital). É constituída por neurônios serotoninérgicos.
❏ VLPO - núcleo pré-óptico ventro-lateral, responsável por induzir e controlar o sono.
❏ SARA - sistema Reticular Ativador Ascendente, responsável por manter a pessoa
acordada. Com suas conexões com todo o sistema nervoso central (SNC) (córtex
cerebral, tálamo, hipotálamo, sistema límbico, cerebelo, nervos cranianos e medula
espinal), a formação reticular do tronco encefálico controla a atividade elétrica
cortical, mantendo a pessoa em vigília, a sensibilidade como a atenção seletiva,
atividades motoras somáticas complexas que envolvem certos reflexos como o
respiratório, o vasomotor e o locomotor, o sistema nervoso autônomo (SNA) e o eixo
hipotálamo-hipófise, controlando o sistema neuro-endócrino.
❏ Giro do cíngulo - o giro do cíngulo ou giro cingulado é a área responsável por uma
série de respostas emocionais como a relação entre odores e imagens com a
memória de experiências agradáveis.
❏ Adrenalina - Fuga ou Luta; Liberado pelas glândulas supra-renais que ficam em cima
dos rins. A adrenalina, também conhecida como Epinefrina, é um hormônio
produzido em situações de alto estresse ou emocionantes. Estimula o aumento da
frequência cardíaca, contrai os vasos sanguíneos e dilata as vias aéreas, para
aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos e oxigênio para os pulmões.
Neurotransmissor que controla nossas emoções.
❏ Noradrenalina - Concentração e Alerta; A noradrenalina ou norepinefrina é um
neurotransmissor que afeta a atenção e as ações de resposta no cérebro. Também
relaciona-se com processos cognitivos de aprendizagem, criatividade e memória.
Neurotransmissor que controla nossas emoções.
Receptores noradrenérgicos Receptores β1, β2, β3, α1 e α2 pertencem a uma
grande família de receptores encontrados em diversos tecidos ao longo do nosso
organismo. Por exemplo, podemos encontrá-los: vasos sanguíneos; brônquios;
útero; coração; fígado; plaquetas; terminações nervosas.
❏ Dopamina - Prazer; A dopamina está associada a sentimentos de prazer e
satisfação. Também está associado ao vício, movimento e motivação. Alterações
dos níveis de dopamina no corpo pode desencadear diversas doenças, por exemplo,
a doença de Parkinson e a Esquizofrenia. A dopamina está intimamente envolvida
em alguns transtornos do sistema nervoso central, como: Esquizofrenia; Doença de
Parkinson; Distúrbio do déficit de atenção; Dependência química; Distúrbios
endócrinos. Neurotransmissor que controla nossas emoções.
Sintetizada através da ativação da enzima tirosina hidroxilase; Converte o
aminoácido tirosina em L-DOPA, vez sofre descarboxilação; Biotransformada em
dopamina, armazenada em vesículas.
Dopamina liberada pode agir seus autorreceptores que estão localizados nos
neurônios pré-sinápticos fazendo feedback negativo inibindo a liberação da própria
dopamina. A inibição depende da quantidade do neurotransmissor na fenda
sináptica. A dopamina pode ser recaptada pelos transportadores de dopamina DAT;
Envesiculada; Sofrer a metabolização, enzima monoamino oxidase (MAO),
resultando no ácido dihidroxifenilacético (DOPAC), Citoplasma do neurônio; A
metabolização da dopamina na fenda sináptica enzima catecol-O-metiltransferase
(COMT) produto final de metabolização o ácido homovanílico (HVA); Os metabólitos
da dopamina são facilmente excretados na urina. Receptores dopaminérgicos:
Liberada na fenda sináptica dopamina pode se ligar ao seu receptor. 5 subtipos de
receptores dopaminérgicos divididos em duas classes: Receptor dopaminérgicos do
tipo D1 e D5 receptores excitatórios sua localização e predominantemente nos
terminais pós-sinápticos. Receptores dopaminérgicos do tipo D2, D3 e D4,
classificados como receptores inibitórios estão localizados na pré e pós-sinapse.

Fármacos que atuam sobre a transmissão dopaminérgica.


❏ Ocitocina - Amor; Tem como função: promover as contrações musculares uterinas;
reduzir o sangramento durante o parto; estimular a libertação do leite materno;
desenvolver apego e empatia entre pessoas; produzir parte do prazer do orgasmo; e
modular a sensibilidade ao medo (do desconhecido). Chamado de Hormônio do
Amor. A ocitocina ou oxitocina é um hormônio peptídico, produzido no hipotálamo,
armazenado e liberado na neurohipófise (hipófise posterior). Neurotransmissor que
controla nossas emoções.
❏ GABA - Calma; O ácido gama-aminobutírico (GABA) é principal neurotransmissor
inibitório do cérebro, sendo sintetizado a partir do aminoácido glutamato por meio de
ações da enzima ácido glutâmico descarboxilase.

Seu papel é acalmar os nervos do sistema nervoso central. Altos níveis de GABA
melhoram o foco mental e o relaxamento; enquanto níveis baixos podem causar
ansiedade e também têm sido associados a epilepsia. A função principal do GABA
como neurotransmissor inibidor é desacelerar a atividade cerebral. Além disso,
também está envolvido na visão, no sono, no tônus muscular e no controle motor. É
amplamente distribuído tanto dentro quanto fora do sistema nervoso central.
Neurotransmissor que controla nossas emoções.
GABA, principal neurotransmissor inibitório do cérebro, sendo sintetizado a partir do
aminoácido glutamato por meio de ações da enzima ácido glutâmico descarboxilase.
Receptores gabaérgicos: Existem basicamente dois tipos de receptores
gabaérgicos: GABA A e GABA B. Os receptores de GABA B apresentam localização
pré e pós-sináptica, enquanto o GABA A tem sua localização pós-sináptica.
Atuam duas importantes classes de fármacos, conhecidas como benzodiazepínicos
e barbitúricos.
Fármacos que atuam sobre a transmissão GABA.

❏ Acetilcolina - Aprendizado; É um neurotransmissor de caráter excitatório, que pode


agir tanto em sinapses neurais quanto em placas motoras, que enviam sinais para
os músculos. É o principal neurotransmissor envolvido no pensamento, aprendizado
e memória. Neurotransmissor que controla nossas emoções.
A acetilcolina é formada nos neurônios colinérgicos a partir de dois precursores:
colina e acetilcoenzima A (AcCoA) Acertil-CoA. Esses dois substratos interagem
com a enzima de síntese colina acetiltransferase produzindo o neurotransmissor
acetilcolina. As ações da acetilcolina são interrompidas pela ação da enzima
acetilcolinesterase, convertendo o neurotransmissor em colina.

Receptores colinérgicos: A acetilcolina possui dois tipos de receptores: muscarínicos


e nicotínicos. Os receptores muscarínicos no cérebro pertencem
predominantemente à classe M1. Os receptores muscarínicos atuam ao nível
pré-sináptico inibindo a liberação de acetilcolina dos neurônios colinérgicos.
Antagonistas muscarínicos atuam ao bloquear essa inibição bloqueio aumentam
acentuadamente a liberação de acetilcolina.
Os receptores nicotínicos de acetilcolina exibem localização pré-sináptica /
pós-sinapticamente.
A acetilcolina exerce seus efeitos centrais por meio de uma ação agonista sobre os
receptores nicotínicos.
As vias colinérgicas presentes no sistema nervoso central têm tido papel importante
no tratamento dos sintomas da demência e doença de Parkinson.
Esse neurotransmissor se mostra envolvido em diferentes comportamentos (como
aprendizado e memória e controle do movimento) e na doença de Alzheimer, em
que 90% dos casos apresentam a perda de neurônios colinérgicos do prosencéfalo
basal e na região do hipocampo.
A substância conhecida como rivastigmina é um fármaco que inibe a enzima
colinesterase; essa enzima tem como função inativar a acetilcolina. Na doença de
Alzheimer já ocorre a perda desse neurotransmissor. Assim, evitar que ele seja
inativado é fundamental no tratamento da doença.
❏ Glutamato - Memória e Aprendizagem; O glutamato é o neurotransmissor excitatório
mais comum no cérebro e está envolvido em funções cognitivas, como aprendizado
e memória. Também regula o desenvolvimento cerebral e a criação de contatos
nervosos. Em grandes concentrações se torna tóxico para os neurônios, podendo
matá-los. Neurotransmissor que controla nossas emoções.
O glutamato é sintetizado nas células gliais a partir da glutamina. Em seguida, é
transportado para as terminações nervosas e convertido em glutamato pela
glutaminase. Glutamato é o principal receptor excitatório. O glutamato atua no
sistema nervoso central e provém principalmente da glicose, através do ciclo do
ácido tricarboxílico (ciclo de Krebs) ou da glutamina.
Receptores glutamatérgicos: Existem basicamente quatro subtipos de receptores
glutamatérgicos: NMDA, AMPA, cainato e metabotrópico.
Função do glutamato no tratamento da esquizofrenia. Neurotransmissor função do
glutamato na: vigília, no controle motor e na hiperalgesia.
❏ Endorfinas - Dor e Euforia; São liberadas no cérebro durante o exercício, a
excitação, a dor e a atividade sexual, e produzem uma sensação de bem-estar ou
até euforia. Pelo menos 20 tipos de endorfinas foram identificadas em humanos.
Certos alimentos, como chocolate e alimentos apimentados também podem
estimular a liberação de endorfinas. Neurotransmissor que controla nossas
emoções.
❏ Serotonina - Humor e Bem Estar; Está relacionada ao nosso bem-estar e felicidade,
e nossos níveis são afetados pelo exercício e pela exposição à luz solar. Também
ajuda a regular o equilíbrio do humor, o ciclo do sono e a digestão. Ela regula o ciclo
do sono, juntamente com a melatonina, e também regula os movimentos intestinais.
Neurotransmissor que controla nossas emoções. A serotonina também é
metabolizada pela enzima MAO, que produz seu metabólito ácido
5-hidroxindolacético excretado pela urina.
Receptores serotoninérgicos: Existem inúmeros subtipos de receptores para
serotonina. Os dois principais receptores pré-sinápticos são o 5HT1A e 5HT1B
autorreceptores receptores inibitórios que acabam por controlar a liberação de
serotonina. Os receptores serotoninérgicos pós-sinápticos são o 5HT2A, 5HT2C,
5HT3, 5HT4, 5HT5, 5HT6 e 5HT7.
A serotonina tem papel crucial em processos de: alucinações e alterações
comportamentais; sono; vigília; desordens do humor; comportamento alimentar;
controle da transmissão sensória; regulação da temperatura corporal; pressão
arterial; ansiedade; transtornos obsessivos compulsivos; latência do sono; função
sexual.
Fármacos que atuam sobre a transmissão serotoninérgica.

❏ Melatonina - a melatonina é um hormônio produzido em nosso corpo, mais


precisamente pela glândula pineal, que apresenta importante função na regulação
dos ritmos biológicos. Ela atua avisando nosso corpo se é dia ou noite e é bastante
conhecida como hormônio do sono, apesar de essa não ser sua melhor definição.
❏ NMDA - NMDA é uma sigla para N-metil D-Aspartato. O NMDA é um aminoácido
excitatório agonista do neurotransmissor, também aminoácido, glutamato. Age
ativando receptores ionotrópicos conhecidos como receptores glutamatérgicos do
tipo NMDA.
❏ AMPA - AMPA está relacionada à transmissão sináptica rápida no SNC e são
caracterizados pelas rápidas cinéticas de ativação e desativação. É um receptor
ionotrópicos.
❏ Glicina - a glicina é um aminoácido (aa) não essencial que desempenha 2 funções
fundamentais no sistema nervoso central (SNC). A primeira função é como
neurotransmissor químico, particularmente importante nas sinapses inibitórias da
espinal medula e tronco cerebral. A segunda função é como co-agonista da
transmissão excitatória no cérebro através da activação dos receptores NMDA
(N-metil-D-aspartato), pertencentes à família dos receptores de glutamato, que
apresentam uma resposta extremamente potenciada pela glicina.
❏ Amigdala - esta região do cérebro faz parte do sistema límbico e é um importante
centro regulador do comportamento sexual, do comportamento agressivo, respostas
emocionais e da reatividade a estímulos biologicamente relevantes. Este conjunto
nuclear é também importante para os conteúdos emocionais das nossas memórias.
Sistema Nervoso
Está organizado em duas subdivisões principais: parte central do sistema nervoso e
parte periférica do sistema nervoso.
O sistema nervoso exerce um conjunto complexo de tarefas, como sentir os diversos
odores, produzir a fala e lembrar eventos passados, fornece sinais que controlam os
movimentos corporais e regulam o funcionamento dos órgãos internos. Essas diversas
atividades são agrupadas em três funções básicas:
❏ Sensorial - os receptores sensoriais detectam estímulos internos, como um aumento
na acidez sanguínea, e estímulos externos, como um pingo de chuva batendo em
seu braço. Essa informação sensorial é levada até o encéfalo e medula espinal, por
meio dos nervos cranianos e espinais.
❏ Integradora - o sistema nervoso integra (processa) a informação sensorial,
analisando e armazenando algumas delas e tomando decisões para as respostas
apropriadas – uma atividade chamada integração.
❏ Motora - assim que a informação sensorial é integrada, o sistema nervoso pode
provocar uma resposta motora adequada, ativando os efetores (músculos e
glândulas) por meio dos nervos cranianos e espinais. A estimulação dos efetores
provoca contração dos músculos e secreção das glândulas.
Sistema Límbico
❏ O sistema límbico é, algumas vezes, chamado de “encéfalo emocional”, porque
desempenha uma função primária em uma série de emoções, incluindo dor, prazer,
docilidade, afeto e raiva.
❏ O sistema límbico controla a maioria dos seus aspectos involuntários relacionados à
sobrevivência.
❏ Experimentos em animais demonstram que ele exerce uma função essencial no
controle do padrão global de comportamento.
❏ Um anel de estruturas na margem interna do telencéfalo e no assoalho (parte
inferior) do diencéfalo, que constitui o sistema límbico.
Identificação das estruturas anatômicas

1. Encéfalo. 1. Medula Espinal.


2. Sistema Nervoso Central (SNC). 2. Cerebelo.
3. Medula Espinal. 3. Hipófise.
4. Hipotálamo.
5. Tálamo.

Ansiedade e Depressão
Ansiedade
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por
tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou
estranho. A ansiedade e o medo estão intimamente relacionados. O medo é uma resposta
adaptativa a situações de perigo, sendo expresso pela resposta de luta-ou-fuga mediada
pela divisão simpática do sistema nervoso autônomo.
A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são
exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo. Interferindo:
❏ Com a qualidade de vida;
❏ O conforto emocional; e
❏ O desempenho diário do indivíduo.
Os distúrbios da ansiedade ocorrem em qualquer idade, sendo associados a vários
sintomas estressantes, como guerra, ameaças corporais, nervosismo, insônia e queixas
somáticas.
Outros fatores de estresse podem ser medicações ou condições médicas gerais, mas o
início é geralmente espontâneo.
Clinicamente, é útil considerar tais distúrbios em algumas síndromes diferentes, as quais
incluem:
❏ Transtorno de pânico (TP) e agorafobia;
❏ Fobias específicas e fobia social;
❏ Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT);
❏ Transtorno de ansiedade generalizada (TAG); e
❏ Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
A característica dos transtornos de ansiedade é a resposta inadequada ao estresse,
regulada pelo sistema nervoso.
É caracterizada por comportamento de esquiva, aumento da vigilância e do alerta,
ativação da divisão simpática do sistema nervoso e liberação de cortisol pelas glândulas
adrenais.
Esta resposta é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA).

O hormônio cortisol, é liberado pela glândula adrenal em resposta a um aumento nos


níveis sanguíneos do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), liberado pela hipófise anterior
devido ao estímulo do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) do hipotálamo. Os
neurônios hipotalâmicos que secretam CRH são regulados pela amígdala e pelo
hipocampo. Quando o núcleo central da amígdala é ativado, interfere no eixo HPA e a
resposta ao estresse é emitida, sendo que a ativação inapropriada tem sido relacionada
com os transtornos de ansiedade. O hipocampo contém receptores para glicocorticóides
que são ativados pelo cortisol, e com altos níveis de cortisol circulante, participa da
regulação por retroalimentação do eixo HPA, inibindo a liberação de CRH e
consequentemente de ACTH e cortisol. A exposição contínua ao cortisol, em períodos de
estresse crônico, pode levar à disfunção e à morte dos neurônios hipocampais.
Ansiedade - Neurotransmissores
A serotonina 5-HT é uma substância importantíssima no estudo neuroquímico da
ansiedade. Tanto o bloqueio de seus receptores, quanto o bloqueio da sua síntese,
produzem efeitos ansiolíticos. A 5-HT exerce um duplo papel na regulação da ansiedade –
ansiogênico na amígdala e ansiolítico na matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD).
Outro neurotransmissor envolvido nos processos de ansiedade é o GABA (ácido
gama-aminobutírico), o principal neurotransmissor inibitório do SNC.
A relação entre o GABA e a ansiedade evidencia-se no fato de que todos os ansiolíticos
conhecidos, facilitam sua ação. Seu efeito ansiolítico parece consistir em reduzir o
funcionamento de grupos neuronais do sistema límbico, inclusive a amígdala e o
hipocampo, responsáveis pela integração de reações de defesa contra ameaças de dano ou
perda, ou, ainda, evocadas por situações novas.
Neurologia do transtorno de ansiedade generalizada

Neurobiologia do TOC-hipofunção serotoninérgica

Depressão
Síndrome na qual há episódios persistentes de humor negativo ou anedonia + sintomas
de origem somática e emocional.
Diversas teorias foram desenvolvidas com o intuito de esclarecer a fisiopatologia da
depressão.
A mais aceita no meio científico postula que a diminuição dos neurotransmissores
dopamina, serotonina e noradrenalina está diretamente relacionada com o desenvolvimento
da doença.
Os sintomas relacionados com o humor podem ser caracterizados por sua expressão
afetiva.

Atividade cerebral reduzida.

Existem 4 biotipos para o transtorno depressivo maior.


Neuroanatomia da Doença de Alzheimer e da Doença de Parkinson

Estudo Clínico-Epidemiológico de Pacientes com Doença de Parkinson em


Salvador-Bahia
Itana Fernandes, Antônio de Souza Andrade Filho
RESUMO
Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Doença de Parkinson
em Salvador. Metodologia: Trata-se descritivo observacional com coleta retrospectiva de
dados de 79 pacientes com diagnóstico de Doença de Parkinson. Resultados: A média de
idade dos pacientes foi de 66,7 anos, a maioria é do sexo masculino (69,62%), parda
(52,94%), casada (75%), procedente de Salvador (74,58%). A principal comorbidade
encontrada foi a Hipertensão Arterial (46%), e antecedentes familiares de DP foram
encontrados em 15.38%. A maior parte teve tremor (74,55%) como primeiro sintoma e
doença unilateral (69,09%). Os principais sintomas motores foram tremor (93,1%), rigidez
(81,03%), bradicinesia (53,45%) e marcha parkinsoniana (50%). Os não motores foram
depressão (21,57%), transtornos do sono (17,65%), obstipação (13,73%) e
comprometimento da memória (11,76%). A medicação mais usada foi a combinação de
Levodopa e Benserazida (79,66%), e o acesso à Fisioterapia e Fonoaudiologia
correspondeu a (72.72%) e (27.28%) respectivamente, dos que tinham indicação.
Conclusão: Os pacientes com DP são, principalmente, individuos do sexo masculino,
pardos, com idade entre 60 e 79 anos. A investigação de sintomas não motores deve ser
mais abrangente, e o acesso aos serviços de reabilitação, mesmo que já razoáveis, podem
ser estendidos.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; Epidemiologia; Perfil demográfico; Disfunção
motora; Perfil epidemiológica.

Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2018 Jan./Abr;22(1):45-59.


http://www.revneuropsiq.com.br
Tabela 2 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por
comorbidades. Salvador, 2005 a 2015

Tabela 3 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por história


familiar de DPL. Salvador, 2005 a 2015

Tabela 4 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por primeiro


sintoma e forma de acometimento apresentados. Salvador. 2005 a 2015

Tabela 5 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por sinais e


sintomas apresentados durante o curso da doença. Salvador, 2005 a 2015
Tabela 7 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por tipos de
sintomas não motores apresentados. Salvador, 2005 a 2015

Gráfico 1 - Proporção de pacientes com Doença de Parkinson por droga usada no


tratamento. Salvador, 2005 a 2015
Tabela 8 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por indicação de
serviço de reabilitação. Salvador, 2005 a 2015.

Tabela 9 - Número e proporção de pacientes com Doença de Parkinson por tipo e acesso
ao serviço de reabilitação indicado. Salvador, 2005 a 2015.

Doença de Parkinson:
Revisão Bibliográfica
Eduardo Matias dos Santos Steidl, Juliana Ramos Ziegler e Fernanda Vargas Ferreira
RESUMO
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, idiopática, que afeta
principalmente pessoas acima dos 60 anos. O objetivo, neste artigo, foi rever os principais
aspectos etiopatogênicos, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos, cujo impacto ocorre no
parkinsoniano devido às limitações funcionais, como rigidez, bradicinesia, tremor e
alterações posturais. Além disso, a doença atinge as estruturas econômicas e sociais.
Palavras-chave: transtornos parkinsonianos, envelhecimento, tratamento.

Doença de Parkinson
Os fatores emocionais têm forte influência na descoberta e tratamento da DP tanto para
o paciente quanto para os familiares e cuidadores, pois influencia diretamente sobre o
tratamento.
O diagnóstico da doença de Parkinson é um trauma muito forte para o portador, pois
além de aprender a lidar com os aspectos físicos da doença, deve estar preparado
emocionalmente para o rotineiro tratamento da doença. É comum pacientes com DP
entrarem em conflitos emocionais com seu mal e em constantes fases de depressão.
Cerca de 40% dos portadores de DP entram em depressão, ocorrendo de forma bimodal,
ou seja, no início e final da doença. Quando passa o estado inicial da doença e aumenta o
comprometimento físico do portador, a depressão tende a progredir.
Doença de Parkinson
❏ Descrita por James Parkinson em 1817;
❏ É um distúrbio degenerativo do movimento; e
❏ É a segunda doença neurodegenerativa mais comum (perdendo somente para o
Alzheimer).
Fisiopatologia
❏ Desde 1960 observam-se níveis baixos de dopamina em cérebros post mortem de
pacientes com doença de Parkinson.
Marcação com F-DOPA. Visualização por PET-SCAN

Vias dopaminérgicas envolvidas:


❏ Via nigrostriatal (substância nigra): importante no controle motor
❏ Via mesocortical: emoções e comportamento

Acredita-se que a causa das mortes dos neurônios dopaminérgicos são genéticas e
decorrente de fatores ambientais. O início da patologia ocorre geralmente próximo aos 60
anos de idade.
No que concerne à genética, pacientes que possuem parentes de primeiro grau que
tiveram doença de Parkinson, têm de duas a três vezes mais chances de desenvolver a
mesma doença.
Por se tratar de uma doença degenerativa progressiva, na ausência de tratamento, em
um período de 5 a 10 anos, o paciente passa a apresentar um estado de rigidez e acinesia
debilitantes e deixa de ser capaz de cuidar de si próprio.
Principais Sintomas
❏ Rigidez muscular;
❏ Tremor em repouso;
❏ Hipocinesia;
❏ Acinesia;
❏ Bradicinesia; e
❏ Desequilíbrio postural que resulta em queda.

Outros sintomas também podem ocorrer:


❏ Alterações no ritmo da fala;
❏ Sialorréia;
❏ Constipação;
❏ Retenção urinária; e
❏ Distúrbios do sono.
Classificação
❏ Parkinsonismo Primário ou Idiopático - é a doença de Parkinson propriamente dita.
Idiopático – natureza espontânea. Corresponde a 75% dos casos da doença.
Pode ser dividido entre:
❏ Juvenil (acomete pacientes antes dos 21 anos de idade);
❏ De início precoce (acomete pacientes entre 21 e 40 anos de idade);
❏ Parkinsonismo Secundário - ocorre devido ao uso de substâncias que bloqueiam os
receptores dopaminérgicos.
Fármacos neurolépticos - fenotiazínicos, butirofenonas, tioxantenos, reserpina e
tetrabenazina.
Fármacos antivertiginosos - (bloqueadores de canais de cálcio), como a flunarizina e
a cinarizina.
O Parkinson induzido por fármacos pode persistir por semanas ou meses após a
retirada do agente causador. Existem outras causas possíveis.
Outras possíveis causas são:
❏ Intoxicações exógenas
❏ Infecções (ex.: encefalites virais)
❏ Traumatismo cranioencefálico
❏ Hidrocefalia
❏ Parkinsonismo Plus ou Atípico - degeneração de múltiplos sistemas. Possui
sintomas característicos:
❏ Paralisia supranuclear progressiva;
❏ Rigidez extrapiramidal;
❏ Bradicinesia;
❏ Dificuldade na marcha;
❏ Paralisia bulbar; e
❏ Oftalmoplegia.
❏ Parkinsonismo Heredodegenerativo - mais incomum de todos. Decorrente de várias
doenças:
❏ Doença dos corpos de Lewy autossômica dominante;
❏ Doença de Huntington;
❏ Doença de Wilson;
❏ Entre outras.

Doença de Alzheimer
Doença neurodegenerativa progressiva e irreversível, que leva a distúrbios cognitivos e
perda de memória. É a patologia neurodegenerativa mais frequente associada à idade.
A doença afeta aproximadamente 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos e
40% acima de 80 anos.
A Doença de Alzheimer - Aspectos Fisiopatológicos e Farmacológicos

Aspectos Genéticos
O fator genético é considerado como preponderante na etiopatogenia da doença de
Alzheimer. Além do componente genético, foram apontados como agentes etiológicos a
toxicidade a agentes infecciosos, ao alumínio, a substâncias reativas de oxigênio (ROS) e a
aminoácidos neurotóxicos, e a ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas
associadas. É importante também salientar que esses agentes podem ainda atuar por dano
direto no material genético, levando a uma mutação somática nos tecidos.
Uma associação entre a doença de Alzheimer e a síndrome de Down levou à descoberta
do primeiro gene da doença de Alzheimer no cromossomo 21, o qual é o cromossomo extra
envolvido na síndrome de Down. Indivíduos portadores da síndrome de Down apresentaram
envelhecimento prematuro, e praticamente todos apresentaram doença de Alzheimer,
clínica e neuropatologicamente confirmada, entre os 40 e 50 anos de idade.
A presença do gene apoE4 no braço longo do cromossomo 19 esteve associada a
fatores de risco significativos para a doença de Alzheimer. A herança do gene da apoE4
eleva em até quatro vezes o risco para desenvolvimento da doença de Alzheimer, e esse
risco aumenta ainda mais se o paciente herdar o alelo de ambos os pais.

Altos Níveis Plasmáticos de Colesterol e o Desenvolvimento da Doença


Um estudo epidemiológico demonstrou a relação direta entre altos níveis de colesterol
sanguíneo e o aumento de risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Existem muitas evidências sugerindo uma forte relação entre a deterioração da
homeostase lipídica cerebral, as alterações vasculares e a patogenia da doença de
Alzheimer. Essas associações incluem:
❏ Reconhecimento de que um transportador do colesterol, a apoE4, atuou como o
principal fator de risco genético para o desenvolvimento da doença de Alzheimer,
tanto na forma familiar quanto na esporádica.
Principais Sintomas
❏ Perda de memória;
❏ Distúrbios comportamentais (agressividade, irritabilidade, hiperatividade e
depressão);
❏ Sintomas psicóticos (em casos avançados);
❏ Dificuldade de concentração; e
❏ Insônia.
Assim como a doença de Parkinson, não tem cura. Sua causa ainda é estudada. É
verificada a morte de neurônios em áreas do sistema nervoso central.
Fisiopatologia
Durante a doença de Alzheimer ocorrem alterações biológicas nas proteínas Tau e
Beta-amiloide. Tais proteínas estão envolvidas na condução e troca de nutrientes dentro das
células nervosas.
Essa falência neuronal ocorre em regiões como hipocampo e no prosencéfalo basal.

Locais de Neurodegeneração

Elevado metabolismo neuronal Metabolismo neuronal reduzido


Todos esses fatores acarretam um encolhimento cerebral, a destruição neuronal
acontece em diferentes neurônios, porém de forma acentuada em neurônios colinérgicos.
Além do componente genético, foram apontados como agentes etiológicos:
❏ Toxicidade a agentes infecciosos;
❏ Ao alumínio;
❏ A substâncias reativas de oxigênio (ROS); e
❏ A aminoácidos neurotóxicos.

Base Neurológica da Doença Esquizofrênica

Esquizofrenia: Uma Revisão Bibliográfica


RESUMO
A esquizofrenia é uma enfermidade complexa, caracterizada por distorções do pensamento,
da percepção de si e da realidade externa. É uma síndrome de longa duração e de início
precoce, associada a uma série de sintomas e sinais como alucinações, apatia, isolamento
social e até suicidio, atingindo cerca de 1% da população mundial. O objetivo do estudo foi
aprimorar os conhecimentos sobre a doença no intuito de proporcionar mais informações e
contribuir para novos estudos. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistematizada, de
publicações realizadas nos últimos 18 anos. Encontraram-se 26 referências que
preencheram os critérios previamente determinados pelo estudo. Concluiu-se que a
esquizofrenia é a doença na área da psiquiatria que mais desperta atenção e interesse e
conhecê-la é de essencial relevância para proporcionar melhor qualidade de vida ao
paciente.
CONCLUSÃO
A Esquizofrenia é a doença mais desafiadora na área da psiquiatria e consequentemente a
que mais desperta atenção e interesse, isso se deve não somente ao fato da sua incidência
mundial (1% da população mundial, ou seja, aproximadamente 70 milhões de pessoas), do
prejuízo causado ao seu portador e família, da sua origem incerta (multifatorial) e da sua
complexidade, mas sem dúvida ao fato de muito ainda se ter a descobrir. Ela é uma
síndrome clínica complexa com manifestações psicopatológicas variadas de pensamento,
percepção, emoção, movimento e comportamento. Sua origem ocorre de diversos fatores
biopsicossociais que interagem, criando situações, as quais podem ser favoráveis ao
aparecimento do transtorno, tais como lesão ou anormalidade de estruturas cerebrais,
deficiência em neurotransmissores, ansiedade acentuadas, estado de estresse elevado,
fobia social e situações sociais e emocionais intensas. Possui uma variedade de sinais e
sintomas como alucinações, delírios, desorganização do pensamento, dificuldade de
expressão das emoções, apatia, isolamento social e um sentimento profundo de
desesperança, a esquizofrenia é um transtorno cerebral grave de evolução crônica,
duradoura e debilitante que causa grande sofrimento psíquico, podendo levar o indivíduo
principalmente ao suicidio, visto ser um transtorno de longa duração no qual o indivíduo
experimenta períodos de crises e remissões que resultam em deterioração do seu
funcionamento e de sua família, causando diversos danos e perdas nas habilidades de todo
grupo. Desta forma conclui-se que conhecer a esquizofrenia é de essencial relevância na
área da saúde para entendimento da doença em si, acompanhamento do paciente e forma
adequada de tratamento que pode ser composto pela terapêutica medicamentosa,
psicoterápica e socioterápica a fim de poder proporcionar uma melhor qualidade de vida e
sociabilidade ao paciente e sua família.
Esquizofrenia
Afeta jovens e adultos de forma incapacitante,
geralmente tem início ainda na adolescência e
segue no decorrer da vida com episódios
agudos, podendo se tornar uma doença
crônica.
O portador dessa doença tem uma diminuição
na sua expectativa de vida de cerca de 20 a 30
anos devido à alta taxa de suicídio e alterações
cardiovasculares. É caracterizada por: Ilusões;
Alucinações; Desorganização do pensamento e
do discurso; Comportamento motor anormal;
Sintomas positivos e negativos.

Espectro da Esquizofrenia
❏ Esquizofrenia;
❏ Transtorno esquizoafetivo (com subtipos);
❏ Transtorno esquizofreniforme;
❏ Transtorno delirante (com subtipos);
❏ Transtorno psicótico breve; e
❏ Transtorno da personalidade esquizotípica.
Sintomas Positivos
Se relacionam com a exacerbação neuronal, estímulo neuronal.
❏ Delírios;
❏ Alucinações;
❏ Distorções da linguagem e comunicação; Áreas cerebrais são
❏ Comportamento catatônico; estimuladas de forma
❏ Comportamento desorganizado; e excessiva.
❏ Agitação.
Sintomas Negativos
❏ Alogia - disfunção da comunicação;
❏ Disfunção do afeto;
❏ Associabilidade;
❏ Anedonia - disfunção da capacidade de Áreas cerebrais são
sentir prazer; pouco estimuladas.
❏ Disfunção da motivação; e
❏ Pobreza de autocuidado.
Associação dos Sintomas com Áreas Cerebrais Disfuncionais
Etiologia
❏ Sua causa definida ainda não é clara.
❏ Sabe-se que envolve fatores ambientais e genéticos.
❏ Teoria dopaminérgica é a mais aceita atualmente.
Desenvolvida por Arvid Carlsson.
Ele evidenciou em experimentos em animais de laboratório que a administração de
fármacos agonistas dopaminérgicos como a apomorfina e a bromocriptina
desencadeia episódios esquizofrênicos agudos, demonstrando que a dopamina tem
papel crucial no desenvolvimento da doença. Outro fator que corrobora a
participação da dopamina é que antagonistas dopaminérgicos são eficazes em
controlar os sintomas da esquizofrenia. Essa não é a única hipótese postulada no
desenvolvimento da doença, porém é a mais difundida e estudada.
Vias Dopaminérgicas

1. Nigroestriatal
2. Mesolímbica
3. Mesocortical
4. Tuberoinfundibular
❏ Há outras teorias menos reconhecidas.
❏ Fatores psicológicos como estresse podem precipitar um episódio agudo, mas não é
a causa fundamental da doença.

Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.

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